Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado terminou a semana passada em território misto, com o Ibovespa avançando 1,04% e o ISE andando de lado (-0,02%). Já o pregão de sexta-feira fechou em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,7% e 1,6%, respectivamente.
• No Brasil, a Eletronuclear obteve, na última semana, a renovação da licença de operação da usina Angra 1 por mais 20 anos, estendendo sua atividade até dezembro de 2044 – a licença, que completa 40 anos em 2024, exigirá investimentos de R$ 3,2 bilhões entre 2023 e 2027 para a modernização da central e a extensão de sua vida útil.
• Na COP29, (i) os países acordaram ontem (24/11) uma nova meta de financiamento global de US$ 300 bilhões por ano para ajudar as nações em desenvolvimento a lidar com os impactos da mudança climática – o acordo foi criticado por representantes de países em desenvolvimento, que buscavam cerca de US$ 1 trilhão em recursos; e (ii) os países assinaram também um acordo sobre as regras gerais para o lançamento de mercado de carbono global, após ter sido esboçado formalmente pela 1a vez no Acordo de Paris em 2015 – o acordo, aprovado na noite de sábado, permitirá que Estados e empresas comercializem créditos que representam uma tonelada de dióxido de carbono poupada ou removida da atmosfera.
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Brasil
Empresas
Petrobras consolida retorno ao etanol com previsão de produzir 2 bilhões de litros por ano
“A Petrobras vai investir US$ 2,2 bilhões em etanol no período de 2025 a 2029, segundo o novo plano de negócios apresentado pela diretoria da companhia na sexta-feira (22/11). De acordo com o diretor executivo de Transição Energética, Maurício Tolmasquim, a previsão é chegar a uma produção anual de 2 bilhões de litros de etanol ao ano. “A ideia é começar grande, não é partir do zero”, disse o diretor em entrevista coletiva. A estatal pretende entrar no segmento por meio de uma parceria com uma grande empresa do setor, ainda não definida. As conversas já começaram, com discussões com “quatro ou cinco” potenciais parceiros. “Começamos a conversar com grandes produtores de etanol no país, na ideia de criar uma nova empresa. Eles aportariam essa oportunidade e a gente iria expandir essa capacidade”, afirmou Tolmasquim. A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que um dos principais produtos da Petrobras hoje, a gasolina, tem o etanol como competidor.“Não tinha explicação para nós estarmos fora do etanol, o principal competidor da gasolina. Estávamos no etanol desde a década de 70, com toda a infraestrutura montada”, disse a jornalistas. Na década passada, a Petrobras saiu do mercado de etanol, liquidando participações que detinha em sociedade com produtores de açúcar e etanol. O retorno a esse mercado ocorre em meio à tendência de perda da participação de mercado da gasolina nos próximos anos para o biocombustível, no contexto do aumento do mandato da mistura de etanol prevista no projeto Combustível do Futuro, sancionado pelo presidente Lula.”
Fonte: Eixos; 22/11/2024
Presidente da Eletronuclear defende Angra 3 e participação privada no setor
“Em meio ao impasse sobre a conclusão das obras da usina de Angra 3 e os desafios financeiros da Eletronuclear, o presidente da estatal, Raul Lycurgo, disse à agência eixos que há urgência em finalizar a construção da terceira usina nuclear do país e defendeu a criação de um marco legal que permita a entrada de empresas privadas no setor. Pela Constituição brasileira, compete à União “explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza”. Hoje, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar) é a controladora da Eletronuclear. Segundo Lycurgo, a empresa já acumulou uma dívida de R$ 6,3 bilhões com a Caixa Econômica Federal e o BNDES, decorrente de financiamentos para a construção de Angra 3, que está paralisada, além de contratos que não estão sendo pagos com fornecedores. Caso a obra não seja retomada, os custos podem chegar a R$ 14 bilhões nos próximos 12 meses, valor que a empresa não possui em caixa, e que seriam repassados para a União. “Se não for para frente, o BNDES já trouxe os números, são R$ 21 bilhões que você vai ter que dispor para não fazer. Ou seja, alguém vai ter que pagar por isso”, afirma Lycurgo. A decisão sobre o futuro de Angra 3 está prevista para ser discutida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no próximo dia 4 de dezembro. Para Lycurgo, este é o momento decisivo para destravar o projeto e iniciar um novo momento no setor nuclear brasileiro. O executivo explica que a dívida compromete não apenas o futuro de Angra 3, mas também a operação das usinas Angra 1 e Angra 2, por conta da saúde financeira da Eletronuclear.”
Fonte: Eixos; 22/11/2024
Usina nuclear de Angra 1 recebe autorização para operar por mais 20 anos
“A Eletronuclear obteve a renovação da licença de operação da usina Angra 1 por mais 20 anos, estendendo sua atividade até dezembro de 2044. A autorização foi concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e recebida pela companhia na quinta-feira (21). A licença de operação de Angra 1, que completa 40 anos em 2024, exigirá investimentos de R$ 3,2 bilhões entre 2023 e 2027 para a modernização da central e a extensão de sua vida útil. Esses recursos serão aplicados em quatro parcelas de aproximadamente R$ 720 milhões nos primeiros anos (2023 a 2026), com os R$ 320 milhões restantes destinados a 2027. O processo de obtenção da extensão da vida útil de Angra 1 iniciou em 2019, quando foi oficialmente solicitada a renovação da licença. Desde então, a empresa criou um grupo de trabalho para cumprir todas as exigências do órgão regulador e realizar a completa modernização da usina. A renovação até então era incerta e a usina poderia parar de operar em dezembro de 2024. A Eletronuclear enfrenta problemas de liquidez e buscava capital dos acionistas (ENBPar e Eletrobras), já que, no passado, para obter financiamento do BNDES e da Caixa Econômica, a empresa usou os recebíveis de Angra 1 e 2 como garantia. Segundo o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, a extensão da vida útil de Angra 1 pode ser considerada a primeira grande conquista em relação aos projetos prioritários da companhia, que também trabalha para retomar a construção de Angra 3. Este último depende da decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).”
Fonte: Valor Econômico; 22/11/2024
Programa de acesso à água potável no Norte e Nordeste recebe R$ 9 milhões em investimentos
“A escassez de água potável e falta de acesso à água segura para consumo é um dos maiores desafios de milhares de famílias residentes em estados do Norte e Nordeste, especialmente quilombolas, ribeirinhas e indígenas. A iniciativa Água+ Acesso é uma das que buscam ajudar no enfrentamento do problema, com tecnologias sociais. Agora, ela ganhará um fôlego extra com R$ 9 milhões que estão sendo investidos pela companhia de bebidas Coca-Cola. O projeto Água+ Acesso surgiu em 2017 a partir de uma parceria estratégica com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) com instituições aliadas e locais, como o Projeto Saúde & Alegria e a Água Camelo, para implementar e expandir sistemas de acesso, tratamento e distribuição de água em 10 estados. Com o novo investimento, a iniciativa ampliará, até o final de 2025, o alcance nos estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte na região Nordeste, e nos estados do Amazonas e Pará na região Norte. Dos R$ 9 milhões investidos, R$ 5,4 milhões estão sendo destinados ao acesso à água em 40 comunidades da Amazônia (Amazonas e Pará). Neste caso, a execução dos projetos começou em julho deste ano. Já no Nordeste, R$ 3,2 milhões começam a ser aplicados este mês com foco em escolas, tendo Ipecaetá na Bahia como o primeiro município beneficiado. Os recursos vêm do Sistema Coca-Cola Brasil, formado por Coca-Cola Company e seus fabricantes, sendo que a Solar Coca-Cola Brasil é o fabricante com atuação nas regiões Norte e Nordeste. A distribuição dos recursos é feita de acordo com projetos e orçamentos elaborados pelas organizações parceiras locais.”
Fonte: Valor Econômico; 22/11/2024
Com aporte de R$ 40 bilhões, quatro projetos de hidrogênio verde devem sair do papel em 2025
“Pelo menos quatro projetos para produção de hidrogênio de baixa ou zero emissão de carbono (hidrogênio verde ou H2V) podem sair do papel a partir de 2025 no Brasil. O Nordeste concentra três desses futuros investimentos, que somam R$ 34 bilhões de um aporte que pode chegar a quase R$ 40 bilhões, se todas as iniciativas no país forem levadas adiante. A multinacional australiana Fortescue e a Casa dos Ventos, junto com a TotalEnergies, devem construir sua base no Porto de Pecém (CE). Os outros dois estão previstos para ser implementados em Pernambuco e Minas Gerais. Entre projetos anunciados e em estudo, o país já possui mais de 60 iniciativas no setor de hidrogênio verde, mas ainda há pouca tração para escalar de vez. Na prática, há hoje programas de baixa escala, de acordo com a Associação Brasileira de Hidrogênio Verde (ABIHV). “O que temos em operação são projetos de pesquisa e desenvolvimento em universidades e que são muito pequenos, que não têm capacidade de produção comercial”, diz Fernanda Delgado, presidente da ABIHV. Após as sanções das leis que garantiram o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, e preveem incentivos fiscais com o intuito de fomentar os investimentos na área, segundo a presidente da ABIHV, o H2V tem potencial de impactar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em aproximadamente R$ 7 trilhões, considerando que o Brasil atenda a 4% da fatia da demanda internacional. Há quatro anos, o mercado praticamente não existia ou era muito pequeno, na visão do gerente nacional da Fortescue no Brasil, Luis Viga.”
Fonte: Valor Econômico; 25/11/2024
Política
Marina Silva diz que sucesso da COP30 depende da solidariedade e cooperação entre países
“A ministra do Meio Ambiente Marina Silva afirmou durante discurso na sessão plenária de encerramento da Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática (COP29), neste sábado, em Baku, no Azerbaijão, que a COP30, que será realizada em Belém, terá sucesso se os países compreenderem que é necessário ter solidariedade, sentido de cooperação e confiança. “Que possamos compreender que solidariedade, sentido de cooperação e confiança são as matérias-primas para o sucesso de qualquer COP, particularmente daquela que está sendo chamada de COP das COPs, onde cada um de nós estamos voltados com esperanças e com muitas expectativas para chegarmos lá com NDCs alinhadas com a missão 1,5ºC e de que tenhamos, aqui, viabilizado os meios necessários para implementar esses compromissos”, disse a ministra. A sessão de encerramento, na qual o Brasil recebeu oficialmente a incumbência de ser anfitrião da COP30, começou com bastante atraso e um apelo do presidente da COP29, Mukhtar Babaev, para que os países pudessem chegar a um acordo sobre o texto final. O último dia da COP de Baku já havia sido marcado pela indignação de diversas nações sobre o texto final relativo ao financiamento climático. Vários representantes de países pobres e estados insulares abandonaram a reunião. Em seu discurso, Marina agradeceu ao Azerbaijão pela hospitalidade e destacou o “grande senso de responsabilidade” e “enorme desafio coletivo” que está sendo entregue ao Brasil e pediu que na COP 29 os países sejam capazes de criar meios para implementar o que chamou de “missão 1,5”.”
Fonte: Valor Econômico; 23/11/2024
COP 29 deixa ao Brasil desafio de restaurar multilateralismo
“O legado da COP 29, a conferência de mudança do clima das Nações Unidas que acabou na madrugada de ontem em Baku, capital do Azerbaijão, é mostrar a fragilidade dos esforços globais de enfrentamento da crise climática no cenário atual, principalmente em finanças. Para o Brasil, anfitrião da COP 30 em 2025, o maior desafio será recuperar a confiança do processo multilateral em resolver a emergência climática após uma série de COPs de resultado opaco. A conferência de Dubai, em 2023, foi uma das COPs consideradas mais surpreendentes ao trazer a decisão dos países de se distanciarem dos combustíveis fósseis. Em Baku, contudo, a decisão não avançou, bloqueada principalmente pela Arábia Saudita. Se a COP 30 já teria de lidar com uma herança de conferências climáticas que avançam pouco ou quase nada em fazer frente ao maior desafio da humanidade, o Brasil terá de lidar com os EUA sob a presidência de Donald Trump. Mesmo que Trump cumpra o que prometeu e retire os EUA dos Acordos de Paris, a medida leva um tempo para ser efetivada. A delegação de Trump pode vir a Belém e bloquear decisões, que devem ser acatadas por todos os países. “A COP 29 teve um resultado fraco em finanças e até pior em mitigação”, diz Mark Lutes, especialista em políticas climáticas globais do WWF Internacional. ”Mas teria sido bem pior se a Baku não tivesse chegado a acordo nenhum sobre financiamento. Neste caso, a COP em Belém precisaria recuperar o tempo perdido, consertar o erro da COP 29 e a agenda não teria chance de avançar”, diz Lutes.”
Fonte: Valor Econômico; 25/11/2024
Internacional
Empresas
ExxonMobil firma acordo para fornecer 100 mil toneladas de lítio para LG Chem nos EUA
“A ExxonMobil e a LG Chem – fabricante de baterias de íons de lítio – assinaram, na última quarta (20/11), um memorando de entendimento (MoU) para fornecimento de longo prazo de até 100 mil toneladas de carbonato de lítio. O material virá do do projeto da ExxonMobil de exploração e produção de lítio Smackover, no Arkansas, Estados Unidos, para ser destinado à planta de produção da LG Chem no Tennessee. Segundo o anúncio, este será o maior empreendimento do tipo no país. “Os Estados Unidos precisam de um suprimento doméstico seguro de minerais críticos como o lítio”, comenta Dan Ammann, presidente da ExxonMobil Low Carbon Solutions. A Lei de Redução da Inflação (IRA, em inglês), encabeçada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, estabeleceu subsídios a veículos elétricos que possuam 80% dos minerais utilizados em suas baterias, oriundos dos EUA ou de países com quem possui acordo de livre comércio. “A ExxonMobil se orgulha de liderar esse esforço, criando empregos, impulsionando o crescimento econômico e fortalecendo a segurança energética”, afirmou Ammann. Contudo, a companhia ainda não tomou a decisão final de investimento, que segundo a empresa está condicionada a fatores como a implementação de regulamentações “comercialmente competitivas”. Os Estados Unidos vêm se movimentando para garantir o fornecimento de minerais críticos para a indústria doméstica, reduzindo sua dependência da China, que hoje concentra cerca de 80% da capacidade de beneficiamento do lítio, por exemplo. Este ano, Biden anunciou US$ 18 bilhões em novas tarifas sobre importações chinesas – o que deve se intensificar no próximo governo do presidente eleito Donald Trump.”
Fonte: Eixos; 22/11/2024
ArcelorMittal diz que está postergando investimentos verdes planejados na UE
“A ArcelorMittal, a segunda maior siderúrgica do mundo, disse na sexta-feira que está atrasando os investimentos verdes planejados, culpando as incertezas sobre as diretrizes regulatórias da União Europeia. Em janeiro, a ArcelorMittal garantiu 850 milhões de euros (US$ 885 milhões) em subsídios do governo francês para apoiar seu programa de investimento em descarbonização de 1,7 bilhão de euros até 2030 em suas unidades de Dunquerque e Fos-sur-Mer, na França. No entanto, a ArcelorMittal ainda precisa tomar decisões finais de investimento sobre esses projetos, principalmente a substituição de dois dos três altos-fornos em Dunquerque por instalações verdes movidas a hidrogênio, disse a ArcelorMittal à Reuters na sexta-feira. “Estamos operando em um mercado difícil, e há uma série de incertezas políticas que estão impactando o setor”, disse a empresa em um comunicado enviado por e-mail. “Precisamos de um mecanismo eficaz de ajuste de carbono nas fronteiras, bem como de medidas mais robustas de defesa comercial, para fortalecer o argumento comercial”, acrescentou. A ArcelorMittal também está aguardando a decisão da Comissão Europeia em relação ao Plano de Ação de Aço e Metais, disse. “A Arcelor tem sido muito consistente em seus comentários de que não se comprometerá com gastos materiais de descarbonização, a menos que as circunstâncias certas estejam presentes na política mais ampla da UE”, disse o analista da KeyBanc, Philip Gibbs, à Reuters.”
Fonte: Reuters; 22/11/2024
Política
“A escolha do presidente eleito Donald Trump para liderar o departamento de energia acredita que os combustíveis fósseis são a chave para acabar com a pobreza mundial, o que, segundo ele, é um problema maior do que a ameaça “distante” da mudança climática, de acordo com um relatório que ele escreveu como CEO da empresa de serviços de campos petrolíferos Liberty Energy. Em um relatório corporativo divulgado em fevereiro chamado ‘Bettering Human Lives’, Chris Wright disse que a transição energética ainda não começou e que a mudança climática, embora seja um desafio, não é a maior ameaça aos seres humanos. A pobreza é uma ameaça maior que pode ser aliviada com o acesso aos hidrocarbonetos, disse Wright, que criou uma fundação destinada a expandir os fogões a propano nos países em desenvolvimento. A ciência dominante entra em conflito com muitas opiniões da nova autoridade de energia dos EUA, que provavelmente será zelosa em levar adiante a agenda de Trump, maximizando a produção doméstica de petróleo e gás, que já é recorde, e se retirando da cooperação internacional para evitar mudanças climáticas catastróficas. “As vibrações serão melhores para o setor de petróleo e gás”, disse Morgan Bazilian, diretor do Payne Institute da Colorado School of Mines, em uma entrevista, acrescentando que o setor se sentiu atacado pelas políticas climáticas do presidente Joe Biden. Bazilian chamou Wright de “um exemplo perfeito disso. Ele tem falado abertamente sobre como o setor de petróleo e gás trouxe segurança, energia e desenvolvimento para os Estados Unidos, o que é verdade. A outra coisa que é verdade é que as emissões globais não estão diminuindo”.”
Fonte: Reuters; 22/11/2024
Regras sobre mercado de carbono global são aprovadas na COP29
“Os países presentes na cúpula climática das Nações Unidas em Baku fecharam um acordo final sobre as regras gerais para o lançamento de um mercado de carbono, quase uma década depois de terem sido propostos pela primeira vez. O acordo aprovado na cúpula climática COP29 da ONU, na noite de sábado, permitirá que países e empresas negociem créditos por cortes nas emissões de carbono para compensar suas pegadas de carbono. O mecanismo de comércio de carbono foi esboçado formalmente pela primeira vez no acordo de Paris de 2015 sobre a limitação das mudanças climáticas, como uma forma de os poluidores pagarem para que outros países reduzissem as emissões em seu nome. Mas ele se mostrou controverso devido ao receio de que não resultará na prometida remoção de carbono da atmosfera. O chefe da delegação de um grupo de países com muitas florestas, incluindo a Bolívia e a República Democrática do Congo, Kevin Conrad, disse que “os mercados devidamente regulamentados podem se tornar uma força para o bem e começar a reverter as falhas de mercado que causam a destruição ambiental e atmosférica”. O nascimento do mercado provocou aplausos de pé dos negociadores da ONU na primeira sessão da plenária final, em um raro avanço na cúpula que, de outra forma, estava à beira do colapso. Os Estados e as empresas poderão comercializar créditos que representam uma tonelada de dióxido de carbono poupada ou removida da atmosfera, de acordo com mecanismos sujeitos a uma supervisão frouxa da ONU e projetados para evitar a contagem dupla de cortes de emissões.”
Fonte: Financial Times; 22/11/2024
Cúpula climática da ONU à beira do colapso com a saída de nações vulneráveis
“A cúpula climática COP29 da ONU esteve à beira do colapso no sábado, depois que negociadores representando 80 pequenos estados insulares e outras nações vulneráveis abandonaram as negociações. As alianças das pequenas nações insulares e dos países menos desenvolvidos abandonaram as negociações sobre como financiar a transição para uma economia de baixo carbono e pagar pelos efeitos da mudança climática após receberem uma proposta atualizada de US$ 300 bilhões das nações ricas, um aumento de US$ 50 bilhões em relação à oferta inicial. O grupo G77 de nações em desenvolvimento havia solicitado pelo menos US$ 500 bilhões. “Não nos foi oferecido um acordo, mas sim um insulto”, disse um membro da delegação de Barbados. No estádio onde a cúpula está sendo realizada, os manifestantes gritavam “Nenhum acordo é melhor do que um acordo ruim” e pediam que o G77 se afastasse. O grupo de pequenos Estados insulares, composto por cerca de 40 nações, manteve a possibilidade de reiniciar as negociações. Cedric Schuster, seu presidente, disse que o grupo continua “comprometido com esse processo”. “Não queremos nada mais do que continuar a nos engajar, mas o processo deve ser inclusivo”, disse ele. As negociações estavam em “crise” e a saída foi uma “expressão maciça da falta de confiança no processo da presidência”, disse Alden Meyer, associado sênior do think-tank E3G. As negociações sobre finanças são apenas uma das várias vertentes de discussão que estão ocorrendo no evento em Baku, onde quase 200 países estão debatendo.”
Fonte: Financial Times; 23/11/2024
Nações em desenvolvimento consideram insuficiente o acordo climático de US$ 300 bilhões da COP29
“Os países presentes na cúpula da COP29 em Baku adotaram uma meta de financiamento global de US$ 300 bilhões por ano no domingo para ajudar as nações mais pobres a lidar com os impactos da mudança climática, um acordo que seus destinatários criticaram como lamentavelmente insuficiente. O acordo, firmado durante as horas extras da conferência de duas semanas na capital do Azerbaijão, tinha o objetivo de dar impulso aos esforços internacionais para conter o aquecimento global em um ano destinado a ser o mais quente já registrado. Alguns delegados aplaudiram de pé o acordo no salão plenário da COP29. Outros criticaram as nações ricas por não terem feito mais e criticaram o anfitrião Azerbaijão por ter apressado a aprovação do plano polêmico. “Lamento dizer que esse documento nada mais é do que uma ilusão de ótica”, disse o representante da delegação indiana, Chandni Raina, na sessão de encerramento da cúpula, minutos depois de o acordo ter sido aprovado. “Isso, em nossa opinião, não abordará a enormidade do desafio que todos nós enfrentamos. Portanto, nos opomos à adoção desse documento.” O chefe do clima das Nações Unidas, Simon Stiell, reconheceu as difíceis negociações que levaram ao acordo, mas saudou o resultado como uma apólice de seguro para a humanidade contra o aquecimento global. “Foi uma jornada difícil, mas chegamos a um acordo”, disse Stiell. “Esse acordo manterá o crescimento do boom da energia limpa e protegerá bilhões de vidas. “Mas, como qualquer apólice de seguro, ele só funciona se os prêmios forem pagos integralmente e dentro do prazo.””
Fonte: Reuters; 24/11/2024
Países permanecem divididos no início das negociações do quinto tratado da ONU sobre plásticos
“Enquanto delegados de 175 países se reuniam em Busan, na Coreia do Sul, na segunda-feira, para a quinta rodada de negociações com o objetivo de garantir um tratado internacional para reduzir a poluição plástica, as divisões persistentes lançavam dúvidas sobre a possibilidade de um acordo final. A Coreia do Sul está sediando a quinta e ostensiva reunião final do Comitê de Negociação Intergovernamental da ONU (INC-5) nesta semana, depois que a rodada anterior de negociações em Ottawa, em abril, terminou sem um caminho a seguir para limitar a produção de plástico. Em vez disso, a reunião emitiu uma orientação para que os grupos técnicos se concentrassem nos produtos químicos de interesse e em outras medidas, depois que os países produtores de petroquímicos, como a Arábia Saudita e a China, se opuseram fortemente aos esforços para atingir a produção de plástico. Os Estados Unidos chamaram a atenção em agosto quando disseram que apoiariam os limites de produção de plástico no tratado, alinhando-se com a UE, o Quênia, o Peru e outros países da Coalizão de Alta Ambição. A eleição de Donald Trump como presidente, no entanto, levantou dúvidas sobre essa posição, já que durante sua primeira presidência ele evitou acordos multilaterais e quaisquer compromissos para diminuir ou parar a produção de petróleo e petroquímica dos EUA. A delegação dos EUA não respondeu a perguntas sobre se reverteria sua nova posição de apoio aos limites de produção de plástico. Mas ela “apoia a garantia de que o instrumento global trate de produtos plásticos, produtos químicos usados em produtos plásticos e o fornecimento de polímeros plásticos primários”, de acordo com um porta-voz do Conselho de Qualidade Ambiental da Casa Branca.”
Fonte: Reuters; 24/11/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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