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Construção de data center do TikTok no Brasil começará em 6 meses, diz ministro Alexandre Silveira | Café com ESG, 13/10

Brasil mira em potencial dos biocombustíveis na IMO; Presidente da COP30 confirma presença de 162 países

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em queda, com o IBOV e o ISE recuando 2,44% e 3,15%, respectivamente. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa recuou 0,73%, enquanto o ISE teve uma leve queda de 0,55%.

• No Brasil, (i) de olho na COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da conferência, afirmou em coletiva de imprensa em Brasília que 162 países já confirmaram presença em Belém, superando o mínimo necessário para a realização do evento, conforme o Acordo de Paris – para a Pré-COP, que começa hoje, 72 delegações estão confirmadas; e (ii) a construção de um data center do TikTok no Brasil começará em seis meses, segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira – com expectativa de atrair cerca de 50 bilhões de reais em investimentos, o centro será localizado no estado do Ceará, em uma iniciativa conjunta entre a ByteDance (empresa chinesa controladora do TikTok) e a desenvolvedora de parques eólicos Casa dos Ventos. 

• No internacional, sob pressão dos Estados Unidos e de países produtores de petróleo, a Organização Marítima Internacional (IMO) volta a se reunir, nesta semana, para decidir se adota, em caráter terminativo, um acordo global para reduzir as emissões dos navios até atingir o net-zero em 2050 – para o Brasil, o país considera essa uma oportunidade para os biocombustíveis produzidos em território nacional. 

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Brasil

Brasil iniciará construção de data center do TikTok em seis meses, diz ministro

“A construção de um data center do TikTok no Brasil começará em seis meses, segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O projeto deve atrair cerca de 50 bilhões de reais (US$ 9,11 bilhões) em investimentos. “Daqui a seis meses, começaremos a construção para abrigar o centro de dados do TikTok”, disse Silveira em comunicado. O centro será localizado no Complexo Portuário do Pecém, no estado do Ceará, em uma iniciativa conjunta entre a ByteDance (empresa chinesa controladora do TikTok) e a desenvolvedora de parques eólicos Casa dos Ventos. Silveira destacou que o Brasil tem potencial para atrair investimentos em centros de dados devido à disponibilidade de energia renovável. Ele também mencionou uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mês anterior, que visa atrair esses projetos por meio de isenções fiscais federais. Em maio, a Casa dos Ventos anunciou que obteve duas aprovações importantes para avançar com um projeto de centro de dados de 300 megawatts no Complexo do Pecém.”

Fonte: Reuters; 10/10/2025

Com R$ 100 milhões do BNDES, Belterra vai expandir agroflorestas

“A Belterra Agroflorestas obteve um financiamento de R$ 100 milhões do BNDES por meio do Fundo Clima. Os recursos serão usados em um projeto para restaurar 2.750 hectares de pastagens degradadas de pequenos e médios produtores por meio da implementação de lavouras integradas à floresta, os chamados sistemas agroflorestais, ou SAFs.  O projeto abrange áreas nos Estados de Mato Grosso, Bahia, Pará e Rondônia e também conta com R$ 20 milhões do Amazon Biodiversity Fund (ABF), administrado pela Impact Earth, e garantias do Fundo Vale, em um modelo de blended finance, em que o capital filantrópico alavanca recursos privados. Os recursos vão permitir que a Belterra aumente em 30% a sua área de agroflorestas, hoje em 5 mil hectares – um hectare tem, mais ou menos, o tamanho de um campo de futebol. Dos 2.750 hectares do projeto, 1.500 são de novas áreas plantadas e 1.250 são de áreas já convertidas em agroflorestas. Nestas, o financiamento entrará para consolidação e manutenção. A principal cultura nos SAFs da Belterra é o cacau, mas outras espécies são plantadas para comercialização: cupuaçu, açaí, pupunha, andiroba, cumaru, mandioca e banana.”

Fonte: Capital Reset; 10/10/2025

Com agenda sob pressão, última reunião pré-COP30 reúne 72 delegações em Brasília

“A presidência da COP30 afirmou que 162 países já confirmaram presença em Belém, superando o mínimo necessário para a realização do evento, conforme o Acordo de Paris. Para a Pré-COP, que começa nesta segunda-feira (13), 72 delegações estão confirmadas. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da conferência, divulgou os dados em coletiva de imprensa em Brasília. Apesar dos números, há preocupações: acomodações com preços abusivos podem afastar participantes estratégicos, e o credenciamento para a Blue Zone (área oficial de negociações) ainda não foi resolvido, o que limita o acesso de empresas importantes para a transição energética. O jornal The Guardian cobrou a presença do primeiro-ministro britânico Keir Starmer, classificando-a como “imperativo moral e diplomático”. Também pressionou líderes da Austrália, Canadá, União Europeia, China, Índia e Japão. A equipe técnica da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) chegou a Belém para supervisionar a instalação dos espaços oficiais e realizar testes de segurança, acessibilidade, saúde e mobilidade. A vice-governadora Hana Ghassan recebeu o grupo no Centro de Economia Criativa, marcando o início da fase operacional. Corrêa do Lago destacou que 62 países já apresentaram suas NDCs (metas climáticas nacionais), e a ONU espera 125 documentos até o início da COP30. O Brasil está trabalhando com o Ministério da Fazenda para implementar a meta de US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até 2035.”

Fonte: Exame; 12/10/2025

Mineração apresenta plano para reduzir 90% das emissões até 2050

“A Coalizão Minerais Essenciais, que reúne 14 entidades e empresas do setor de mineração, apresentou estudo à presidência da COP30 com os caminhos para reduzir em até 90% as emissões da atividade até 2050 e aponta a precificação de carbono como um dos pontos-chave. O documento, entregue nesta quinta-feira (9/10), durante evento realizado em Brasília, mostra que o Brasil tem condições de descarbonizar as cadeias do aço e apoiar o processo de eletrificação global. Precisa, no entanto, de um ambiente favorável, articulado em torno de seis pré-requisitos: melhorias no cenário regulatório-econômico com a entrada em vigor da precificação de carbono; maior acesso a tecnologias com maturidade técnica e viabilidade econômica; redes de logística, energia e armazenamento com capilaridade e capacidade suficientes; instrumentos financeiros verdes e taxonomias sustentáveis consolidadas; pagamento adicional por produtos de menor pegada de carbono (prêmio verde); incentivos ao longo da cadeia de valor para a promoção da circularidade. O estudo da coalizão mostra que a transição energética está vinculada à mineração e que o Brasil está posicionado como um dos atores com a maior diversidade geológica do mundo, um setor mineral já desenvolvido e com matriz energética renovável. “O Brasil está no centro dessa discussão, pois tem enorme potencial de produção desses minerais, além de ser um dos maiores produtores de minério de ferro de alta qualidade, essencial para a descarbonização da siderurgia”, comenta presidente da Vale, Gustavo Pimenta.”

Fonte: Eixos; 09/10/2025

Internacional

Empresas

Montadoras enfrentam julgamento crucial no Reino Unido, uma década após o escândalo ‘dieselgate’

“Algumas das maiores montadoras do mundo enfrentam um julgamento decisivo na Alta Corte de Londres nesta segunda-feira, com advogados representando 1,6 milhão de reclamantes que acusam as empresas de fraude em testes de emissões de veículos a diesel, uma década após o escândalo do “dieselgate” da Volkswagen. Em uma das maiores ações coletivas da história jurídica inglesa, proprietários de veículos a diesel das marcas Mercedes-Benz, Ford, Nissan, Renault, Peugeot e Citroën (estas duas pertencentes à Stellantis) alegam que as empresas usaram dispositivos ilegais de manipulação de emissões, conhecidos como “defeat devices”. Esses dispositivos detectavam quando os veículos estavam sendo testados e ajustavam os níveis de emissão para se manterem dentro dos limites legais, mas não funcionavam da mesma forma durante o uso normal nas estradas, segundo os advogados dos reclamantes. As montadoras negam as acusações, afirmando que elas são fundamentalmente falhas e rejeitam qualquer semelhança com o escândalo da Volkswagen em 2015, que custou à empresa bilhões de euros em multas e compensações. A Mercedes-Benz afirmou que seus sistemas de controle de emissões são legal e tecnicamente justificados.”

Fonte: Reuters; 13/10/2025

Brasil aposta em biocombustível em negociação global para emissão de navio

“Sob pressão dos Estados Unidos e de países produtores de petróleo, a Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês), volta a se reunir, nesta semana, para decidir se adota, em caráter terminativo, um acordo global para reduzir as emissões de navios até atingir o net-zero em 2050. O Brasil considera o arcabouço regulatório um passo decisivo a menos de um mês da COP 30, em novembro, além de uma oportunidade para os biocombustíveis produzidos em território nacional. A agência da ONU para temas do mar aprovou, em abril, um acordo histórico que prevê multas de US$ 100 a US$ 380 por tonelada de dióxido de carbono não abatida, além de um fundo bilionário para financiar a transição energética. Caso adotadas, as regras entram em vigor em 2027. A reunião da IMO começa na terça-feira (14) envolta em incertezas sobre o comportamento da delegação americana. Os Estados Unidos abandonaram a negociação anterior, enquanto Arábia Saudita, Rússia e Emirados Árabes Unidos votaram contra a proposta. Apesar das resistências, o texto alcançou os dois terços necessários para ser aprovado no início do ano.Agora, os EUA ameaçam retaliar os países que adotarem as medidas de descarbonização. Autoridades e especialistas que acompanham o assunto afirmam que as discussões devem ser tensas, com debates até o último minuto, devido à postura da Casa Branca, que divulgou na sexta (10) um comunicado em que rejeita o plano e diz que avalia sanções a países a favor da proposta.”

Fonte: Valor Econômico; 13/10/2025

Pequim culpa os EUA por aumentarem as tensões comerciais e defende restrições às terras raras

“A China classificou como hipócritas, neste domingo (12), as mais recentes tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos chineses e defendeu suas restrições às exportações de elementos de terras-raras e equipamentos, mas evitou impor novas tarifas sobre produtos norte-americanos. Na sexta-feira (10), Trump respondeu aos mais recentes controles de exportação de Pequim impondo tarifas adicionais de 100% sobre as exportações chinesas destinadas aos EUA, além de novos controles de exportação sobre softwares críticos até 1º de novembro. As tensões comerciais renovadas abalaram Wall Street, derrubando as ações das Big Techs, preocupando empresas estrangeiras dependentes da produção chinesa de terras-raras processadas e ímãs de terras-raras, e podem prejudicar uma cúpula entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, provisoriamente agendada para o final deste mês. A declaração do Ministério do Comércio da China neste domingo foi a primeira resposta direta de Pequim à longa publicação de Trump no Truth Social na sexta-feira, na qual ele acusou Pequim de elevar repentinamente as tensões comerciais após uma trégua instável alcançada há seis meses entre as duas maiores economias do mundo, que havia permitido o comércio sem tarifas exorbitantes. “Nosso relacionamento com a China nos últimos seis meses tem sido muito bom, tornando essa medida sobre o comércio ainda mais surpreendente”, disse Trump.”

Fonte: Valor Econômico; 12/10/2025

EUA planejam cancelar uma das maiores fazendas solares do mundo

“Os EUA decidiram cancelar o que teria sido o maior projeto solar da América do Norte, enquanto o governo Trump expande seu ataque à combalida indústria de energia renovável. Na noite de quinta-feira, o Bureau of Land Management descartou a aprovação do Esmeralda 7, um projeto de 6,2 gigawatts que poderia abastecer quase 2 milhões de residências. O processo de licenciamento havia sido iniciado sob o governo Biden. O projeto solar de alto perfil em Nevada, apoiado pela NextEra Energy, a maior empresa de energia renovável dos EUA, é o mais recente a se tornar uma vítima do governo Trump. O presidente americano chamou os projetos de energia renovável de “golpe”. O projeto Esmeralda 7 consistia em sete parques solares e sistemas de baterias, e foi apoiado por incorporadoras de energia, incluindo Arevia Power, ConnectGen e Invenergy. Ele cobriria cerca de 62.300 acres de terras federais no deserto de Nevada, a noroeste de Las Vegas. Desde janeiro, o Departamento do Interior de Doug Burgum acelerou a concessão de licenças para projetos de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que endureceu as restrições a iniciativas de energia solar e eólica. Grandes projetos eólicos offshore já estão na mira do governo. Em abril, Burgum ordenou que a Equinor interrompesse as atividades de construção de seu parque eólico offshore Empire, de 810 megawatts, e emitiu uma ordem de paralisação das obras do parque eólico Revolution Wind, da Orsted.

Fonte: Financial Times; 12/10/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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