Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou a semana passada em território misto, com o Ibovespa recuando 0,6%, enquanto o ISE subiu 1,7%. Já o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV caindo 1,1% e o ISE 0,4%.
• No Brasil, com aval do Operador Nacional do Sistema Elétrico para conexão à rede de energia, o projeto de “data center” da Casa dos Ventos terá investimentos de R$ 50 bilhões em sua primeira fase, informou a empresa nesta sexta-feira (30) – em contexto, o projeto, que será instalado no Porto de Pecém, no Ceará, obteve parecer favorável para o acesso de 300 MW na rede básica de transmissão de energia do país.
• No internacional, (i) a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou por uma margem apertada um projeto de lei de impostos e gastos que encerraria antecipadamente os subsídios da Lei de Redução da Inflação (Inflation Reduction Act, em inglês) para energia limpa – o projeto agora segue para o Senado, onde deve sofrer alterações; e (ii) segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a produção de combustível sustentável para aviação (SAF) deve dobrar em 2025, alcançando 2 milhões de toneladas, o que representa 0,7% do consumo total de combustível das companhias aéreas – o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, afirmou que essa quantidade relativamente pequena de SAF adicionará US$ 4,4 bilhões globalmente à conta das aéreas.
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Brasil
Empresas
Casa dos Ventos quer iniciar obra de ‘data center’ bilionário no 2º semestre
“Com aval do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para conexão à rede de energia, o projeto de “data center” da Casa dos Ventos terá investimentos de R$ 50 bilhões em sua primeira fase, informou a empresa nesta sexta-feira (30). O projeto, que será instalado no Porto de Pecém, no Ceará, obteve parecer favorável para o acesso de 300 MW (megawatts) na rede básica de transmissão de energia do país. Segundo a empresa, esse volume de energia garante a primeira fase do empreendimento. O planejamento prevê o início das obras no segundo semestre, com início das operações cerca de dois anos depois. A empresa estima a geração de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos e prevê a criação de um novo polo de infraestrutura digital na região. “O Brasil tem os atributos certos para liderar esse novo mercado: matriz energética renovável, conectividade robusta, estabilidade elétrica e capital humano qualificado”, disse em nota o diretor executivo da Casa dos Ventos, Lucas Araripe. “Essa é uma oportunidade concreta para exportar serviços de alto valor agregado e acelerar a transição energética”, completou o executivo. O Ceará tem vantagem nesse segmento por ser um ponto de entrada no país de cabos submarinos de internet. A Casa dos Ventos informou que o projeto também foi habilitado pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação, essencial para regulamentar e caracterizar legalmente a prestação de serviços de armazenagem, processamento e tráfego de dados com fins exclusivamente de exportação.”
Fonte: Valor Econômico; 30/05/2025
Política
BNDES aprova mais de R$ 70 milhões do Fundo Clima para financiar projeto pioneiro na Mata Atlântica
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta sexta-feira, 30, R$ 77,6 milhões por meio do Fundo Clima para financiar um projeto pioneiro de silvicultura com espécies nativas da Mata Atlântica, no sul da Bahia. O investimento será destinado ao plantio de 1.500 hectares de florestas produtivas, com espécies nativas. O bioma é hoje o mais degradado do Brasil e mantém apenas 12,5% de sua cobertura original. Liderado pela Symbiosis Florestal, empresa voltada para a produção de madeira sustentável, a iniciativa representa o primeiro financiamento do banco para o setor de silvicultura nativa. A atividade se caracteriza pelo plantio e cultivo de árvores de espécies endêmicas brasileiras para uso econômico, por meio da colheita e comercialização de madeira livre de desmatamento ou outros produtos florestais. Um dos diferenciais é que as as espécies variadas têm tempos de crescimento entre 12 e 36 anos em média, até chegar no tamanho para o corte e extração madeireira. Além da extração do ativo natural sem desmatar, o modelo combina manejo florestal contínuo e uso de espécies mistas, permitindo a preservação da biodiversidade local, geração de créditos de carbono e mitigação dos riscos climáticos. A operação total envolve 3 mil hectares, sendo que o BNDES financia exclusivamente o componente nativo e o restante da área será intercalada com o reflorestamento de exóticas — aquelas plantas que são introduzidas fora da sua área de distribuição natural.”
Fonte: Exame; 30/05/2025
Internacional
Empresas
Com BYD, marcas chinesas ampliam fatia em mercado de elétricos na Europa
“As montadoras chinesas conquistaram a maior fatia do mercado de veículos elétricos da Europa em nove meses, recuperando o terreno perdido de pois que a União Europeia impôs tarifas no ano passado. Os fabricantes liderados pela BYD conquistaram 8,9% do mercado de veículos elétricos da região em abril, o maior percentual desde julho, de acordo com a Dataforce. Os modelos híbridos e de combustão chineses também ganharam força. Os números mais recentes destacam o desafio que os fabricantes chineses representam para os rivais europeus. Embora os impostos da UE que entraram em vigor em novembro tenham inicialmente interrompido os ganhos dos veículos elétricos chineses, os últimos dois meses mostram um impulso renovado. BYD, MG e outros também aumentaram as vendas de modelos mais convencionais, aumentando a pressão. “As marcas chinesas se adaptaram com sucesso ao novo ambiente do mercado”, disse Julian Litzinger, analista da Dataforce. Um grande aumento nas vendas de híbridos chineses “impulsiona seu desempenho na Europa em geral”. As marcas chinesas foram responsáveis por 7,6% das vendas de carros híbridos na Europa no mês passado, segundo a Dataforce, em comparação com menos de 1% no ano anterior. A BYD continuou seu rápido crescimento nas vendas de veículos elétricos, ultrapassando a Tesla na Europa, mesmo com a adição de mais híbridos à sua linha. Na China, a fabricante anunciou cortes de preços abrangentes de até 34%,intensificando a concorrência já acirrada no país.”
Fonte: Eixos; 30/05/2025
IATA espera que a produção de combustível sustentável para aviação duplique em 2025
“A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) informou no domingo que espera que a produção de combustível sustentável para aviação (SAF) dobre em 2025, alcançando 2 milhões de toneladas, o que representa 0,7% do consumo total de combustível das companhias aéreas. A influente entidade do setor tem alertado cada vez mais que as companhias aéreas enfrentarão dificuldades para cumprir suas metas de sustentabilidade, descrevendo a produção de SAF — que é mais caro que o combustível convencional para aviões — como decepcionantemente lenta. O diretor-geral da IATA, Willie Walsh, afirmou que, embora o aumento da produção seja encorajador, a quantidade relativamente pequena de SAF adicionará US$ 4,4 bilhões globalmente à conta de combustível da aviação. “O ritmo do progresso no aumento da produção e na obtenção de eficiências para reduzir custos deve acelerar”, disse Walsh em comunicado. O setor de aviação, em geral, concordou em 2021 em atingir emissões líquidas zero até 2050, baseando-se principalmente na transição gradual para o SAF, que é produzido a partir de óleo residual e biomassa. As companhias aéreas estão em desacordo com as empresas de energia sobre a escassez de SAF, ao mesmo tempo em que responsabilizam os fabricantes de aviões Airbus e Boeing pelos atrasos na entrega de jatos mais eficientes em termos de combustível.”
Fonte: Reuters; 02/06/2025
Política
Noruega vai defender captura de carbono na COP30; EUA cortam subsídios
“A Noruega vai defender na COP30 que as tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS), junto com energia eólica offshore e hidrogênio, serão instrumentos indispensáveis para alcançar a neutralidade climática. A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas está marcada para novembro de 2025 em Belém (PA), sob a presidência do Brasil, e promete dar espaço para a indústria de óleo e gás defender suas agendas. O CCS é uma delas. Está na ordem do dia de indústrias intensivas que terão maior dificuldade em substituir os combustíveis fósseis nos seus processos, e claro, na dos próprios produtores de óleo, gás e carvão, para garantir vida longa aos seus ativos. Essa estratégia ganha força na Noruega. O país está avançando com o ambicioso projeto de US$ 2,5 bilhões da Northern Lights, uma joint venture com participação estatal e de grandes petroleiras, que busca transformar o Mar do Norte em um hub europeu para estocagem segura de CO2, capturado por indústrias poluentes, como cimento e química. “A Noruega vai enfatizar a importância da CCS, da energia eólica offshore e do hidrogênio para alcançar emissões líquidas zero e apoiar a segurança energética global”, conta o chefe da Seção de Transição Energética, Clima e Análise do Ministério de Energia norueguês, Alexander Engh. “Também defenderemos o aumento da cooperação internacional, o financiamento da inovação e o desenvolvimento de infraestrutura compartilhada no Mar do Norte e além”, completa. Engh conversou com o jornalista Gabriel Chiappini, que foi à Noruega a convite do consulado para conhecer o projeto da Northern Lights.”
Fonte: Eixos; 30/05/2025
EUA anunciam encerramento de 24 projetos de energia limpa, incluindo captura de carbono
“O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, anunciou, nesta sexta-feira (30/5), o encerramento de 24 concessões emitidas pelo Escritório de Demonstrações de Energia Limpa (OCED, em inglês), que incluíam, principalmente, financiamentos para captura e armazenamento de carbono (CCS) e iniciativas de descarbonização. Os projetos de CCS são estratégicos para a indústria de combustíveis fósseis, inclusive entre apoiadores de Donald Trump. Produtores de óleo e gás norte-americanos enxergam nos projetos de armazenamento de carbono uma alternativa para dar longevidade aos seus ativos, em meio à pressão por corte de emissões para frear a crise climática. De acordo com informações da Reuters, os cortes incluem quase US$ 332 milhões para um projeto da ExxonMobil em Baytown, no Texas, US$ 500 milhões para a Heidelberg Materials na Louisiana, e US$ 375 milhões para a Eastman Chemical Company em Longview, também no Texas. Ao todo, as concessões encerradas pelo Departamento de Energia (DoE) representavam mais de US$ 3,7 bilhões em subsídios. Em nota, o departamento justifica que esses projetos não atendem às necessidades energéticas da população, não eram economicamente viáveis e não gerariam retorno positivo sobre o investimento dos recursos públicos. Quase 70% dos projetos foram assinados entre o dia da eleição estadunidense (5 de novembro) e o dia da posse de Donald Trump (20 de janeiro). “O governo anterior falhou ao não realizar uma análise financeira rigorosa antes de comprometer bilhões de dólares dos contribuintes”, disse Wright em nota.”
Fonte: Eixos; 30/05/2025
EUA: Câmara aprova projeto que ameaça Lei Climática de Biden e pode elevar custos de energia
“A Câmara dos Deputados dos EUA, liderada pelos republicanos, aprovou por uma margem apertada um projeto de lei gigantesco de impostos e gastos que encerraria antecipadamente os subsídios da Lei de Redução da Inflação (Inflation Reduction Act, IRA, na sigla em inglês) para energia limpa. As mudanças propostas ameaçam desmantelar uma variedade de incentivos, resultando em preços mais altos para tudo, de eletricidade a painéis solares. O projeto agora segue para o Senado, onde provavelmente sofrerá alterações. A agência de notícias Bloomberg fez um a reportagem detalhando os pontos de mudanças e as consequências das alterações. De acordo com a Bloomberg, uma revogação total do ERA poderia reduzir o PIB em US$ 1,1 trilhão, custar centenas de milhares de empregos e aumentar as contas de energia dos consumidores, segundo o think tank Energy Innovation Policy & Technology. Embora diversos projetos de energia limpa sejam cancelados caso o projeto da Câmara seja aprovado como está no Senado, a expectativa é que outros renegociariam contratos com concessionárias ou compradores corporativos, segundo Ethan Zindler, chefe da BloombergNEF para as Américas. “O resultado seria inevitavelmente energia mais cara em boa parte dos EUA”, disse ele. O custo de instalação de painéis solares residenciais subiria significativamente, já que o projeto elimina o crédito fiscal federal de 30% para sistemas solares residenciais no fim do ano.”
Fonte: Valor Econômico; 31/05/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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