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Brasil atrai potências globais para a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono | Café com ESG, 13/11 

Ministério da Fazenda dá o pontapé inicial para a Coalizão Aberta do mercado de carbono; novos aportes para o Fundo Clima

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,07% e o ISE avançando 0,29%.

• De olho na COP30, (i) uma das principais prioridades do Ministério da Fazenda e da presidência brasileira no âmbito da cúpula, o Brasil conseguiu dar o pontapé inicial para a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono com o endosso de países como China, Reino Unido, Canadá, Chile, Alemanha, México e França, além da União Europeia (UE) – a primeira reunião do grupo será no sábado para decidir os próximos passos; e (ii) o BNDES anunciou a captação de R$ 10,6 bilhões para o Fundo Clima, mecanismo do governo brasileiro para financiar projetos de descarbonização e de adaptação às mudanças climáticas – dentre o montante, instituições financeiras de desenvolvimento europeias vão aportar R$ 7,89 bilhões, e o restante virá do BID, no valor de R$ 2,67 bilhões.

• Do lado das empresas, a Petrobras e o BNDES lançaram o primeiro edital do ProFloresta+, um programa para incentivar a restauração florestal na Amazônia remunerada pela venda de créditos de carbono a preços pré-definidos – neste primeiro edital, serão firmados cinco contratos de 1 milhão de créditos de carbono gerados por atividades de reflorestamento.

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Brasil

Petrobras lança edital para comprar 5 milhões de créditos de carbono

“A Petrobras e o BNDES lançaram nesta segunda-feira (10) o primeiro edital do ProFloresta+, um programa para incentivar a restauração florestal na Amazônia remunerada pela venda de créditos de carbono a preços pré-definidos. Neste primeiro edital, serão firmados cinco contratos de 1 milhão de créditos de carbono gerados por atividades de reflorestamento. O limite é de três contratos por desenvolvedor. Os participantes também podem se unir em consórcios de até quatro empresas. Os estimados 5 milhões de créditos gerados serão todos adquiridos pela Petrobras. Cada projeto deve prever a restauração de pelo menos 3 mil hectares com o plantio de espécies nativas. As áreas podem ser privadas ou públicas sob concessão florestal na Amazônia. O prazo de apresentação das propostas é de 30 dias a partir da data de publicação do edital.  O preço dos créditos será definido no processo de licitação, por meio de uma competição por menor preço entre os projetos pré-qualificados. A ideia é que o preço pré-estabelecido e os contratos de longo prazo (25 anos) sirvam como garantia para a tomada de crédito junto ao banco público. Investimento de partida é um dos desafios para as startups de reflorestamento. Os projetos consomem muito dinheiro e os primeiros créditos são gerados depois de pelo menos cinco anos – dado o ritmo de crescimento das árvores.”

Fonte: Capital Reset; 12/11/2025

Coalizão para mercado de carbono atrai potências globais

“Uma das principais prioridades do Ministério da Fazenda e da presidência brasileira no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), o Brasil conseguiu dar o pontapé inicial para a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono com o endosso de países como China, Reino Unido, Canadá, Chile, Alemanha, México e França, além da União Europeia (UE). A primeira reunião do grupo será no sábado (15), para decidir os próximos passos. Os signatários alcançados até agora foram considerados por representantes do governo brasileiro como um sinal de força do multilateralismo, mesmo em meio aos desafios geopolíticos postos para a conferência. Eles também afirmam que a medida foi um “sinal da credibilidade” que o Brasil tem nos fóruns globais. Outro fato comemorado foi a entrada da China, que é a principal emissora de dióxido de carbono (CO2) no mundo. “A gente avalia como uma das grandes vitórias da COP30 a Coalizão Aberta. A adesão foi além das nossas expectativas. Isso mostra a importância que se atribui à cooperação” afirmou Cristina Reis, secretária Extraordinária do Mercado de Carbono do Ministério da Fazenda, em entrevista ao Valor durante a COP30. “Em um mundo em que o multilateralismo está em atrito, a cooperação em um dos temas mais estratégicos para os países, que é o mercado regulado de carbono, é muito importante”, completou.”

Fonte: Valor Econômico; 13/11/2025

BNDES capta R$ 21 bi com instituições de fomento para investimentos em projetos sustentáveis

“O BNDES aproveitou a COP30, a conferência anual das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, que ocorre pelo menos até o próximo dia 21 em Belém (PA), para anunciar, nesta quarta-feira, a captação de R$ 21 bilhões junto a instituições de fomento da Alemanha, da França, da Itália, do Japão e mais o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Desse total, R$ 8,8 bilhões (1 bilhão de euros mais US$ 500 milhões) irão pata o Fundo Clima, mantido pelo Ministério de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA) e operado financeiramente pelo BNDES. Segundo o presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, “esses R$ 21 bilhões são mais uma grande entrega do BNDES, a instituição que mais financia a transição energética no planeta, na COP30”. Foi a segunda rodada de captações bilionárias para o Fundo Clima neste mês. Semana passada, nos primeiros dias da reunião de cúpula de líderes que antecedeu à COP30, o Tesouro Nacional anunciou a captação no exterior de US$ 1,5 bilhão em “títulos verdes”, que também deverão ser destinados ao Fundo Clima — as duas emissões anteriores desse tipo tiveram esse fim. A capitalização do Fundo Clima tem sido uma das principais estratégias da atual gestão do BNDES para aumentar o poder de fogo em recursos subsidiados, com juros abaixo dos de mercado, sem mexer na TLP, a taxa de referência do banco de fomento, que segue as cotações dos títulos da dívida pública da União.”

Fonte: Globo; 12/11/2025

Bancos de desenvolvimento europeus e BID aportam R$ 10,6 bilhões no Fundo Clima

“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a captação de R$ 10,6 bilhões para o Fundo Clima, mecanismo do governo brasileiro para financiar projetos de descarbonização e de adaptação às mudanças climáticas. O fundo é administrado pelo BNDES e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Instituições financeiras de desenvolvimento europeias vão aportar R$ 7,89 bilhões para financiar projetos de transição climática. Ele é liderado por três bancos: o alemão KfW, o italiano CDP e a agência de desenvolvimento francesa, a AFD. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinou uma carta de intenções para viabilizar outro empréstimo, no valor de R$ 2,67 bilhões (US$ 500 milhões). A proposta ainda passará por revisões técnicas. “As captações sinalizam que estamos no caminho certo rumo a uma economia de baixo carbono”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em evento realizado na COP30. Ele destacou que a operação demonstra o fortalecimento da cooperação entre entre Brasil e União Europeia. A captação é significativa se considerarmos o orçamento do fundo nos últimos cinco anos. Somando ambos os anúncios, o Fundo Clima irá ganhar um incremento de 29%. Entre 2020 e 2025, considerando valores pagos e autorizados pelo governo federal, o veículo de financiamento conta com R$ 36,3 bilhões, segundo dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), do Ministério do Planejamento, compilados pelo Instituto Talanoa.”

Fonte: Capital Reset; 12/11/2025

Governo federal anuncia primeira concessão de reflorestamento com créditos de carbono

“Depois de dois anos de espera, o governo federal colocou ontem na rua o primeiro leilão para concessão ao setor privado de uma área na Amazônia para reflorestamento com remuneração via créditos de carbono. A área a ser concedida para gestão privada, pelo prazo de 40 anos, é a Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro, no município de Porto Velho (RO), que tem 98 mil hectares. “Plantar árvores é a forma mais barata e eficiente de remover carbono da atmosfera, e o carbono é o meio para poder fazer essa restauração”, disse Garo Batmanian, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente responsável pela gestão de áreas públicas de florestas.  A Flona foi dividida em dois lotes, que, eventualmente podem ser arrematados pela mesma empresa, se esta ofertar os melhores valores em ambos. Considerando os dois lotes, a área total a ser restaurada é de 15 mil hectares. Os outros 83 mil hectares, que não foram desmatados, terão que ser conservados pelas concessionárias. O edital da concessão foi publicado e o anúncio da concessão saiu no diário oficial de hoje (12). “Isso é muito inovador, porque não faz sentido restaurar se o desmatamento continuar ocorrendo”, diz Renato Renato Rosenberg, diretor de concessões do SFB.”

Fonte: Capital Reset; 12/11/2025

Invasão na COP30 que terminou com segurança ferido repercute na imprensa internacional

“A invasão por manifestantes a Blue Zone da COP30, em Belém (PA), ocorrida na terça-feira, repercutiu na imprensa internacional. O protesto terminou com um segurança ferido e bloqueou temporariamente a saída do espaço onde ocorrem as negociações climáticas. O caso é investigado pela Polícia Federal. “Várias dezenas de homens e mulheres, alguns com cocares de penas de cores vivas, correram pela entrada”, descreveu o jornal britânico The Guardian. O veículo destacou que até o momento de publicação não estava claro qual grupo havia invadido a aérea. ‘”Finalmente, algo aconteceu aqui'”, disse Juan Carlos Monterrey-Gómez, negociador climático panamenho, ao The Guardian. Já a emissora BBC descreveu que os manifestantes carregavam placas com dizeres como “Nossas florestas não estão à venda”. O canal de televisão americano CNN, por sua vez, publicou: “Manifestantes forçam entrada no local da cúpula da COP30 e entram em conflito com a segurança”. “Manifestantes, alguns vestindo o que pareciam ser trajes indígenas tradicionais, invadiram a entrada da COP30, gritando palavras de ordem e chutando portas, antes de entrarem em confronto com os agentes de segurança, conforme mostram vídeos publicados online”, descreveu a BBC. “Manifestantes indígenas forçam entrada para fazer suas demandas serem ouvidas”, publicou o jornal francês Le Monde. Já o canal de televisão Al Jazeera, do Catar, afirmou que o protesto aconteceu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacar “as comunidades indígenas como atores-chave nas negociações da COP30 deste ano”.”

Fonte: Globo; 12/11/2025

Internacional

Há quatro ‘temas decisivos’ ainda sem consenso na COP30; veja quais são

“Após mais de oito horas de reuniões realizadas em três sessões, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, informou nesta quarta-feira (12) que prorrogou até sábado as consultas com as delegações dos países sobre os quatro temas sensíveis definidos no início da conferência. Segundo sinalizou, os países ainda não chegaram a um consenso sobre sobre questões que envolvem principalmente o financiamento climático para países em desenvolvimento. “Embora as discussões tenham amadurecido desde o início das consultas, ouvimos das partes que serão necessárias mais sessões para aprofundar o progresso e fortalecer o ambiente de confiança entre elas”, afirmou Corrêa do Lago em plenária. “Propomos, portanto, que as consultas continuem conforme acordado na abertura da COP.” O primeiro ponto, e o mais delicado neste momento, é o que trata do financiamento climático para países em desenvolvimento. Diante do cenário geopolítico conturbado e com a guerra entre Rússia e Ucrânia, os países europeus desenvolvidos estão menos abertos a direcionar dinheiro para o combate às mudanças climáticas e têm aumentado os gastos com rearmamento militar.”

Fonte: Valor Econômico; 12/11/2025

Países da União Europeia prontos para negociar ligação com mercado de carbono do Reino Unido

“Os países da União Europeia concordaram em iniciar negociações com o Reino Unido para conectar os mercados de carbono de ambos os lados, segundo um porta-voz da presidência dinamarquesa da UE nesta quarta-feira. A medida é vista como parte de uma reaproximação após a saída britânica do bloco. Ao vincular seus mercados de carbono, os dois lados isentariam um ao outro das respectivas tarifas de carbono na fronteira. No entanto, essa ligação dificilmente ocorrerá a tempo de evitar que empresas britânicas paguem a taxa da UE, que a partir de 1º de janeiro cobrará tarifas sobre importações de aço, cimento e outros produtos. Os embaixadores da UE concordaram por unanimidade, em reunião a portas fechadas, que as negociações devem avançar. A autorização formal deve ocorrer na reunião de ministros na segunda-feira, mas isso é considerado mera formalidade. A proposta é apoiada por indústrias europeias e britânicas, já que evitaria a cobrança da tarifa de carbono da UE — estimada pelo governo britânico em cerca de 800 milhões de libras por ano. Contudo, levará vários anos para implementar a conexão, devido à complexidade técnica dos sistemas. Enquanto isso, empresas britânicas continuarão sujeitas à taxa da UE. O Reino Unido planeja lançar sua própria tarifa de carbono apenas em 2027.”

Fonte: Reuters; 12/11/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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