Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,52% e 1,52%, respectivamente.
• No Brasil, a Embraer pode obter a certificação de sua aeronave elétrica em 2027, embora o novo presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Faierstein, tenha mencionado à Reuters que gostaria de atingir esse marco um ano antes – a Eve, subsidiária da Embraer, está entre as empresas que desenvolvem aeronaves movidas a bateria, um segmento visto como essencial para o crescimento futuro da terceira maior fabricante de aviões do mundo; e (ii) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem a concessão de R$ 2,5 bilhões para a Starnav adquirir embarcações de apoio ao setor de óleo e gás, além de R$ 356 milhões para a Cooperativa Agroindustrial Alfa passar a produzir biodiesel em Chapecó – com motorização híbrida com banco de baterias, as novas embarcações proporcionarão uma redução de cerca de 18% nas emissões de gases de efeito estufa em relação à frota atual, segundo o BNDES.
• No internacional, uma aliança que instala energia renovável em países em desenvolvimento quer investir cerca de US$ 7,5 bilhões em seu próximo plano de cinco anos, segundo executivos disseram à Reuters – a aliança obtém recursos gratuitos ou baratos de fontes filantrópicas ou governamentais para reduzir riscos de investimento e atrair financiamento de bancos multilaterais e do setor privado.
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Brasil
Empresas
Anac trabalha com 2027 como cenário realista para a certificação de eVTOLs da Embraer
“A Embraer pode obter a certificação de sua aeronave elétrica em 2027, mas o novo presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Faierstein, disse à Reuters que gostaria de atingir esse marco um ano antes. A Eve, subsidiária da Embraer, está entre várias empresas que desenvolvem aeronaves movidas a bateria que podem decolar e pousar verticalmente para transportar pessoas em viagens curtas, um segmento visto como essencial para o crescimento futuro da terceira maior fabricante de aviões do mundo. A Eve, que já acumulou quase 3 mil pedidos potenciais antes da produção, atualmente, espera que sua aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) entre em serviço em 2027, um ano depois do planejado inicialmente. Faierstein disse em uma entrevista no domingo (21) que a agência reguladora faria o possível para ajudar a Embraer a certificar a aeronave no ano que vem. “Vamos trabalhar com 2027, mas nossa meta, nosso desejo, é ser em 2026”, disse Faierstein em paralelo à Feira de Inovação da Organização da Aviação Civil Internacional em Montreal, que termina nesta segunda-feira (21).”
Fonte: Valor Econômico; 23/09/2025
Crivella Química expande produção e distribuição com estratégia sustentável
“Em um setor pressionado por clientes cada vez mais exigentes em relação a sustentabilidade, a gaúcha Crivella Química aposta em um modelo que una sua história quase centenária com inovação verde. Especializada em produtos de higienização profissional — de detergentes a desengraxantes usados por hotéis, cozinhas industriais e metalúrgicas — a companhia vem acelerando seus investimentos em ESG, área que já representa parte relevante do faturamento. “Muitas vezes os clientes nos procuram justamente pelo nosso programa de logística reversa. Hoje, muitas empresas enxergam as emissões e esses subprodutos, que são as embalagens, não mais como resíduos ou lixo, mas sim como matéria-prima ou insumo para um novo ciclo de formação”, explica o CEO da empresa, Gustavo Crivella. A Crivella projeta manter em 2025 o ritmo de crescimento de 20% ao ano registrado nos últimos cinco anos. Nesse período, Gustavo afirma que a produção da empresa avançou de 12 milhões para 38 milhões de litros de produtos e a rede de distribuidoras se expandiu de uma para nove unidades, com presença em cidades como Guarulhos (SP), Ribeirão Preto (SP), Curitiba, Manaus e Macaé (RJ).”
Fonte: Valor Econômico; 23/09/2025
“A energia renovável é um grande valor agregado para empresas que querem entrar no Brasil, segundo Thomas Kwan, vice-presidente de inovação da Schneider Electric. “Isso é uma espécie de imã”, afirmou no Brasil US Energy and Tech Forum 2025, realizado nesta segunda-feira em Nova York pelo Valor em parceria com a Amcham. Segundo Kwan, ainda há um gargalo em conseguir distribuir a energia limpa. Daqui em diante, acredita, a questão será menos sobre infraestrutura tradicional e mais sobre infraestrutura digital construída pensando em eliminar gargalos. E o lado da demanda pode ser importante nisso, acrescentou. A situação geopolítica atual, com conflitos e tarifas, gera incertezas, segundo Roman Kramarchuck, head de transição energética da S&P Global, afirmou no mesmo painel. A situação impacta a adoção de tecnologias de energia limpa em relação a combustíveis fósseis. “Em um momento que (Donald) Trump busca a dominância na energia ele vai buscar onde os Estados Unidos dominam, que é no combustível fóssil, gás natural e petróleo”, afirmou. De acordo com o executivo, existem diferenças, globalmente, nos investimentos em energias renováveis. No Brasil, por exemplo, o Rio de Janeiro está apostando na diversidade energética, segundo Marcelo Felipe Alexandre, subsecretário adjunto de economia do Mar do Estado do Rio de Janeiro. Há desde energia solar até nuclear.”
Fonte: Valor Econômico; 22/09/2025
Política
“A experiência do Rio de Janeiro com combustíveis fósseis deve migrar para indústrias de energias renováveis, segundo Marcelo Felipe Alexandre, subsecretário adjunto de Economia do Mar do Estado. “Temos ciência de que tem que ser uma transição com responsabilidade social, não adianta acabar com empregos de uma área sem criar em outras”, afirmou. Segundo Alexandre, a mudança para os renováveis é necessária. “Temos que migrar. O combustível fóssil é finito. Não vai ser amanhã mas teremos que estar preparados para isso”, afirmou durante o “Brazil-US Energy and Tech Forum 2025”, organizado pelo Valor em parceria com a Amcham em Nova York nesta segunda-feira. O Rio de Janeiro representa 90% da produção de óleo e gás no Brasil, aproximadamente, mas também investe em outras fontes de energia. “Temos certeza que a transição é necessária e já iniciamos a transição energética no Rio”, afirmou. Até 2030, a previsão é de crescimento da produção de óleo e gás no Estado, mas, segundo o subsecretário, um dia essa produção acaba. O Estado tem a primeira Secretaria de Economia do Mar no país e entre os projetos em andamento está um empreendimento em eólicas offshore, com previsão de investimento de R$ 85 bilhões nos próximos anos. E a secretaria lançou recentemente o programa Empregos Azuis para preparar a mão de obra para essa transição.”
Fonte: Valor Econômico; 22/09/2025
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta segunda-feira (22/9), a concessão de R$ 2,5 bilhões para a Starnav adquirir embarcações de apoio ao setor de óleo e gás, além de R$ 356 milhões para a Cooperativa Agroindustrial Alfa passar a produzir biodiesel em Chapecó (SC). O financiamento à Starnav corresponde a pouco mais de 88% dos quase R$ 2,9 bilhões que serão investidos na aquisição de oito embarcações, todas com capacidade de 5,5 mil tonelagem de porte bruto (TPB), maior que a da frota atual, de 4,5 mil TPB. Com motorização híbrida com banco de baterias, as novas embarcações proporcionarão uma redução de cerca de 18% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em relação à frota atual, segundo o BNDES. Quatro embarcações serão de abastecimento de plataforma (PSV, do inglês platform supply vessel) e quatro, de resposta a derramamento de óleo (ORSV, oil spill recovery vessels). O estaleiro que vai realizar as obras fica em Itajaí (SC) e pertence ao grupo chileno Detroit, que também controla a Starnav. Após a conclusão, as embarcações serão afretadas pela Petrobras, em contratos de 12 anos de duração, para o apoio à produção de petróleo e gás offshore. O financiamento será viabilizado com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM).”
Fonte: Eixos; 22/09/2025
Silveira promete CNPM em outubro e política de minerais críticos para este ano
“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), disse nesta segunda-feira (22/9), em evento setorial em Minas Gerais, que a instalação do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) acontecerá em outubro, em reunião que contará com a presença do presidente Lula (PT). A data da reunião, no entanto, ainda não foi confirmada. A intenção do ministro é utilizar o colegiado para discutir uma política nacional para minerais críticos e estratégicos, em meio a uma demanda crescente. Em seu discurso, Silveira afirmou que a Política Nacional de Minerais Críticos — prometida há mais de dois anos pelo MME — será lançada ainda este ano e que o ministério fará um mapeamento geológico mais acelerado. “No mesmo dia, o meu primeiro ato será propor a criação de um conselho estratégico para garantir a soberania e o fortalecimento das cadeias de minerais estratégicos. São medidas para garantir a soberania energética e a segurança alimentar, por meio de alianças geopolíticas para fortalecer os investimentos internacionais no país”, anunciou. O movimento do Executivo ocorre em paralelo ao avanço, na Câmara, do PL 2780/2024, de autoria do deputado Zé Silva (Solidariedade/MG) e sob relatoria de Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), que estabelece diretrizes para fomentar a pesquisa, lavra, transformação e industrialização de minerais essenciais para a transição energética. O texto passou a tramitar em regime de urgência na semana passada, atendendo a expectativas do setor de ter o marco legal aprovado até a COP30, em novembro.”
Fonte: Eixos; 22/09/2025
Internacional
Política
Aliança de energia renovável apoiada por Bezos mira US$ 7,5 bilhões para países em desenvolvimento
“Uma aliança que instala energia renovável em países em desenvolvimento quer investir cerca de US$ 7,5 bilhões em seu próximo plano de cinco anos, segundo executivos disseram à Reuters. A iniciativa busca mais parceiros filantrópicos à medida que países ricos reduzem a ajuda governamental. A Global Energy Alliance for People and Planet (GEAPP), lançada nas negociações climáticas globais em 2021, já ajudou mais de 30 países a melhorar redes elétricas, instalar baterias de armazenamento e criar empregos na economia verde. A aliança obtém recursos gratuitos ou baratos de fontes filantrópicas ou governamentais para reduzir riscos de investimento e atrair financiamento de bancos multilaterais e do setor privado. A tarefa ficou mais difícil após a administração Trump reduzir o apoio à ajuda ao desenvolvimento e ao financiamento climático. Fundada pela Fundação IKEA, Fundação Rockefeller e Bezos Earth Fund, a GEAPP agora conta com parceiros como Reino Unido, Dinamarca, Banco Mundial e empresas privadas como a GE Vernova. Durante a Assembleia Geral da ONU e a Climate Week, o CEO Woochong Um afirmou que o grupo busca novas parcerias. A aliança também se prepara para a próxima conferência climática global no Brasil, em novembro, onde o financiamento para a transição energética dos países em desenvolvimento será tema central.”
Fonte: Reuters; 22/09/2025
Brasil e mais 16 países assinam carta por transição energética justa
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros 16 chefes de Estado e de governo assinaram, nesta segunda-feira (22/9), uma carta conjunta em defesa da transição energética justa e equitativa. O texto destaca a urgência em acelerar a produção e o consumo de energias limpas, tendo como referência os compromissos assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP28). A divulgação do acordo ocorre em Nova York, nos Estados Unidos, durante a abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e a realização da New York Climate Week. O documento também prepara terreno para as discussões que acontecerão na COP30, em Belém, no mês de novembro. O texto ressalta que os investimentos em energia limpa superam os destinados a combustíveis fósseis, mas alerta para desigualdades regionais, como o baixo financiamento em países africanos e asiáticos. Os líderes anunciaram ainda a criação do Fórum Global de Transições Energéticas ─ espaço de cooperação entre governos, bancos, empresas e instituições internacionais ─ para ampliar investimentos, reduzir riscos e apoiar países em desenvolvimento.”
Fonte: Eixos; 23/09/2025
Produção de fósseis afasta o mundo da meta de 1,5°C, aponta estudo
“As metas do Acordo de Paris estão por um fio. A produção de combustíveis fósseis esperada em 2030 é 120% maior do que seria compatível com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C em comparação com o período pré-industrial. Mesmo considerando um aumento de temperatura de 2°C, o volume ainda seria 77% maior. Essa é a principal conclusão do Production Gap Report, que analisa a produção planejada de combustíveis fósseis de 20 países responsáveis por 80% da oferta global, incluindo o Brasil. A lacuna entre os volumes projetados e o que seria compatível com as metas de Paris aumentou desde a última avaliação, feita em 2023. “Muitos países parecem presos a uma cartilha dependente de combustíveis fósseis, planejando ainda mais produção do que há dois anos”, afirma Derik Broekhoff, autor principal do estudo e diretor de políticas climáticas do Stockholm Environment Institute (SEI). O Brasil adota uma postura “ambígua” em relação a seus compromissos, segundo os autores. Em seu mais recente plano de descarbonização (NDC) entregue à ONU, o país promete uma redução de emissões entre 59% e 67% até 2035, em comparação com o ano base de 2005. O cumprimento desse objetivo depende essencialmente do controle do desmatamento e da adoção de novas práticas agrícolas: dois terços das emissões brasileiras vêm da devastação de vegetação nativa e da agropecuária.”
Fonte: Capital Reset; 22/09/2025
Alemanha e França fazem as pazes sobre hidrogênio nuclear
“As duas maiores economias da União Europeia (UE), França e Alemanha, estão cada vez mais alinhadas. O novo chanceler Friedrich Merz e o presidente Emmanuel Macron vêm construindo uma relação marcada por proximidade pessoal e convergência estratégica — inclusive em um tema historicamente divisor, a energia nuclear. No fim de agosto, uma nota conjunta entre Paris e Berlim sinalizou um marco político. Pela primeira vez em anos, os dois países se comprometeram a trabalhar juntos em propostas conjuntas para a transição energética da União Europeia. Uma delas, “a não discriminação entre todas as tecnologias energéticas líquidas zero e de baixo carbono em sua respectiva contribuição para as metas europeias de energia, sustentabilidade e clima”. Outras poderiam envolver “alterações específicas a algumas regras europeias relevantes para a energia”. A novidade abre caminho para a inclusão do chamado hidrogênio rosa, produzido a partir da eletrólise com eletricidade nuclear, entre as fontes aptas a receber subsídios do bloco. Enquanto Paris construiu uma das maiores matrizes nucleares do mundo — hoje cerca de 70% da eletricidade francesa vem de usinas do tipo, com planos de expansão de mais 13 gigawatts —, Berlim, após o acidente de Fukushima em 2011, iniciou um processo de desligamento das suas centrais, completado em 2023. A disputa se estendeu até a definição do que seria considerado hidrogênio renovável pela UE.”
Fonte: Eixos; 22/09/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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