O que é o Federal Reserve?
O Federal Reserve, também conhecido apenas como “Fed”, é o Banco Central dos Estados Unidos. Como outros bancos centrais no mundo, o Fed tem como função conduzir a política monetária do país e promover estabilidade e segurança para o sistema financeiro.
O sistema do Federal Reserve foi criado em 1913, como resposta a uma série de crises financeiras, e sua função foi ampliada e aprimorada desde então. A ideia era que o banco central funcionasse como um “banco dos bancos” e amortecesse o impacto das turbulências econômicas sobre a economia. Hoje, isso se traduz na condução do regime de metas de inflação: o Fed, por meio de diversos instrumentos de política monetária (principalmente a taxa básica de juros) tem como objetivo manter a inflação americana próxima a 2% no acumulado em 12 meses.
Diferentemente da maioria dos outros bancos centrais no mundo, inclusive o Banco Central do Brasil, que tem como objetivo e meta o controle da alta de preços (ou seja, da inflação), o Fed tem um “mandato dual” – ou seja, com dois objetivos primordiais. No caso, além do controle da inflação, o Fed tem o objetivo de promover o pleno emprego (no longo prazo, sem um parâmetro fixo, atingido através da estabilidade das condições financeiras).
O que é política monetária e por que eu deveria me preocupar com ela?
Política monetária se refere à gestão da quantidade de moeda – entende-se todo o tipo de dinheiro em circulação – em determinada economia, e assim, da variação dos preços. Em outras palavras, política monetária é um conjunto de medidas adotadas por bancos centrais para promover a estabilidade financeira e o controle da inflação.
Essa gestão é feita por meio de um conjunto de medidas implementadas por bancos centrais, sendo a principal delas o controle da taxa básica de juros – no Brasil, essa é a taxa Selic; nos Estados Unidos, são os “Federal Funds“.
A independência do banco central
Vale destacar que, embora o banco central seja uma instituição pública, a sua atuação tende a ser mais eficaz quando ele tem a garantia de sua independência. Ou seja, atua de maneira independente e autônoma do governo. O modelo de BC independente é adotado em muitos países, incluindo nos Estados Unidos e no Brasil (desde 2021).
A independência de um banco central assegurada por lei é um aspecto importante para a efetividade de sua política monetária. Isso porque, quando há independência formal, espera-se que ocorram tomadas de decisão independentes de interesses políticos de curto prazo – que podem colocar o controle dos preços em segundo plano. A independência formal do BC contribui para ancorar expectativas sobre a inflação no futuro e o controle controle da inflação.
Como o Fed determina a taxa de juros?
Como falamos, o banco central utiliza a taxa básica de juros como principal ferramenta para o controle de moeda em circulação na economia; ou seja, para o controle da inflação.
De maneira simplificada, quando a inflação está abaixo do desejado – considerando a meta de inflação – o banco central tende a reduzir os juros. Juros baixos barateiam o crédito, incentivam o consumo e aquecem a economia, elevando a pressão sobre os preços de bens e serviços na economia. Por outro lado, quando a inflação está acima do desejado, o banco central tende a elevar os juros – seguindo no efeito oposto e reduzindo a pressão sobre os preços.
Para tomar a decisão de elevar ou cortar os juros, os banqueiros centrais acompanham de perto dados de inflação, atividade, emprego e suas várias métricas para compreender o estado da economia. Alguns exemplos de dados monitorados pelo Fed são:
- CPI – inflação ao consumidor;
- PPI – inflação ao produtor;
- Deflator PCE – deflator da série de gastos de consumo pessoal; o seu indicador “núcleo” (que exclui itens voláteis como alimentos e combustíveis) é comumente referido como o indicador de inflação preferido pelo Fed;
- Non-farm Payroll – quantidade de postos de trabalho urbanos criados a cada mês, divulgada junto com a taxa de desemprego e dados de salários;
- Weekly Jobless Claims – pedidos semanais de seguro-desemprego.
O que mais afeta a política monetária?
As decisões política monetária são influenciadas por fatores que vão além do monitoramento de dados passados da economia, e uma parte grande do processo de análise passa por projetar cenários que levam em conta: (i) o ambiente externo, (ii) resposta dos indicadores nos meses adiante ao nível corrente de estímulos da economia, (iii) possíveis mudanças na política fiscal, (iv) confiança dos agentes econômicos e (v) expectativas.
As expectativas e a confiança dos consumidores, empresas e investidores em relação ao futuro da economia são monitoradas constantemente, pois uma parte relevante do sucesso da atuação do banco central depende da ancoragem das expectativas no médio e longo prazo, ou seja: a crença dos agentes de que a autoridade monetária será capaz de cumprir seu papel e levar a economia ao equilíbrio. Se as expectativas inflacionárias estiverem desancoradas ou a confiança estiver abalada, os bancos centrais podem ajustar seu curso de ação para restaurar a confiança e ancorar as expectativas, na tentativa de evitar uma disparada de inflação devido à inercia (inflação que se retroalimenta por conta de expectativas de novos aumentos de preços no futuro).
Choques de demanda e oferta também são fatores que influenciam preços. Um choque de demanda ocorre quando há uma mudança súbita e significativa na demanda agregada por bens e serviços, enquanto um choque de oferta refere-se a uma mudança inesperada e significativa nas condições de produção e oferta de bens e serviços. Enquanto um choque de demanda tende a poder ser resolvido por meio de política monetária, os choques de oferta tendem a ser mais persistentes e não tão responsivos.
Como a decisão do Fed repercute na economia?
Como falamos, o Fed determina a taxa básica de juros – no caso, a taxa dos Federal Funds (ou apenas Fed Funds).
Existem dois tipos de taxas dos Fed Funds: a taxa efetiva e a meta. A taxa efetiva é calculada como uma média ponderada de todas as taxas cobradas pelos bancos para empréstimos a outros bancos. Já a meta é especificada pelo comitê de política monetária (que vai ser explicado mais à frente).
Nos EUA, a meta para a taxa de juro é um intervalo, que serve como guia para os bancos centrais regionais e os bancos privados seguirem. Por exemplo, hoje, 24 de julho de 2023, a meta é o intervalo entre 5,00% e 5,25%.
Assim, conforme os bancos operam entre si utilizando essa taxa de juros referencial, essa se torna a taxa efetiva dos Fed Funds. Para eliminar uma eventual discrepância entre a taxa efetiva e a meta, o Federal Reserve pode realizar operações de mercado aberto – que são operações de compra e venda de títulos do Tesouro dos EUA.
Fonte: Federal Reserve. Adaptação: XP
O efeito da elevação ou redução dos Fed Funds será sentido na economia por diferentes “caminhos” – que é o que chamamos de canais de transmissão da política monetária. Destacamos esses abaixo:
- Poupança e investimento: A taxa básica de juros é referência para outras taxas da economia. Quando ela é alterada, a propensão dos consumidores de consumir e poupar é alterada por conta do retorno do mercado de capitais e do custo de tomar crédito para consumir;
- Crédito: A taxa básica de juros é o custo de referência dos bancos. Quando a taxa de juros cai, bancos tendem a reduzir as taxas de juros para seus empréstimos, estimulando a demanda por crédito, que por sua vez tende a elevar o consumo, a atividade econômica e os preços;
- Câmbio: A taxa de juros está profundamente associada ao nível da taxa de câmbio, uma vez que um aumento (ou redução) no diferencial de juros em relação aos juros de outras economias provoca entrada (ou saída) de capitais. Com mudanças na taxa de juros, preços de bens importados variam, provocando mudanças na inflação;
- Expectativas: Uma vez que ocorra alteração na direção da política monetária, os agentes da economia ajustarão imediatamente suas expectativas para o futuro, provocando mudanças no padrão de consumo e investimento antecipando o efeito sobre a economia real;
- Riqueza: Alterações na taxa de juros provocam variação nos preços de ativos. Uma redução de juros tende a provocar aumento no valor presente dos ativos, o que se traduz em um aumento do poder de compra das famílias.
Por fim, vale destacar que a economia leva um tempo para se ajustar à política monetária. Isto é, os efeitos completos da decisão de juros não são necessariamente sentidos imediatamente pela economia, o tempo entre a alteração de juros e a produção dos efeitos é conhecido como defasagem.
Como funciona a estrutura do Federal Reserve
O Fed é composto por 3 entidades: (i) o Board of Governors (conselho dos governadores, como são conhecidos os dirigentes dos bancos), uma entidade centralizadora; (ii) 12 Federal Reserve Banks, e (iii) o Federal Open Market Committee (FOMC).
Fonte: Federal Reserve. Adaptação: XP
O Board of Governors é uma entidade federal que reporta diretamente ao Congresso e tem a responsabilidade de regular o sistema do Federal Reserve, além de supervisionar os 12 Federal Reserve Banks. Ele é composto por 7 membros indicados pelo presidente e confirmados pelo Senado, cada um com mandatos 14 anos que expiram de forma escalonadas, com 1 mandato expirando a cada dois anos. As únicas exceções são o Presidente e do Vice-presidente, que têm mandatos de 4 anos.
Já os Federal Reserve Banks são entidades que representam 12 distritos dos EUA (Nova Iorque, Boston, Filadélfia, Richmond, Cleveland, Chicago, Atlanta, St. Louis, Dallas, Minneapolis, Kansas City, San Francisco) e compõem um sistema operacional descentralizado pelo país.
Cada Federal Reserve Bank é responsável por: (i) prover serviços financeiros; (ii) contribuir para a decisão de política monetária; e (iii) supervisionar os bancos comerciais do distrito. Eles funcionam como um “banco dos bancos” regionalmente, providenciando serviços financeiros e liquidez no sistema, além de serem responsáveis pela visão regional das condições econômicas, que são usadas nas decisões de política monetária da economia americana como um todo.
Fonte: Federal Reserve
Os Reserve Banks foram criados para que cada um funcionasse como um “banco central regional”, determinando suas próprias taxas de juros de forma independente. Porém, com a integração da economia americana e aumento de sua complexidade, a condução de política monetária exigiu que houvesse uma coordenação entre esses bancos centrais regionais.
Dessa forma, foi criado o Federal Open Market Committee, também chamado de “FOMC”, a principal autoridade a frente de decisões de política monetária no país.
O FOMC é composto por 19 membros, incluindo sete governadores do Fed e os presidentes dos doze bancos centrais regionais. Apesar de todos os membros do comitê participarem nas reuniões de política monetária, apenas doze deles tem direito de voto, definidos pelos sete governadores e apenas cinco presidentes dos doze bancos centrais regionais, dos quais o presidente do Fed de Nova Iorque tem mandato fixo; as outras quatro posições são determinadas com base rotativa entre presidentes dos outros bancos regionais, com duração de um ano.
Em resumo, apenas 12 membros do FOMC são votantes, sendo:
- Os 7 membros do Board of Governors;
- O presidente do Reserve Bank de Nova York;
- 4 membros rotativos dos 11 Reserve Banks restantes, com mandatos de 1 ano.
Apesar de 8 presidentes dos Reserve Banks não votarem nas decisões de juros, eles participam das discussões e contribuem para a visão do Comitê quanto à situação econômica do país.
Ademais, vale ressaltar que os membros do FOMC nem sempre têm visões parecidas sobre o cenário econômico. Alguns membros são conhecidos por acreditarem que juros mais altos são necessários para equilibrar a economia (chamados de hawkish). Por outro lado, há membros conhecidos por acreditarem que juros mais baixos são necessários para equilibrar a economia (chamados de dovish).
Falcões X Pombas
Frequentemente os termos hawkish e dovish são usados para caracterizar o comportamento dos dirigentes de um banco central, entenda:
(i) Hawkish – Aparentemente relacionado ao comportamento de soldados na Guerra da Independência dos EUA, a figura de um falcão está associada à coragem, força, rigidez. Em política monetária, faz referência ao comportamento de banqueiros centrais mais preocupados com o controle da inflação, menos lenientes com a alta de preços e o potencial distanciamento de sua meta.
(ii) Dovish – Faz referência a pombas como expressão contrária, é associada a autoridades monetárias mais lenientes com a inflação, que sugerem relaxamento da política monetária.
Por exemplo, na composição do FOMC de hoje, julho de 2023, temos que membros como Christopher J. Waller e Neel Kashkari são mais hawkish. Por outro lado, Lisa Cook e Austan Goolsbee são conhecidos por suas posturas mais dovish.
Estas opiniões por vezes divergentes são vistas como um fator positivo, incentivando diferentes pontos de vista e enriquecendo as reuniões do Comitê.
As reuniões do FOMC
As reuniões do FOMC são realizadas oito vezes por ano, geralmente em intervalos de aproximadamente seis semanas, e têm duração de dois dias. Durante essas reuniões, os membros do comitê discutem e avaliam a situação econômica dos Estados Unidos e do mundo, bem como as perspectivas futuras. Eles analisam uma variedade de indicadores econômicos, como dados de emprego, inflação, crescimento econômico, consumo, investimentos, condições financeiras, entre outros (conforme explicado em maior detalhe na seção O que afeta a política monetária).
Uma parte essencial das reuniões do FOMC é a análise do “Livro Bege” (Beige Book), que é um relatório resumido das condições econômicas em cada um dos distritos regionais do Federal Reserve. Os membros, então, avaliam o patamar corrente da política monetária e a necessidade de realizar alterações nas taxas de juros para estimular ou desacelerar a economia.
Ao final de cada reunião, o FOMC divulga um comunicado que resume as decisões e perspectivas do comitê em relação à política monetária. Além disso, o presidente do Fed realiza uma coletiva de imprensa para fornecer mais detalhes sobre as decisões tomadas, e responder as perguntas dos jornalistas.
Resumo das Projeções Macroeconômicas
Além do comunicado em si, a cada duas reuniões, o comitê divulga um documento importante chamado Resumo das Projeções Macroeconômicas (Summary of Economic Projections ou SEP, sigla em inglês). O SEP é divulgado trimestralmente, junto com as decisões de política monetária do FOMC.
O relatório contém uma série de projeções econômicas, incluindo estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego, taxas de juros e outras variáveis-chave. Essas projeções abrangem um horizonte de vários anos, geralmente cobrindo três anos fiscais e as perspectivas de longo prazo. As projeções agregadas são calculadas como a mediana das projeções individuais dos 19 participantes do FOMC.
Abaixo, mostramos o SEP publicado em junho de 2023:
O SEP é uma ferramenta importante para o mercado. Suas projeções econômicas podem influenciar as expectativas dos mercados em relação à política monetária futura, pois fornecem uma indicação de como os membros do FOMC veem a economia e como pretendem conduzir a política monetária nas próximas reuniões.
No entanto, é importante ressaltar que as projeções contidas no SEP são apenas estimativas e estão sujeitas a revisões à medida que novos dados econômicos se tornam disponíveis. As projeções também refletem as opiniões individuais dos membros do FOMC e não são necessariamente previsões precisas do futuro. Portanto, se novos dados divulgados surpreenderem a mediana das projeções no SEP para cima (ou para baixo), isso pode resultar em uma política monetária mais apertada (ou mais frouxa) adiante.
O que está acontecendo atualmente e o que esperar adiante?
Atualmente, os Estados Unidos estão enfrentando um período incomum de inflação muito elevada.
A pandemia, que começou no início de 2020, gerou gargalos significativos nas cadeias de produção globais, restringindo a oferta de bens e serviços. Ademais, o governo dos norte americano injetou uma grade quantidade de liquidez na economia para proteger os mais vulneráveis durante a pandemia, impulsionando o poder aquisitivo da população.
Consequentemente, com restrições do lado da oferta combinado com uma demanda agregada mais forte, os preços de bens e serviços começaram a subir consideravelmente. Esse problema foi exacerbado pela eclosão da guerra na Ucrânia em 2022, que provocou uma alta substancial dos preços de produtos energéticos e agrícolas mundialmente. A inflação acumulada em doze meses chegou a atingir 9,1% em meados do ano passado, seu nível mais alto em mais de 40 anos.
Nesse contexto, o Fed foi forçado a reagir à alta da inflação e começou a subir os juros em março de 2022. Desde então, o banco central adotou uma conduta bastante agressiva de aperto monetário em um ritmo forte de elevação de juros e sem precedentes. Assim, o limite superior da taxa Fed Funds foi de 0,25% para os atuais 5,25% em apenas 10 reuniões do FOMC. Esse nível de juros é considerado bastante restritivo para o país.
Atualmente, mesmo com os juros em patamares altos, a economia dos Estados Unidos continua aquecida dado que:
(i) a inflação continua rodando em níveis muito acima da meta de 2%;
(ii) o mercado de trabalho está muito aquecido com a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos; e
(iii) a atividade econômica continua em trajetória de expansão.
Isso quer dizer que a política monetária restritiva não está funcionando? Provavelmente não! Como falamos acima, a política monetária funciona com um efeito defasado (ou seja, leva um tempo para que seus efeitos sejam sentidos na economia real). Nos Estados Unidos, pode demorar entre 1-2 anos até a economia reagir completamente às mudanças nas taxas de juros.
Portanto, a economia norte americana deve continuar desacelerando adiante. Com efeito, observamos alguns sinais iniciais de que a economia está começando a desacelerar na margem. O mapa de calor abaixo mostra os principais indicadores que afetam a decisão de juros nos EUA: inflação, mercado de trabalho, atividade econômica, e também outros como a nível do dólar e preços de combustíveis (que influenciam a inflação).
Quando estas medidas esquentam (vermelho), isso tende a indicar a necessidade de uma política monetária contracionista, ou seja, juros elevados. Por outro lado, quando as variáveis esfriam (azul), a tendência de de uma política monetária expansionista (juros baixos).
A partir dele, criamos um modelo que agrega todas essas informações em um único índice, mostrado abaixo. Conforme ilustrado, o índice permanece acima de zero, sugerindo que as pressões persistem, o que requer uma política monetária contracionista. No entanto, essas pressões vêm diminuindo aos poucos nos últimos meses, mostrando que a economia está voltando ao equilíbrio gradualmente.
Na nossa visão, o atual estado da economia “ainda quente, embora esfriando” é consistente com a necessidade de uma política monetária em níveis restritivos por mais tempo. Assim, olhando para frente, a tendência é de a economia enfraquecer em meio a juros elevados.
É provável que a atividade econômica entre em período de contração moderada, e o mercado de trabalho deve ficar menos apertado. É um remédio amargo, porém necessário para reequilibrar a economia dos Estados Unidos e garantir a estabilidade de preços no longo prazo.
Conforme a inflação comece a mostrar sinais mais claros de convergência à meta de 2%, o Fed deve encontrar espaço para começar a reduzir os juros ao longo de 2024, visando levar os juros para patamares neutros. No entanto, é improvável que os juros nos Estados Unidos retornem para patamares próximos a 0% no médio prazo, como foi nos últimos 10 anos.
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