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Economia em Destaque: Incertezas fiscais trazem volatilidade aos ativos brasileiros

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário internacional, o destaque foi a política monetária, com divulgação das atas das últimas reuniões do Fed e do BCE (bancos centrais dos EUA e da Zona do Euro, respectivamente). Casos de Covid na China voltam a preocupar, mas autoridades do país decidiram por não aumentar restrições à mobilidade.

No Brasil, o foco continua sendo a PEC da transição, ainda sem um texto final. Senadores apresentaram propostas alternativas e o tamanho do waiver no próximo ano ainda é uma incerteza. O IPCA-15, prévia da inflação de novembro, veio abaixo do esperado e corrobora nosso cenário de desinflação.

Cenário internacional

Ata da reunião de política monetária dos EUA indica redução de ritmo nas altas de juros

O Fed (banco central americano) publicou a ata de sua última reunião de política monetária. A decisão de aumentar as taxas de juros em 0,75pp pela quarta vez consecutiva foi justificada pela necessidade de tornar a política monetária “suficientemente restritiva para ajudar a aliviar os desequilíbrios de oferta e demanda e retornar a inflação para 2%.” O Comitê justificou nível terminal das taxas de juros mais elevado devido à persistência das pressões inflacionárias. Porém já outro, as autoridades sinalizou uma redução do ritmo de altas devido à evolução dos indicadores. A nosso ver, a ata abre espaço para uma possível desaceleração no ritmo de aperto para alta de 0,50pp em dezembro e duas altas adicionais, de 0,25pp cada, levando a taxa terminal ao intervalo entre 4,75-5% a.a.

Ata do Banco Central Europeu reforça a necessidade de continuar elevando juros

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou a ata de sua última reunião de política monetária, realizada nos dias 26 e 27 de outubro. Naquela ocasião, o banco central subiu as taxas de juros de referência em 75 pontos-base pela segunda vez consecutiva. Com isso, a taxa de refinanciamento, a taxa de empréstimo e a taxa de depósito ficaram em 2,00%, 2,25% e 1,50%, respectivamente. De acordo com o documento, “houve clareza de que as taxas de juros precisariam ser elevadas ainda mais para o cumprimento da meta de inflação a médio prazo”, e sinalizaram que os juros precisam atingir níveis contracionistas.

Casos de Covid na China seguem aumentando

Os casos diários de Covid na China atingiram um novo recorde, superando o pico de abril. A maioria dos casos é assintomático. A propagação da doença pressionou os líderes da China, que recentemente decidiram não acionar medidas anti-covid mais duras para não prejudicar a recuperação econômica.

Enquanto isso, no Brasil…

PEC da Transição segue em foco

A proposta de emenda constitucional que permitiria gastos acima do teto em 2023 continua em foco, ainda sem um texto final. A imprensa local reporta que o Congresso não permitirá que o governo aumente os gastos muito acima dos R$ 70 bilhões necessários para manter o programa Auxílio Brasil em 600 reais por pessoa. Os senadores Tasso Jereissati e Alessandro vieira enviaram propostas alternativas nesta linha. As incertezas, porém, permanecem.

A incerteza fiscal segue trazendo volatilidade aos ativos brasileiros. Os juros futuros subiram em todos os vértices, enquanto a taxa de câmbio chegou a 5,41 reais por dólar (contra 5,33 no fechamento da semana anterior). A bolsa terminou a semana com queda de 3% em relação ao fechamento da semana anterior.

IPCA-15 corrobora cenário de desinflação gradual

IPCA-15 variou 0,53% entre outubro e novembro, abaixo da nossa expectativa e do consenso de mercado (0,58% e 0,55%, respectivamente). Assim, o índice mostrou alta de 5,35% no acumulado do ano e de 6,18% nos últimos 12 meses (recuo em relação aos 6,85% registrados na leitura anterior). As principais surpresas positivas vieram dos grupos de Alimentação no Domicílio e Serviços, este último sendo mais importante para a dinâmica da desinflação.

Projetamos elevação de 5,8% para o IPCA em 2022. Para 2023, por sua vez, prevemos aumento de 5,2%. Tal estimativa assume como premissa da reoneração de PIS/COFINS sobre combustíveis, com impacto altista ao redor de 0,50pp sobre o IPCA geral. Todavia, os riscos fiscais crescentes e seus impactos potenciais sobre a dinâmica da taxa de câmbio e as expectativas de inflação de médio prazo precisam ser monitorados com bastante cautela, já que podem alterar as perspectivas para o IPCA.

O que esperar para a semana que vem?

No cenário internacional, os destaques serão dados dos Estados Unidos, que divulgarão o PIB do 3º trimestre e dados de mercado de trabalho de novembro e o deflator PCE de outubro, importantes para a definição dos próximos passos da política monetária. O discurso de Jerome Powell, assim como a divulgação do Livro Bege, relatório de condições da economia americana, também estarão na mira do mercado.

No Brasil, a PEC da transição e a formação da equipe econômica continuam no centro das atenções. No terreno dos dados econômicos, teremos o PIB do 3º trimestre, dados fiscais, de emprego e produção industrial de outubro.

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