Após um ano marcado por forte desvalorização, o real acumula alta de mais de 14% entre janeiro e setembro de 2025 – figurando entre as melhores performances das moedas emergentes no ano.
Fatores de naturezas distintas influenciam os movimentos da taxa de câmbio — incluindo choques externos, incertezas domésticas e a deterioração dos fundamentos macroeconômicos.
Enquanto fatores domésticos e globais estiveram por trás da força do dólar no ano passado, incluindo expectativas para as eleições nos Estados Unidos e incertezas político-fiscais no Brasil, a valorização do real observada esse ano é explicada primordialmente por elementos externos.
Olhando adiante, simulamos três cenários alternativos para a taxa de câmbio. Os resultados variaram de 5,00 reais por dólar no cenário otimista a 6,30 no cenário pessimista. No cenário base, projetamos 5,50 reais por dólar ao final de 2025.
De uma das piores performances entre moedas emergentes em 2024, para destaque positivo em 2025, mas não sem (muita) volatilidade no caminho. De fato, o “vai e vem” do real é sempre um tema marcante.
Nesse contexto, a seguinte pergunta surge: “o que move o dólar?”. Mais precisamente, quais os fatores que explicam a movimentação da nossa taxa de câmbio?
Abaixo, detalhamos os principais elementos que explicam a variação do dólar, assim nossas expectativas para a taxa de câmbio adiante.
Como veremos a seguir, uma série de variáveis tende a impactar o comportamento da taxa de câmbio.
A dinâmica por trás dessa oscilação pode ser simplificada por uma relação entre oferta e demanda, uma vez que a taxa de câmbio representa o valor de uma moeda (no nosso caso, do real) em relação a outra (quase sempre, o dólar). Ou seja, quanto mais gente querendo comprar real e vender dólar, mais o real se valoriza. E a recíproca é verdadeira.
Entretanto, é possível destacar algumas das principais variáveis que impactam essa dinâmica – conforme a seguir.
1. Saldo das contas externas
As contas externas mostram as transações entre um país e o resto do mundo, e são registradas no Balanço de Pagamentos, e tem relação direta com a taxa de câmbio.
Essa relação vem do fato de que parte relevante do fluxo de capital estrangeiro que entra no Brasil é fruto de transações comerciais. De maneira simplificada: conforme a quantidade de produtos que vendemos ao mundo aumenta, ou então o seu preço fica mais caro, maior tende a ser o fluxo de capital estrangeiro no Brasil, valorizando a nossa moeda.
Uma vez que o Brasil é um dos maiores países exportadores de commodities do mundo, com bens como alimentos e petróleo respondendo por cerca de 60% do total das nossas exportações, flutuações nos preços desses insumos básicos no mercado global tendem a impactar a nossa taxa de câmbio.
Por exemplo, uma valorização esperada ou efetiva nos preços globais de minério de ferro ou soja – produtos exportados pelo Brasil – tende a levar a uma valorização do real (ou seja, redução da nossa taxa de câmbio em relação ao dólar).
2. Diferencial de juros
A diferença entre o patamar de juros no Brasil e outras economias tende a influenciar o fluxo de moeda entrando e saindo do país. Isso ocorre pois o retorno relativo entre taxas de juros é um fator central na análise de investidores para alocação de capital.
Isso significa que taxa de juros mais altas tendem a atrair mais capital. Ou seja, quanto maior o diferencial de juros entre o Brasil e outras economias (como a americana), mais investimentos podemos atrair, aumentando o fluxo de dinheiro estrangeiro e, consequentemente, valorizando a nossa moeda.
Vale destacar, no entanto, que o nível dos juros é apenas um fator na análise de alocação de capital, que inclui inúmeros outros elementos para definir a relação entre risco e retorno de um ativo e seu papel em diferentes alocações de investimento.
Fatores como o nível de estabilidade e previsibilidade jurídica e a percepção de risco político e fiscal são também essenciais para a atração (ou não) de fluxo de investimento estrangeiros – influenciando, também sua natureza (curto, médio, longo prazo – por ex.) e, portanto, seu efeito sobre a taxa de câmbio.
3. Cenário político e risco fiscal
Como vimos, a taxa de câmbio é uma variável macroeconômica. Ou seja, ela é consequência de uma série de movimentos na economia, como o fluxo comercial entre o Brasil e o resto do mundo, e a entrada de capital estrangeiro em busca de retornos, considerando o patamar dos juros.
Porém, ao mesmo tempo, moedas também são ativos financeiros. Portanto, elas também carregam a precificação de risco, assim como outros ativos negociados no mercado, como ações, títulos de renda fixa e fundos imobiliários.
E é aqui que entra a percepção de risco do país, que refletirá muito o cenário doméstico político, e principalmente o fiscal. De maneira simplificada, o risco fiscal constitui o risco calculado por investidores para alocar capital no Brasil – seja por meio de títulos públicos, títulos privados, ações ou mesmo em nossa moeda.
Quanto maior a incerteza em relação ao cenário político e das contas públicas do país, maior tende a ser o risco apreçado na moeda. Por exemplo, se houver a percepção de que o governo gastará além do possível para manter a inflação sob controle, o investimento inicial tende a perder grande parte do seu valor (real). Assim, maior a percepção de risco – e maiores os retornos exigidos por investidores, inclusive por meio da nossa moeda. Incertezas sobre questões como a estabilidade do arcabouço regulatório e legislativo também tendem a ter impacto similar em termos de percepção de risco.
Por isso, questões como dívida pública e regras fiscais, assim como incertezas político-eleitorais, influenciam bastante a cotação do dólar por aqui.
4. Cenário externo e aversão ao risco
Por fim, o cenário internacional também afeta o movimento da nossa taxa de câmbio. Nesse caso, por conta de como os investidores percebem o risco relativo e global.
Quanto maior o sentimento de incerteza no cenário global, mais investidores tendem a ser atraídos para investimentos tidos como “portos seguros”, como o próprio dólar e títulos da dívida americana, na direção contrária de investimentos considerados mais arriscados – como em países emergentes.
Por esse motivo, momentos de incerteza generalizada como os causados por crises geopolíticas, pandemias ou tragédias naturais tendem a prejudicar moedas mais fracas e favorecer moedas fortes, especialmente o dólar americano.
O Vai e Vem do dólar: a taxa de câmbio entre 2024 e 2025
A tempestade perfeita de 2024
Como falamos, a moeda brasileira se desvalorizou cerca de 25% no ano de 2024, saindo de R$/US$ 4,86 no final de 2023 para R$/US$ 6,18 no final de 2024. Razões internas e externas explicam esse movimento.
Do lado internacional, o destaque foi a mudança de perspectiva para os cortes de juros nos Estados Unidos. Ao final de 2023, esperava-se que o Fed (banco central americano) cortaria sua taxa básica em até sete reuniões ao longo do ano – ou seja, afrouxando a política monetária.
No entanto, diante de inflação persistente e economia ainda sólida, a autoridade acabou reduzindo os juros apenas em três reuniões, levando a taxa de referência de 5,50% para 4,50%. A mudança de rumos afetou quase todas as moedas emergentes, que enfraqueceram diante da manutenção de maiores retornos nos juros americanos.
Ainda, expectativas de que políticas sob o novo governo Trump impulsionariam a inflação também contribuíram para fortalecer o dólar. Boa parte da pauta econômica sinalizada pelo Republicano era associada a maiores pressões inflacionárias – como aumento das tarifas de importação, maiores restrições imigratórias, cortes de impostos. Deste modo, a expectativa de manutenção dos juros altos contribuiu para fortalecer o dólar globalmente no período pós-eleitoral – como podemos ver no gráfico abaixo.
Ao longo do ano, outros fatores globais também influenciaram o comportamento do real frente ao dólar. Esses incluíram a mudança de política monetária no Japão – onde a inesperada sinalização de aperto de juros contribuiu para o enfraquecimento de moedas emergentes – e o preço de commodities, que seguiu relativamente baixo.
Sobre o último, vale lembrar a forte correlação entre o real e os preços de insumos básicos – quanto mais elevados, maior tende a ser a valorização de nossa moeda.
Além dos fatores mencionados, que fortaleceram o dólar no mundo ao longo de 2024, questões domésticas também foram centrais para a fraqueza do real no período.
Dentre os principais elementos explicativos no cenário doméstico, vale o destaque para a piora das contas externas. A performance acima do esperado da economia brasileira (que encerrou o ano com crescimento acima de 3,0%) contribuiu para uma forte elevação de fluxos de importação e contratação de serviços estrangeiros – impactando diretamente o resultado de nossa balança comercial, e consequentemente, de nossa moeda.
Adeterioração fiscal que marcou o fim de 2024 também teve papel central no enfraquecimento do real. A percepção negativa de investidores quanto ao equacionamento das contas públicas brasileiras (já presente nos últimos anos) ganhou força adicional em dezembro, diante da frustração quanto ao pacote de contenção de despesas apresentado pelo governo.
Assim, em um contexto de moedas emergentes já fragilizadas, o aumento da percepção de risco fiscal contribuiu para levar o real para próximo do patamar de 6,30 por dólar.
Estamos de volta? Fatores por trás da valorização do real em 2025
Nesse ano, o comportamento do real vem apresentando dinâmica oposta à observada em 2024. Contrastando com a forte desvalorização do ano passado, o real valorizou mais de 14% entre janeiro e setembro de 2025.
Os fatores por trás dessa valorização são primordialmente de natureza global. Como ilustrado no gráfico abaixo, 2025 tem sido um ano de enfraquecimento generalizado do dólar – especialmente após o que ficou conhecido como “Liberation Day” (data em que o governo americano anunciou a elevação de tarifas de importação a mais de 180 países e blocos comerciais).
A política errática de Trump prejudicou a credibilidade do dólar, ao alimentar questionamentos sobre o papel de ativos americanos como “portos seguros” globais. Contrariando expectativas de um dólar forte, os receios iniciais do impacto inflacionário das políticas econômicas da nova administração Trump acabaram sobrepostos pelo crescente questionamento do privilégio exorbitante dos Estados Unidos e do consequente papel central dos ativos americanos na economia global.
Assim, em um contexto de “vai e vem” de tarifas de importação e escalada de conflitos diplomáticos entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais, ganhou força um movimento de rotação de investidores para além da maior economia do mundo – impactando diretamente o dólar, além dos mercados acionário e de renda fixa.
No Brasil, o impacto dessa dinâmica sobre o real tem sido misto – mas o dólar fraco tem falado mais alto. Por um lado, o fluxo de investimentos fruto da rotação para fora dos Estados Unidos tem nos favorecido, ao passo que a combinação de juros elevados e ativos historicamente desvalorizados contribui para atrair capital estrangeiro. Por outro lado, as incertezas do impacto das políticas de Trump sobre o Brasil tem elevado a percepção de risco sobre nossos ativos, especialmente após a escalada das tensões diplomáticas entre os governos. Por ora, entretanto, a tendência global de um dólar mais fraco tem prevalecido sobre os riscos domésticos.
Por fim, vale destacar que o cenário de inflação e juros segue central para o comportamento do dólar. Apesar da imprevisibilidade e incerteza institucional terem ganhado maior relevância nos últimos meses, o rumo da política monetária nos Estados Unidos segue um dos principais fatores de influência para o patamar do dólar no mundo. Afinal, como mencionado, quanto maiores os rendimentos oferecidos por títulos americanos (ou seja, maiores os juros), maior tende a ser o fluxo de capital, e mais apreciada a moeda.
Assim, a expectativa de queda de juros por parte do Fed é fator adicional para o contexto de dólar mais fraco no mundo. Apesar da inflação seguir acima da meta e de riscos latentes do impacto das tarifas sobre os preços, o enfraquecimento maior do que o esperado nos dados de mercado de trabalho fortaleceu expectativas de que o Fed retome o ciclo de queda dos juros. Com juros em queda nos Estados Unidos, a tendência global de um dólar relativamente mais fraco tende a se manter ao longo dos próximos meses.
O resultado desse verdadeiro “xadrez econômico”, entretanto, segue incerto. Portanto, apresentamos abaixo diferentes cenários do que esperar para o dólar adiante.
Para onde vai o dólar?
Como vimos, uma série de fatores de natureza distinta influenciam nos movimentos da taxa de câmbio.
Porém, enquanto alguns desses fatores podem apresentar maior previsibilidade relativa (como as transações comerciais, por exemplo), outros tendem a ser mais desafiadores de quantificar e projetar – como a percepção de risco político e o nível de aversão ao risco global.
Deste modo, diferentes modelos econométricos podem ser construídos para projetar o valor relativo da nossa moeda adiante, com cenários alternativos incluindo hipóteses diferentes para as diferentes variáveis que impactam o câmbio (incluindo as descritas na seção acima).
Nesse contexto, o que esperar para o dólar adiante?
Partindo do patamar entre 5,70 e 5,90 dólares observado nos primeiros dois meses de 2025, e tendo em vista o questionamento sobre a sustentabilidade desse nível de câmbio, realizamos um exercício econométrico que projeta a taxa de câmbio em três cenários diferentes. Tais quais:
Cenário base
Cenário otimista
Cenário pessimista
Abaixo, explicamos as principais premissas que usamos para cada cenário e os resultados obtidos.
Cenário Otimista: cortes de juros no Brasil e EUA, commodities em alta e dólar a 5,00 reais
No cenário otimista, admitimos que as tarifas de importação do governo dos Estados Unidos não afetam a inflação e o mercado de trabalho, que continuam a desacelerar gradualmente. O contexto permite que o Fed retome o ciclo de corte de juros, implementando uma redução total de 1,0 p.p. nos Fed Funds (equivalente à nossa taxa Selic) até o fim de 2025.
Tudo o mais constante, a redução das taxas de juros globais melhora as condições financeiras e expectativas de crescimento econômico global, valorizando os preços das commodities.
No Brasil, a atividade econômica desacelera gradualmente, sem impactos relevantes das tarifas sobre o crescimento do PIB. Ademais, o cenário para reformas econômicas a partir de 2027 se torna mais claro, reduzindo a percepção de risco-país. Consequentemente, as expectativas de inflação seguem caindo, alcançando 3,5% no horizonte relevante de política monetária. O contexto permite que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) inicie o ciclo de corte de juros em dezembro, o estendendo até que o nível terminal da taxa Selic atinja o nível neutro de 9,5%.
Nesse cenário, nosso modelo apontou para uma taxa e câmbio em torno de 5,00 reais por dólar.
Cenário pessimista: dólar mais alto no mundo e risco fiscal fortalecido no Brasil, câmbio atinge 6,30 reais
No cenário pessimista, assumimos que as tarifas de Donald Trump levam a inflação persistentemente alta nos Estados Unidos, com caráter permanente. Nesse cenário, o Fed (banco central) não corta juros neste ano, mantendo-o no patamar atual de 4,50%.
No pano global, desaceleração econômica desencadeada por um recrudescimento das tensões geopolíticas exerce pressão negativa sobre o preço das commodities e valoriza o dólar.
No Brasil, retornaríamos a um cenário similar ao observado no fim de 2024. Um cenário sem perspectiva para reformas fiscais a partir de 2027, e no qual discussões sobre dominância fiscal voltam a ganhar força.
O quadro descrito pressiona ainda mais a dívida pública, prejudicando a percepção de risco e o sentimento econômico dos agentes de maneira mais ampla. Consequentemente, o risco-país sobe. Ao mesmo tempo, observamos o aumento de pressões inflacionárias, exigindo uma taxa Selic restritiva por período mais prolongado.
Nesse cenário, nosso modelo apontou para uma taxa e câmbio em torno de 6,30 reais por dólar.
Cenário Base:
No cenário base, o anúncio de novos acordos comerciais reduz a tarifa efetiva de importação nos Estados. Conforme descrito em nosso relatório Brasil Macro Mensal, dentre as hipóteses, acreditamos que Donald Trump firmará acordos adicionais com parceiros comerciais chave, como México e China, estabilizando a alíquota efetiva de importação em patamar mais baixo do que o atual.
O Fed retoma o ciclo de cortes de juros, mas com cautela. Diante de dados mais fracos de mercado de trabalho, a autoridade monetária deve retomar a queda dos juros ao longo dos próximos meses. No entanto, uma vez que a economia americana deve seguir mostrando pressões inflacionárias derivada da elevação tarifária (mesmo que mais branda), entendemos que o ciclo de cortes deverá ser breve.
Para os preços das commodities, esperamos estabilidade. O crescimento econômico de grandes importadores de commodities do Brasil, como a China, deve permanecer moderado.
No Brasil, por sua vez, vemos desaceleração gradual e queda de juros no início de 2026. Esperamos uma desaceleração gradual do PIB neste ano – considerando impulsos adicionais de natureza fiscal e parafiscal implementados pelo governo. Nos preços, o cenário inflacionário de curto prazo deve seguir melhorando, refletindo principalmente o dólar mais fraco no ano, e condições favoráveis na produção de alimentos. Nesse contexto, o banco central deve iniciar o ciclo de cortes de juros na primeira reunião de política monetária de 2026 (janeiro).
Nesse cenário, nosso modelo apontou para uma taxa e câmbio em torno de 5,50 reais por dólar.
Conclusões
Como vimos, uma série de fatores de naturezas distintas influenciam os movimentos da taxa de câmbio — incluindo choques externos, incertezas domésticas e a deterioração dos fundamentos macroeconômicos.
A forte desvalorização do real em 2024, por exemplo, foi resultado tanto de eventos externos quanto domésticos. Esses incluíram expectativas sobre os juros nos Estados Unidos, a política monetária no Japão e incertezas político-fiscais no Brasil.
Já a valorização observada em 2025 deriva mais de fatores globais do que domésticos, mas o pano de fundo político-fiscal segue como risco para um cenário de desvalorização cambial por aqui – especialmente conforme nos aproximamos das eleições.
Nossas simulações econométricas apontaram para uma taxa de câmbio variando entre 5,00 reais por dólar no cenário otimista e 6,30 reais por dólar no cenário pessimista. Nosso cenário base prevê a taxa de câmbio em 5,50 reais por dólar ao final de 2025.
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4.13. Encarregado Pelo Tratamento de Proteção de Dados:Possuímos um responsável pela proteção de dados o qual inspeciona questões relacionadas a esta Política de Privacidade. Caso tenha alguma dúvida sobre como consultar seus dados e exercer seus direitos de titular, nos contate pelo e-mail: expert@xpi.com.br.
4.14. A sua informação pessoal poderá ser divulgada se solicitada por regras, regulamentações e se acreditarmos que essa divulgação é necessária para proteger os nossos direitos e cumprir com outros procedimentos, ordens judiciais, processos legais comunicados ou para estar em conformidade com corpos governamentais ou outras entidades reguladoras. Não somos responsáveis pelo uso indevido ou perda dos dados pessoais que não temos acesso ou controle. Ficamos também isentos de responsabilidade diante do uso ilegal e não autorizado dessa informação como consequência de uso indevido ou desvio das suas credenciais de acesso, conduta negligente ou maliciosa como consequência de atos ou omissões da sua parte ou de alguém autorizado em seu nome.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
5.1. É proibido compartilhar o link de participação, bem como a sua utilização para fins promocionais ou institucionais, sem o consentimento expresso e por escrito da XP e/ou das empresas do Grupo XP Inc., sob pena de pagamento de multa no valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), sem prejuízo do ressarcimento à título de indenização.
5.2. O titular e/ou portador do ingresso declara expressamente que leu, entendeu e concordou com este Regulamento e está plenamente consciente dos direitos e deveres aqui descritos.
5.3. O participante teve acesso, leu e compreendeu com o inteiro teor do (a) Código de Ética e Conduta, (b) Política de Compliance, (c) Política Corporativa de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro, ao Financiamento do Terrorismo e Ocultação de Bens, Direitos e Valores e (d) Política Anticorrupção, disponíveis no link: https://www.xpi.com.br/sobre-a-xp/compliance/, em conjunto denominadas (“Políticas”), as quais são parte integrante deste Regulamento, para todos os efeitos legais;
5.4. Fica desde já estabelecido que a XP, as empresas do Grupo XP Inc. e os demais participantes cumprem integralmente com os princípios e diretrizes estabelecidas pelo Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, concordando em cumprir e fazer cumprir, conforme o caso, com (a) respeitar o direito de livre associação e negociação coletiva de seus funcionários; (b) respeitar e promover a diversidade, abstendo-se de todas as formas de preconceito e discriminação, garantindo que nenhum empregado, fornecedor, parceiro e cliente receba tratamento discriminatório em função de sua raça, cor de pele, origem étnica, nacionalidade, posição social, idade, religião, gênero, orientação sexual, condição física, mental ou psíquica, estado civil, opinião, diretriz política, entre outros; e (c) defender e apoiar a erradicação da exploração sexual, assim como coibir o assédio sexual e moral em sua força de trabalho.
5.5. Para os fins desse Contrato, Grupo XP Inc. consiste na XP Inc., suas Controladas e Coligadas, consideradas em conjunto.
5.6. Fica desde já estabelecido que o presente Regulamento poderá ser cedido e/ou transferido, parcial ou integralmente, entre as empresas e afiliadas do Grupo XP Inc., mediante o prévio e expresso aviso aos participantes do Evento.
5.7. Fica eleito o foro da Capital do Estado de São Paulo, para solução de conflito ou discussão referente ao presente Regulamento.