Fundos de Infraestrutura, Real Estate e Distress Asset: Desafios e Oportunidades

Fechando o primeiro dia da Alternative Week, evento 100% online e gratuito da XP Investimentos sobre o universo dos Investimentos Alternativos, Amabile Rebeschini, analista de Fundos Alternativos da XP Investimentos, recebeu importantes convidados para falar sobre os desafios e oportunidades dos Fundos de Infraestrutura, Real Estate e Distress Asset.

Com Pedro Carraz, Gestor da XP Asset Management, Meton Morais, Sócio Senior e CIO da Starboard Asset, e Ralph Gustavo Rosenberg, Sócio e CIO da Perfin Investimentos, a conversa abordou a postura desses ativos no cenário pós-pandemia.

A evolução dos FIIs

Pedro Carraz vê os investimentos em Fundos de Infraestrutura & Real Estate como uma evolução natural aos Fundos Imobiliários. Com a consolidação e crescimento dos FIIs, a curiosidade e aprofundamento direciona aos alternativos, que abordam as propriedades em um estágio inicial e em uma realidade de mais risco e rentabilidade. O ponto de atenção fica pelo ciclo imobiliário, que é afetado pelas inseguranças que o cenário brasileiro oferece.

Setor com grande conexão ao imobiliário, os fundos de infraestrutura tem como diferencial a abrangência da cadeia como um todo, podendo investir em diversos estágios da operação. “Isso cria uma necessidade grande de entender onde você está investindo. Há uma preocupação muito grande com os dividendos, mas cada investimento tem uma taxa de retorno que é tão importante quanto esse dividendo”, destacou Ralph Gustavo Rosenberg, Sócio e CIO da Perfin Investimentos.

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Special Situations

Meton Morais avaliou as Special Situations como um “bom e barato”. “São empresas bem fundamentadas, com bom valuation, mas que por algum motivo passou ou passa por uma complexidade”, relevou o especialista. A participação em decisões e direcionamento é outro diferencial, que auxilia a recuperação da empresa.

As recuperações judiciais não são a única situação dentro dessa modalidade, abrangendo também leilões e problemas de sociedade e holding e dívidas. Dentro desse cenário, estudar e buscar o melhor gestor para seu perfil é parcela importante no processo de investimento.

Setores fortes no pós-pandemia

Com as realidades apresentadas pela pandemia, os especialistas apontaram dois setores que passarão a receber mais atenção nos fundos de infraestrutura e imobiliários: logística e residencial. Com uma malha logística de alto padrão ainda fraca no Brasil, Pedro Carraz identifica que o setor terá que se desenvolver para suprir o crescimento da demanda durante e após a pandemia e criará muita abertura para receber investimentos e crescer.

No Distress Asset, a ligação com a pandemia é clara, olhando para as empresas e setores que foram afetados pela dificuldade nesse período. Meton Morais, no entanto, alerta para um cuidado na escolha dessas situações, pois o cenário facilitou a abertura na busca de capital.

Ralph Gustavo Rosenberg acredita que a infraestrutura como um todo precisa de investimento no Brasil. No entanto, ele enxerga possibilidades nas segmentações de cada cadeia que precisam de mais atenção que outras. A transmissão de energia elétrica e a geração de energia eólica e solar são os principais. A regulação do Estado nas concessões também é um ponto de atenção para avaliar possíveis riscos.