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Vitrine XP – O que esperar dos resultados do 1T23

Confira nossa expectativa para os resultados do 1T23 para o setor de varejo

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Esperamos um primeiro trimestre mais fraco para o setor de varejo, com crescimento de receita mais suave e rentabilidade pressionada, por conta de fortes bases de comparação, clima desfavorável, renda disponível pressionada e sazonalidade do 1T tradicionalmente mais fraca, enquanto altas taxas de juros devem pressionar o lucro líquido das empresas mais alavancadas. O destaque positivo devem ser as varejistas de alta renda, com a Vivara, Grupo Soma e Arezzo apresentando a melhor performance, enquanto o varejo alimentar (Assaí) e farmácias (Panvel e RD) permanecem como os nomes mais resilientes operacionalmente. Apesar de o e-commerce se beneficiar de um cenário competitivo mais favorável, o ambiente macroeconômico permanece desafiador. Por fim, destacamos as varejistas de baixa/média renda como os destaques negativos.

Resultados mistos para o varejo discricionário, com as empresas focadas no público de alta renda sendo novamente o destaque, mas com crescimento desacelerando por conta de fortes bases de comparação. Quanto aos destaques negativos, notamos que as varejistas de baixa/média renda terão o crescimento de receita pressionado por conta do cenário macro, clima desfavorável e alto nível de inadimplência, enquanto os resultados de curto prazo devem permanecer desafiador para teses de recuperação/reestruturação como ALPA, NTCO e MLAS.

O varejo alimentar deve continuar apresentando resultados sólidos, com um forte crescimento de receita, embora desacelerando T/T, e rentabilidade pressionada devido aos fortes planos de expansão. Esperamos que Assaí e Grupo Mateus sejam os destaques, com sólido crescimento de vendas mesmas lojas e receita, dinâmica sólida de margem para ASAI e melhora na dinâmica de capital de giro para GMAT. Por outro lado, Carrefour Brasil e GPA devem ser os pontos negativos, devido aos desafios relacionados à integração do Grupo BIG e aos desafios macroeconômicos, respectivamente.

Uma leitura ainda desafiadora para o e-commerce. Esperamos que as empresas de e-commerce reporte resultados fracos do 1T23, com o cenário macro desafiador sendo um ofensor para a demanda de bens duráveis, parcialmente compensando o potencial benefício oriundo da fragilidade e recuperação judicial da Americanas, enquanto despesas financeiras continuam levando à um prejuízo líquido. Por fim, a geração de caixa deve ser negativa, em linha com a sazonalidade do primeiro trimestre.

As farmácias devem reportar resultados sólidos, apesar da forte base de comparação. Esperamos que o crescimento de receita permaneça sólido, apesar da forte base de comparação (Omicron + surto de gripe), impulsionados pela expansão orgânica e o forte reajuste de preços de 2022 (+11%). Quanto a rentabilidade, esperamos uma expansão de margem para RD e Panvel enquanto a Pague Menos deve ser pressionada pela maior participação do canal digital e pressões inflacionárias.

E-commerce

Enjoei (ENJU3)

Esperamos que a ENJU reporte resultados mistos no primeiro trimestre, já que o GMV continua a desacelerar, com queda de -11% no comparativo anual (estável no trimestre) para R$ 241 milhões, além de menores investimentos em marketing e tráfego reduzido devido ao retorno da sazonalidade de férias, mas com a melhora lucratividade. A taxa de take rate (com base na receita bruta) deve continuar a aumentar, subindo +0,4p.p no trimestre e +2,8p.p  no comparativo anual (para 16,5%), refletindo o foco da empresa na categoria de vestuário, otimização de incentivos e lançamento de novos fluxos de receita. Como resultado, a receita líquida deve crescer 16%, enquanto a margem bruta continua a crescer, +9,8p.p em relação ao ano anterior, devido a menores custos de logística e incentivos, enquanto o EBITDA Ajustado (excluindo o plano de opção de compra de ações) deve permanecer negativo em -R$12 milhões. Por fim, estimamos um prejuízo líquido de -R$13 milhões.

Magazine Luiza (MGLU3)

Esperamos que o Magazine Luiza reporte resultados fracos no primeiro trimestre, com um crescimento tímido da receita, mesmo com a fragilidade da AMER, já que o cenário macro difícil continua pesando na demanda de bens duráveis, enquanto a implementação do Difal deve pesar na lucratividade. O GMV total deve crescer 9% A/A, suportado pelo GMV online crescendo +10% (1P em +5% e 3P em +20%), beneficiando-se da recuperação judicial da AMER, enquanto as lojas físicas devem registrar um SSS de +2,6%, devido à menor demanda por bens duráveis. Quanto à lucratividade, a margem bruta deve ser o destaque negativo, -0,9p.p no comparativo anual, já que os aumentos de preço para compensar a implementação do Difal foram distribuídos ao longo do trimestre, embora a margem EBITDA deva melhorar +0,6p.p por conta de eficiências operacionais. Por fim, esperamos um prejuízo líquido de R$202 milhões, enquanto a geração de caixa deva ser negativa, em linha com a sazonalidade do trimestre.

Via (VIIA3)

Esperamos que a Via reporte resultados fracos no primeiro trimestre com uma dinâmica mista de GMV e níveis de rentabilidade mais baixos, apesar ​​do cenário competitivo mais fragilizado com reestruturação da Americanas. O GMV total deve ficar estável (+2% A/A), suportado principalmente pelo canal físico (SSS +5% A/A), enquanto o GMV online continua em queda, já que o cenário macro fragilizado pressiona as vendas 1P (-15%), o que mais do que compensa a recuperação do canal 3P (+25%) após a mudança de foco para SKUs de cauda longa. Quanto à lucratividade, a margem bruta deve subir +0,3p.p no comparativo anual por conta de um ambiente competitivo mais racional, enquanto a margem EBITDA deve cair -100bps A/A devido à impactos não recorrentes registrados no 1T22, embora melhorando +100bps no trimestre. Por fim, esperamos um prejuízo líquido de R$ 272 milhões, com despesas financeiras mais pesadas, enquanto a geração de caixa deve permanecer negativa, em linha com a sazonalidade do trimestre.

Consumo discricionário

Alpargatas (ALPA4)

Esperamos que a Alpargatas entregue outro trimestre de resultados fracos, com uma dinâmica semelhante ao 4T22. Esperamos que a venda líquida consolidada tenha uma queda de -2,1% A/A, uma vez que os desafios macro continuam pesando nas operações do Brasil, e a fraca sazonalidade aliada aos ajustes estratégicos pesam também nas operações internacionais. A receita líquida do Brasil deve se manter estável A/A, já que os volumes pressionados (-12,5% A/A) devem ser compensados pelos recentes ajustes de preço, enquanto a margem bruta deve cair 1,3p.p. A/A com custos mais altos com centros de distribuição que foram alugados devido aos altos níveis de estoque, enquanto a margem EBITDA deve ser fortemente pressionada (-13,9p.p.) frente ao aumento de despesas e maiores investimentos em marketing. Na operação internacional, devemos ver uma dinâmica semelhante ao Brasil, com receita estável A/A por volumes pressionados (-10% A/A) e preço/mix positivo, além de uma rentabilidade pressionada, com margem bruta caindo 3,9p.p. A/A e margem EBITDA -14,4p.p.. Finalmente, projetamos um prejuízo líquido de -R$ 46 milhões.

Arezzo&Co. (ARZZ3)

Esperamos que a Arezzo&Co. entregue outro trimestre de resultados sólidos, com a receita líquida crescendo 24% A/A, impulsionada principalmente pelo forte desempenho da Reserva e Vans, embora com um desempenho sólido em todas as marcas do grupo, mesmo frente a uma base de comparação difícil e desafios climáticos no trimestre. Olhando para a rentabilidade, esperamos que a margem bruta tenha uma queda de 1p.p. A/A para -52,4% (-1.3p.p. T/T) devido ao mix de produtos e base de comparação difícil, enquanto a margem EBITDA deve compensar parte dessa pressão (-0,6p.p. A/A), refletindo o foco da empresa em eficiência, embora os investimentos contínuos em marca/marketing e iniciativas orgânicas devam continuar acontecendo. Finalmente, o lucro ajustado deve fechar o trimestre em ~R$ 61 milhões (+6% A/A).

C&A Brasil (CEAB3)

Esperamos ver outro trimestre de resultados fracos, com o crescimento da receita pressionado por base de comparação difícil, clima desfavorável, desafios macroeconômicos e um desempenho fraco da categoria de Fashiontronics frente à renda disponível apertada dos consumidores e competição com o e-commerce. Estimamos que a receita líquida cresça 3% A/A, enquanto a margem bruta consolidada deve subir 1,8p.p. A/A devido à dinâmica melhor da operação de vestuário, enquanto esperamos que a margem EBITDA permaneça em patamares negativos (-5,7%), embora melhor A/A (+3,2p.p.). Por fim, estimamos um prejuízo líquido de R$ 123 milhões, impactado por despesas operacionais e maiores despesas financeiras.

Grupo SBF (SBFG3)

Esperamos um trimestre fraco para o Grupo SBF, com o desempenho de vendas da Centauro estável A/A frente ao cenário macro difícil, processo de fechamento de lojas e uma decisão estratégica de focar na rentabilidade, enquanto a Fisia deve apresentar crescimento sólido (+19% A/A), principalmente explicado pela expansão das lojas. Olhando para a rentabilidade, estimamos que a margem bruta ainda seja pressionada tanto na Centauro (-0,7p.p. A/A) quanto na Fisia (-2,7p.p. A/A), devido ao efeito do Difal e mix de canais, enquanto a margem EBITDA consolidada deve vir pressionada (-1,3p.p. A/A) pelo maior pagamentos de royalties e mix de canal/marca. Por fim, esperamos que o lucro líquido fique estável em R$ 37 milhões (-3% A/A) devido a resultados operacionais mais fracos e maiores despesas financeiras.

Grupo Soma (SOMA3)

Esperamos um trimestre sólido para o Grupo Soma, já que tanto a operação do “Soma ex-Hering” quanto a operação da Hering devem apresentar crescimento de receita, com a Hering superando seus concorrentes e as marcas de luxo abaixo do crescimento consolidado da ARZZ, mas com rentabilidade melhorando. Nós estimamos que a receita líquida consolidada tenha um crescimento de 11% A/A, com o Grupo Soma (ex-Hering) subindo 12,6% A/A, apesar de uma base de comparação difícil, e a Hering crescendo +9% A/A. Em termos de rentabilidade, esperamos uma expansão da margem bruta de +1,1 p.p A/A, impulsionada pela Hering (+2,2 p.p A/A, em 41,5%) e margem estável na operação do Grupo Soma “ex-Hering”, enquanto a margem EBITDA deve subir +1 p.p A/A devido a alavancagem operacional, apesar dos maiores gastos com marketing e pagamento de bônus. Por fim, estimamos que o lucro líquido seja de R$44 milhões (-18% A/A), devido a maiores despesas financeiras.

Guararapes (GUAR3)

Esperamos resultados mistos para o 1º trimestre da Guararapes, com um leve crescimento de receita devido às condições macroeconômicas desfavoráveis e pressão na rentabilidade devido às dinâmicas promocionais mais agressivas. Por outro lado, a operação da Midway deve apresentar resultados sequencialmente melhores (embora ainda abaixo do ano anterior), com a taxa de inadimplência estável e melhor em comparação com seus concorrentes. Sendo assim, estimamos que a receita líquida no varejo tenha um crescimento de 3,4%, com a margem bruta caindo 0,7 p.p A/A mas margem EBITDA melhorando A/A frente aos ganhos estruturais de buscas por eficiências da companhia e foco na rentabilidade do e-commerce. Quanto à Midway, esperamos outro trimestre com altos níveis de NPL, embora controlados sequencialmente e com EBITDA melhor T/T. Por fim, estimamos um prejuízo líquido de R$105 milhões por maiores despesas financeiras no trimestre.

Lojas Renner (LREN3)

Esperamos resultados fracos no primeiro trimestre, com o business de varejo enfrentando dificuldades macroeconômicas e climáticas, enquanto a Realize deve continuar sofrendo com altas taxas de inadimplência. Assim, estimamos que a receita líquida do varejo apresente um crescimento de 7,6% A/A, com margem bruta caindo -0,6 p.p A/A e margem EBITDA ainda pressionada (-0,7 p.p A/A), devido às despesas pré-operacionais do novo centro de distribuição da companhia e baixa diluição de despesas fixas. Quanto à Realize, esperamos que a unidade de negócios deva continuar contribuindo negativamente para o EBITDA do consolidado da companhia, piorando tanto A/A quando T/T (para R$-69 milhões), à medida que a empresa continua enfrentando altas taxas de inadimplência. Finalmente, estimamos um EBITDA consolidado de R$230 milhões (-40% A/A) e prejuízo líquido de R$-13 milhões.

Multi (MLAS)

Esperamos que o Multi reporte novamente resultados fracos, impactados pela transição do ERP e pelo cenário macro desafiador, que reduz a demanda por categorias de eletrônicos e bens duráveis. A receita líquida deve cair -28% A/A, impactada principalmente pelas categorias de Mobile Devices e Office & IT Supplies (-50% e –30%, respectivamente), uma vez que a mudança de ERP comprometeu a emissão de notas fiscais enquanto a demanda por parte de grandes varejistas permanece fraca. No quesito lucratividade, a margem bruta deve cair -4,4p.p A/A, por conta do mix de vendas e promoções mais pesadas, enquanto o EBITDA deve permanecer no território negativo (-R$48mn) por conta da desalavancagem operacional e maiores despesas logísticas. Por fim, estimamos um prejuízo líquido de -R$ 92 milhões.

Natura&Co. (NTCO3)

Esperamos que a Natura&Co. apresente outro conjunto de resultados fracos, uma vez que o cenário macroeconômico desafiador continua a ser um obstáculo para os resultados da Avon International, América Latina hispânica e The Body Shop, enquanto o Brasil e a Aesop devem permanecer em destaque. Na Natura&Co. LatAm, o Brasil deve continuar sendo o destaque, tanto nas marcas Natura quanto Avon, principalmente devido aos ganhos de produtividade, enquanto a difícil situação macroeconômica e a variação cambial continuam a pesar sobre a região da América Latina hispânica, resultando em uma queda nas vendas da NTCO LatAm (-3%). Na Avon International, a otimização da presença no mercado, juntamente com a guerra na Rússia e Ucrânia, devem continuar a afetar as receitas (-4% a/a em BRL), enquanto esperamos que as vendas da The Body Shop caiam -16% (vs. -21% em BRL no 4T) uma vez que ainda está enfrentando dificuldades para equilibrar o canal de vendas e os níveis de estoque dos franqueados. Quanto à Aesop, esperamos que a marca continue a crescer com sua entrada na China e lançamento de novas categorias, com vendas subindo +12% a/a (em BRL), embora com lucratividade pressionada. No geral, estimamos uma receita líquida consolidada de R$7,7 bilhões (-6% a/a) com um EBITDA Ajustado de R$622 milhões, resultando em uma margem de EBITDA de 8% (+80bps a/a), levando a um prejuízo líquido de R$348 milhões, além de resultados financeiros pressionados, enquanto o FCF deve permanecer em território negativo, em linha com a sazonalidade do trimestre.

Petz (PETZ3)

Esperamos outro trimestre de resultados mistos para a Petz, com um sólido desempenho na receita (+23% A/A), mas com margens ainda pressionadas devido à sazonalidade desfavorável do primeiro trimestre, plano de expansão e mix de produtos/canais, enquanto o e-commerce e a categoria de alimentos/rações estão ambos operando em níveis altos de penetração no consolidado da companhia. Portanto, estimamos que a margem bruta tenha uma queda de -1,6 p.p A/A (para 39,1%), com a margem EBITDA caindo -0,3 p.p A/A (para 6,6%) devido à alavancagem operacional, enquanto o lucro líquido ajustado deve fechar o trimestre em R$ 14 milhões (-31,8% A/A).

Track&Field (TFCO4)

Esperamos um trimestre misto à frente para a Track&Field, já que o crescimento da receita deve permanecer sólido, enquanto a lucratividade deve ser pressionada pelo mix de canais e investimentos estratégicos. Assim, estimamos que a receita líquida tenha um crescimento de +21% A/A, impulsionada tanto por crescimento de volume quanto pelo maior ticket médio, mesmo frente à base de comparação difícil (crescimento de vendas no 1T22 de +76,6% A/A), enquanto a margem bruta deve cair 0,7p.p. A/A por mix de vendas, enquanto a margem EBITDA deve ter a mesma pressão de 0,7p.p. A/A dado que a companhia teve impactos positivos pontuais no 1T22 que devem compensar a alavancagem operacional do 1T23, enquanto os investimentos estratégicos e pressão na margem bruta seguem sendo ofensores para a rentabilidade da companhia. Por fim, o lucro líquido deve fechar o trimestre em R$ 23 milhões (+15% A/A).

Vivara (VIVA3)

Esperamos que a Vivara reporte resultados sólidos no 1T23, com forte crescimento de receita apesar da base de comparação difícil, e expansão da margem bruta uma vez que a marca Life continua contribuindo positivamente para o consolidado da companhia. Portanto, estimamos que a receita líquida cresça 16% A/A, sendo a margem bruta o destaque do trimestre (+0,9 p.p A/A, atingindo 68,5%), beneficiada pela maior participação da Life nas vendas. Em relação ao EBITDA (ex-IFRS), estimamos um crescimento de 9% A/A, enquanto a margem EBITDA deve vir ligeiramente pressionada (-0,9 p.p A/A) devido às despesas pré-operacionais com a abertura das lojas da Life. Por fim, esperamos que o lucro líquido seja de R$ 46 milhões.

Vulcabras (VULC3)

A Vulcabras deve reportar fortes resultados no primeiro trimestre, com um sólido crescimento na receita e uma tendência de melhoria na rentabilidade. Esperamos que a receita líquida cresça 16% em relação ao ano anterior, impulsionadas por aumentos de preços e crescimento do volume em todas as marcas, com o forte desempenho do canal de comércio eletrônico. Em relação à rentabilidade, a margem bruta deve subir +2,9p.p em relação ao ano anterior, suportada por sinergias operacionais e uma maior penetração digital, enquanto esperamos que a margem EBITDA aumente +2,1p.p, uma vez que os pagamentos de royalties das marcas e os maiores investimentos em marketing compensam parcialmente a expansão da margem bruta. Finalmente, estimamos um lucro líquido de R$78 milhões.

Varejo alimentar

Assaí (ASAI3)

Esperamos que O Assaí entregue resultados mistos, com forte crescimento na receita e rentabilidade mais controlada, apesar das despesas pré-operacionais das conversões do Extra, mas com a margem líquida pressionada pela alavancagem financeira. Estimamos que as vendas cresçam 32% A/A, impulsionadas pelo aumento nas vendas mesmas lojas (em +7,2%) e pelo forte plano de expansão (+46 lojas nos últimos 12 meses). Em relação à rentabilidade, esperamos que a margem bruta fique estável A/A, em 16% (vs. -0,5 p.p do Atacadão), uma vez que a contribuição positiva do Extra mais do que compensa as dinâmicas promocionais mais agressivas para apoiar a renda disponível apertada, enquanto a margem EBITDA deve cair -0,4 p.p A/A (em 7,2%) devido às despesas pré-operacionais das conversões. Finalmente, estimamos um lucro líquido de R$49 milhões (-77% A/A), resultado de despesas financeiras mais altas devido ao aumento das taxas de juros.

Carrefour (CRFB3)

Esperamos que a companhia entregue resultados mistos no 1T23. As vendas preliminares já foram divulgadas (veja nossa análise aqui), com vendas consolidadas subindo +31% A/A, impulsionadas principalmente pela integração do BIG, enquanto as vendas mesmas lojas (ex-postos) foram de 6%, com números semelhantes para o Atacadão e a operação de varejo. Analisando a rentabilidade dos segmentos: (i) no Atacadão, esperamos ver margens pressionadas novamente, com margem bruta caindo 0,5 p.p A/A e EBITDA caindo 1,6 p.p A/A, para 5,3%, devido às despesas operacionais do BIG e ao processo de conversão; (ii) no varejo, esperamos uma margem bruta melhor A/A (+3,8 p.p) em razão de dinâmicas promocionais menores e da contabilização de vendas do BIG (incluindo as taxas do Hypercard), mas quase compensada pelo processo de integração do BIG no nível da margem EBITDA (+0,3 p.p A/A); (iii) a operação do CSF Bank deve continuar apresentando resultados fracos, por conta das altas taxas de inadimplência. Finalmente, estimamos um EBITDA consolidado de R$1,2 bilhões (-3,1% A/A) e lucro líquido de R$28 milhões (-93% A/A), em decorrência das despesas financeiras mais altas devido ao aumento das taxas de juros.

Grupo Mateus (GMAT3)

Esperamos que o Mateus entregue resultados mistos no primeiro trimestre, com um sólido crescimento na receita, mas com margens pressionadas devido a iniciativas estratégicas em andamento e um cenário macroeconômico desafiador. Estimamos um aumento nas vendas de 27% A/A, impulsionado por um sólido crescimento das vendas mesmas lojas em todas as categorias, exceto em Eletro Mateus, que deve sofrer devido à limitação de renda disponível, enquanto as operações de atacarejo e atacado devem ser os destaques. Em relação à rentabilidade, esperamos que a margem bruta caia -1,3 p.p A/A devido aos investimentos da companhia em competitividade, enquanto a alavancagem operacional deve compensar parcialmente essa pressão, levando a uma queda na margem EBITDA (ex-IFRS) de -0,4 p.p A/A (para 5,3%). Finalmente, esperamos que o lucro líquido atinja R$205 milhões (+3,1% A/A), enquanto geração de caixa deve ser ligeiramente negativa devido à sazonalidade habitualmente pressionada do primeiro trimestre, embora parcialmente compensada pela contínua melhora nas dinâmicas de capital de giro.

Grupo Pão de Açucar (PCAR3)

Esperamos que o GPA entregue resultados fracos nesse trimestre, uma vez que a rentabilidade deve vir pressionada na operação do GPA Brasil (margem bruta -0,34 p.p A/A e EBITDA -1,1 p.p), embora com crescimento de receita líquida melhorando (+15% A/A), impulsionado pelo seu plano de expansão, principalmente no formato de conveniência (Minuto). Quanto ao Éxito, as vendas mesmas lojas devem cair (-2%), devido à comparação com períodos difíceis no ano anterior e a um ambiente macroeconômico desafiador, com uma margem EBITDA que deve cair -1,6 p.p A/A. Como resultado, esperamos que as vendas consolidadas cresçam 5% A/A, com a margem EBITDA consolidada caindo -1,40 p.p, resultado de uma base não comparável no GPA Brasil e base comparativa difíceis nas operações do Éxito. Finalmente, esperamos um prejuízo líquido de R$ 24 milhões no trimestre.

Farmácias

d1000 (DMVF3)

Esperamos que a d1000 reporte melhores resultados do primeiro trimestre, com recuperação na receita e na rentabilidade. As vendas brutas devem aumentar +21% em relação ao ano anterior, com o indicador de vendas mesmas lojas maduras em +12,6%, uma vez que as lojas continuam se beneficiando de reformas, melhorias operacionais e iniciativas comerciais. Em relação à rentabilidade, a margem bruta deve contrair -0,3p.p em relação ao ano anterior, com incentivos para a categoria RX mais do que compensando a maior penetração de genéricos, enquanto esperamos que a margem EBITDA se expanda em +1,2p.p em relação ao ano anterior, devido à alavancagem operacional. Finalmente, estimamos um lucro líquido de R$ 1 milhão.

RD (RADL3)

Esperamos que a RD reporte sólidos resultados do primeiro trimestre, com a receita crescendo +18% em relação ao ano anterior (vendas mesmas lojas em 9% e mesmas lojas maduras em +13%) apesar de forte base de comparação (combinação de Omicron e gripe), ainda impulsionada pelo reajuste regulatório de preços de 2022 (+10,9%), recuperação do tráfego de clientes e expansão de lojas. Quanto à rentabilidade, a margem bruta deve expandir +0,2p.p, com um impacto mais suave do ajuste do APV, enquanto a margem EBITDA deve melhorar 0,9p.p em relação ao ano anterior, principalmente devido à alavancagem operacional e diluição das despesas de venda devido ao aumento regulatório de preços. Finalmente, estimamos um lucro líquido de R$193 milhões.

Pague Menos (PGMN3)

Esperamos que a Pague Menos reporte resultados fracos no primeiro trimestre. A receita bruta standalone deve crescer +9,5%, com as vendas mesmas lojas maduras em +1,4% (vs. a RD em +9%), impactadas por uma base de comparação desafiadora devido à combinação de Omicron e surto de gripe do ano passado, enquanto a receita da Extrafarma deve ser impactada pelo fechamento de lojas. A rentabilidade da marca Pague Menos deve ser o destaque negativo do resultado, com a margem bruta contraindo 1p.p em relação ao ano anterior, impactada pela maior penetração digital no trimestre, enquanto a margem EBITDA deve contrair –1,1p.p, além das pressões inflacionárias. Quanto à Extrafarma, esperamos que a margem bruta melhore +1,4p.p em relação ao ano anterior, devido a um melhor gerenciamento de estoque, enquanto o EBITDA ainda deve ser impactado por ajustes operacionais. Finalmente, estimamos um prejuízo líquido de -R$32 milhões.

Panvel (PNVL3)

A Panvel deve mais uma vez reportar resultados sólidos no primeiro trimestre, com receita bruta subindo +14% em relação ao ano anterior (vendas mesmas lojas em 6,6% e vendas mesmas lojas maduras em +10,3%), suportada pela sólida expansão orgânica (+59 aberturas LTM), forte demanda por produtos de beleza e desempenho mais fraco de concorrentes locais menores. Quanto à rentabilidade, esperamos uma margem bruta estável apesar da base de comparação difícil, enquanto a otimização logística, redução de unidades Panvel Clinic e alavancagem operacional devem impulsionar a margem EBITDA em +20bps. Finalmente, estimamos um lucro líquido de R$ 24 milhões (-8% em relação ao ano anterior) devido a maiores despesas financeiras.

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O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto. O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito negociado pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. O investimento em termos é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. São contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem. O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


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