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Santander (SANB11): Trimestre sólido: mantendo uma recuperação consistente | Resultados do 2T24

Confira nossa análise sobre o resultado do 2T24 do Santander (SANB11)

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O Santander apresentou resultados sólidos, em sua maior parte em linha com nossos números e ligeiramente acima do consenso. Apesar de um NII mais modesto e de um crescimento T/T praticamente estável, o banco conseguiu reduzir sua provisão para perdas. Além disso, a receita de tarifas apresentou um forte crescimento de 17% em relação ao ano anterior, com contribuições de diferentes segmentos. Como resultado, o banco reportou um lucro líquido de R$3,3 bilhões, em linha com nossas expectativas, resultando em um ROE de 15,5%. O Santander também obteve uma expansão de ~2% em sua carteira de crédito em comparação com o trimestre anterior e um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. Notadamente, houve crescimento nas linhas de crédito para pessoas físicas, particularmente em cartões de crédito e empréstimos consignados. Os NPLs acima de 90 dias permaneceram em níveis confortáveis de 3,2% e permaneceram estáveis em relação ao trimestre anterior. Prevemos uma reação ligeiramente positiva do mercado, refletindo o trimestre consecutivo de crescimento da lucratividade.

A carteira de crédito do Santander apresentou um crescimento saudável por mais um trimestre consecutivo. A carteira expandida cresceu 1,8% T/T e 7,8% A/A. Como resultado, ao final do segundo trimestre, a carteira de crédito expandida era de R$666 bilhões. Embora o segmento de atacado tenha sido ajudado pela variação cambial (sem a variação cambial, a carteira teria crescido 0,3% T/T e caído 3,0 A/A), os segmentos de PMEs e Financiamento ao Consumo apresentaram 14,0% e 11,8% A/A, respectivamente. A empresa destacou que 69% da carteira de crédito de pessoas físicas é garantida.

O NPL +90 permaneceu estável em 3,2%. No entanto, o NPL 15-90 melhorou em 0,6 p.p. A/A (0,3 p.p. T/T), influenciado pela melhoria da qualidade de crédito da carteira de crédito, especialmente no que diz respeito ao crédito pessoal. Como resultado, o Índice de Cobertura aumentou em 1,4 p.p. A/A para 215%, ainda em um nível saudável.

A margem financeira líquida (NII) atingiu R$ 14.751 milhões, -0,3% T/T, +10,6% A/A e -4% vs XPe. Embora o Santander tenha conseguido manter o crescimento de dois dígitos no NII, a desaceleração marginal em relação ao trimestre anterior reflete o maior custo de captação, que afetou negativamente os spreads com clientes, e a menor margem com o mercado, devido à volatilidade durante o trimestre que reduziu os resultados de tesouraria. No entanto, o lado positivo é que a empresa conseguiu sustentar o crescimento de seu volume (+2,6% T/T e +6,8% A/A).

As receitas de tarifas totalizaram R$ 5.896 milhões (+6,1% T/T e +17,5% A/A). Os fortes números fazem parte do progresso do banco na diversificação das receitas. Os principais destaques dessa linha foram: cartão de crédito (+13,4% A/A), corretagem e colocação de títulos (+9,0% A/A) e taxas de originação de crédito (+21,1%).

A provisão gerencial para créditos de liquidação duvidosa foi de R$ 5.896 milhões, com redução de 2,4% na comparação trimestral e de 1,4% na comparação anual, respectivamente. Essa melhora decorre da melhor qualidade das novas safras de crédito, especialmente no segmento de varejo. Isso também pode ser visto na redução da formação de NPLs, write-offs e carteira de empréstimos renegociados. Como resultado, o custo de crédito gerencial de doze meses diminuiu 10 bps T/T (-80 bps A/A) para 3,7%.

As despesas gerais somaram R$ 6.314 milhões, +0,3% T/T, mas +4,6% A/A. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o Santander registrou um salto em processamento de dados (9,2%), devido a maiores investimentos em tecnologia, e remuneração de pessoal (+8,7%), impactado por acordos coletivos de trabalho. Ainda assim, o banco conseguiu aumentar as receitas em um ritmo mais rápido do que as despesas. Como resultado, o índice de eficiência foi para 39,3% (-3,9% p.p. A/A e estável sequencialmente).

O lucro líquido recorrente do Santander no 2T24 atingiu R$ 3,3 bilhões (+10% T/T, +44% A/A, e em linha com nossa estimativa). O desempenho positivo foi devido à combinação de um grande aumento nas receitas de tarifas, que compensou parcialmente o NII mais suave, com uma provisão ligeiramente menor (custo de risco 10 bps abaixo do trimestre anterior), e uma alíquota efetiva de de imposto de renda ainda deprimida (13,6%). O salto na lucratividade levou a um ROE anualizado de 15,5% (+1,3 p.p. T/T e +4,3 p.p. A/A).

O banco encerrou o primeiro trimestre com um CET1 de 11,2% (-20 bps T/T) e um índice de Basileia (BIS) de 14,4% (-10 bps T/T). Consideramos a atual posição de capital do Santander como saudável.

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