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Santander (SANB11): Recuperação do ROE impulsionada pelo crescimento das receitas com serviços e pela redução da alíquota de imposto

Revisão dos resultados do 3T25

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O Santander apresentou resultados positivos no 3T25, com Lucro Líquido de R$4,0 bn (+9,4% A/A; +9,6% T/T), acima da nossa estimativa e do consenso (~R$3,7 bn). O ROE retomou sua trajetória de alta, alcançando 17,5% (+120 bps T/T; +50 bps A/A) após um 2T mais pressionado, sustentado por (i) desempenho sólido da Margem de Clientes, que cresceu +2,7% T/T devido à melhora na composição do funding e spreads mais elevados, parcialmente compensado por uma Margem de Mercado negativa de R$1,3 bn; (ii) crescimento robusto da Receita de Fees (+4,1% A/A; +6,7% T/T), impulsionado por Cartões, Seguros e Asset Management; e (iii) gestão disciplinada de custos, com o Índice de Eficiência em 37,5% (–140 bps A/A; +70 bps T/T). Além disso, o ROE foi parcialmente apoiado por uma alíquota efetiva de imposto menor, de 6,5% (–6,4 p.p. T/T; –8,9 p.p. A/A). O Custo do Risco permaneceu estável em 3,9%, com menor inadimplência em PF compensando alguma pressão em SMEs. No geral, consideramos os resultados do 3T25 marginalmente positivos e reiteramos nossa recomendação de Compra para a ação.

Carteira de crédito

A carteira de crédito expandida totalizou R$688,8 bilhões (+2,0% T/T; +3,8% A/A). O principal impulsionador desse desempenho foi o segmento de PMEs, que acelerou em relação ao 2T e encerrou o trimestre com crescimento de 3,6% T/T e 13,0% A/A. Consumer finance and corporate também apresentaram crescimento sequencial, enquanto o segmento de PF permaneceu praticamente estável T/T. No segmento de PF, o desempenho estável reflete o crescimento em cartões de crédito e financiamentos imobiliários, compensado por quedas em leasing/empréstimos para veículos, crédito consignado e crédito agrícola.

Inadimplência

A qualidade dos ativos apresentou tendências mistas. Enquanto os inadimplentes iniciais (early NPLs) caíram 10 pontos-base, para 3,9%, os inadimplentes com mais de 90 dias (NPL+90) aumentaram 30 pontos-base, para 3,4%. Quanto à inadimplência curta, o desempenho reflete uma combinação de estabilidade no trimestre para os segmentos PJ e PMEs (+10 bps em PMEs compensado por -10 bps em PJ) com queda no segmento de PF (-20 bps). Já o aumento no NPL+90 foi observado em todos os três segmentos: +20 bps em PF; +70 bps em PMEs; e +10 bps em PJ.

Receita

A receita líquida de juros (NII) totalizou R$15,2 bilhões (+0,1% A/A e -1,2% T/T).
Esse valor, que ficou 5% abaixo das nossas estimativas, reflete uma melhora no NII com clientes, compensada por um desempenho mais fraco no NII de mercado. No NII com clientes, o Santander apresentou spreads mais saudáveis combinados com melhor capital de giro, resultando em R$16,6 bilhões, um crescimento de 2,7% T/T e 11,1% A/A. No NII de mercado, o 3T apresentou prejuízo líquido de -R$1,3 bilhão (comparado a -R$0,7 bilhão no 2T e R$0,3 bilhão no 3T24). O desempenho negativo no trimestre, embora esperado, foi impactado por um maior número de dias úteis e pela sensibilidade negativa ao aumento das taxas de juros.

Receitas com serviços totalizaram R$5,6 bilhões (+4,1% A/A e +6,7% T/T).
Esse desempenho positivo foi sustentado por maiores receitas na linha de cartões de crédito (+14,4% A/A e +5,7% T/T; ~30% da receita total com tarifas), impulsionadas pela recuperação do volume de transações com crédito (+12% A/A) e do gasto médio (+15% A/A). Destaca-se que ~88% da base de clientes possui conta corrente e 55% do portfólio é composto por clientes de alta renda, o que se traduziu em uma melhor gestão de risco para a operação do SANB. O segmento de seguros também apresentou crescimento (+8,5% A/A; +11,8% T/T), em linha com o maior volume de originação de crédito. Asset Management contribuiu positivamente, impulsionada pela recuperação T/T na administração de fundos e pela continuidade do bom desempenho dos consórcios. Os serviços de conta corrente apresentaram desempenho negativo no trimestre (-3,0% A/A; -5,0% T/T), apesar do aumento no número de correntistas. Quanto às tarifas de operações de crédito, observou-se uma tendência positiva (+5.8% A/A e +15.1% T/T, ajustado pelos impactos da Resolução 4.966), relacionada ao aumento na originação de crédito e ao reajuste de tarifas.

Custo de risco

O custo de risco totalizou 3,9% no 3T (estável T/T).
As provisões para perdas com crédito alcançaram R$7,5 bilhões (+10,5% A/A; -3,2% T/T), refletindo o ambiente macroeconômico, os efeitos da Resolução 4.966 e uma abordagem seletiva de crédito que resultou em uma menor taxa de inadimplência curta. Quanto à recuperação de créditos baixados como prejuízo, houve aumento de +8,0% A/A (+10,1% T/T), levando a uma redução na razão entre write-offs e carteira de crédito de -20 bps A/A (-60 bps T/T). Como resultado, a provisão líquida (deduzida da recuperação de créditos baixados como prejuízo) encerrou o trimestre em R$6,5 bilhões, queda de 4,9% T/T, mas 10,9% acima A/A. Esse nível de provisão bruta representou 113,2% da formação de NPL (vs. 118,1% no 2T).

Despesas

As despesas gerais totalizaram R$6,4 bilhões (-0,5% A/A, estável T/T).
O banco conseguiu ampliar sua alavancagem operacional, resultando em uma redução de -140 bps A/A (+70 bps T/T) no índice de eficiência, que atingiu 37,5%. Isso se explica principalmente por um leve aumento de +1,2% T/T (-0,4% A/A) nas despesas administrativas, em linha com maiores investimentos em tecnologia, parcialmente compensado pela otimização das despesas com pessoal (-0,7% A/A; -0,9% T/T), impulsionada pela redução de 2,2 mil colaboradores T/T (-3,3 mil A/A). Outras receitas e despesas operacionais totalizaram R$2,3 bilhões (-12,1% A/A; +19,2% T/T), com provisões para contingências em queda de -4,3% A/A (-12,0% T/T).

Lucro líquido e ROAE

O Santander apresentou lucro líquido sólido de R$4,0 bilhões no 3T (+9,4% A/A, +9,6% T/T e +8% vs. XPe).
Destaca-se que o resultado foi beneficiado por uma menor alíquota efetiva de imposto no trimestre, de 6,5% (-6,4 p.p T/T e -8,9 p.p A/A). Como resultado, o Santander entregou um ROAE de 17,5% no período (+50 bps A/A; +120 bps T/T). Na frente de capital, o banco encerrou o trimestre com um Índice de Basileia saudável de 15,2% (+20 bps T/T) e CET1 de 11,7% (+10 bps T/T). Vale mencionar que o requerimento de capital para risco de mercado caiu 29,8% sequencialmente, o que pretendemos entender melhor durante a teleconferência de resultados. Excluindo esse efeito, o Índice de Basileia teria encerrado o trimestre em 14,9%.

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