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Rebalanceamento do Ibovespa: Quais empresas devem entrar no índice?

A B3 faz uma reavaliação das ações que compõem a carteira do Ibovespa regularmente para verificar se os ativos atendem aos seus critérios para fazer parte do índice. Veja quais empresas devem entrar no próximo rebalanceamento!

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Regularmente, a B3 faz uma reavaliação das ações que compõem a carteira do Ibovespa para verificar se os ativos atendem aos seus critérios para fazer parte do índice que representa as ações mais negociadas na Bolsa brasileira. Esse rebalanceamento ocorre a cada quatro meses: em janeiro, maio e setembro.

A B3 publicará uma prévia da segunda mudança do ano no dia 1 de abril. E no dia 3 de maio irá ocorrer as entradas e saídas do índice Ibovespa oficialmente.

Atualmente, a carteira do Ibovespa tem 82 ações listadas abaixo:

Os critérios de seleção para fazer parte do Ibovespa são:

  1. Serem ativos negociados com regularidade: estar entre os ativos elegíveis que, no período de vigência das três carteiras anteriores, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), representem em conjunto 85% do total desses indicadores. Além disso, terem sido negociados em 95% dos pregões durante o mesmo período;
  2. Tenham um volume financeiro relevante: participação de pelo menos 0,1% do volume negociado durante o período de vigência das três carteiras anteriores;
  3. Não serem penny stocks, que são ações negociadas a valores menores do que R$1,00.

Quais empresas podem entrar ou sair do Ibovespa no próximo rebalanceamento?

Fizemos um estudo para prever quais ações deverão entrar e sair do índice nessa próxima revisão. Levando em conta o histórico de volume, número de ações negociadas e número de negociações dos ativos na bolsa, projetamos que a B3 poderá fazer as seguintes mudanças:

Entradas no Ibovespa

Saídas do Ibovespa
Nenhuma

Como é o comportamento das ações que são adicionadas ou removidas do Ibovespa?

Há algumas dinâmicas que explicam o movimento nos preços das ações que são incluídas ou removidas do Ibovespa.

Ações incluídas no índice são alvo de compra por parte dos fundos, o que aumenta as negociações das mesmas ao redor da data de anúncio e do rebalanceamento, o que pode causar um aumento de preço temporário.

Além disso, os fundos passivos e ETFs, aqueles que buscam replicar o retorno do índice, passam a comprar os ativos adicionados ao Ibovespa. Com essa maior demanda, o preço das ações tende a subir com o tempo.

Por último, a inclusão no índice do Ibovespa pode levar a um maior interesse por parte de investidores, que irão olhar as empresas com um mais escrutínio, levando ao aumento de informação pública. Com isso, a liquidez tende a crescer, diminuindo os custos de capital e, consequentemente, o preço da ação tende a subir.

Olhamos as entradas e saídas do Ibovespa nos últimos 5 anos, período na qual foram adicionados 34 nomes ao índice, e 3 nomes foram removidos. Verificamos que:

  • As ações incluídas no índice valorizaram, na média, +10,4% nos 30 dias antes do rebalanceamento;
  • Logo após a inclusão no índice, a média dos preços das ações tenderam a cair ou a andar de lado. Porém, elas subiram +6,7% nos primeiros seis meses e mais de +25% depois de um ano;
  • Os ativos removidos sofreram, na média, uma queda de -20,7% um mês antes do rebalanceamento. Por outro lado, os preços dessas ações recuperaram rapidamente as perdas e viram ganhos significativos depois.
Fonte: B3, Bloomberg, XP Investimentos

É importante frisar que isso não significa que as empresas mais cotadas para entrar ou sair do índice vão necessariamente ter os mesmos desempenhos acima, que são apenas ilustrações do que aconteceu no passado.

Na verdade, o movimento de cada uma das ações que analisamos foi bem variado. Os preços podem ter sido puxados pra cima ou para baixo por fatores específicos da empresa. E o cenário econômico ao redor dos anúncios também afeta o desempenho de cada ação, com os preços subindo junto com o índice em momentos positivos ou crises podendo derrubar os preços de todos os ativos na bolsa.

Adicionalmente, a B3 incluiu um número muito maior de nomes no Ibovespa (34) do que removeu (3) desde 2015. Dessa maneira, reconhecemos que a análise do desempenho das ações que saíram do índice nesse período podem ser pouco representativas.

Ainda assim, os anúncios de entrada e saída do Ibovespa são eventos que valem ficar no radar de investidores. 

Como encontramos os possíveis candidatos?
Para estimar quais ações devem entrar ou sair do índice no próximo rebalanceamento, utilizamos as estatísticas históricas do volume, número de ações negociadas e número de negociações de cada ação da bolsa para simular 10.000 cenários futuros diferentes. Essas simulações representam as inúmeras formas de como cada ação pode se comportar até a data da atualização da carteira. Para cada um desses cenários, replicamos a metodologia proposta pela B3 para encontrar quais ações entrariam ou sairiam do índice.

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