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Petrobras (PETR4) x Vale (VALE3): Em qual ação investir? ‘Briga de titãs e ações muito baratas’, diz gestor da RPS Capital

Política de preços do lado da Petrobras e a alta demanda chinesa por minério de ferro para a Vale foram os grandes destaques da estreia da 2ª edição do Super Clássicos da Bolsa

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Duas das maiores empresas em valor de mercado na Bolsa brasileira, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) protagonizaram o primeiro “embate” da segunda edição do Super Clássicos da Bolsa, evento organizado pelo Research da XP. Em qual ação investir, afinal? Será que dá para incluir as duas na carteira ou não?

Essas questões foram abordadas e explicadas por grandes especialistas no setor de Commodities, como os analistas de Petróleo & Gás da XP, Gabriel Francisco e Maíra Maldonado, o analista de Mineração da XP, Yuri Pereira, o gestor da RPS Capital, Paolo Di Sora, e o analista de ações da AZ Quest, Caio Monteleone.

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Em resumo, todos os analistas concordaram que ambas as empresas estão muito baratas considerando o valuation de longo prazo, mas a Vale, por todo o contexto econômico do Brasil e do mundo e pela grande demanda na China, tem posição maior nos fundos da RPS Capital e da AZ Quest, afirmaram os especialistas.

Na Petrobras, apesar de acharem que a empresa de fato é muito barata considerando o tanto que pode entregar no longo prazo, a questão política interfere muito, de acordo com as análises. Com eleições de 2022 chegando, os riscos das articulações em Brasília e das movimentações dos pré-candidatos à Presidência, sobretudo sobre a volta do ex-presidente Lula como político elegível, pode trazer muita volatilidade para o papel.

“É uma briga de titãs. Ambas as empresas estão muito baratas e são ótimas para compor na carteira”, disse o gestor Paolo di Sora. Complementando a fala inicial do portfolio manager da RPS, o analista da AZ Quest afirmou que a posição nas duas companhias é até que óbvia pelos fundamentos atrativos, porém o que muda é o balanceamento na carteira, que acaba pesando mais pro lado da Vale em relação à Petrobras.

Petrobras: política de preços e imbróglio político

Como não poderia ser diferente, discutiu-se muito na estreia do Super Clássicos da Bolsa as mudanças do curso de governança da Petrobras nos últimos tempos. Com a recente troca no comando da petroleira, por intervenção governamental do Governo Bolsonaro, são considerados alguns riscos vindo dessa frente.

Os responsáveis pela cobertura da empresa na XP, Gabriel Francisco e Maíra Maldonado, tem recomendação atual de Venda para Petrobras justamente por causa dos riscos que essas mudanças na empresa podem ter na gestão, principalmente em relação à política de preços.

“Não é apenas entrar vendido na ação. Quer dizer que você pode ter uma exposição menor por causa desses riscos. É inegável que Petrobras tem forte geração de caixa e bons múltiplos relativamente. Na verdade, há riscos de que a narrativa da companhia mude por causa dessas alterações. Para ter uma visão mais positiva, precisaríamos ter uma comprovação de que o estatuto da companhia de política de preços será seguido de fato, o que para nós é muito importante”, explicou Gabriel Francisco.

Para Monteleone, existe exposição à Petrobras nos fundos da AZ Quest, mas muito menor em relação à participação da Petrobras no Ibovespa, por exemplo, que é muito significativa. Portanto, não é uma recomendação de venda, mas é uma redução da exposição à empresa, que tem bons fundamentos e está bem descontada, porém os riscos políticos, mais uma vez, fazem com que os fundos, assim como o de Paolo di Sora, tenham um certo “pé atrás”.

Vale: Alta demanda na China e Turnaround ESG

Para a Vale, há um otimismo muito maior, de acordo com os especialistas presentes na roda virtual do Super Clássicos da Bolsa.

A recomendação da XP, defendida pelo analista de Mineração, Yuri Pereira, é de Compra, por causa principalmente da alta geração de caixa, que pode trazer uma distribuição de dividendos surpreendente (em torno de 9% ao ano, segundo o analista), da alta desalavancagem da empresa e, por último, da previsão de produção de minério de ferro acima das expectativas por conta da demanda exponencial vinda da China e da Austrália.

Para Paolo di Sora, a visão macro é muito importante para entender os rumos que a Vale pode tomar daqui para frente. “No ciclo econômico de uma visão mais de longo prazo, há um valuation muito barato, pagando agressivos dividendos, expectativa de desvalorização do real frente às moedas estrangeiras, o que é bom para a Vale por ter um DNA de exportação muito forte. Ou seja, no lado macro tudo está convergindo para que haja um novo ciclo de longo prazo muito favorável”, disse o gestor da RPS.

Caio Monteleone mais uma vez corroborou com a análise de Paolo di Sora e complementou que, além do ciclo parecer ser muito forte neste ano e nos próximos, a China deve puxar esse crescimento da Vale para outro patamar. “A ponta final na China para a demanda de minério de ferro, principalmente por causa da indústria do aço chinesa e dos altos índices de produção industrial do país asiático, está muito aquecida”, disse em tom bastante otimista o analista de ações da AZ QUest.

Porém, ele citou um risco que pode impactar os negócio nessa frente chinesa para a Vale por causa de uma região específica: a província de Tangshan. Com um polo industrial muito forte na cidade, a poluição ainda é um percalço da região, que vem sofrendo cortes de produção e sanções do governo chinês como punição aos altos índices de emissão de gás carbônico, algo que tem chamado cada vez mais atenção dos investidores.

“No entanto, a indústria já está se adaptando por lá e as grandes empresas já estão mudando para outras regiões, o que é positivo na nossa visão para as ações da Vale”, concluiu Monteleone.

Por fim, foi discutido muito durante o painel o turnaround ESG da Vale, após ficarem marcadas as tragédias ambientais e sociais envolvendo as barragens da empresa. Os especialistas veem com muita positividade as ações nessa frente da Vale, que tem tentado depender menos dos modelos de barragem, aumentado a fiscalização e anunciado programas de reparação social contínuos para as pessoas afetados, sobretudo no acidente de Brumadinho.

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