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No ano, número de investidores pessoas físicas na Bolsa cresce mais de +80%

Em outubro, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) chegou a 3.147.040, um crescimento de 2,7% vs. o mês passado e 87,2% desde o começo do ano. Leia o relatório completo para saber mais.

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Em outubro, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 3.147.040, um crescimento de +2,7% em relação ao mês passado. Comparado ao final de 2019, quando encerramos o ano com 1.681.033 contas ativas na B3, já vemos uma alta expressiva de +87,2% em 2020. Considerando também o número de pessoas jurídicas na Bolsa, que em outubro chegou à 31.740, o número total de investidores atinge 3.178.780. Analisamos aqui os principais números dos investidores brasileiros nesse relatório.

A posição total desses investidores PFs passou de R$ 344 bilhões no final de 2019 para R$ 380,99 bilhões em outubro desse ano, um aumento de +10,8% em relação ao mesmo mês do ano passado e +1,8% vs. setembro. No entanto, se analisarmos em relação à agosto (R$ 383,07 bilhões), houve uma diminuição de -0,5%, movimento esse alinhado à queda vista no índice Ibovespa nos últimos dois meses (-5,45%).

Na nossa visão, a perspectiva de juros baixos por mais tempo (nosso time de economia mantém a visão de que a taxa Selic permanecerá em 2,0% até o segundo semestre de 2021) deve continuar impulsionando a Bolsa brasileira adiante, dado o aumento do fluxo de investidores procurando por uma maior rentabilidade migrados da Renda Fixa (onde há aproximadamente R$ 7,0 trilhões investidos) e da Poupança (aproximadamente R$ 1,0 trilhão).

Nossa visão para a Bolsa brasileira:

Olhando para frente, dado o aumento das incertezas e aversão a risco em outubro, esperamos que os mercados continuem voláteis no curto prazo. Apesar de enxergamos o “valor justo” do Ibovespa em 115,000 pontos, esperamos que o índice chegue nesses níveis apenas na metade de 2021. Isso porque a elevação dos riscos no mundo deve continuar pressionando os múltiplos de negociação das empresas brasileiras. Hoje, o Ibovespa negocia a 11x Preço/Lucro (P/L) para 2021, abaixo da média histórica de 12x e do valor justo de 13,1x nos níveis atuais de juros no Brasil. Para o final de 2021, enxergamos um valor justo para o índice de 124.500 pontos, 32% acima dos níveis atuais.

Clique aqui para ler o nosso relatório Panorama de Mercado XP – O que esperar da Bolsa em novembro?

Analisando na perspectiva de saldo por pessoa, nota-se uma diminuição desde 2017, o que indica uma maior presença de pequenos investidores, que estão iniciando seus investimentos em ações, um bom sinal. Em dezembro de 2017, o saldo era de R$ 267,9 mil por indivíduo vs. R$ 121,1 mil em outubro de 2020, uma redução de -54,8%. Já quando comparamos o valor de outubro desse ano com o de dezembro do ano passado, vemos uma diminuição de -40,8%.

Concentração de investidores na Bolsa no eixo Sudeste-Sul

Os estados que possuem maior número de investidores na Bolsa são: 1) São Paulo (1.216.162 contas, +2,73% M/M, 38,6% do total), 2) Rio de Janeiro (335.935 contas, +2,33% M/M, 10,7% do total), 3) Minas Gerais (308.939 contas, +2,56% M/M, 9,8% do total), 4) Paraná (195.450 contas, +2,83% M/M, 6,2% do total), 5) Rio Grande do Sul (176.008 contas, +2,63% M/M, 5,6% do total) e 6) Santa Catarina (149.986 contas, +2,86% M/M, 4,8% do total), o que mostra ainda a concentração no eixo Sul-Sudeste do país, principalmente na primeira região – SP, RJ e MG juntos possuem 59,14% do total de investidores, 42,57 pontos percentuais (p.p.) à frente de PR, RS e SC somados (16,57%).

Analisando somente São Paulo, este estado representa sozinho 38,64% do total de contas, quase 30 p.p. acima do segundo colocado, RJ, com 10,67% do total. Do ponto de vista do valor investido na Bolsa, o estado de São Paulo também lidera, representando 48,17% (R$ 183,51 bilhões) do valor total, 33,5 p.p. acima do RJ, com R$ 55,9 bilhões.

Número de mulheres na Bolsa segue crescendo, apesar de ainda representarem somente 25,7%

O número de investidoras na Bolsa alcançou 809.533 em outubro, o que corresponde à apenas 25,72% do número total de investidores pessoas físicas, vs. 2.337.507 homens. No entanto, o número de mulheres vêm crescendo em ritmo acelerado, com alta de +3,87% se comparado ao mês de setembro e +108,38% vs. dezembro de 2019, percentuais esses que se comparam ao aumento de +2,24% e +80,85%, respectivamente, no número de investidores do sexo masculino.

Na quebra por estado, São Paulo detém o maior número absoluto de investidoras, 325.123, +3,91% M/M (vs. 891.039 homens, +2,31% M/M), porém é o quarto estado ao analisarmos a porcentagem em relação ao número total de investidores (26,73%), atrás do Distrito Federal (27,92%), do Rio de Janeiro (27,00%) e do Amapá (26,81%).

Ao olharmos para o saldo médio por pessoa, notamos que as mulheres detém também os menores saldos. No Rio de Janeiro, este valor é de R$ 157,9 mil para as mulheres, vs. R$ 169,5 mil para os homens, ou seja, 6,9% menor (diferença de +1,4 p.p. em relação ao último mês). A discrepância é ainda maior quando olhamos para o estado de São Paulo: o saldo médio das mulheres é de R$ 127,1 mil vs. R$ 159,6 mil para os homens (20,3% menor, diferença de +1,3p.p. M/M). Destaque nesse caso para o estado de Minas Gerais, cuja diferença ultrapassa os 55%.

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