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Mineração & Siderurgia | Papel & Celulose | Bens de Capital: Uma abordagem de “esperar para ver” dos investidores estrangeiros

Feedback da nossa rodada de reuniões nos Estados Unidos e Europa

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Na semana passada, visitamos investidores na Europa e nos EUA, notando uma abordagem de “esperar para ver” em relação ao Brasil, ainda cautelosos com os riscos fiscais e o potencial resultado das próximas eleições presidenciais (embora o valuation pareça refletir a materialização de um cenário pessimista em vez de um otimista). Ao contrário de nossa última rodada de reuniões em Jun’24, a WEG não é mais um consenso, com vários investidores preocupados com o valuation, acreditando que ela já precificou o crescimento de lucros futuros impulsionado por T&D. Em relação à Embraer, enquanto muitos veem os múltiplos atuais como justos, um fluxo contínuo de notícias sobre novos pedidos permanece como um risco de alta para as ações. No lado das commodities, a Suzano parece ser o único nome com uma visão consensual otimista, respaldada por valuation descontado e uma assimetria em relação aos preços da celulose, enquanto uma visão negativa (e consensual) sobre a China limitou o otimismo em relação à Vale.

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Uma abordagem de “esperar para ver” em relação ao Brasil. Com as discussões relacionadas às questões fiscais como a principal preocupação dos investidores em relação à macroeconomia do Brasil, a incerteza sobre o resultado das eleições presidenciais em 2026 parece estar impedindo os investidores de adotar uma visão mais otimista. Além disso, notamos um maior interesse dos estrangeiros em potenciais “Trump trades”, com implicações positivas para a Gerdau e negativas para Klabin, WEG e Usiminas.

A WEG não parece mais ser um consenso. Enquanto a maioria dos investidores que encontramos em Jun’24 parecia otimista em relação às perspectivas de crescimento da WEG (principalmente devido às discussões sobre investimentos relacionados a T&D nos EUA), muitos acreditam que o valuation já precifica o crescimento dos lucros futuros, com um potencial de alta limitado para as ações.

O sentimento em relação à China continua desanimador. Embora o pacote de estímulos na China tenha sido frequentemente discutido como um desenvolvimento positivo para o crescimento econômico, há um consenso de que a demanda incremental por aço deve ser limitada, especialmente se as exportações caírem em meio ao aumento das tarifas anti-importação em todo o mundo. Dito isso, embora os investidores reconheçam uma melhor perspectiva micro para a Vale, as piores perspectivas relativas para o minério de ferro impediram uma abordagem mais otimista (um dividend yield de 6,5-7,0% para 2025E com preços da commodity entre US$95-100/t é visto como pouco atraente).

Visão mista sobre a Embraer. Embora a maioria dos investidores concordou com nossa visão de assimetria negativa considerando os níveis de valuation e as expectativas de consenso no curto prazo, um fluxo contínuo forte de novos pedidos tem sido frequentemente mencionado como um risco de alta para as ações.

A Suzano parece ser o único nome consensualmente otimista, dado seu nível de valuation descontado com uma assimetria positiva para os preços da celulose no futuro (embora a visão positiva consensual tenha sido vista como um fator negativo para o fluxo de investimento, frequentemente mencionado como um nome “superlotado”). Em relação à Klabin, os investidores pareciam concordar com nossa visão de desalavancagem e expansão do EBITDA, embora riscos relacionados a Trump (por exemplo, potencial aceleração das importações de papel no Brasil) tenham sido mencionados.

A Gerdau é vista como um potencial nome entre os produtores de aço, beneficiada pela eleição de Trump nos EUA e menos impactada pelos altos níveis de importação no Brasil. Dito isso, a demanda estrutural na América do Norte e os níveis de rentabilidade permanecem como as principais incógnitas para os investidores.

Aumentou o interesse em Marcopolo, seguindo a melhoria na liquidez das ações. No entanto, sua capitalização de mercado de aproximadamente R$10 bilhões parece não ser grande o suficiente para fundos maiores focados em mercados emergentes, enquanto alguns acreditam que a recente alta das ações já reflete o sólido momento de resultados, com preocupações sobre o ponto do ciclo em que nos encontramos atualmente.

Os níveis de valuation da Iochpe-Maxion chamaram a atenção dos investidores, apesar da baixa liquidez das ações. Nesse sentido, as discussões sobre (i) uma potencial melhoria no mercado automotivo europeu, (ii) a recuperação contínua no mercado brasileiro e (iii) o momento para um ciclo de redução de juros nos EUA foram mencionadas como potenciais catalisadores para as ações, dado seus níveis de valuation altamente descontados à primeira vista (P/B e dividend yield de 0,3x e ~10% para 2025E, respectivamente).

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