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20/10/2025 22:08:36 • Atualizado em 20/10/2025 22:08:38
4 minutos de leitura

Mineração e Siderurgia: Sentimento em relação ao aço melhorando; todos os olhares nas investigações de antidumping

Insights do Aço Brasil. Confira a seguir.

Lucas Laghi
Lucas Laghi
Head de Mineração e Siderurgia, Papel e Celulose e Bens de Capital
Guilherme Nippes
Guilherme Nippes
Analista de Mineração e Siderurgia e Papel e Celulose
Fernanda Urbano
Fernanda Urbano
Analista de Bens de Capital

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O sentimento em toda a indústria siderúrgica no Brasil melhorou nas últimas semanas, com os investidores mais otimistas sobre a potencial implementação de mecanismos de defesa que favoreçam as siderúrgicas locais, principalmente devido aos prazos esperados para o início de nov’25 da investigação de dumping de algumas categorias de aço. Além disso, observamos que uma melhora sequencial na demanda aparente nos dados de set’25 (de acordo com o IABr, tanto para produtos planos quanto longos) gerou otimismo de que a demanda doméstica não está apresentando uma tendência de queda significativa, ao mesmo tempo em que é apoiada por níveis mais baixos de importação.

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Nossa opinião: esperamos que as siderúrgicas brasileiras ganhem M/Mentum no curto prazo, com a potencial implementação de medidas antidumping alimentando as expectativas do mercado de preços mais altos do aço nos próximos meses, especialmente produtos de aços planos (as investigações para bobinas pré-pintadas e laminadas a frio devem ser concluídas até nov’25). Além disso, com os dados setoriais mais recentes indicando uma ligeira melhora sequencial no consumo aparente no Brasil (tanto para produtos planos quanto longos), vemos um risco negativo reduzido de uma nova deterioração da demanda doméstica, ao mesmo tempo em que é apoiado pela estabilidade do aço importado em set’25 em níveis reduzidos em relação ao pico em mai’25. De modo geral, embora continuemos favorecendo a Gerdau devido ao seu portfólio de produtos relativamente mais diversificado, destacamos que a Usiminas seria a principal empresa beneficiada se tais mecanismos de defesa fossem implementados (ver exposição de volume das siderúrgicas para mais detalhes), seguida pela CSN.

Em relação ao antidumping, observamos que a esperada conclusão das investigações para produtos de bobinas pré-pintadas (3 de novembro) e laminadas a frio (18 de novembro) alimentou o otimismo do mercado sobre a potencial implementação de tais medidas, particularmente considerando (a) a forte deflação dos preços do aço nos últimos meses (preços BQ/vergalhão -15% e -20% de Jan’25-Set’25, respectivamente), com (b) a penetração das importações de aços planos permanecendo em níveis elevados (~22% em set’25, com ~90% das importações de aços planos relacionadas a produtos sob investigações de dumping), o que vemos como argumentos razoáveis a favor da implementação de tais mecanismos de defesa. Dito isto, embora a transferência das importações da China (país objeto de inquérito sobre dumping para a maioria das categorias) para outros países possa reduzir parcialmente a eficácia das medidas antidumping (por exemplo: aumento das importações nos últimos meses da Coreia do Sul a baixos preços de importação de rolos laminados a frio), acreditamos que tal mecanismo de defesa provavelmente desencadearia uma recuperação de preços para as categorias afetadas subjacentes. Nesse sentido, embora esperássemos uma reação positiva do mercado para todas as siderúrgicas sob nossa cobertura, vemos a Usiminas como a empresa mais diretamente beneficiada, seguida pela CSN.

Em relação aos dados setoriais mais recentes, vemos uma melhora sequencial geral no consumo aparente de aço no Brasil, mitigando os riscos de uma possível tendência de queda no consumo geral.

  • Para produtos de aço longo, os preços continuaram em níveis moderados (vergalhões praticamente estáveis nas últimas semanas e ainda -20% no acumulado do ano). Dito isso, com um desempenho geral de demanda decente (consumo aparente + 5% M/M em set’25), baixa penetração de importações e níveis de paridade pouco atraentes, esperamos que os preços sigam um possível aumento de preços nas próximas semanas.nsíveis às taxas de juros), com riscos negativos se o consumo aparente se deteriorar ainda mais.
  • Para produtos de aço plano, os preços subiram recentemente (preços BQ +4% desde os mínimos há três semanas), refletindo importações gerais mais baixas e demanda um tanto resiliente (consumo aparente +3% M/M em set’25 com penetração de importação em ~22%, -6p.p. vs. o pico em mai’25). No futuro, esperamos que o momentum dos preços diminua, com a potencial implementação de direitos antidumping como um gatilho para novos aumentos de preços, em nossa opinião.
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20/10/2025 19:08:36 • Atualizado em 20/10/2025 19:08:38
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