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Ibovespa tem alta de 2,99% na semana, impulsionado por fatores externos e internos

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: +2,99% | 118.757 pontos

O Ibovespa acumulou alta de 3,0% em reais, encerrando a sexta-feira aos 118.757 pontos. O desempenho do índice foi impulsionado por fatores domésticos, como dados de inflação, e internacionais, como a divulgação do CPI nos EUA, aumento do preço das commodities e estímulos na economia chinesa.

Na quarta-feira, dados de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA mostraram que o processo de desinflação no país segue avançando, o que reforçou expectativas de um possível alívio do aperto monetário promovido pelo Federal Reserve. Com expectativas mais positivas, a semana terminou com um forte movimento de risk-on, e impulsionou a bolsa brasileira. O juros da Treasury (títulos do tesouro americano) subiu 0,07%, encerrando a semana em 4,33%.

Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE), em decisão apertada, aumentos as taxas de juros na região em 0,25 ponto percentual, elevando as taxas de depósito, empréstimo e refinanciamento para 4,0%, 4,75% e 4,5%, respectivamente, o maior patamar desde a criação do Euro em 1999. No entanto, a comunicação que acompanha a decisão sinalizou que a essa deve ser a última alta do ciclo de alta, gerando algum otimismo para o mercado. O comunicado oficial do BCE acrescentou, contudo, que as taxas de juros serão mantidas nos níveis atuais por "um período suficientemente longo".

Dados positivos da produção industrial e vendas do varejo, que subiram 4,5% e 4,6%, respectivamente, também levou otimismo aos mercados na semana. A gradual melhora dos dados econômicos, atrelada à expectativa de novos estímulos econômicos do governo chinês, impulsionarou o preço das commodities na semana.

No Brasil, o principal destaque foi a divulgação do IPCA de julho. O indicador subiu 0,23% na comparação mensal, número abaixo do consenso de mercado, e reforçou o cenário de desinflação no país - destaque para sinais de alívio de serviços subjacentes. Agentes do mercado estavam atentos ao dado de inflação no contexto da reunião de decisão de juros do Copom na próxima semana, e o resultado animou o mercado doméstico após sua divulgação.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 15/09/2023.


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana em queda de -2,4% em relação ao Real, em R$ 4,86/US$. Na Renda Fixa, a curva de juros futuros apresentou leve fechamento em relação à semana anterior.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 15/09/2023.


Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, houve uma saída de capital estrangeiros da Bolsa em cerca de R$ 30 milhões. Já o saldo de investidores institucionais foi positivo em R$260 milhões, enquanto investidores Pessoa Física registraram um saldo negativo de R$ 360 milhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados de fluxo até 15/09/2023.


O que esperar para semana que vem?

Na agenda internacional, o destaque da semana que vem será a decisão de política monetária nos Estados Unidos (o FOMC), que será anunciada na quarta-feira às 15h. É amplamente esperado que não haverá alteração nos juros de referência. Na Europa, a leitura final do índice de inflação de agosto será divulgada na quarta-feira. A leitura preliminar registrou variação mensal de 0,6% e estabilidade na inflação acumulada em doze meses em 5,3%. No Reino Unido, será divulgado o índice de inflação de agosto na quarta-feira, e a decisão de política monetária será anunciada na quinta-feira. A expectativa é que o Banco Central da Inglaterra (BoE) eleve os juros de 5,25% para 5,5%. Por fim, os índices PMI, um indicador antecedente de atividade econômica, será divulgada na sexta-feira em diversas economias, incluindo nos Estados Unidos, Reino Unido e países da Zona do Euro.

No Brasil, protagonismo para a decisão da taxa Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima quarta-feira às 18:30. A visão quase unânime no mercado (da qual compartilhamos) é de que a Selic será reduzida em 0,50pp para 12,75%. Nesse sentido, as atenções estarão voltadas às mensagens e projeções contidas no comunicado da reunião. Na terça-feira pela manhã, o Banco Central divulgará o IBC-BR de julho (proxy do PIB), para o qual esperamos avanço mensal de 0,9% e 1,3% a/a.


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