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Ibovespa encerra em leve alta de 0,2%; Ata do Fed marcou a semana

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: +0,20% | 108.976 pontos

Na semana que deu início à Copa do Mundo, com liquidez reduzida devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA e riscos fiscais no Brasil, o Ibovespa encerrou a semana praticamente de lado aos 109 mil pontos. A performance de Copel (CPLE6) aparece como destaque positivo, com o anúncio, feito pelo Estado do Paraná, de intenção de privatizar a estatal. Já na contramão negativa, destaque para CVC (CVCB3), que caiu fortemente junto com o setor de varejo, sofrendo com a disparada nas taxas de juros futuros.

No Brasil, a Copa não fez o mercado esquecer do risco fiscal. Após críticas de economistas e políticos, propostas alternativas à PEC de Transição do novo governo foram apresentadas. Além disso, rumores sobre nomes que devem compor a equipe econômica do próximo governo também afetaram os ativos brasileiros. Na quinta-feira, rumores de que Pérsio Arida e Fernando Haddad trabalhariam juntos no ministério da Economia animaram os mercados, porém na sexta-feira, com a negativa de Haddad em relação ao convite ministerial, o mercado voltou a ficar pressionado. No campo econômico, o IPCA-15 subiu 0,53% em novembro, abaixo das expectativas do consenso. A equipe econômica XP projeta elevação de 5,8% para o IPCA em 2022. Todavia, os riscos fiscais crescentes e seus impactos potenciais sobre a o câmbio e as expectativas de inflação podem alterar as projeções.

Nos EUA, a ata da última reunião do Federal Reserve foi destaque. O documento foi interpretado como mais brando pelo mercado, após a indicação de que uma desaceleração no ritmo de alta dos juros seria apropriada em breve. A expectativa do mercado é que o banco central americano eleve os juros em 0,5 p.p. na sua próxima reunião em dezembro. Os índices da Bolsa americana reagiram positivamente, com o S&P 500 e Nasdaq encerrando em alta de 1,5% e 0,7%, respectivamente. O PMI composto caiu para 46,1, leituras abaixo de 50 indicam contração, corroborando que a economia norte-americana parece estar em desaceleração, ainda que a um ritmo moderado.

Na China, o mercado segue em alerta com os novos anúncios de restrições em meio ao aumento de casos de Covid-19 atingindo um novo recorde no país. Para estimular a economia o governo chinês anunciou corte de 0,25% no requerimento de reserva dos bancos. Essa preocupação com as novas restrições levaram à queda das Bolsas chinesas, com HSI encerrando em queda de -2,25%, em dólares.

Por fim, na Europa, o Banco Central Europeu também divulgou a ata de sua última reunião, indicando que os juros precisam atingir níveis contracionistas para conter a inflação da região. Os mercados atualmente precificam uma leve desaceleração no ritmo de aperto monetário, com alta de 0,50 p.p. na próxima reunião.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 25/11/2022

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com alta de +0,40% em relação ao Real, em R$ 5,39/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 abriu +4bps na semana, atingindo 13,48%.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 25/11/2022

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ -300 milhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 25/11/2022

O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, os destaques serão dados dos Estados Unidos, que divulgarão o PIB do 3º trimestre e dados de mercado de trabalho de novembro e o deflator PCE de outubro, importantes para a definição dos próximos passos da política monetária. O discurso de Jerome Powell, assim como a divulgação do Livro Bege, relatório de condições da economia americana, também estarão na mira do mercado.

No Brasil, a PEC da transição continua sendo o principal tema. No terreno dos dados econômicos, teremos o PIB do 3º trimestre, dados fiscais, de emprego e produção industrial de outubro.

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