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Grupo SBF (SBFG3): Preparando-se para o próximo ciclo de crescimento; Trimestre pressionado (mas esperado) por maiores despesas de venda

O Grupo SBF (SBFG3) reportou seus resultados do 2T25. Veja nossa visão no relatório.

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O Grupo SBF reportou resultados fracos no 2º trimestre, com melhora na dinâmica da receita, mas rentabilidade pressionada por ventos contrários nos custos e maiores despesas de venda.

Em nossa visão, a diretoria está preparando a empresa para um novo ciclo de crescimento no próximo ano, que deve ser significativo para o calendário esportivo devido à Copa do Mundo. Como resultado, a empresa está investindo fortemente, especialmente na Centauro, para fortalecer as operações em preparação para esse novo ciclo, durante o qual o foco será o crescimento e a retomada das inaugurações de lojas, enquanto na Fisia o foco está na recuperação do canal atacadista e no reforço das categorias de futebol e corrida.

Melhora na dinâmica da receita

As vendas líquidas consolidadas cresceram 6% ano a ano, principalmente apoiadas pela Centauro (+9%), embora a Fisia tenha retornado a terreno positivo (+6% ano a ano) com a melhora do canal atacadista (+4% ano a ano contra -19% no 1T), em meio a bases de comparação mais normalizadas. Por unidade de negócio, as Vendas Mesmas Lojas (SSS) físico da Centauro cresceu 11% ano a ano (estável trimestre a trimestre), enquanto as vendas online subiram 18% ano a ano, com sortimento 1P mais amplo e maior participação das vendas pelo aplicativo. Enquanto isso, o desempenho da Fisia melhorou em todos os aspectos, com SSS atingindo +7% (contra -1% no 1T) e o atacado retomando um crescimento tímido, de +4%. Vale destacar que o crescimento da Centauro foi impulsionado pelo ticket médio (+6%) e por volume (+8%), enquanto a Fisia registrou aumento no ticket médio em ambos os modelos de loja (11% na NVS e 10% na NDIS), embora isso tenha implicado retração de volume.

Margens brutas com duas histórias diferentes

Enquanto a margem bruta da Centauro subiu 0,70 pontos percentuais ano a ano, devido ao aumento da participação de vendas a preço cheio, dada a alta qualidade do estoque em toda a rede, atingindo uma margem bruta recorde para um 2º trimestre (51,3%), a Fisia sofreu pressão de -3,50 pontos percentuais pela desvalorização do real, parcialmente compensada pelos incentivos fiscais do ICMS (aumento de 0,2 pontos percentuais ano a ano como % das vendas brutas). Observamos que, excluindo esses efeitos, a compressão da margem bruta da Fisia teria sido de -1,40 pontos percentuais, refletindo uma margem menor no atacado devido a um cenário competitivo mais acirrado. No total, a margem bruta consolidada caiu 0,70 p.p.

Maiores investimentos na Centauro impactam o EBITDA

Juntamente com a pressão na margem bruta e a desalavancagem operacional da Fisia, a empresa mencionou uma série de investimentos feitos na Centauro para apoiar o crescimento futuro, nomeadamente (i) aumento do quadro de funcionários das lojas, (ii) contratação de gerentes de categoria e executivo focado em marca própria e (iii) contratação de executivo para liderar engenharia e arquitetura das lojas. Como resultado, a margem EBITDA ajustada (ex-IFRS) caiu 1,10 pontos percentuais, apesar da redução das despesas administrativas (-14% ano a ano) devido à menor provisão para bônus variável, dado o difícil comparativo do 2T24. Algo que chamou nossa atenção foi uma despesa de reestruturação de R$ 31 milhões (excluída do EBITDA), que exploraremos na teleconferência para entender melhor sua natureza, pois sem esse ajuste o EBITDA teria ficado 10% abaixo da nossa estimativa. Por fim, o lucro líquido atingiu R$ 87 milhões, 5% acima da nossa estimativa, devido a melhores resultados operacionais, enquanto o fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 123 milhões (-28% ano a ano), apoiado por melhores resultados operacionais e ganhos com derivativos (R$ 71 milhões).

Interessante notar que:

(i) Para o futuro, a empresa espera mitigar substancialmente o efeito cambial da Fisia por meio da implementação de incentivos fiscais em suas lojas físicas e no canal atacadista, com este último previsto para julho de 2025; (ii) Na Centauro, as vendas de calçados e vestuário cresceram 14%, com o primeiro crescendo em todos os segmentos e o segundo se beneficiando do desempenho da coleção de inverno e das vendas de marca própria (especialmente Oxer); (iii) A gestão reiterou que espera que o desempenho do atacado melhore gradualmente ao longo do ano, com base em pedidos já realizados em 2024-25 sem cancelamentos; (iv) A empresa fortaleceu sua estrutura corporativa, principalmente em 1) áreas comerciais, apontando diretores dedicados a categorias/marcas-chave; 2) equipes regionais dedicadas ao recrutamento, seleção e treinamento de vendedores; e 3) Engenharia/Arquitetura, para viabilizar o plano de reformas e melhorias nas lojas; e (v) A Fisia, agora sob nova liderança, mantém compromisso com a estratégia global da Nike, focada na recuperação do atacado, fortalecimento da presença em futebol/corrida e manutenção da liderança em lifestyle.

Comparação das nossas estimativas vs. resultados divulgados

A companhia realizará sua reunião de resultados amanhã às 11h (link)

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