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Brava Energia (BRAV3) | Monetização dos recebíveis da Yinson

A Brava Energia anunciou a monetização dos recebíveis da Yinson. Veja aqui nossos comentários.

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Brava receberá US$ 260 milhões em dinheiro e acumulará cerca de US$ 40 milhões em créditos fiscais

Monetização dos recebíveis. Nesta quarta-feira (6), a Brava anunciou que fechou um acordo com a Yinson que permite à empresa monetizar contas a receber que mantinha em seu balanço patrimonial. Em nossa visão, o efeito líquido é positivo, mas o impacto é duplo. Por um lado, o acordo aumenta a liquidez da Brava (recebe US$ 260 milhões em dinheiro) e reduz a alavancagem. Por outro lado, há uma redução negativa no resultado (prejuízo antes de impostos de cerca de US$ 150 milhões) – embora o lado positivo seja que o prejuízo dessa transação proporciona um escudo fiscal (valor presente de cerca de US$ 40 milhões) que melhora ainda mais o fluxo de caixa. Dada a elevada alavancagem atual da Brava (3,4x ND/LTM EBITDA no final do 1T25), acreditamos que o mercado receberá com bons olhos o acordo.

Os detalhes. Com a assinatura do acordo, a Brava receberá US$ 260 milhões em dinheiro. No entanto, os créditos foram mantidos no balanço patrimonial da empresa pelo seu valor nominal de cerca de US$ 410 milhões. Portanto, a diferença entre os créditos e o dinheiro representará uma perda líquida de US$ 150 milhões no resultado financeiro do terceiro trimestre de 2025. Parte da perda pode ser monetizada imediatamente já em 2025 (ou seja, no mesmo ano fiscal), enquanto o restante constituirá crédito fiscal para o futuro. Se levarmos em conta tanto o influxo de dinheiro quanto os créditos fiscais, o valor do acordo para a Brava foi mais próximo de US$ 300 milhões.

A lógica. Apesar da perda contábil, consideramos o acordo praticamente neutro em termos de valor presente líquido para a Brava. A razão é que esses recebíveis normalmente seriam monetizadas ao longo de 15 anos, com pagamentos anuais de cerca de US$ 40 milhões, com uma taxa de acumulação contratual de 6% em dólares. Em nossa visão, a taxa contratual está substancialmente abaixo das taxas de mercado reais para títulos de projetos semelhantes, que geralmente são negociados cerca de 200-300 pontos-base acima dos títulos da empresa petrolífera cliente. Isso significa que o valor de mercado desses recebíveis nas condições atuais do mercado provavelmente exigiria um desconto significativo para oferecer aos investidores um rendimento até o vencimento (YTM) de cerca de 11%. Coincidentemente, 11% é a taxa de desconto implícita no negócio de US$ 260 milhões da PRIO com a Yinson, por isso consideramos que o acorodo é neutro em termos de valor.

O contexto. Não é comum que empresas petrolíferas (com seus projetos de alta TIR como uso alternativo para o capital) funcionem como bancos financiando suas contrapartes. A história de como essa conta a receber surgiu é muito circunstancial. A Enauta comprou originalmente a FPSO OSX 2 (agora FPSO Bravo) por US$ 80 milhões. No entanto, a plataforma precisava de investimentos significativos antes de poder operar no campo de Atlanta, que na época estavam orçados em US$ 500 milhões. A Enauta realizou uma licitação para uma empresa realizar as modificações, arrendar e operar o FPSO, que foi vencida pela Yinson. No entanto, a Yinson precisava de financiamento e a Enauta acabou fornecendo o financiamento para permitir que o projeto fosse adiante. Assim, a Enauta financiou US$ 400 milhões para a aquisição do FPSO pela Yinson e parte do capex de adaptação – o restante foi capital próprio da Yinson. Foi assim que a Enauta (agora Brava Energia) acabou com um arrendamento a pagar à Yinson e recebíveis da mesma contraparte. Após o pré-pagamento desses recebívies, a estrutura financeira ficará mais simples – a estrutura usual em que o arrendador é proprietário do ativo e cobra taxas diárias tanto pelo ativo quanto pela O&M.

Gestão de passivos. A monetização dos recebíveis da Yinson faz parte da gestão mais ampla dos passivos da Brava. A empresa levantou US$ 500 milhões em um novo título local (9ª emissão de debêntures) a um custo de 8,7% em dólares americanos. Ela utilizou os recursos para pagar US$ 500 milhões da debênture 3R Potiguar a um custo de CDI + 3,8% e antecipar o pagamento de US$ 125 milhões da debênture de primeira emissão da Enauta a um custo de CDI + 4,25%. O processo de gestão de passivos visa reduzir o custo médio da dívida da Brava e aumentar o prazo de vencimento.

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