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Aprovação do acordo do teto da dívida americana marcou a semana; Ibovespa encerra em alta de 1,5%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: +1,5% | 112.558 pontos

Em semana de alívio após a aprovação do acordo do teto de gastos americano, o Ibovespa encerrou em alta de 1,5% aos 112.558 pontos. Como destaque da semana, Azul (AZUL4) subiu mais de 14%, após o governo sancionar a redução de impostos para as companhias aéreas, além do cenário mais otimista esperado por analistas. Em contrapartida, Via (VIIA3) caiu cerca de 5% após o rebaixamento da recomendação do papel, feito pelo JP Morgan.

A principal atenção da semana foi para a aprovação do projeto de lei pelo Congresso dos Estados Unidos para aumentar o teto da dívida e limitar os gastos do governo por dois anos, apenas três dias antes do prazo final para evitar um calote da dívida soberana do país. Com a aprovação, o S&P 500 e Nasdaq encerraram a semana em território positivo de 1,8% e 2,0%, respectivamente. Os dados de trabalho payroll vieram bem acima do esperado pelo consenso, reafirmando um mercado de trabalho resiliente e trazendo incertezas sobre a decisão de política monetária do Federal Reserve em sua próxima reunião. Na parte de dados econômicos, o índice de gerentes de compra manufatureiro (PMI) caiu ligeiramente de 47,1 pontos para 46,9 pontos, permanecendo em território contracionista, abaixo de 50 pontos.

No Brasil, os dados econômicos foram o destaque da semana. O PIB do 1T23 registrou um crescimento de 1,9% em relação ao trimestre anterior (4T22), superando as expectativas. Apesar desse desempenho positivo, a equipe de economia da XP mantém a expectativa de uma desaceleração da atividade econômica brasileira nos próximos trimestres. Isso se deve às condições de crédito mais restritivas, à dissipação do impulso causado pela pandemia e à desaceleração do mercado de trabalho, embora em um ritmo mais suave do que inicialmente previsto. As projeções de crescimento para o PIB de 2023 continuam sendo revisadas para cima pela XP e devem se situar entre 2,0% e 2,5%. Na China, o governo criticou a assinatura – realizada essa semana - de um tratado comercial entre os EUA e Taiwan, pedindo que o governo americano interrompa o contato oficial com a ilha, que é reivindicada como parte do território chinês, trazendo de volta os receios de aumento de tensões entre o governo chinês e Taiwan. Na parte de economia, o PMI manufatureiro do país caiu para 48,8, abaixo tanto do valor esperado pelo mercado quanto da leitura do mês de abril, levantando mais questões sobre a recuperação econômica no país, pressionada pela demanda fraca e pela desaceleração do investimento de capital.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 02/06/2023


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com queda de 0,7% em relação ao Real, em R$ 4,96/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou -21 bps na semana, atingindo 11,32%.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 02/06/2023


Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi negativo em cerca de - R$ 2,1 bilhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 02/06/2023. Dados de fluxo até 31/05/2023.


O que esperar para semana que vem?

Na seara internacional, teremos uma agenda de indicadores relativamente mais calma. O índice de gerentes de compra (PMI, sigla em inglês) para o setor de serviços será divulgado na Europa e nos Estados Unidos. Na China, a balança comercial e a inflação ao consumidor serão divulgados. Ademais, os índices de inflação ao consumidor serão divulgados nos principais países da América Latina. Todas essas publicações são referentes a maio.

No Brasil, por sua vez, teremos semana encurtada pelo feriado de Corpus Christi. Nos indicadores, protagonismo para o IPCA de maio, para qual a XP e o consenso de mercado esperam avanço mensal de 0,35%, condizente com 4,06% na comparação interanual. É esperado algum arrefecimento nos preços alimentícios na comparação com a prévia mensal (IPCA-15), bem como efeito baixista na dinâmica de preços de combustíveis, após a decisão de corte pela Petrobras em 16 de maio.

Do lado fiscal, o foco da próxima semana continua no Congresso. No Senado, o relator da proposta do novo arcabouço fiscal, senador Omar Aziz (PSD-AM), discute a possibilidade de alterações como a retirada do Fundeb e do Fundo Constitucional do Distrito Federal do limite de despesas e a mudança do artigo que permite a expansão das despesas em 2,5% acima da inflação no próximo ano. Por sua vez, o grupo de trabalho da reforma tributária sobre os impostos indiretos deve apresentar seu relatório. Segundo fontes da imprensa, o novo IVA (imposto sobre valor agregado) será dual, o que garante maior autonomia aos entes subnacionais, terá 4 regimes especiais (combustíveis, setor financeiro, seguros e construção civil) e alíquotas diferenciadas por setores. Além disso, deve eliminar os incentivos fiscais existentes, mas preservar o simples nacional. A expectativa do governo é de que o projeto seja aprovado ainda no primeiro semestre deste ano na Câmara.

Fonte: Bloomberg, Research XP

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