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Agro, Alimentos e Bebidas – Data Expert | 1ª projeção para 24/25; visões opostas para grãos e oleaginosas – Mai/24

Soja | Milho | Trigo | Algodão - Análise do WASDE de Mai/24

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Com a 1ª previsão do USDA para 24/25, perspectivas para oleaginosas e grãos apontam em direções opostas. Estoques finais globais vieram acima das estimativas de mercado para a soja e abaixo para milho e trigo. Concordamos com a visão baixista da soja, uma vez que o aumento global de área deverá elevar estoques. No milho, esperamos que a safra brasileira pressione o mercado doméstico no curto prazo, mas devido aos estoques globais estáveis A/A, preços em Chicago deverão refletir o desenvolvimento da safra nos EUA nos próximos meses, podendo abrir uma janela para avanço da comercialização dos produtores SLC e BrasilAgro, já que ambos estão atrasados no milho. No trigo, apesar de uma produção mundial recorde, safras menores nos principais exportadores estão pressionando preços para cima.

A produção global em 24/25 deve atingir recorde de 422mi t, aumento de mais de 6% vs. 23/24. Se concretizada, a produção terá o maior percentual de aumento em mais de uma década, apoiada na expansão de área no Brasil e EUA. Do lado da demanda, o USDA espera crescimento na China, uma premissa questionada pelo mercado. No WASDE, mesmo com importações chinesas e esmagamento crescendo 4mi t, estoques finais globais crescem quase 17mi t, principalmente nos países exportadores.

Variações anuais mais leves do que na soja trazem uma projeção mais estável para 24/25. A produção global deverá diminuir com safras menores na Argentina, na Ucrânia e nos EUA. As exportações também devem diminuir ligeiramente devido à oferta estável ou inferior nos exportadores. O USDA espera aumento no consumo global para ração, mas ligeira queda em outros usos. Com esse cenário, estoques globais caem ligeiramente, aumentam na China e nos EUA, mas caem na Ucrânia, Índia e Brasil.

O USDA espera produção e consumo recordes em 24/25, mas menores exportações e estoques finais, especialmente na Rússia. A produção deverá aumentar na Índia, China, Austrália, Cazaquistão, Canadá, Paquistão e EUA, compensando as safras menores na EU, Reino Unido, Rússia e Ucrânia. Após o primeiro choque inicial da guerra no Mar Negro, preço caiu com safras recordes na Rússia, mas agora a redução das exportações russas e ucranianas poderá dar o tom para 24/25.

As fibras sintéticas continuam a pressionar consumo global de algodão, mas que ainda assim deverá crescer 3% em 24/25, acima da média de longo prazo. O USDA espera maior reposição de estoques globais. A oferta global está projetada em quase 200 milhões de fardos, 5 milhões acima de 23/24 e a maior em 4 anos.

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