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Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): Forte desempenho de vendas no 1T20; Aceleração do crescimento ex-COVID

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) divulgou um forte desempenho de vendas referente ao 1T20. O faturamento foi positivamente impactado pelo aumento do volume de vendas observado principalmente a partir da segunda quinzena de março, após o início da quarentena em função da pandemia do COVID-19. Entretanto, também destacamos a melhora incremental nas tendências de vendas excluindo os impactos do COVID-19. Veja os destaques abaixo.

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O Grupo Pão de Açúcar (GPA) divulgou hoje (22 de abril, antes da abertura do mercado) o desempenho de vendas referente ao primeiro trimestre de 2020 (1T20). No Brasil, a receita bruta atingiu R$ 15,9 bilhões, tendo crescido 15% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (1T19), com destaque para a operação de atacarejo (Assaí). Na operação internacional (Grupo Éxito), a receita bruta atingiu R$ 5,7 bilhões, um crescimento de 11,8% A/A considerando taxas de câmbio constantes.

Em ambos os casos, o faturamento foi positivamente impactado pelo aumento do volume de vendas observado principalmente a partir da segunda quinzena de março, após o início da quarentena em função da pandemia do COVID-19, conforme antecipamos em nosso relatório "Varejo: Esperando o melhor, mas nos preparando para o pior; Magalu COMPRA", publicado em 29 de março.

Entretanto, também vemos uma melhora incremental nas tendências de vendas excluindo os impactos do COVID-19. Em especial, destacamos a melhora no desempenho das vendas do Extra Hiper (20% das vendas do GPA Brasil), com vendas mesmas lojas ex-COVID de -0,2% A/A no trimestre (vs. -4,8% no 4T19).

Veja abaixo os principais destaques de cada uma das operações.


GPA Brasil: Destaque para o Assaí

Apesar da aceleração do crescimento em todas as bandeiras, as vendas do Assaí superaram as nossas expectativas, enquanto o resultado da operação de Multivarejo foi mais fraca do que esperávamos.

Assaí (53% das vendas Brasil): A bandeira apresentou crescimento de vendas de 23,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, acima da nossa expectativa de 19,7%. No conceito mesmas lojas, o crescimento no período foi de 7,1% A/A (ou 5,1% excluindo os efeitos do COVID-19, segundo a companhia). A queda nas vendas para clientes pessoas jurídica (principalmente aqueles relacionados à indústria de food service) foi mais do que compensada pelo aumento no fluxo de clientes pessoa física, que atingiram mais de 70% das vendas (vs. 50% antes da pandemia).

Multivarejo (47% das vendas Brasil): As vendas do segmento (que inclui principalmente as bandeiras Extra Hiper e Pão de Açúcar) apresentaram crescimento de 6,2% A/A ou 6,6% no conceito mesmas lojas (4,3% excluindo os efeitos do COVID-19, segundo a companhia). Destacamos a melhora no desempenho das vendas do Extra Hiper (20% das vendas do GPA Brasil) excluindo os impactos do COVID-19. No 1T20, o formato apresentou crescimento de vendas mesmas lojas ex-COVID de -0,2% A/A (vs. -4,8% no 4T19).

GPA Internacional (Grupo Éxito): Crescimento acima do esperado

As vendas da operação internacional do grupo apresentaram crescimento de 11,8% A/A, acima da nossa expectativa de 4,8%. No conceito mesmas lojas, o crescimento foi de 12,1%, ou 8,0% excluindo os efeitos do COVID-19, segundo a companhia, o que se compara com 4,6% em 4T19. Observamos uma aceleração sequencial do crescimento em todas as bandeiras, excluindo o impacto do COVID-19, mas vale destacar a recuperação do desempenho dos formatos Surtimax e Super Inter, com crescimento de vendas mesmas lojas de 3,1% A/A ex-COVID (vs. 0% no 4T19).


Nossa visão: Positivo

Já esperávamos uma aceleração significativa do crescimento de vendas do GPA, em função dos impactos relacionados ao período de quarentena, tanto em função do abastecimento, mas também por um aumento do consumo em casa. Dessa maneira, também esperamos que o momento positivo também contribua com um aumento da rentabilidade do grupo nesse período.

De qualquer maneira, destacamos a surpresa positiva em relação à aceleração do crescimento de vendas ex-COVID, especialmente no segmento de Multivarejo e na operação internacional, conforme mencionado acima. Com isso, mantemos a nossa recomendação de Compra e continuamos a ver um risco-retorno atrativo para o papel, que agora negocia a um múltiplo de 10x P/L para 2020e (contra 17x para o Carrefour). Acesse o link para ver a nossa tese de investimento.

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