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Enjoei (ENJU3): Tendências estruturais à frente; Destaques do estudo do BCG sobre o mercado de segunda mão

Hoje, o Enjoei e o BCG Consulting Group (BCG) divulgaram um relatório conjunto sobre o mercado brasileiro de segunda mão. Confira aqui os destaques

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Hoje, o Enjoei e o BCG Consulting Group (BCG) divulgaram um relatório conjunto sobre o mercado brasileiro de segunda mão. O estudo entrevistou 3 mil consumidores e trouxe conclusões interessantes, com os principais destaques sendo: i) O tamanho do mercado brasileiro foi estimado em R$ 24 bilhões até 2025 – com um CAGR implícito de ~20% entre 2022-25; ii) O ESG desempenha um papel importante na motivação de compradores e vendedores; e iii) a confiança e os desafios culturais são as principais barreiras. No geral, o relatório reiterou que há uma tendência estrutural à frente para o Enjoei, embora mantenhamos nossa recomendação Neutra, pois preferimos estar expostos a uma tese de investimento com risco/retorno mais equilibrado.

Os principais destaques do estudo do BCG e Enjoei (link) foram:

  • Visão Global: mercado de roupas de segunda mão deve superar o fast fashion até 2025 nos EUA. A indústria de segunda mão dos EUA registrou US$ 36 bilhões em vendas em 2020, com um CAGR estimado de 15-20% para os próximos 3 anos. Como resultado, o mercado deve ultrapassar US$ 70 bilhões até 2025 – superando as empresas de Fast Fashion.
  • No Brasil, uma oportunidade de R$ 24 bilhões à frente. O BCG estima que, atualmente, 12% do guarda-roupa dos consumidores é composto por itens de segunda mão, com esse percentual podendo chegar a 20% até 2025. Se isso se concretizar, o mercado endereçável do Enjoei poderá chegar a R$ 24 bilhões em 3 anos.
  • A penetração de compras de produtos usados entre os consumidores é alta. De acordo com a pesquisa, 56% dos consumidores já venderam/compraram um item usado, sendo vestuário (49%), eletrônicos (46%), móveis para casa (35%) e calçados (34%) as categorias mais procuradas.
  • ESG desempenha um papel importante para os vendedores. Entre os motivos de venda de roupas usadas, a abertura de espaço no guarda-roupa (34%) e a sustentabilidade (29%) foram citados como importantes motivadores. Como referência, a indústria do vestuário responde atualmente por 8% das emissões globais de gases de efeito estufa.
  • Segmentação de consumidores em diferentes perfis. O BCG segmentou potenciais consumidores de segunda mão em seis perfis: exigentes e conscientes, sustentáveis, caçador de achados, renovadores, economizadores e vendedores exclusivos, destacando que cada um tem um posicionamento preço/mix diferente.
  • Principais desafios pela frente. Apesar da tendência estrutural do LT, o BCG vê dois principais desafios pela frente: confiança nas plataformas online e barreiras culturais, com itens de segunda mão ainda vistos como de baixa qualidade por alguns consumidores.

Mantemos nossa recomendação Neutra. Embora vejamos a Enjoei como os varejistas mais bem posicionados para capturar o crescimento do mercado de segunda mão, mantemos nosso Neutro, pois preferimos estar expostos a teses de investimento de risco/recompensa mais equilibradas.

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