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Reunião com 6 CEOs Sobre o Combate ao Coronavirus

Realizamos uma teleconferência com CEOs de diversos setores para analisar o combate contra o coronavirus.

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Tivemos hoje um encontro com 6 empresários de diferentes segmentos para tratar de como o Brasil, público e privado, pode enfrentar o coronavirus. Os empresários eram: i) Pedro Guimarães, CEO da Caixa Econômica Federal; ii) André Street, CEO da Stone; iii) Benjamin Steinbruch, CEO da CSN; iv) Guilherme Benchimol, CEO da XP Inc.; v) Rubens Menin, CEO da MRV; e vi) Wilson Ferreira Júnior, CEO da Eletrobrás. O evento, que foi online, contou com transmissão máxima de 10 mil pessoas.

Entre os principais temas discutidos, tivemos: i) anúncios de medidas que serão adotadas pela Caixa Econômica Federal; ii) impacto já sentido pelos empreendedores; iii) situação das micro, pequenas e médias empresas, bem como de empregos; e iv) possíveis medidas governamentais e burocracias.

A Atuação da Caixa Econômica Federal

Pedro Guimarães, CEO da Caixa Econômica Federal, disse que o objetivo do banco estatal é mitigar o impacto econômico da crise, fez anúncios sobre como pretende alcançar tal objeitvo. Entre os anúncios, temos: i) Caixa vai cortar ainda mais o juro do cheque especial e cartão de crédito, linhas que devem ser afetadas durante a crise; ii) vai renovar automaticamente todas as linhas de crédito da instituição; iii) que a Caixa está operacionalmente pronta para realizar todos os reembolsos pelo celular; e iv) que vão dar liquidez para antecipações de recebíveis. Os anúncios devem vir ao longo desta semana.

Guimarães também reafirmou seu discurso de que deve originar R$ 75 bilhões em crédito. Detalhou o seguinte: i) R$ 40 bilhões para capital de giro; R$ 30 bilhões para comprar carteiras de bancos médios; e iii) R$ 5 bilhões para Santas Casas, originação esta integralmente já concedida.

Afirmou ainda que o governo e o ministério da economia possuem um grupo de estudo para a crise, onde estudam todas as possibilidades, inclusive de utilização dos sistemas privados e o SEBRAE.

O Estado da Crise

Wilson Ferreira, CEO da Eletrobrás, citou que para o setor elétrico esta crise se assemelha ao do racionamento hídrico no início dos anos 2000. O executivo relembrou que foi necessária uma mudança de hábitos por parte da população, como apagar as luzes etc. Relembrou que é crucial planejar a retomada da economia no pós-crise.

André Street, CEO and Founder da Stone, complementou com dados de mais de 500 mil pequenas e médias empresas com quem a empresa tem contato diariamente: i) possuem capital de giro para apenas 27 dias; ii) fluxo de caixa caindo. Finalizou dizendo que a situação é crítica. Street afirmou que, para contornar a situação, criou uma linha de R$ 100 milhões para clientes , vai doar R$ 30 milhões em taxa e está criando campanhas para compra de negócios locais.

Guilherme Benchimol, Founder e CEO da XP Inc., disse que embora a situação da XP seja boa, pois está capitalizada e a empresa está funcionando melhor no home office do que no escritório devido a descentralização, não acredita que a situação seja a mesma para todas as empresas. Acredita que as demissões podem acontecer.

Benjamin Steinbruch, CEO da CSN, afirmou que a empresa está dando prazo maior de pagamento para todos os clientes.

Possíveis Medidas Econômicas e Governamentais

O economista chefe da XP Investimentos, Marcos Ross, não acredita que a política monetária sozinha conseguirá avançar contra o virus, concordando com André Street que um “Plano Marshall” seria necessário, se alavancando em dívidas e despejando dinheiro a fundo perdido na economia. Complementou dizendo que medidas que estão sendo adotadas pelo governo são burocráticas, e que isso vai atrapalhar a eficácia das mesmas. Pedro Guimarães concorda e disse que vão capitalizar intermediários que conversem com as pequenas empresas.

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