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José Manuel Barroso vê ‘derrota da política’ na luta contra a Covid-19

Presidente da Aliança Global para Vacinas, Barroso disse que os governos não estavam preparados para enfrentar a pandemia

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José Manuel Barroso
José Manuel Barroso durante painel na Expert XP 2021

“Essa pandemia mostrou, logo de início, uma grande vitória da ciência, mas uma derrota da política”. A frase é do presidente da Aliança Global para Vacinas e ex-primeiro-ministro de Portugal, José Manuel Barroso. Ele participou do painel “Vacinação no mundo: o desafio das variantes”, da Expert XP 2021, nesta quinta-feira (26). 

Segundo Barroso, houve uma vitória da ciência porque ela conseguiu desenvolver, em tempo recorde, vacinas eficazes e seguras contra a covid-19. Por outro lado, destacou que “a política a nível global tem falhado”. Para ele, os governos não estavam preparados para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.  

Vacinação desigual

Uma das evidências dessa derrota política, apontou Barroso, é a desigualdade na distribuição de vacinas entre países ricos e pobres. “Os países de renda alta já vacinaram cerca de 60% de sua população pelo menos com uma dose, enquanto nos países de renda baixa está taxa está em cerca de 2,15%. Ou seja, se nos países mais ricos uma pessoa em cada duas já tem uma vacina, pelo menos, nos países de renda baixa essa média é de uma em 47 pessoas”, explicou.  

De acordo com ele, tem havido “mau comportamento” de alguns governos e de alguns fabricantes de vacinas. Para o ex-primeiro-ministro de Portugal, os pontos principais foram a falta de transparência, problemas de produção e distribuição, além da má gestão política.  

Variantes geram incertezas

Durante o painel, Barroso também afirmou que o principal problema é a falta de vacinas para a distribuição em países em desenvolvimento. As incertezas em relação a possíveis novas variantes e, ainda, as tensões geopolíticas, como a crise no Afeganistão, pioram as perspectivas sobre o avanço da vacinação global.  

Além disso, há o desabastecimento na produção das doses. Segundo Barroso, o consórcio Covax queria ter 1,9 bilhão de doses distribuídas até o final de 2022, mas essa meta está em risco. “O objetivo é controlar a fase mais aguda da pandemia até o início do próximo ano, garantindo a cerca de 30% da população nos países menos desenvolvidos a vacinação”, afirmou.  

Polarização política no mundo

Sobre o aumento da polarização política, assunto levantado pelo economista-chefe da XP, Caio Megale, durante o painel, Barroso afirmou que o futuro depende das lideranças e que vê duas hipóteses extremas: uma é a de “o mundo continuar fragmentado, com nacionalismo, cada um olhando para si próprio”.  

“A outra hipótese, aquela com a qual sonho, é de um mundo aberto, um mundo multilateral, um mundo de solidariedade. Qual vai ganhar? Não sabemos”, disse Barroso, que foi presidente da Comissão Europeia de 2004 a 2014. 

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