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Eleições 2022: em meio a forte polarização do cenário eleitoral, insegurança gerada pela pandemia cria demanda por candidato experiente

Cenário das eleições devem ser decididos pela forte rejeição ao governo Bolsonaro. Apesar do possível surgimento de uma 'terceira via’, a disputa permanece polarizada

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Se 2021 já é um ano muito conturbado politicamente no Brasil, 2022 promete ser ainda mais quente com a chegada das eleições presidenciais. Como o mercado será afetado pelas dinâmicas eleitorais e políticas, a Expert XP 2021, maior evento de investimentos do mundo, trouxe um painel para discutir alguns possíveis cenários para o ano que vem.

Richard Back, Head Macro Sales e Analise Política da XP, e Victor Scalet, Estrategista Macro da XP Investimentos, receberam Luiz Flavio Guimarães, Jornalista Político e Eleitoral, Carlos Melo, Professor Senior Fellow do Insper, e Marcela Montenegro, Diretora Executiva do IPESPE, para falar sobre o assunto. Veja abaixo os principais destaques do painel:

Polarização forte e possibilidade da ‘terceira via’

Os especialistas começaram falando sobre os principais números extraídos da série de Pesquisas realizadas pela XP Investimentos em parceria com o IPESPE. Em agosto, a pesquisa consolidou uma tendência de crescente rejeição do governo Bolsonaro e um aumento nas intenções de voto para o ex-presidente Lula.

Com a polarização política cada vez mais forte e evidenciada, Lula Guimarães avaliou as possibilidades de uma terceira via, abrindo uma oportunidade para sair do eixo Lula ou Bolsonaro. “Temos um campo muito grande para isso. Nas eleições de 2018, na Bolsonaro teve região Sudeste 68% dos votos e apenas 15% no Nordeste. Ainda há uma grande rejeição ao ‘petismo’, mas com o desgaste da candidatura de Bolsonaro, existe um espaço grande nessas duas regiões para o crescimento dessa terceira via”, disse o jornalista.

Carlos Melo acredita que ainda não está claro quem será a oposição. “A grande oposição do Bolsonaro é ele mesmo. O Lula aparece nas pesquisas por uma reação pública”, disse o professor do Insper. Ele justifica seu ponto, pois politicamente ninguém ainda assumiu efetivamente o papel de oposição em uma frente eleitoral. Houve uma tentativa de João Dória, governador do Estado de São Paulo, mas que acabou não consolidando essa posição.

Desgaste na pandemia gera alta demanda por experiência

Para Victor Scalet, a imagem desgastada do atual presidente tem muita conexão com o controle da pandemia e a percepção da economia. No entanto, enquanto os números da pandemia melhoraram e a economia começou a reagir, a rejeição continuou crescendo. Ainda assim, embora a tendência seja melhorar até as eleições, deve afetar menos do que o necessário para corrigir a trajetória de alta rejeição do atual governo.

Com esse cenário, o que pode definir politicamente os grandes assuntos para o ano das eleições, devem continuar ligados à economia e à saúde, remetendo ao pós pandemia. Marcela Montenegro concordou com esse contexto e acrescentou uma reflexão importante, resultado da insegurança trazida pela pandemia: “As pessoas querem retomar a sua vida, seus hábitos. As pesquisas mostram que a pandemia assustou muitas pessoas e isso faz com que elas valorizem a experiência dos candidatos. Há uma pauta de mudança, mas sem aventuras ou adotando um novo completo.”

“A economia pode ressuscitar. As quase 600 mil pessoas que morreram não. Então, mesmo que nos sintamos mais seguros, fica a marca de uma má condução da pandemia, além da falta de uma esperança clara para superar tanto isso quanto a pandemia”, acrescentou o professor Carlos Melo, depois de concordar que a experiência deve ser decisiva no próximo pleito.

Quem estará no segundo turno de 2022?

Provocados a refletir por possíveis resultados, Victor Scalet iniciou a discussão avaliando que poucos nomes se destacando nas pesquisas prévias, com o cenário ficando entre Lula e Bolsonaro no segundo turno, achando improvável a subida de uma ‘terceira via’. Ainda assim, o especialista acredita que embora seja pouco provável, a chance não é zero.

Marcela Montenegro concordou com a visão de Victor Scalet e chamou a atenção pelo crescimento dos ‘alienados’, que ainda não tem um candidato e que podem ser decisivos nesse cenário. Carlos Melo também vê pouca chance de uma ‘terceira via’, mas acredita que o embate entre Lula e Bolsonaro pode ser diferente.

Lula Guimarães acredita que o desgaste de Bolsonaro é tão grande que pode deixá-lo de fora do segundo turno. Nesse cenário a melhor possibilidade seria Lula e um candidato de centro-direita, com João Dória se posicionando com mais força nesse lugar.

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