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Europa: Tradição de empresas centenárias

Entenda as principais características do mercado acionário do Velho Continente

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Ao olharmos para o passado, vemos que a história da região europeia foi marcada por uma infinidade de guerras e conflitos. Hoje, além de abrigar o centro cultural da civilização, a região é vista pelo mundo todo como um exemplo de solidez, de igualdades de oportunidade, educação e saúde. Confira as principais características da região:

Empresas sólidas e negócios de longa data

Se observarmos as 3 maiores empresas europeias por valor de mercado: Nestlé (US$ 325bi), LVMH (US$ 310bi), Roche (US$ 310bi), percebemos que todas foram fundadas há pelo menos 125 anos. Essa peculiaridade da bolsa europeia se estende para parte relevante do índice e demonstra a resiliência deste mercado, que já sobreviveu a 2 guerras mundiais. A bolsa americana, ao contrário da europeia, é muito mais baseada em tecnologia e empresas de crescimento: A média de idade das 3 maiores empresas dos EUA é de apenas 40 anos.

Também vale ressaltar que o mercado é composto majoritariamente por empresas lucrativas. O índice das 600 maiores empresas europeias entregou, entre 2015 e 2020, margens líquidas médias de 6,6%. O Brasil, por exemplo, entregou apenas 5,7% e com mais risco.

Geradoras de caixa e boas pagadoras de dividendos

Outra característica muito procurada por investidores é a capacidade de uma empresa pagar dividendos ao longo dos anos. Neste quesito, a Europa se destaca: de 2000 a 2019, ações do STOXX 600 pagaram, em média, 3,05% a/a em dividendos, superando os 2,15% das empresas do S&P 500. No longo prazo, a diferença fica mais evidente, com ações europeias distribuindo 18% a mais de dividendos que as americanas.

Fonte: Bloomberg, XP

Diversificação setorial

A bolsa europeia possui uma composição setorial complementar à brasileira, sendo menos concentrada em instituições financeiras e petrolíferas. Entre as principais diferenças, está a presença mais relevante do setor industrial, de saúde e de tecnologia.

Fonte: Bloomberg, XP

Podemos destacar também as diferenças sub-setoriais. Por exemplo, no setor de consumo discricionário europeu, temos a presença das tradicionais montadoras de automóveis como as alemãs Volkswagen, Porsche, Mercedez, Audi e BMW.

Fonte: Bloomberg, MSCI, XP Investimentos.

Já no setor de tecnologia, temos as gigantes SAP e ASML. A primeira é desenvolvedora e fornecedora de software para gestão de empresas, enquanto a segunda é fornecedora global de tecnologia para produção de semicondutores, tendo como clientes todas as principais produtoras de chips do planeta.

Além disso, o subsetor de luxo é praticamente uma exclusividade europeia. A LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, que domina o mercado de alto-padrão, é listada em bolsas na Europa e possui em seu portfólio grandes marcas como: Tiffany, TAG Heuer, Dom Pérignon, Fendi e Dior. Na lista do luxo, podemos adicionar também a italiana Ferrari e a francesa Kering, conglomerado que possui marcas como Gucci, Bottega Veneta e Balenciaga.

Podemos observar o contraste com emergentes. Na bolsa brasileira, por exemplo, alternativas de investimento em empresas com marcas globais são menos difundidas; no país, dentre as principais componentes dos setores de bens de consumo e bens discricionários estão redes varejistas locais (Magazine Luiza, B2W e Renner) e frigoríficos (JBS e Marfrig).

Foco em sustentabilidade

No centro do Acordo Verde Europeu (Europe Green Deal) e em linha com o Acordo de Paris (2016) está a meta da União Europeia de zerar suas emissões líquidas de gases efeito estufa até 2050. Para alcançar tal objetivo, estima-se que o bloco econômico tenha de investir € 7 trilhões nos próximos 30 anos em fontes de energia limpa e novas tecnologias.

Neste cenário, a Europa possui empresas bem posicionadas para capturar tais estímulos trilionários: Volkswagen (a maior vendedora de elétricos do continente), Enel (operadora de campos eólicos), Vestas (maior fabricante de turbinas eólicas do mundo) e Alstom (fabricante de trens elétricos de alta velocidade).

Em geral, ações europeias trazem diversificação, solidez de empresas bem estabelecidas, enquanto representam o poder de marcas centenárias e tendem a ser boas pagadoras de dividendos.

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