1. Fundos de Renda Fixa
Os fundos de crédito em geral mais uma vez se beneficiaram do mesmo binômio observado nos últimos 12 meses, que são: 1) a diminuição das taxas de negociação no mercado secundário (o que chamamos de “fechamento do spread de crédito”) e, mesmo com essa diminuição das taxas dos ativos, os fundos também se valeram de taxas que ainda são superiores aos níveis pré-crise, com um “carrego” entre CDI+1,0% e CDI+2,0% a.a. no caso dos fundos com risco baixo a moderado (os fundos de crédito que classificamos como “high grade”).
O ambiente externo menos avesso ao risco também foi positivo para o mercado local: a menor preocupação (talvez temporária) com a inflação nos Estados Unidos resultou na diminuição das taxas dos títulos do tesouro americano (as “Treasuries”), com reflexo positivo para os demais ativos de renda fixa no mundo. Como base de comparação, o retorno do índice IDA-CDI (índice de debêntures da Anbima) teve alta de 0,56% no período – bem mais forte do que o CDI.
Os títulos privados mais arrojados, que costumamos chamar de High Yield, encerraram o período com retornos bons também e devem continuar nessa toada – essa classe tende a ser mais monótona, no bom sentido: os fundos carregam ativos que pagam taxas mais altas e possuem poucas oscilações no mês a mês, dado que negociam muito menos no mercado secundário. Não existe no Brasil um índice que reflita o retorno médio dessa classe, mas nós acompanhamos uma cesta com cerca de 60 fundos da categoria High Yield e o retorno médio deles no mês foi de aproximadamente 0,50% – bastante acima do CDI.
Por fim, os fundos de debêntures incentivadas também tiveram mais um bom mês. Como base, o índice IDA-IPCA Infraestrutura (uma cesta de debêntures incentivadas) teve alta de 1,44% no mês. Os resultados foram impulsionados tanto pelo carrego dos ativos, que ainda rodam bastante acima do CDI e do IPCA, quando pela diminuição das taxas futuras de juros, que beneficiam essa classe de debêntures. Nesse contexto todo, os fundos de Renda Fixa da família Selection tiveram mais um bom mês.
Selection Renda Fixa
- Retornos: O Selection Renda Fixa teve alta de 0,39% no mês, contra 0,20% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 5,30%, contra 2,17% do CDI no mesmo período.
- Destaques: no mês, destaque para a performance dos fundos ARX Everest e ARX Vinson, com retornos de +0,81% e +0,62%, respectivamente..
- Carteira: as alocações seguem pulverizadas em fundos de estratégias de crédito “High Grade”, com as maiores alocações concentradas em: XP (XP Investor), JGP (JGP Corporate), Augme (Augme 45), ARX (ARX Vinson e ARX Everest), SPX (SPX Seahawk), Polo (Polo Crédito Corporativo) e Icatu (Icatu Credit Plus). Incluímos dois fundos novos na carteira ao longo do mês: o Icatu Vanguarda RF CP e o Capitânia TOP.
Selection RF Plus
- Retornos: O Selection RF Plus teve alta de 0,47% no mês, contra 0,21% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 5,48%, contra 2,17% do CDI no mesmo período.
- Destaques: no mês, destaque para a performance dos fundos XP Special Situations (+2,92%), Canvas High Yield (+0,69%) e Augme 90 (0,53%).
- Carteira: as alocações seguem pulverizadas em fundos de crédito mais arrojados (estratégia “high yield”), com as maiores alocações concentradas em: Augme 90, XP Crédito Estruturado 360, Empírica Lótus, Solis Capital Antares, Canvas High Yield e Iridium Titan.
Selection Debêntures Incentivadas
- Retornos: O Selection Debêntures Incentivadas teve alta de 0,44% no mês, contra 0,21% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 5,56%, contra 2,17% do CDI no mesmo período.
- Destaques: no mês, Destaque para a performance dos fundos ARX Elbrus (+1,26%), XP Deb. Incentivadas (+1,12%) e XP Deb. Incentivadas Hedge (+0,53%).
- Carteira: as alocações seguem distribuídas em fundos de debêntures incentivadas, com principais exposições aos fundos das gestoras ARX (Hedge e Elbrus), XP (Deb. Incentivadas e Hedge) e JGP. Seguimos com a estratégia de migração da carteira para termos cerca de 50% de alocação em fundos com hedge (para o CDI) e 50% de fundos sem hedge (com exposição aos juros reais).
2. Fundos Multimercados
No cenário externo, a reabertura da economia americana somou-se à nova rodada de estímulos econômicos e impulsionou os ativos de risco em geral.
Por outro lado, vimos um número crescente de gestores mencionando temores com uma aceleração das pressões inflacionárias nos Estados Unidos, principalmente, que poderia ser prejudicial para bolsas caso a economia se aqueça acima das previsões do Banco Central americano, o Fed.
Apesar dos temores mencionados, na prática os dados de abril não corroboraram para essa visão, o que fez o mercado surfar mais um mês de altas. O dólar se enfraqueceu frente às principais moedas do mundo, as bolsa globais subiram, na média, e as curvas de juros apresentaram diminuição de taxas (o que chamamos de “fechamento” das curvas), com impacto positivo nos ativos prefixados e atrelados à inflação, no caso do Brasil, e impacto positivo pra classe de Renda Fixa como um todo.
No âmbito local, também contribuiu para um maior otimismo o acordo acerca do orçamento da União para o ano corrente, mitigando maiores preocupações com a questão fiscal, pelo menos por ora. Sobre performance dos gestores, aqueles que foram bem no mês passado estavam com uma carteira um pouco menos otimista, preocupados com essa questão inflacionária no exterior. Essas posições não foram bem em abril e esses gestores acabaram ficando para trás em termos de performance – um grande exemplo são os fundos da SPX, que “voaram” nos meses de fevereiro e março e agora em abril ficaram de lado.
Selection Multimercado
- Retornos: o Selection Multimercado teve alta de 0,98% no mês, contra 0,21% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 7,84%, contra 2,17% do CDI no mesmo período.
- Destaques: os destaques positivos do mês foram os fundos Absolute Marb (+2,38%), Selection MM Internacional (+2,05%) e Absolute Vertex (+1,66%).
- Carteira: as principais posições individuais da carteira são os fundos Occam Retorno Absoluto, Kadima FIC FIM, Kapitalo Kappa, Absolute Alpha Global e Dahlia Total Return. Neste mes incluimos o fundo JGP Strategy à carteira.
Selection Multimercado Plus
- Retornos: o Selection Multimercado Plus teve alta de 1,21% no mês, contra 0,21% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 13,74%, contra 2,17% do CDI no mesmo período.
- Destaques: os destaques positivos do mês foram os fundos Truxt Long Bias (+4,30%), Kapitalo Zeta (2,79%) e Kadima High Vol (2,45%).
- Carteira: as principais posições individuais da carteira são os fundos Kapitalo Zeta, Verde AM X60, Kinea Atlas, Kadima High Vol e Absolute Alpha Marb.
Selection Multimercado Prev XP Seguros
- Retornos: o Selection Multimercado XPS (Prev) teve alta de 0,89% no mês, contra 0,21% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 7,95%, contra 2,17% do CDI no mesmo período.
- Destaques: Kadima Prev (+3,76%), Pacifico LB Prev (+2,27%) e Adam Prev (+2,11%).
- Carteira: as principais posições individuais da carteira são os fundos Kinea Prev II, Legacy Prev, Verde Scena Prev, JGP Multimercado Prev, Kadima Prev e Navi Long Short Prev.
Selection Multimercado Internacional
- Retornos: o Selection Multimercado Internacional teve alta de 2,05% no mês, contra 0,21% do CDI. Desde o início, a alta foi de 14,65%, contra 2,17% do CDI no mesmo período.
- Destaques: os destaques positivos do mês foram os fundos Selection Ações Globais Master (+5,74% – com maiores exposições a Wellington Ventura e Morgan Stanley Global Brands), Systematica Blue Trend (+5,56%).
- Carteira: a carteira encerrou o mês com um balancemanto de ~58% em fundos Multimercados Internacionais, ~ 15% em fundos de Renda Fixa Internacional e cerca de 20% em fundos de Ações Internacionais. As principais posições individuais da carteira são os fundos Wellington Schroder Gaia (Pagosa), Western Asset Macro Opportunities, Blackrock Global Event Driven e JP Morgan Global Macro. A exposição agregada a dólar fechou o mês com cerca de 19% do PL.
3. Fundos de Renda Variável
O mês de abril foi bastante positivo para as bolsas globais, com o S&P 500 subindo +5,2% e o MSCI ACWI (bolsas globais) em alta de +4,2%. A maré positiva vinda do exterior é reflexo do avanço da vacinação nos EUA e mais estímulos fiscais, que devem levar a uma forte recuperação da atividade, como já tem sido observado em dados de PIB que começam a ser divulgados. Tanto o índice S&P 500 quanto o Nasdaq voltaram a atingir suas máximas históricas ao longo do mês, indicando o tamanho do ânimo de investidores com a economia americana.
Além disso, no Brasil houve um acordo acerca do orçamento da União para o ano corrente, mitigando maiores preocupações com a questão fiscal. Como reflexo, o Ibovespa subiu 1,94% e o índice SMLL subiu 4,38%.
Não observamos movimentos de alta ou de baixa tão concentrados em setores específicos nesse mês, com as ações mais movidas por fatores “micro” do que por tendências setoriais. Após terem sofrido bastante em março, algumas ações do setor de tecnologia recuperaram uma parte das perdas durante abril.
No acumulado do ano, no entanto, há uma enorme discrepância entre setores na nossa bolsa, com destaque bastante positivo para empresas ligadas a commodities (Mineração, Siderurgia, Papel & Celulose – de um segmento chamado de Materials, em inglês) e destaque negativo para empresas do setor financeiro, destacadamente grandes bancos (Financials).
Selection Long Biased
- Retornos: o Selection Long Biased encerrou o mês com alta de 2,45%, contra alta de 0,70% do índice IPCA+Yield IMA-B. Nos últimos 12 meses, o fundo acumula alta de 36,52%, contra alta de 9,50% do IPCA+Yield IMA-B e 2,17% do CDI.
- Destaques: os destaques positivos foram Kadima Long Bias (+10,54%), Atmos (+5,55%), Safari 45 (+3,87%).
- Carteira: as principais alocações individuais da carteira são os fundos Oceana Long Biased, Dahlia Total Return, DCG Advisory (Dynamo Cougar), XP Long Biased, Tavola Absoluto e Pacífico LB.
Selecion Ações
- Retornos: o Selection Ações teve alta de 2,39% no mês, contra alta de 1,94% do Ibovespa. Nos últimos 12 meses, o fundo sobe 48,08%, contra uma alta de 46,22% do índice no mesmo período.
- Destaques: Atmos (+5,55%), Tork Long Only (+4,80%) e Occam (+3,51%).
- Carteira: as principais alocações individuais da carteira são os fundos XP Investor Ibovespa Ativo, DCG Advisory (Dynamo Cougar), Squadra Long Only (incluimos em Abril),Tork Long Only Institucional, Moat Capital, Brasil Capita 30, Constellation Institucional e AT Advisory (Atmos).
Selection Ações ESG
- Retornos: o Selection ESG Ações teve alta de 1,9% no mês, contra alta de 1,94% do Ibovespa e de 1,54% do índice S&P/B3 Brasil ESG. Desde seu início, o fundo rende 5,23%, contra 12,12% do Ibovespa e 4,69% do índice S&P/B3 Brasil ESG.
- Destaques: JGP ESG (+2,08), Brasil Capital Sustentabilidade (+2,02) e Constellation ESG (1,76%).
- Carteira: as principais alocações atualmente estão nos fundos Brasil Capital Sustentabilidade, Constellation Compounders ESG, Fama, JGP ESG Institucional e XP Investor ESG, com expectativa de adição de uma nova gestora à carteira ao longo de maio.
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