IBOVESPA -2,2% | 102.507 Pontos
CÂMBIO 1,07% | 5,46/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa fechou em queda de 2,2% nesta quinta-feira aos 102.507 pontos após seis pregões de alta. Contribuíram para o pessimismo, a fala de Paulo Guedes sobre a possibilidade de extensão do auxílio emergencial em caso de uma segunda onda de coronavírus no Brasil. Com isso, o dólar comercial subiu 1,07% aos R$/US$ 5,46. As taxas futuras de juros fecharam novamente em alta, ainda com incertezas no âmbito fiscal local e piora no ambiente externo. As taxas de longo prazo foram as mais afetadas, elevando a inclinação da curva. O leilão de títulos prefixados (LTN e NTN-F) foi bem-sucedido, vendendo todo o lote, gerando pouco efeito sobre as taxas. DI jan/23 fechou em 4,97%; DI jan/25 encerrou em 6,74%; e DI jan/27 foi para 7,54%.
No exterior, embates legais continuam nos estados americanos e Donald Trump resiste a reconhecer a derrota. O New York Times explica que não há mais espaço para que Donald Trump vença em Arizona ou Geórgia dado a pequena quantidade de votos que ainda não foram apurados. Entretanto, Geórgia deve realizar recontagem dos votos. Ressaltamos ainda que o Conselho de Coordenação de Infraestrutura e os Comitês Executivos de Coordenação do Setor de Infraestrutura da Eleição, que inclui funcionários estatais e federais assim como especialistas do setor privado, publicaram um comunicado declarando que a eleição “foi a mais segura da história” dos EUA, apesar das afirmações de Trump ir na direção contrária. Na manhã desta sexta-feira (13) de manhã, a China parabenizou Joe Biden pela vitória nas eleições. Segunda a imprensa americana, a Casa Branca disse que estaria se afastando das negociações sobre estímulo à economia, deixando o tema nas mãos dos líderes do Senado, Mitch McConnell, e líderes democratas.
No Brasil, as atenções estão voltadas para as eleições municipais que acontecem no próximo domingo. O resultado tende a ser usado tanto pelo governo quanto por aliados no Congresso para medir o capital político que pode ser empenhado para avançar nas discussões do espaço orçamentário para o Renda Brasil – ainda que as definições devam ficar apenas para dezembro.
Na economia, o Ministério da Economia quer uma ‘linha de ataque’ após as eleições municipais para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), lei de falências e os marcos do gás, da cabotagem, da energia e de concessões, além da autonomia do Banco Central. Dessas, a mais urgente é aprovação da LDO (peça anterior ao orçamento), pois sem ela não há como executar qualquer despesa em 2021. E ontem foram divulgados dados mais fortes de serviços (-7,2% a/a e +1,8% m/m). A abertura gradual da economia tem ajudado o setor a se recuperar.
Do lado das commodities, os preços de celulose de fibra curta na China tiveram leve alta na semana (+US$0,2/t), para US$459,41/t. No longo prazo, acreditamos que os níveis de preço atuais não sejam sustentáveis, na medida em que se encontram há muito tempo abaixo do custo marginal (~US$500/t, em nossa opinião). Adicionalmente, esperamos que uma recuperação da demanda na China seja gatilho para um movimento de recomposição de estoques.
Nós publicamos hoje o nosso relatório macro mensal, onde explicamos que, apesar da perspectiva de uma vacina eficaz, os fatores domésticos serão essenciais para ditar o ritmo de recuperação da economia brasileira. O relatório pode ser acessado na íntegra aqui.
Tópicos do dia
Agenda de Resultados
Equatorial Energia (EQTL3): antes da abertura
Sanepar (SAPR11): antes da abertura
Cemig (CMIG4): após o fechamento
Temporada de resultados do 3º trimestre – o que esperar?
Calendário de resultados do 3T20
Para ler mais conteúdos, clique aqui.
Brasil
- Relatório Macro Mensal: Vacina ajuda, mas fatores domésticos são chave
Internacional
- Política internacional: Biden amplia vantagem no colégio eleitoral, segundo emissoras
- Petróleo: Aumento no estoque dos EUA acima do esperado pelo mercado
Acesse aqui o relatório internacional
Empresas
- B3 (B3SA3): Sem grandes surpresas | Revisão do 3T20
- Sabesp (SBSP3): Resultados do 3T20 ligeiramente acima do esperado; Mantemos Neutro
- Copel (CPLE6): Resultados no 3T20 acima das expectativas; Mantemos Compra
- Equatorial Energia (EQTL3): Resultados do 3T20 em linha
- EZTec (EZTC3) – 3T20: Maior lucro líquido em meia década; Perspectivas Positivas
- brMalls (BRML3) – 3T20: Resultados em Recuperação
- Vivara (VIVA3): Caminhando para um futuro mais brilhante; Reiteramos Compra
- C&A (CEAB3): Resultados fracos porém melhorando; e-commerce se mantém um destaque
- SulAmérica (SULA11): Ainda saudável | Revisão do 3T20
- Sanepar (SAPR11): Resultado do 3T20 em linha com o esperado; Mantemos Compra
- Papel & Celulose: Leve alta no preço da celulose de fibra curta na China
Veja todos os detalhes
Brasil
Relatório Macro Mensal: Vacina ajuda, mas fatores domésticos são chave
- A perspectiva da economia global melhorou com o resultado das eleições americanas e o avanço da vacina para a Covid-19. Mas os riscos domésticos são chave para a economia brasileira;
- As semanas seguintes à eleição municipal serão críticas para reforçar o compromisso com o teto de gastos e a estabilidade da dívida pública. A combinação de incerteza fiscal com alta da inflação de curto prazo torna as ações correntes particularmente importantes para ancorar expectativas de mais longo prazo;
- A hipótese básica segue a de manutenção do arcabouço fiscal para 2021. Neste cenário, mantemos nossas projeções para 2021 de 3,4% para o crescimento do PIB, 3,6% de inflação e câmbio em 4,90 reais por dólar. A Selic fica em 2,00% até meados do ano que vem, e sobe gradualmente até 3,00% em dezembro;
- Este cenário administrável abre uma janela de oportunidade no primeiro semestre do ano que vem para avançar com a PEC emergencial e outras reformas, o que será crucial para blindar o arcabouço fiscal em 2022, ano eleitoral. Clique aqui para acessar o relatório completo.
Internacional
Política internacional: Biden amplia vantagem no colégio eleitoral, segundo emissoras
- Embates legais continuam nos estados americanos e Donald Trump se resiste a reconhecer a derrota, no entanto, mais emissoras projetam vitória de Joe Biden em Arizona, assim ampliando a vantagem do candidato no colégio eleitoral para 290. O New York Times explica que não há mais espaço para que Donald Trump vença em Arizona ou Geórgia dado a pequena quantia de votos que ainda não foram apurados. Entretanto, Geórgia deve realizar recontagem dos votos;
- Ressaltamos ainda que o Conselho de Coordenação de Infraestrutura e os Comitês Executivos de Coordenação do Setor de Infraestrutura da Eleição, que inclui funcionários estatais e federais assim como especialistas do setor privado, publicaram um comunicado declarando que a eleição “foi a mais segura da história” dos EUA, apesar das afirmações de Trump na direção contrária. Nos últimos dias, mais senadores republicanos indicaram que Biden deveria receber briefings de inteligência, apesar de alguns ainda não reconhecerem a vitória do democrata;
- No lado das tensões entre Beijing e Washington, Trump assinou ontem uma ordem executiva que proíbe que americanos invistam em empresas chinesas que, segundo a Casa Branca, estão ligadas ao Exército do país. Nesta sexta-feira (13) de manhã, a China parabenizou o democrata pela vitória;
- Segunda a imprensa americana, a Casa Branca disse que estaria se afastando das negociações sobre estímulo a economia, deixando o tema nas mãos do líderes do Senado, Mitch McConnell, e líderes democratas.
Petróleo: Aumento no estoque dos EUA acima do esperado pelo mercado
- Ontem a Agência de Informação de Energia dos EUA (EIA) divulgou, em seu relatório oficial de fornecimento, um aumento no estoque de +4,278 milhões de barris contra expectativa de -0,913 milhões de barris. O crescimento do estoque é visto como negativo por indicar uma maior oferta em relação à demanda. Com disso, ontem a commodity encerrou o pregão em queda de -0,62% em US$43,53/barril;
- Por outro lado, os estoques de gasolina nos EUA reduziram -2,309 milhões de barris, acima das expectativas de mercado de uma redução de -0,263 milhões de barris;
- Nessa manhã de sexta-feira, o petróleo tipo Brent opera em território ligeiramente negativo, em queda de -0,46% em US$43,33/barril (Brent).
Empresas
B3 (B3SA3): Sem grandes surpresas | Revisão do 3T20
- A B3 apresentou ontem resultados em linha com as expectativas no terceiro trimestre de 2020, com lucro de R$ 1,1 bi (+34% A/A e 13% T/T) e EBITDA de R$ 1,7 bi (+50% A/A e 17% T/T);
- Sem grandes surpresas, a empresa continua a se beneficiar de: i) maior volatilidade advinda da pandemia COVID-19; ii) sofisticação dos investimentos (financial deepening), evidenciado pelo expressivo aumento de pessoas físicas no segmento de ações; iii) alavancagem operacional, uma vez que a margem EBITDA aumentou 670 bps A/A e 487 bps T/T para 79,2%; e iv) reversão de provisões relacionadas ao encerramento da disputa judicial com a Massa Falida da Spread Commodities Mercantil e Corretora de Mercadorias Ltda;
- Esperamos uma reação neutra no pregão de hoje e reiteramos nossa recomendação Neutra e preço-alvo de R$ 65 para a companhia. Clique aqui para acessar o relatório completo.
Sabesp (SBSP3): Resultados do 3T20 ligeiramente acima do esperado; Mantemos Neutro
- Em 12 de novembro, após o fechamento do mercado, a Sabesp divulgou seus resultados do 3T20, com Lucro Líquido de R$ 421,5 milhões acima da nossa estimativa de R$ 319,7 milhões, mas abaixo do consenso da Bloomberg de R$ 741,4 milhões. A diferença pode ser explicada por menores despesas financeiras líquidas do que o esperado, R$ (330,6) milhões contra nossa estimativa de R$ (432,8) milhões;
- O EBITDA ajustado de R$ 1.487,5 milhões ficou ligeiramente acima da nossa estimativa de R$ 1.426,2 milhões (+ 4,3%), mas um abaixo do consenso de R$ 1.572,3 milhões (-5,4%). O desempenho refletiu uma combinação de: (i) volumes de água e esgoto -0,9% abaixo e +0,4% acima de nossas estimativas, respectivamente (e crescendo 3,1% e 5,0% em relação ao ano anterior), (ii) tarifas médias -4,3% abaixo de nossas estimativas, que acreditamos refletir um mix de clientes com maior participação do segmento residencial nos volumes da Sabesp, dados os efeitos da pandemia de COVID-19 sobre a demanda dos clientes industriais e comerciais e (iii) custos gerenciáveis -8,5% inferiores no comparativo anual, com destaque para a linha de pessoal (-7,4% inferior no comparativo anual), que vemos como positivo;
- Temos uma avaliação ligeiramente positiva dos resultados da Sabesp no 3T20, dado que os números do EBITDA Ajustado e do Lucro Líquido vieram um pouco acima das nossas estimativas, mas abaixo do consenso de mercado. Dito isso, após a aprovação do novo marco do saneamento e as incertezas relacionadas a um eventual processo de privatização da Sabesp, acreditamos que resultados trimestrais não devem ser um grande foco da atenção de investidores para as ações;
- Em nossa opinião, os investidores devem monitorar daqui pra frente: (i) quaisquer sinalizações do Governo do Estado de São Paulo a respeito de uma decisão final sobre uma potencial privatização ou capitalização da Sabesp, (ii) o resultado das eleições municipais, em particular os municípios mais relevantes para a Sabesp (região metropolitana de São Paulo) e (iii) o desenrolar do terceiro ciclo de revisão tarifária da companhia. Mantemos nossa recomendação Neutra da Sabesp, com preço-alvo de R$ 54/ação.
Copel (CPLE6): Resultados no 3T20 acima das expectativas; Mantemos Compra
- Em 12 de novembro, a Copel reportou EBITDA Ajustado de R$1.096,4 milhões, significativamente acima das nossas expectativas de R$910,9 milhões (+20,4%), refletindo uma combinação dos seguintes fatores: (i) uma maior margem de contribuição (receitas menos custos de compra de energia e transmissão) devido a maiores resultados na divisão de geração de energia, (ii) menores provisões do que o esperado em uma base recorrente e (iii) custos gerenciáveis (Pessoal, Materiais, Serviços e Outros) relativamente em linha com nossas expectativas (+2,4%);
- Temos uma avaliação positiva dos resultados da Copel no 3T20, dado que os números do EBITDA Ajustado ficaram acima de nossas estimativas. Vemos os fortes resultados no período como um perfeito do contínuo processo de melhoria que vem ocorrendo na Copel nos últimos dois anos e que tem aumentado a resiliência da empresa;
- Destacamos também como positiva a redução da alavancagem para 1,3x Dívida Líquida / EBITDA, em comparação a 2,0x em 2019 e 3,1x em 2018, e lembramos que o endividamento da companhia deve cair ainda mais após ser concluído o desinvestimento da Copel Telecom, divisão recentemente leiloada por R$2,4 bilhões. Mantemos nossa recomendação de Compra nas ações da Copel, com preço-alvo de R$70/ação.
Equatorial Energia (EQTL3): Resultados do 3T20 em linha
- Em 13 de novembro, a Equatorial Energia divulgou os resultados do 3T20. O Lucro Líquido foi de R$ 727,9 milhões, acima de nossa estimativa de R$ 271,7 milhões, mas principalmente influenciado por resultados sem efeito caixa no segmento de transmissão;
- O EBITDA ajustado (cálculos da empresa, refletindo principalmente a remoção de efeitos contábeis não-caixa do segmento de transmissão e ajustes por efeitos não-recorrentes) foi de 848,9 milhões, praticamente em linha com nossas expectativas de R$ 858,2 milhões (-1,1%);
- Outros destaques operacionais incluem: provisões para despesas com inadimplência como percentual da Receita Bruta de 0,9% / 1,1% / -1,4% / 1,7% para Equatorial Maranhão / Pará / Piauí / Alagoas, respectivamente. Tais resultados correspondem a uma melhoria significativa em relação ao verificado no 2T20, refletindo a normalização da realização de cortes de energia por inadimplência a partir do mês de agosto;
- Temos uma visão neutra sobre os resultados da Equatorial no 3T20, uma vez que o EBITDA Ajustado para efeitos não-caixa veio em linha com nossas expectativas. Apesar da elevada qualidade e alta capacidade de gestão da Equatorial, conforme verificado no processo de melhoria das operações da Equatorial Alagoas e na execução do portfólio de linhas de transmissão, acreditamos que muito disso já está refletido no preço das ações. Mantemos nossa recomendação Neutra na Equatorial Energia, com um preço-alvo de 12 meses de R$ 22/ação.
EZTec (EZTC3) – 3T20: Maior lucro líquido em meia década; Perspectivas Positivas
- A receita líquida da EZTec atingiu R$272 milhões (em linha com nossas estimativas), impulsionada pelo maior mix de vendas de unidades acabadas. A margem bruta foi de 43,7% impulsionada pela pré-aquisição do aço utilizado em fevereiro (antes dos aumentos dos preços de materiais de construção). Além disso, a companhia apresentou fortes resultados financeiros líquidos de R$34 milhões, atribuíveis ao grande volume de recebíveis de clientes atrelados à inflação IGP-DI (que vem crescendo nos últimos meses) e sua baixa alavancagem com posição de caixa líquido (disponibilidade menos dívida bruta) de R$1.291 milhões). Isso levou o lucro líquido para R$120 milhões, maior marca desde 2015 (excluindo a venda do EZ Towers);
- No balanço patrimonial, a companhia registrou uma pequena queima de caixa de R$4,5 milhões devido à aquisição de terrenos de R$75 milhões, em linha com sua estratégia de acelerar os lançamentos nos próximos trimestres. No mês passado, a EZTec anunciou seu novo guidance de lançamentos de R$4,0 – 4,5 bilhões para o biênio 2020-2021, reforçando as perspectivas positivas para o mercado imobiliário de média e baixa renda nos próximos anos. Apesar disso, a EZTec encerrou o trimestre com robusta posição de caixa líquido de R$1.291 milhões;
- Embora a companhia tenha anunciado a suspensão do processo de IPO da EZ Inc (subsidiária focada na incorporação de propriedades comerciais), ela manteve sua estrutura de governança corporativa, bem como os principais executivos (Flavio Zarzur e Silvio Iamamura). A companhia reiterou que a subsidiária possui os recursos necessários para os projetos com entrega prevista para 2022 e 2023. Para mais detalhes, acesse o relatório completo.
brMalls (BRML3) – 3T20: Resultados em Recuperação
- Durante o trimestre, o aumento gradual do horário de funcionamento dos shoppings fez com que a brMalls encerrasse o mês de setembro operando com 74,4% de sua capacidade, o que começou a refletir em melhores números de vendas dos lojistas (77,6% dos níveis de 2019 em setembro). Os números de outubro continuaram melhorando, seu portfólio operou com 89,7% de sua capacidade (após a abertura de shoppings em grande regiões como São Paulo) e vendas nas mesmas lojas (“same stores sales”) em 86,5% dos níveis do ano passado. As taxas de ocupação permaneceram controladas em 95,5%, ligeira queda de 70 pontos bases (vs. 96,2% no segundo trimestre). Para os próximos trimestres, esperamos que a performance operacional continue apresentando melhoras após a ampliação do horário de funcionamento em São Paulo e na região Sul do país;
- A receita líquida atingiu R$208 milhões (-37% em relação ao ano passado e +12% em relação ao trimestre passado), impulsionada pela flexibilização do horário de funcionamento do portfólio no trimestre. O lucro líquido foi ligeiramente acima das nossas estimativas (R$38 milhões vs. 29 milhões) devido aos custos operacionais com pessoal e vacância abaixo do esperado. Por fim, a brMalls registrou FFO ajustado de R$46 milhões;
- No balanço patrimonial, a brMalls encerrou o trimestre com dívida líquida de R$2.465 milhões (dívida líquida/ebitda de 3,9x). Para preservar sua posição de caixa, a companhia reduziu seu capex com retrofit e expansões no trimestre. Para mais detalhes, acesse nosso relatório completo.
Vivara (VIVA3): Caminhando para um futuro mais brilhante; Reiteramos Compra
- A Vivara reportou resultados acima do consenso no terceiro trimestre, com melhora nas vendas ao longo do trimestre. A receita líquida de R$ 243 milhões, estável em relação ao ano anterior, ficou 6% abaixo de nossas estimativas, mas destacamos que as vendas no conceito mesmas lojas atingiram níveis positivos em setembro (vs. julho em -10%), com receita acima de 7% A/A. As vendas no conceito mesmas lojas caíram 4% A / A no trimestre, embora parcialmente compensadas por um crescimento de + 182% A/A no e-commerce, atingindo 23% das vendas (vs. 8% no 3T19 e 64% no 2T20).
- Outro destaque foi a expansão da margem bruta para 69,8% (+ 1,9pp A/A e + 2,0pp vs XPIe) por conta de uma política assertiva de precificação e uma maior participação de joias no e-commerce. O EBITDA ajustado (ex-IFRS16) foi de R$ 50 milhões, com uma margem EBITDA de 20,4%, redução de 1,9pp A/A por conta de maiores investimentos em digital e reforço de equipes estratégicas. Por fim, o lucro líquido ajustado foi de R$ 36 milhões, redução de 9% A/A.
- Esperamos uma reação positiva do mercado pois as vendas têm melhorado de forma consistente, com as vendas das lojas registrando um crescimento de 14,5% em out/20. Além disso, o quarto trimestre da Vivara é sazonalmente o mais forte do ano, enquanto eles estão focados e bem preparados para a Black Friday e festas de 2020. Mantemos a nossa recomendação de compra e um preço-alvo de R$30,0/ação para os próximos 12 meses. Clique aqui para conferir o conteúdo completo.
C&A (CEAB3): Resultados fracos porém melhorando; e-commerce se mantém um destaque
- A C&A reportou resultados fracos no 3T20, com a receita líquida de R$ 1 bilhão (-14% A/A e 12% abaixo de nossas estimativas), puxada pelas vendas no conceito mesmas lojas caindo 15% A/A e pela queda de 69% A/A das vendas de serviços financeiros. O EBITDA ajustado ainda foi negativo em 26 milhões, resultado da menor margem bruta e menor alavancagem operacional da companhia;
- O e-commerce se manteve como um destaque, com volume de vendas online (GMV) total (1P e 3P) de R$ 214 milhões, um aumento de ~420% A/A. A empresa destaca que as vendas já apresentaram crescimento positivo em relação ao anterior no fim do trimestre, sinalizando uma tendência positiva para o quarto trimestre;
- Nós esperamos uma reação negativa do mercado, uma vez que os resultados vieram abaixo do esperado tanto em relação à receita como margens. Porém, nós destacamos a contínua performance sólida do e-commerce, tendo ainda muito espaço para crescer tanto no 1P (estoque próprio) como 3P (marketplace). Além disso, as vendas tem melhorado sequencialmente, com um crescimento positivo A/A no fim do trimestre. Portanto, nós mantemos nossa recomendação de compra e preço alvo de R$15 por ação para os próximos 12 meses. Clique aqui para conferir o conteúdo completo.
SulAmérica (SULA11): Ainda saudável | Revisão do 3T20
- A SulAmérica apresentou ontem bons resultados no terceiro trimestre de 2020, com lucro 6% acima das expectativas de mercado e saltando 40% A/A para R$ 286 milhões, implicando ROE de 17,3%. O resultado foi impulsionado principalmente por uma sinistralidade ainda excepcionalmente baixa no segmento de saúde, que atingiu 75% no trimestre (vs. 80% no 3T19), a menor taxa desde 2015 pelo menos;
- Esperamos uma reação positiva para as ações da SulA no pregão de hoje e, dito isso, reiteramos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 58. Clique aqui para acessar o relatório completo.
Sanepar (SAPR11): Resultado do 3T20 em linha com o esperado; Mantemos Compra
- Em 13 de novembro antes do mercado, a Sanepar divulgou os resultados do 3T20, com um EBITDA ajustado de R$519,9 milhões em linha com nossa estimativa de R$507,3 milhões (+2,5%), refletindo uma combinação dos seguintes fatores: (i) volumes de água e esgoto de 127,6 mi m3 e 96,2 mi m3, -1,5% e -2,4% abaixo de nossas projeções, respectivamente, parcialmente compensados por (ii) custos gerenciáveis abaixo (-9,7%) das nossas estimativas, o que é visto como positivo;
- Indo para a linha do lucro, o lucro líquido de R$164,5 milhões veio abaixo da nossa estimativa de R$ 231,9 milhões, diferença que reflete principalmente uma despesa não recorrente de R$127,8 milhões devido ao Programa de Aposentadoria Incentivada – PAI;
- Temos uma avaliação neutra dos resultados da Sanepar no 3T20, dado que o EBITDA ajustado veio em linha com nossas estimativas. Daqui em diante, destacamos como principais temas a se monitorar para as ações: (i) a situação de emergência hídrica declarada no Estado do Paraná, que resultou na prática de rodízio de fornecimento pela companhia e (ii) notícias relacionadas a suspensão da aplicação do reajuste tarifário de 2020;
- Mantemos nossa recomendação de compra nas ações da Sanepar (SAPR11) com preço alvo de R$ 30/unit.
Papel & Celulose: Leve alta no preço da celulose de fibra curta na China
- Os preços da celulose de fibra curta tiveram leve alta na semana (+US$0,2/t), para US$459,41/t. No longo prazo, acreditamos que os níveis de preço atuais não sejam sustentáveis, na medida em que se encontram há muito tempo abaixo do custo marginal (~US$500/t, em nossa opinião). Adicionalmente, esperamos que uma recuperação da demanda na China seja gatilho para um movimento de recomposição de estoques.
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