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População ocupada em maio representa menos de 50% da população em idade de trabalhar

Em linha com os dados do mercado de trabalho formal (Caged) acima do esperado, a taxa de desemprego brasileira calculada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) registrou a marca de 12,9% no trimestre encerrado em maio e surpreendeu positivamente tanto as nossas expectativas (13,4%) quanto as expectativas de mercado coletadas pela […]

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Em linha com os dados do mercado de trabalho formal (Caged) acima do esperado, a taxa de desemprego brasileira calculada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) registrou a marca de 12,9% no trimestre encerrado em maio e surpreendeu positivamente tanto as nossas expectativas (13,4%) quanto as expectativas de mercado coletadas pela Bloomberg (13,1%).

O resultado acima do esperado, no entanto, foi sustentado quase que exclusivamente pelas ocupações com carteira de trabalho assinada, que foram “protegidas” pelas medidas anunciadas pelo governo, como suspensão de contratos de trabalho e redução salarial e de jornada. As ocupações sem carteira de trabalho assinada (proxy dos informais), no entanto, apresentaram queda significativa no mês de maio, enquanto a taxa de participação dos indivíduos subutilizados, desocupados e desalentados na economia apresentou o maior avanço já observado no mercado de trabalho brasileiro.

Pela primeira vez desde o início da série histórica da PNAD, em março de 2012, a quantidade de pessoas ocupadas representou menos de 50% da quantidade de pessoas em idade de trabalhar.

A massa de renda real habitual desacelerou 7,3% no trimestre encerrado em maio com relação ao mesmo trimestre do ano anterior e 1,9% com relação ao trimestre encerrado em abril.

Para os próximos meses, o nosso entendimento é de que o mercado de trabalho brasileiro (principalmente o formal) deve continuar sendo positivamente influenciado pela possível prorrogação das medidas de suspensão de contrato de trabalho e redução salarial e de jornada. Nesse cenário, os principais riscos a serem monitorados serão o comportamento do mercado de trabalho informal e da taxa de desocupação quando as medidas anunciadas pelo governo perderem o “prazo de validade”.

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