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Cosan (CSAN3) | Resultados do 3T25: Aumento da dívida líquida, liquidez confortável

A Cosan reportou seus resultados referentes ao 3º trimestre de 2025. Veja nossos comentários.

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Trimestre sólido para a Compass; Moove e Radar apresentam queda sequencial

Na sexta-feira (14), após o fechamento do mercado, a Cosan e suas OpCos divulgaram os resultados do terceiro trimestre de 2025. A Compass apresentou bons resultados, com EBITDA normalizado +12% a/a. A Moove e a Radar apresentaram queda de -29% e -21% t/t, respectivamente. Os resultados da Rumo e da Raízen ficaram em linha, embora com sinais mistos. O EBITDA ajustado proforma consolidado atingiu R$ 4,7 bilhões, um aumento de +12% t/t. O prejuízo líquido foi de -R$ 1,2 bilhão (-R$ 239 milhões t/t). A dívida líquida corporativa da holding aumentou (+R$ 892 milhões t/t ou 3,6% do valor de mercado). Vale ressaltar que a Cosan, como holding, manteve uma posição de liquidez confortável e o índice de cobertura da dívida atingiu 1,0x.

Aumento da dívida líquida, índice de cobertura da dívida de 1,0x. A dívida líquida corporativa da Cosan (incluindo o valor de resgate de R$ 6,5 bilhões das ações preferenciais) aumentou R$ 892 milhões, para R$ 24,6 bilhões no final do trimestre. A dívida bruta (incluindo ações preferenciais, mas excluindo arrendamentos) aumentou para R$ 28,1 bilhões (+R$ 372 milhões no trimestre). O prazo médio de vencimento diminuiu para 5,9 anos (contra 6,2 anos no 2T25). Notavelmente, o índice de cobertura da dívida atingiu 1,0x (ou seja, R$ 2,32 bilhões em dividendos / R$ 2,30 bilhões em pagamentos de juros, ambos nos últimos 12 meses), diminuindo de 1,2x no trimestre anterior.

Compass: Bons resultados. O EBITDA total de R$ 1,3 bilhão aumentou +6% a/a, enquanto o EBITDA normalizado de R$ 1,4 bilhão subiu +12% a/a. O aumento sequencial é explicado principalmente pelas melhores margens de distribuição de gás e pela melhora nos volumes vendidos pela Edge no mercado livre. O EBITDA de R$ 3,9 bilhões nos 9M25 sugere que a empresa está a caminho de atingir a faixa superior do guidance para o ano inteiro, de R$ 4,7 bilhões a R$ 5,1 bilhões. O capex acumulado no ano de R$ 1,5 milhão (R$ 642 milhões no 3T25) está bem dentro da faixa esperada, alinhado com a previsão anual de R$ 2,0 bilhões a R$ 2,3 bilhões. Por fim, a dívida líquida (excluindo arrendamentos) ficou em R$ 9,9 bilhões, um ligeiro aumento de R$ 130 milhões em relação ao trimestre anterior – a alavancagem permaneceu estável em 1,9x ND/EBITDAL LTM.

Moove: EBITDA mais baixo, volumes mais altos. A Moove reportou um EBITDA de R$ 360 milhões (-29% no trimestre; -7% no ano). Notavelmente, os volumes aumentaram 13% t/t, apoiados pela melhoria dos sistemas de produção e logística, combinada com a retomada da execução da estratégia comercial na América do Sul. A empresa também divulgou que, durante o trimestre, recebeu R$ 300 milhões relacionados à primeira parcela do processo de liquidação de sinistros da fábrica do Rio de Janeiro após o incêndio. Em outubro, foi recebida a segunda parcela de R$ 200 milhões, totalizando R$ 500 milhões até o momento como indenização parcial.

Radar: Nenhuma venda de ativos neste trimestre. O EBITDA da Radar ficou em R$ 106 milhões (-21% t/t; -26% a/a), enquanto o lucro líquido atingiu R$ 103 milhões (-22% t/t; -38% a/a). As quedas sequenciais são explicadas principalmente pelas vendas de fazendas no 2T25 e no 3T24. Esperamos que o portfólio de terras da Radar continue sendo um candidato a alienação como parte da busca da Cosan para melhorar sua estrutura de capital. O valor do portfólio da Radar permanece em R$ 16,8 bilhões, com R$ 5,2 bilhões atribuíveis aos acionistas da Cosan.

Aumento de capital de R$ 10,5 bilhões. No início da semana passada, a Cosan concluiu sua segunda oferta pública de ações, levantando R$ 1,4 bilhão por meio da emissão de 287,5 milhões de ações a R$ 5,0/ação. Esta foi a segunda parcela do aumento de capital anunciado em setembro. A primeira oferta foi precificada no início de novembro. No total, a empresa levantou R$ 10,5 bilhões – R$ 0,5 bilhão acima do anunciado inicialmente. Os recursos serão destinados ao fortalecimento da estrutura de capital da Cosan e de suas subsidiárias e investidas (incluindo a Raízen), com o objetivo de melhorar o perfil de crédito e a liquidez da empresa. A estrutura da operação implicou uma diluição para os acionistas pré-oferta, tanto controladores quanto minoritários. A partir de agora, a Cosan tem dois novos acionistas estratégicos: BTG Pactual Holding e Perfin.

Dança das cadeiras. A Cosan também anunciou na sexta-feira (14) mudanças em sua Diretoria Executiva e Conselho de Administração. Após a renúncia do Sr. Rodrigo Araujo Alves, o Sr. Rafael Bergman assumirá o cargo de CFO a partir de 5 de dezembro. O Sr. Bergman é atualmente CFO da Raízen e anteriormente atuou como CFO da Rumo e da Comgás. Quanto ao Conselho de Administração, o Sr. Renato Mazzola e o Sr. Ralph Rosemberg foram eleitos como novos membros.

Rumo: Um caminho tortuoso para resultados em linha. A Rumo apresentou resultados mistos, com EBITDA de R$2,3 bilhões (+4% A/A e amplamente em linha com a estimativa da XPe). Do lado positivo, destacamos: (i) volumes fortes (+8% A/A) sustentados por uma base de carga mais diversificada; e (ii) expansão de margem (+1,5 p.p. A/A) impulsionada por custos fixos significativamente menores e melhoria contínua na eficiência do combustível. Por outro lado, as tarifas gerais mostraram pressão adicional em relação aos trimestres anteriores (-6% A/A, vs. +2% no 1T25 e -2% no 2T25). Vemos a fraqueza nos preços como um risco para a projeção de EBITDA de 2025 (que permanece inalterada em R$8,1-8,7 bilhões), já que o 4T é sazonalmente mais fraco e a Rumo não possui contratos ToP. Veja mais detalhes na nota: Rumo (RAIL3): Revisão dos Resultados do 3T25 – Um Caminho Tortuoso para Resultados em Linha: Força nos Custos Compensando Fraqueza nos Preços.

Raízen: Lucros e fluxo de caixa livre decentes. O EBITDA ajustado de R$ 2,3 bilhões (-15% a/a e -2% em relação ao XPe) foi fraco, refletindo os desafios nos negócios de S&E e Mobilidade na Argentina, o que contrastou com os fortes resultados na Mobilidade no Brasil, mas ficou amplamente em linha com nossas expectativas. Notavelmente, a margem EBITDA da distribuição de combustíveis de R$ 182/m³ foi forte e bem acima de seus pares (Vibra R$ 159/m³, Ipiranga R$ 145/m³). A dívida líquida (incluindo forfaits e arrendamentos) diminuiu R$ 745 milhões vs. nossa estimativa de queima de caixa, ajudada pela redução do capex e pelas entradas de caixa provenientes da venda de ativos. Veja mais detalhes na nota: Raízen (RAIZ4) | Revisão dos resultados do 2T26: lucros e fluxo de caixa livre decentes.

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