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Vivo (VIVT3) | Dia do Mercado de Capitais da Telefónica

Brasil como mercado central, crescimento acima da inflação e queda contínua do índice capex/receita

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Hoje mais cedo, a Telefónica, que detém cerca de 77% da Vivo, realizou seu Capital Market Day 2025. Neste relatório, apresentamos uma visão geral da estratégia/orientações da Telefónica (1ª página) e as principais implicações para a Vivo (2ª página). O Brasil é visto como um mercado central devido ao seu potencial de crescimento e ao posicionamento da Vivo. O risco potencial de overhang relacionado à venda da participação da Telefónica na Vivo também foi reduzido. A Vivo possui múltiplas avenidas de crescimento e espera crescer acima da inflação em métricas financeiras-chave, tendo a convergência como pilar estratégico. A Vivo pretende aumentar o percentual de convergência sobre fibra de 62% para 75% nos próximos anos por meio do Vivo Total, da expansão da fibra e do aumento da adesão. Por fim, a orientação reforça a tendência de queda do índice capex/receita no Brasil.

Breve visão geral da estratégia da Telefónica:

Contexto: Marc Murtra, CEO & Chairman da Telefónica, iniciou a sessão destacando as principais tendências que moldam o setor. Em primeiro lugar, a polarização geopolítica, a contínua disrupção tecnológica e a incerteza global estão influenciando a indústria, enquanto EUA e China ampliam a distância tecnológica em relação à Europa. Há também uma preocupação crescente com a guerra cibernética. No setor de telecom, o mercado europeu é visto como uma anomalia, pois permanece fragmentado, enquanto EUA e China estão consolidados em torno de três players. Além disso, os desinvestimentos de ativos estão desacelerando, e as operadoras podem desempenhar um papel na defesa cibernética na Europa.

Implicações: A consolidação europeia provavelmente ocorrerá, mas o timing é incerto. A experiência do cliente (CX) é um fator-chave de diferenciação. As operadoras competitivas manterão controle industrial ponta a ponta sobre a infraestrutura principal. A IA transformará processos e redes.

Visão, Brasil como mercado central e pilares-chave: A Telefónica quer se tornar uma operadora europeia de classe mundial com escala lucrativa, desempenhando papel de liderança na Europa e no Brasil, visto como um dos mercados centrais mais fortes. Os pilares estão ancorados em foco no cliente, capacidades tecnológicas, modelo operacional e talento.

Consolidação como upside para o plano estratégico: A gestão enfatizou que a consolidação é um potencial upside para o plano, e a orientação financeira compartilhada com o mercado (abaixo) não inclui nenhuma consolidação.

Desempenho consolidado esperado: A Telefónica compartilhou sua orientação e desempenho consolidado esperado para 2028-2030:

A gestão espera que receitas, EBITDA ajustado e EBITDA AL-Capex cresçam a um CAGR de 1,5%-2,5% entre 2025-2028, acelerando para 2,5%-3,5% entre 2028-2030.

Capex/receita deve cair para cerca de 12% em 2026-2028, declinando desde o primeiro ano do plano. Nova queda para cerca de 11% até 2030.

FCF esperado em cerca de €2,9-3,0 bilhões em 2026, com CAGR de 3%-5% para 2025-2028.


Alavancagem: Espera-se que reduza de aproximadamente 2,9x para cerca de 2,5x ND/EBITDAaL até 2028, sustentando um balanço sólido com grau de investimento.

Política de dividendos: 2025: dividendo de €0,30/ação, pago em duas parcelas em dez/25 e jun/26 (€0,15/ação cada). 2026: dividendo de €0,15/ação (queda em relação a 2025), em dinheiro, a ser pago em jun/27. Meta para 2027 e 2028: remuneração baseada em payout de 40%-60% do FCF como base para dividendos, pagos em junho do ano seguinte.

Principais comentários sobre o Brasil e implicações para a Vivo:

  • Brasil como mercado central: A empresa vê o país como um mercado de alto crescimento e com grande potencial. O mercado móvel está consolidado entre três players, mas a gestão acredita que ainda há espaço para agregar valor por meio de consolidação no Brasil (e no Reino Unido). Em banda larga fixa, o mercado permanece fragmentado e em estágio de desenvolvimento.
  • Redução do risco de venda da participação da Telefónica na Vivo: Esse risco diminuiu porque (i) a gestão foi clara ao afirmar que o Brasil é um mercado central; (ii) não houve menção à venda da participação na Vivo; e (iii) a consolidação europeia é considerada um upside para o plano estratégico, e não algo recorrente (BAU), com timing e oportunidades de M&A ainda incertos.
  • Perspectivas de crescimento da Vivo: A Vivo possui múltiplas avenidas de crescimento e espera crescer acima da inflação em métricas financeiras-chave, alavancando sua posição, marca e infraestrutura. A empresa pretende expandir redes nacionalmente tanto em 5G móvel quanto em fibra.
  • Estratégia de convergência: Esses movimentos visam reforçar a estratégia de convergência da Vivo. Christian Gebara, também presente, mencionou que a Vivo quer aumentar o percentual de convergência sobre fibra de 62% para 75% por meio do plano Vivo Total, da expansão da fibra e do aumento da taxa de adesão.
  • Frentes B2C e B2B:
    • B2C: Desenvolvimento do ecossistema é prioridade, impulsionado pela expansão de serviços como distribuição de conteúdo, dispositivos, saúde financeira e educação.
    • B2B: A Vivo planeja ampliar sua oferta e presença em serviços digitais via cibersegurança, cloud, IoT e Indústria 4.0.
  • Eficiência operacional: A gestão destacou que a desativação da rede de cobre será concluída até 2028, liberando eficiências. Um exemplo é a meta de aumentar interações digitais com clientes para mais de 90%.
  • Capex: A orientação consolidada, junto com a contribuição relevante da Vivo, indica continuidade da tendência de queda do índice capex/receita no Brasil.
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