Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,56% e 0,61%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o governo brasileiro detalhou um novo leilão do programa Eco Invest, com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros em projetos de inovação e sustentabilidade – o governo utilizará recursos do Fundo Clima para apoiar instituições financeiras na estruturação de mecanismos de proteção contra riscos cambiais e de desempenho; e (ii) o Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou que o andamento dos ritos necessários para o 1° leilão de eólicas offshore do Brasil vai ocorrer apenas depois da conclusão do grupo de trabalho que debate a regulamentação dos projetos – segundo o ministério, a publicação do decreto com as regras está prevista para o primeiro semestre de 2026.
• No internacional, a BYD abriu ontem as vendas de seus veículos elétricos na Argentina, aproveitando a suspensão das tarifas de importação para veículos elétricos e híbridos no país e ampliando sua presença em um mercado de rápido crescimento – a expectativa da Argentina é que cerca de 40.000 veículos elétricos e híbridos sejam importados até o fim de janeiro, com a BYD podendo importar ~7.800 carros elétricos e híbridos dentro da cota concedida pelo governo argentino.
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Brasil
Política
“O governo brasileiro detalhou um novo leilão do programa Eco Invest, com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros em projetos de inovação e sustentabilidade. Pela primeira vez, será oferecido um mecanismo de proteção cambial, facilitando investimentos de longo prazo na maior economia da América Latina. O governo utilizará recursos do Fundo Clima para apoiar instituições financeiras na estruturação de mecanismos de proteção contra riscos cambiais e de desempenho. Segundo o Ministério da Fazenda, isso permitirá ampliar os investimentos em projetos sustentáveis. As instituições financeiras interessadas devem enviar suas propostas até 19 de novembro. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que um bom resultado seria o lançamento de três ou quatro fundos de private equity, totalizando entre 2 bilhões e 4 bilhões de reais (aproximadamente 375 a 750 milhões de dólares). Como nos leilões anteriores do Eco Invest, os bancos deverão alavancar capital privado, especificando desta vez quanto será mobilizado em investimentos de capital para os fundos e projetos apoiados. Os recursos arrecadados serão destinados a empresas de base tecnológica e startups com projetos nas áreas de bioeconomia, transição energética e economia circular, como bioplásticos, gestão de resíduos sólidos e reciclagem de baterias.”
Fonte: Reuters; 08/10/2025
Primeiro leilão de eólicas offshore será definido após grupo de trabalho, confirma MME
“O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou que o andamento dos ritos necessários para o primeiro leilão de eólicas offshore do Brasil vai ocorrer apenas depois da conclusão do grupo de trabalho que debate a regulamentação dos projetos. Segundo o ministério, a publicação do decreto com as regras está prevista para o primeiro semestre de 2026. Em nota, o ministério afirma ainda que o cronograma do leilão depende também da conclusão de etapas técnicas, como a consolidação da metodologia de seleção de áreas e a operacionalização do portal de gestão. Conforme antecipado pela agência eixos, a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de criar um GT para debater as regras está fazendo o mercado perder as esperanças de que o terceiro governo Lula realize ainda em 2026 o primeiro leilão de cessão de áreas para geração em alto mar no país. Segundo o MME, o debate no grupo de trabalho é “uma etapa necessária para oficializar as atividades do colegiado e garantir a adequada coordenação interinstitucional e a consolidação dos aspectos técnicos, jurídicos e regulatórios envolvidos na proposição do decreto e dos normativos infralegais subsequentes”. “O objetivo é assegurar que as normas sejam publicadas com base em análises consistentes, alinhadas ao interesse nacional e o suporte das melhores práticas internacionais, adequando-as ao contexto brasileiro, levando-se em consideração os aspectos sociais, ambientais e econômicos envolvidos”, diz o MME.”
Fonte: Eixos; 08/10/2025
Pará inaugura parque de bioeconomia com aporte de R$ 250 milhões
“A bioeconomia amazônica se prepara para entrar na vitrine da COP30, em Belém (PA), e atrair olhares do mundo para um novo padrão produtivo na floresta. Em antigos armazéns portuários revitalizados às margens da Baía do Guajará, zona central da cidade, uma moderna estrutura de inovação – inédita na Amazônia – abrirá as portas neste mês para receber startups, povos tradicionais, investidores, indústrias e demais agentes voltados a bionegócios que dependem da floresta em pé. Com laboratório-fábrica para pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços baseados na sociobiodiversidade, o espaço pretende impulsionar a transformação econômica da região no cenário da crise climática. “O objetivo é transformar ideias em produção e escala, tirando da clausura esse grande potencial da Amazônia”, afirma Camille Bemerguy, secretária adjunta de bioeconomia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará. Entre outras atrações, o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia incorpora o conceito de “laboratório vivo” – ambiente criativo e colaborativo que aproxima elos das cadeias produtivas e facilita conexões entre startups, negócios comunitários e pesquisadores. Dinâmicas interativas de campo contribuirão para maior entendimento das realidades locais.”
Fonte: Valor Econômico; 09/10/2025
Plano para bioeconomia tem foco na inclusão social e na sustentabilidade
“A bioeconomia está em alta e prestes a ganhar a primeira política pública voltada ao setor em nível nacional. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) está finalizando o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio), após consultas públicas realizadas nos últimos meses, a tempo de ser lançado na COP30. O plano, que será o instrumento operacional da Estratégia Nacional de Bioeconomia, criada pelo Decreto Nº 12.044/2024, deve envolver as seguintes prioridades: sociobioeconomia e negócios comunitários; valorização de serviços ambientais; saúde e bem-estar; química de renováveis; alimentação, bioenergia e fibras têxteis; e produção de biomassa com com foco na diversificação de matérias-primas e insumos industriais. A discussão sobre os segmentos econômicos que vão compor o plano envolveu uma comissão criada em 2024, formada por 17 ministérios e 17 organizações da sociedade civil, representando comunidades tradicionais, povos indígenas, empresas e universidades. O debate é importante porque as definições do que é bioeconomia estão longe do consenso – cada país que formulou suas políticas públicas dedicadas ao tema adota uma abordagem. Em geral, nações industrializadas adotam uma abordagem mais biotecnológica, com a incorporação de tecnologias intensivas em ciência nos processos de produção.”
Fonte: Valor Econômico; 09/10/2025
Internacional
Empresas
BYD amplia presença na América do Sul com lançamento de veículos elétricos na Argentina
“Maior montadora da China, a BYD, abriu, nesta quarta-feira (8), as vendas de seus veículos elétricos na Argentina, aproveitando a suspensão das tarifas de importação para veículos elétricos e híbridos no país e ampliando sua presença em rápido crescimento na América do Sul. Os modelos à venda são o SUV elétrico Yuan Pro, o SUV híbrido “plug-in” Song Pro e o elétrico Dolphin Mini. Todos têm preço inferior a US$ 16.000 na origem, antes de impostos e taxas, para aproveitar uma nova medida do governo argentino que permite a entrada de até 50.000 veículos elétricos e híbridos sem tarifas em 2026. As marcas chinesas dominam esse setor, e a Argentina afirmou esperar que cerca de 40.000 veículos elétricos e híbridos sejam importados até o fim de janeiro. Normalmente, carros importados de marcas que não possuem operações de fabricação na Argentina ou em outros países do bloco comercial do Mercosul, que inclui o Brasil, pagam uma tarifa de 35%. Stephen Deng, diretor-geral da BYD na Argentina, disse que a empresa pode atualmente importar cerca de 7.800 veículos elétricos e híbridos dentro da cota concedida pelo governo argentino. “Vemos um grande potencial de longo prazo para o desenvolvimento da eletromobilidade na Argentina”, disse Deng à Reuters durante o evento de lançamento nesta quarta-feira, classificando a nova política como uma “oportunidade tremenda”.”
Fonte: Valor Econômico; 08/10/2025
“A Ferrari manterá os modelos a gasolina e híbridos como o núcleo de sua linha nos próximos anos, com veículos totalmente elétricos representando apenas 20% de sua gama até 2030, segundo anunciou a fabricante de carros esportivos de luxo nesta quinta-feira. A empresa apresentou o plano tecnológico para seu primeiro veículo elétrico, o Ferrari Elettrica — um marco em sua história —, mas também adotou uma abordagem mais cautelosa em relação à eletrificação, “baseada em nossa abordagem centrada no cliente, no ambiente atual e em sua evolução esperada”. A Ferrari agora pretende que sua linha de 2030 seja composta por 40% de modelos com motor a combustão interna (ICE) e 40% híbridos. Isso representa uma mudança em relação ao plano de 2022, que previa 40% de veículos elétricos, 40% híbridos e 20% com motor a combustão até 2030. Ao revelar seu novo plano de negócios de longo prazo na sede em Maranello, norte da Itália, a Ferrari anunciou que lançará, em média, quatro novos modelos por ano entre 2026 e 2030, mantendo o ritmo constante que tem ajudado a atrair o interesse de seus clientes abastados e a expandir sua base de consumidores. “Cada modelo será projetado com um posicionamento distinto, adaptado a diferentes perfis de clientes”, afirmou a empresa.”
Fonte: Reuters; 09/10/2025
Política
China impõe novos controles sobre exportações de terras raras
“A China introduziu novos controles sobre exportações de terras raras nesta quinta-feira, exigindo que entidades estrangeiras obtenham aprovação governamental antes de reexportar produtos de origem chinesa para outros países. Organizações e indivíduos estrangeiros agora devem obter uma licença de exportação de dupla utilização do Ministério do Comércio da China antes de exportar produtos, tecnologias ou outros itens de dupla utilização de terras raras para destinos fora da China, de acordo com as novas regras emitidas pelo ministério. Os controles de exportação abrangem tecnologias utilizadas na mineração, fundição e outras etapas de processamento de terras raras, informou o ministério. Algumas medidas entram em vigor imediatamente, enquanto outras, em 1º de dezembro. A medida segue a exigência anterior de Pequim de que exportadores chineses obtenham licenças antes de enviar produtos e tecnologias de terras raras para o exterior. O ministério afirmou que algumas organizações e indivíduos estrangeiros transferiram ou forneceram materiais de terras raras de origem chinesa para entidades envolvidas em áreas militares e outras áreas sensíveis, representando “graves danos” e potenciais ameaças à segurança nacional da China e aos esforços globais de não proliferação.”
Fonte: Valor Econômico; 09/10/2025
Grupo automotivo da UE propõe flexibilização nas metas de emissão de CO₂
“A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) solicitou à Comissão Europeia que flexibilize as metas de redução de emissões de dióxido de carbono (CO₂) para carros, vans e caminhões. A proposta inclui prazos de conformidade mais longos, maior inclusão de veículos híbridos e combustíveis alternativos, reconhecimento de veículos movidos a combustíveis neutros em carbono como equivalentes aos elétricos, e incentivos para iniciativas de descarbonização, como o uso de aço verde. Segundo a ACEA, a meta atual de redução de 100% das emissões de CO₂ até 2035, com metas intermediárias em 2030, não é mais viável. Os fabricantes enfrentam multas por fatores que estão fora de seu controle, como a falta de infraestrutura de recarga e a baixa demanda por veículos elétricos. Atualmente, a participação de mercado dos veículos elétricos na União Europeia é de 15,8% para carros, 8,5% para vans e 3,6% para caminhões. A ACEA propõe que, para os carros, seja considerada a média de emissões entre 2028 e 2032 para o cumprimento da meta de 2030. Também sugere a concessão de créditos extras para veículos elétricos pequenos, maior espaço para híbridos plug-in e veículos com extensão de autonomia. Para vans, propõe que as metas de 2025 sejam cumpridas ao longo do período de 2025 a 2029, com uma modificação na meta de redução de 50% até 2030. Para caminhões, pede uma revisão antecipada das metas, antes de 2027, e ações urgentes para evitar multas.”
Fonte: Reuters; 08/10/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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