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Petrobras estuda usar energia nuclear para descarbonizar suas operações marítimas, diz consultor de projetos | Café com ESG, 13/08

Petrobras mira energia nuclear; Novas regras de biocombustíveis da ANP

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,7% e 1,8%, respectivamente.

• No Brasil, (i) segundo o consultor de projetos da Petrobras Fabio Passarelli, a empresa estuda usar energia nuclear como alternativa para descarbonizar suas operações marítimas de produção de petróleo, hoje abastecidas por equipamentos movidos a gás natural – o projeto ainda é incipiente e depende do desenvolvimento da tecnologia, que é conhecida como SMR (sigla em inglês para reator modular pequeno); e (ii) a Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou ontem a nova resolução 987/2025 que regulamentará a autorização de produção de biocombustíveis e de operação de instalação usinas – uma das principais mudanças é a ênfase de que produtores de biodiesel podem adquirir, mas não vender metanol.

• No internacional, os Estados Unidos rejeitaram a proposta da Organização Marítima Internacional (IMO) denominada “Net-Zero Framework”, que visa reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa do setor de transporte marítimo global – o país ameaçou tomar medidas contra os países que a apoiarem.

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Brasil

Empresas

Custo do carbono entra na conta da eletrificação do transporte

“Com uma frota de pouco mais de mil ônibus eletrificados — a maioria concentrada na cidade de São Paulo —, o Brasil tem potencial de chegar a 2030 com 14 mil ônibus a diesel substituídos por elétricos, evitando a emissão de 437,7 mil toneladas de CO2 equivalente por ano. A estimativa é de um estudo lançado pelo Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP Brasil), em parceria com a Scipopulis e apoiado pelo Ministério das Cidades, e representa uma redução de 24,6% das emissões de gases de efeito estufa atuais desses sistemas. A cada 1% da frota substituída, as emissões diminuem 1,37%, segundo a pesquisa. Isso repercute financeiramente. Quando considerado o Custo Social do Carbono, entre R$ 54,4 e R$ 62,1 milhões podem ser economizados com danos decorrentes das mudanças climáticas, causadas pelos combustíveis fósseis. “A emissão total nos sistemas analisados é de 1,78 milhão de toneladas de CO2eq por ano, o que representa 9% das emissões dos ônibus para o transporte de passageiros. Essas emissões geram custos sociais de até R$ 252,4 milhões por ano”, aponta o ITDP. “A redução das emissões é mais significativa quando se substituem os veículos mais antigos e com o uso mais intensivo, o que reforça a importância de focar a política para ampliar o impacto das ações”, completa. A intenção do grupo é subsidiar o programa de Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano (Refrota), incluído no Novo PAC.”

Fonte: Eixos; 12/08/2025

Pressão ESG esbarra em responsabilidades fiduciárias

“O setor financeiro está testemunhando uma reação crescente contra a sustentabilidade. Isso está levando muitos bancos e gestores de ativos a desistirem de seus compromissos, especialmente em relação à descarbonização e à diversidade, igualdade e inclusão (DEI, na sigla em inglês). Consequentemente, associações do setor, como a iniciativa Net Zero Asset, estão registrando uma queda no número de membros, especialmente entre instituições dos Estados Unidos. O setor de investimentos está há muito tempo acostumado a lidar com clientes que desejam excluir determinados valores mobiliários do universo de investimentos. Isso vai desde fundos de pensão corporativos pedindo que as ações de suas próprias empresas sejam deixadas de fora das carteiras, até clientes querendo evitar os chamados “setores do pecado”. Esses pedidos sempre foram avaliados sob uma ótica econômica (essa carteira personalizada vai gerar receita suficiente para justificar a adaptação?) e também sob a perspectiva da teoria dos mercados financeiros (o que restar será capaz de gerar retornos suficientes?). No entanto, nos últimos anos as partes interessadas têm pressionado as firmas de investimentos para que elas aloquem capital em atividades sustentáveis ou responsáveis. Os formuladores de políticas introduziram exigências de divulgação – esperando uma mudança no comportamento dos investidores – que incentivam uma maior transparência.”

Fonte: Valor Econômico; 12/08/2025

Veja o otimismo dos empresários brasileiros com o impacto da COP30 no país

“Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que a maioria dos empresários industriais do país veem a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) como positiva para os negócios e uma oportunidade para melhorar a imagem do Brasil no exterior. De acordo com o levantamento, 54% dos industriais brasileiros observam o evento como relevante e a mesma porcentagem avalia que a COP30 trará impacto positivo ou muito positivo para o setor. As expectativas estão são mais altas nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde 64% estão esperançosos, e no Nordeste, onde 60% demonstram otimismo. No Sudeste, 53% relatam ter interesse na conferência e no Sul, 50%. A COP30 está programada para ocorrer em novembro na cidade de Belém, capital do Pará. A pesquisa Sustentabilidade e Indústria foi encomendada pela CNI e realizada pela Nexus e ouviu representantes de mil empresas industriais de pequeno, médio e grande portes, em todo o país. As entrevistas foram realizadas entre 15 de maio a 17 de junho de 2025. Portanto, antes da oficialização das queixas de países em desenvolvimento e nações insulares que reclamam do preço abusivo das opções de hospedagem em Belém. Segundo Ricardo Mussa, que ocupa o cargo de chair da Sustainable Business COP30 (SB COP), iniciativa vinculada à CNI voltada à ampliação da participação do setor empresarial nas negociações climáticas, os problemas logísticos de Belém em torno da realização da COP30 atrapalham, mas não chegam a abalar a expectativa dos empresários.”

Fonte: Valor Econômico; 12/08/2025

Petrobras avalia energia nuclear para descarbonizar plataformas de petróleo

“A Petrobras estuda usar energia nuclear como alternativa para descarbonizar suas operações marítimas de produção de petróleo, hoje abastecidas por equipamentos movidos a gás natural. A ideia é apoiar o desenvolvimento de pequenos reatores que possam ser instalados próximos às unidades. O projeto ainda é incipiente e depende do desenvolvimento da tecnologia, que é conhecida como SMR (sigla em inglês para reator modular pequeno), e pode ser construída em fábricas e transportada de um lugar para o outro. Em palestra nesta terça-feira (12) na Rio Innovation Week, o consultor de projetos da Petrobras Fabio Passarelli defendeu um trabalho conjunto com a Marinha do Brasil para acelerar o desenvolvimento da tecnologia. “A gente tem que rapidamente se articular com agentes interessados para orquestrar um plano para sair das conjecturas”, afirmou. A Marinha já tem pesquisas sobre o tema, mas ainda em estágio inicial de concepção e estudos de viabilidade. Passarelli disse que esses reatores poderiam ser utilizados para gerar energia para as plataformas, substituindo o gás. Poderiam ser instalados em embarcações próximas, a princípio. Ou, se a tecnologia permitir, sobre as próprias plataformas e até no fundo do mar. No primeiro semestre, a estatal reportou emissões de 15,3 quilos de CO² equivalente por barril de óleo e gás produzido em suas atividades de exploração e produção. Houve crescimento de 0,5 quilos em relação a 2024, fruto da queima de gás durante o comissionamento de duas plataformas do pré-sal.”

Fonte: Estadão; 12/08/2025

ANP publica resolução com novas regras para autorização de produtores de biocombustíveis

“A Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou, nesta terça-feira (12/8), a nova resolução que regulamentará a autorização de produção de biocombustíveis e de operação de instalação usinas. A minuta foi aprovada pela diretoria colegiada da agência na última quinta-feira (7/8) e publicada no Diário Oficial da União desta terça. A resolução 987/2025 substitui a resolução 734/2018. Segundo a ANP, entre os objetivos da revisão estão o aprimoramento da segurança operacional das instalações e dos instrumentos para garantir o abastecimento e a continuidade das operações. Uma das principais mudanças é a ênfase de que produtores de biodiesel podem adquirir, mas não vender metanol. Caso o fizerem, serão responsabilizados por destinação indevida do produto. Neste ano, a ANP conseguiu zerar as detecções de fraudes envolvendo o metanol, após, em 2024, intensificar as ações de combate à adulteração de combustíveis. O metanol é um produto químico com características de combustível. Ele é utilizado na cadeia de produção de biodiesel, e também como solvente industrial e matéria-prima da produção de formol. Quando usado na adulteração dos combustíveis, as fraudes contra os consumidores representam risco à saúde, podendo ser letal em casos graves de contaminação. A resolução explicita, também, a obrigatoriedade de um CNPJ próprio para a atividade de produção de biocombustíveis, mesmo para quem já possui uma autorização da ANP para outra atividade.”

Fonte: Eixos; 12/08/2025

Brasil precisa pensar minerais críticos estrategicamente, defende Haddad no Congresso

“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu nesta terça (12/8), uma definição sobre qual será a estratégia brasileira para minerais críticos e terras raras, para que o país não se resuma a “um simples exportador de mais uma commodity“. “O padrão brasileiro é exportar commodity. E nós devemos pensar nesse caso específico, porque é um caso muito especial, não é como minério de ferro”, comentou durante participação na Comissão Mista que analisa a Medida Provisória alternativa ao IOF. Segundo o ministro, diferente do minério de ferro disponível em diversos países, os minerais críticos estão concentrados, tornando o Brasil um alvo. “Na China tem muito, no Brasil tem muito. E por isso que a turma fica de olho no território nacional. Nós tínhamos que pensar uma forma de agregar valor a esse minério”, completou. O comentário ocorre em um contexto de tentativa de negociação com os Estados Unidos para reverter tarifas sobre produtos brasileiros, que chegam a 50% no tarifaço do presidente Donald Trump. Nas últimas semanas, o ministro admitiu que os insumos poderiam entrar na agenda de negociações. Nesta terça, ele lembrou que o governo Lula (PT) chegou a discutir com os EUA, na gestão do ex-presidente democrata Joe Biden, a possibilidade de joint ventures no Brasil para produção de baterias e transferência de tecnologia. “Nós começamos esse entendimento. E espero que possamos fazer acordos com a Europa, China, Estados Unidos, que são nossos parceiros, de cooperação tecnológica para agregar valor no Brasil”.”

Fonte: Eixos; 12/08/2025

Governo anuncia R$ 210 mi para Fundo Amazônia combater desmatamento em áreas críticas

“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram nesta terça-feira, 12, uma reformulação estratégica no Fundo Amazônia, destinando R$ 210 milhões para duas iniciativas que marcam uma nova orientação na política de conservação. O anúncio ocorreu durante evento comemorativo dos 17 anos do programa, realizado em Manaus. A nova arquitetura financeira privilegiará o engajamento municipal direto. Dos recursos anunciados, R$ 150 milhões alimentarão o “Projeto União com Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais”, uma iniciativa inédita que estabelece parcerias formais com 48 prefeituras consideradas prioritárias. O modelo busca reduzir pela metade os índices de destruição florestal nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima. Paralelamente, R$ 60 milhões financiarão o “Prospera na Floresta”, projeto executado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) voltado ao desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, turismo comunitário e empreendedorismo local. “Esse projeto vai ser operacionalizado pela FAS, mas ele tem o objetivo de chegar a mais de 14 mil famílias na ponta, ou seja, trabalhando com empreendedorismo, turismo comunitário e cadeias produtivas da sociobiodiversidade”, explicou Nabil Kadri, superintendente de Meio Ambiente do BNDES.”

Fonte: Exame; 12/08/2025

Internacional

EUA retaliarão membros da IMO que apoiarem plano de emissões líquidas zero

“Na terça-feira, os Estados Unidos rejeitaram a proposta da Organização Marítima Internacional (IMO) denominada “Net-Zero Framework”, que visa reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa do setor de transporte marítimo internacional, e ameaçaram tomar medidas contra os países que a apoiarem. O anúncio foi feito em uma declaração conjunta pelo secretário de Estado Marco Rubio, pelo secretário de Comércio Howard Lutnick, pelo secretário de Energia Chris Wright e pelo secretário de Transportes Sean Duffy, antecedendo uma votação na agência de transporte marítimo das Nações Unidas para adotar a proposta de zero emissões líquidas, prevista para outubro. A declaração ocorre em um momento em que o governo Trump utiliza tarifas como ferramenta para influenciar o comportamento de líderes de outras nações, incluindo China, Índia e Brasil, e enquanto os EUA retiram o apoio a regulamentações destinadas a conter as mudanças climáticas. “O governo Trump rejeita inequivocamente esta proposta apresentada à IMO e não tolerará nenhuma ação que aumente os custos para nossos cidadãos, fornecedores de energia, empresas de transporte marítimo e seus clientes ou turistas”, afirmou o comunicado. “Nossos colegas membros da IMO devem estar cientes de que buscaremos seu apoio contra essa ação e não hesitaremos em retaliar ou explorar soluções para nossos cidadãos caso essa iniciativa fracasse”, continua o comunicado.”

Fonte: Reuters; 12/08/2025

Negociações globais sobre o tratado de plásticos são “difíceis”, afirma comissário europeu

“As negociações para debater os termos de um tratado global para reduzir a poluição por plástico têm se mostrado difíceis, afirmou na terça-feira a comissária de Meio Ambiente da União Europeia. “Concordo que as discussões até agora têm sido difíceis”, disse Jessika Roswall, comissária europeia para o Meio Ambiente, Resiliência Hídrica e Economia Circular Competitiva.”

Fonte: Reuters; 12/08/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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