Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,0% e 1,1%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior aprovou ontem a ampliação da cota de veículos elétricos que podem ser importados desmontados com alíquota zero para US$ 463 milhões, com prazo de 6 meses, atendendo a um pleito da fabricante chinesa BYD – por outro lado, o governo também anunciou a antecipação da alíquota cheia de 35% para a importação dos veículos desmontados para janeiro de 2027 (vs. julho de 2028 anteriormente); e (ii) o Ibama aprovou ontem as seis embarcações propostas pela Petrobras para fazerem parte do Plano de Emergência Individual (PEI) da perfuração marítima do bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas – a petroleira ainda aguarda a licença ambiental, emitida pelo instituto, para começar a fase exploratória do bloco e perfurar um poço em águas profunda.
• No internacional, o Google investirá US$ 6 bilhões para desenvolver um data center de 1 gigawatt e sua infraestrutura de energia no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia – a ser construído na cidade portuária de Visakhapatnam, o investimento no data center inclui US$ 2 bilhões em capacidade de energia renovável que será usada para alimentar as instalações.
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Brasil
Empresas
Ibama aprova embarcações de resposta à emergência para perfuração na Bacia da Foz do Amazonas
“O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou, na terça-feira (29/7), as seis embarcações propostas pela Petrobras para fazerem parte do Plano de Emergência Individual (PEI) da perfuração marítima do bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas. As vistorias foram realizadas de 7 a 13 de julho nas embarcações: C-Viking, C-Warrior, Corcovado, Ilha das Flechas, Mr. Sidney e Ms. Virgie. A visita foi seguida de um relatório com sugestões de melhorias, como manutenção constante dos braços aspersores de dispersantes. A petroleira ainda aguarda a licença ambiental, emitida pelo instituto, para começar a fase exploratória do bloco e perfurar um poço em águas profundas. O licenciamento depende da Avaliação Pré-Operacional (APO), um simulado de emergência de vazamento de petróleo, ainda sem data marcada pelo órgão ambiental. No dia 12 de agosto, o Ibama e a Petrobras realizarão uma reunião sobre a APO para a petroleira apresentar os planos para a simulação. O cronograma frustrou as expectativas da estatal de realizar a operação ainda este mês. A companhia pediu, na última quinta-feira (24/7), a antecipação da reunião para o dia 4. A proposta foi negada no dia seguinte (25/7) pelo Ibama. Foi uma tentativa de acelerar o rito, já que o contrato de locação da sonda que realizará o teste vence em outubro e a perfuração de um poço offshore leva entre quatro a seis meses. A petroleira prevê a perfuração de, no mínimo, oito poços durante a campanha exploratória, segundo a Superintendência de Exploração (SEP).”
Fonte: Eixos; 30/07/2025
PRIO lança instituto para ações socioambientais
“Ao completar dez anos de uma trajetória marcada por crescimento exponencial, eficiência e inovação, a PRIO, maior empresa independente de óleo e gás do Brasil, dá um passo além: a criação do Instituto PRIO, organização sem fins lucrativos com foco exclusivo em impacto socioambiental estruturado, duradouro e mensurável. A iniciativa consolida uma atuação que a companhia desenvolve de forma consistente ao longo dos anos, especialmente nos territórios sob influência da Bacia de Campos (RJ), onde estão localizados todos os seus seis ativos. Só em 2024, a PRIO investiu mais de 130 milhões de reais em projetos ambientais, com destaque para iniciativas de educação ambiental, capacitação de comunidades pesqueiras, economia do mar e conservação da biodiversidade. Criado com governança própria, o Instituto PRIO nasce com o propósito de estruturar e ampliar esse ecossistema de impacto. A ideia é transformar boas iniciativas já apoiadas pela companhia em programas de maior escala, com foco técnico, monitoramento de resultados e continuidade. “A criação do Instituto PRIO é um passo natural dentro da nossa estratégia. Já temos histórico de atuação em educação ambiental, inclusão produtiva e regeneração. Agora damos estrutura e escala a esse trabalho, com método, parceiros e visão de longo prazo”, afirma Francisco Bulhões, gerente de Relações Institucionais da PRIO. O instituto inicia suas atividades a partir de programas já conduzidos pela companhia, como o Mar Atento, que prepara e engaja pescadores para atuar em situações de emergência.”
Fonte: Veja; 30/07/2025
A BYD queria um ‘tax break’ pra chamar de seu. A indústria automotiva reagiu
“O Governo ouviu as queixas da indústria automobilística contra a possibilidade de extensão dos benefícios tributários para a BYD. O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) se posicionou hoje contra um pleito da montadora chinesa: não aceitou diminuir as tarifas cobradas sobre os carros desmontados que virão da China para ser finalizados na fábrica que a BYD está erguendo em Camaçari. Atualmente, os kits pré-montados de elétricos entram no País pagando imposto de importação de 18%, enquanto os híbridos pagam 20%. A chinesa havia pedido uma redução dessas alíquotas para 5% e 10%, respectivamente. A Camex, no entanto, atendeu parcialmente a um pedido da montadora: concedeu uma cota de US$ 463 milhões que poderão ser importados com alíquota zero nos próximos seis meses. A chinesa queria US$ 2 bi de isenção ao longo de doze meses. O Governo decidiu ainda que será antecipada para janeiro de 2027 – e não mais julho de 2028 – a cobrança de tarifa cheia de 35% para os elétricos importados desmontados (kits CKD e SKD). Para os elétricos prontos, a alíquota de 35% valerá a partir de julho de 2026, equiparando o tributo ao que é cobrado sobre os veículos a combustão. As tarifas estão hoje em 26%. Dias antes da reunião de hoje da Camex, os CEOs das maiores montadoras instaladas no País – Stellantis, Volkswagen, General Motors e Toyota – enviaram uma carta conjunta ao Presidente Lula afirmando que a importação de veículos desmontados “representaria um legado de desemprego, desequilíbrio comercial e dependência tecnológica” e um impacto “deletério” em toda a cadeia de produção.”
Fonte: Brazil Journal; 30/07/2025
Política
“O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou nesta quarta-feira (30/7) a lista das instituições selecionadas para integrar o plenário do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte). Na categoria sociedade civil, foram escolhidos 29 membros para um mandato de dois anos (2025-2026), que poderá ter recondução. Entre os selecionados para debater temas relacionados a petróleo e gás estão o Instituto Internacional Arayara, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Já para temas ligados a biocombustíveis e transportes, duas selecionadas foram a WWF Brasil e a União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar, enquanto o Instituto E+ Transição Energética vai participar de debates sobre mudanças climáticas e transição energética. Também foram selecionadas 29 entidades do setor produtivo, incluindo o Instituto Brasileiro do Petróleo e do Gás (IBP), Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase), entre outros. Além de representantes de 15 ministérios, da Casa Civil, da Secretaria-Geral da Presidência da República e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), também integram a lista um representante de secretarias estaduais de energia por região do país. O Fonte, parte da Política Nacional de Transição Energética (PNTE), funciona como um órgão consultivo permanente. O objetivo é ampliar o diálogo sobre a transição energética, envolvendo participantes de diferentes setores.”
Fonte: Eixos; 30/07/2025
Governo amplia cota de importação de veículos elétricos com alíquota zero
“O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior aprovou hoje a ampliação da cota de veículos elétricos que podem ser importados desmontados com alíquota zero para US$ 463 milhões. De acordo com a Camex, o prazo da cota ampliada é de seis meses. A medida atende a um pleito da fabricante chinesa BYD. Em contrapartida, o governo também anunciou a antecipação da alíquota cheia de 35% para a importação dos veículos desmontados para janeiro de 2027. O prazo original era julho de 2028. “A antecipação do cronograma busca adequar a política tarifária aos investimentos esperados para os próximos anos no setor automotivo do país, trazendo novas tecnologias para o consumidor e cada vez mais adensamento à cadeia produtiva nacional”, informou a Camex.”
Fonte: Valor Econômico; 30/07/2025
Internacional
Empresas
Google investirá US$ 6 bilhões em centro de dados no sul da Índia, segundo fontes
“O Google investirá US$ 6 bilhões para desenvolver um centro de dados de 1 gigawatt e sua infraestrutura de energia no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia, no primeiro investimento desse tipo da unidade Alphabet na Índia, informaram fontes governamentais na quarta-feira. A ser construído na cidade portuária de Visakhapatnam, o investimento no centro de dados inclui US$ 2 bilhões em capacidade de energia renovável que será usada para alimentar as instalações, disseram à Reuters duas fontes do governo de Andhra Pradesh com conhecimento direto do assunto. O centro de dados da gigante das buscas será o maior em capacidade e tamanho de investimento na Ásia e faz parte de uma expansão multibilionária de seu portfólio de centros de dados em toda a região, em países como Cingapura, Malásia e Tailândia. Em abril, a Alphabet disse que ainda estava comprometida em gastar cerca de US$ 75 bilhões este ano para construir capacidade de centro de dados, apesar da incerteza econômica resultante da ofensiva tarifária global do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Alphabet não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters. O ministro de tecnologia da informação de Andhra Pradesh, Nara Lokesh, que está em Cingapura para discutir investimentos com o governo e líderes empresariais locais, não comentou sobre o investimento do Google. “Fizemos alguns anúncios, como o da Sify, que são públicos”, disse ele, referindo-se a um centro de dados de 550 MW que a Sify Technologies (SIFY.O) planeja construir no estado. “Há alguns anúncios que ainda não são públicos. Em outubro, faremos esses anúncios.””
Fonte: Reuters; 30/07/2025
Política
“Os danos causados às florestas europeias pelo aumento da exploração madeireira, incêndios florestais, secas e pragas estão reduzindo sua capacidade de absorver dióxido de carbono, colocando em risco as metas de emissões da União Europeia, alertaram cientistas na quarta-feira. A União Europeia se comprometeu a atingir emissões líquidas zero até 2050. A meta inclui a expectativa de que as florestas absorvam centenas de milhões de toneladas de emissões de CO2 e as armazenem em árvores e solo, para compensar a poluição da indústria. Mas essa suposição agora está em dúvida. A quantidade média anual de CO2 removida da atmosfera pelas florestas europeias em 2020-2022 foi quase um terço menor do que no período 2010-2014, de acordo com um artigo liderado por cientistas do Centro Comum de Investigação da UE – seu serviço independente de pesquisa científica.
No período posterior, as florestas absorveram cerca de 332 milhões de toneladas líquidas de CO2 equivalente por ano, disse o artigo, publicado na revista Nature. Dados recentes dos países da UE sugerem um declínio ainda mais acentuado. “Essa tendência, combinada com a diminuição da resiliência climática das florestas europeias, indica que as metas climáticas da UE, que dependem de um aumento do sumidouro de carbono, podem estar em risco”, disse o artigo. Hoje, o setor florestal e agrícola da Europa compensa cerca de 6% das emissões anuais de gases de efeito estufa da UE. Isso representa 2% a menos do que a UE calcula ser necessário para cumprir as metas climáticas – com a expectativa de que a diferença aumente até 2030.”
Fonte: Reuters; 30/07/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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