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Ciclos do crédito privado: onde estamos e para onde vamos

Durante painel mediado por Clara Sodré, da XP, participaram três nomes de peso da indústria: Alexandre Muller, sócio e gestor da JGP, Daniela Gamboa, CIO da SulAmérica, e Fayga Delbem, sócia e head de crédito da Itaú Asset

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O mercado de crédito privado brasileiro passa por uma fase de transformação, impulsionada por mudanças regulatórias, alterações tributárias e uma evolução no comportamento dos investidores.

No painel da Expert XP 2025 mediado por Clara Sodré, da XP, participaram três nomes de peso da indústria: Alexandre Muller, sócio e gestor da JGP, Daniela Gamboa, CIO da SulAmérica, e Fayga Delbem, sócia e head de crédito da Itaú Asset Management. Cada um trouxe perspectivas distintas, refletindo a diversidade de estratégias adotadas no setor — desde o crédito high grade até special situations e estruturadas.

Mercado guarda oportunidades, apesar de mudanças regulatórias

As recentes propostas de mudanças regulatórias, como a Medida Provisória (MP) do IOF e as alterações nos instrumentos isentos de imposto (LCIs, LCAs, CRIs e CRAs), trouxeram volatilidade e incerteza. Ainda assim, os gestores permanecem construtivos.

A compressão dos spreads tem sido uma constante, mas ainda há oportunidades, especialmente em ativos de infraestrutura e crédito estruturado.

Em um ambiente de juros elevados, o carrego continua atrativo, e a diversificação é essencial. Apesar da percepção de spreads apertados, a dispersão entre setores e emissores ainda permite geração de alpha.

Como os gestores estão se posicionando

Na alocação, os gestores estão cada vez mais seletivos. A SulAmérica prioriza ativos de curta duration e alta liquidez, enquanto a JGP olha empresas alavancadas, mas bem posicionadas em seus setores, com spreads mais altos. O Itaú Asset, por sua vez, utiliza sua escala institucional para realizar operações exclusivas e estratégias de arbitragem.

O crédito estruturado, especialmente os FIDCs, ganha espaço como ferramenta para melhorar o retorno das carteiras. O crescimento do mercado secundário desses ativos também é visto como um avanço positivo, trazendo mais liquidez e transparência.

O papel do crédito bancário e do financiamento ao agronegócio também está mudando. Com a proposta de redução de certos incentivos fiscais e a reestruturação de players como a Agrogalaxy, o setor busca fontes de financiamento mais diversificadas, como fintechs e Fiagros, para ocupar o espaço deixado pelo financiamento aos fornecedores.

Os gestores se mostram cautelosos, mas otimistas, destacando que o processo de desalavancagem no agro está criando um ambiente de crédito mais sustentável.

No crédito bancário, os instrumentos de curta duration seguem atrativos, especialmente para gestão de liquidez.

Olhando para frente, o crédito privado deve se consolidar como uma alocação central nas carteiras dos investidores. Deixando de ser apenas uma estratégia de aumento de retorno, passa a ser visto como uma classe de ativos independente, com potencial estrutural de crescimento.

Com juros elevados no Brasil e no exterior, o crédito privado oferece uma combinação atrativa de retorno, diversificação e resiliência. O consenso entre os gestores é claro: o crédito privado veio para ficar, e sua evolução continuará abrindo novas oportunidades para investidores institucionais e de varejo.

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