Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,65% e 0,67%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o Ministério de Minas e Energia abriu ontem uma consulta pública para aperfeiçoar a metodologia para seleção de áreas destinadas à geração de energia eólica offshore no país – a metodologia, que visa estabelecer critérios técnicos, ambientais, econômicos e sociais para a identificação de áreas viáveis à instalação de projetos, estará aberta para contribuições de partes interessadas até 4 de agosto; e (ii) o Grupo Unilever começou este mês a operar com biometano na fábrica de Vinhedo (SP), em substituição ao gás natural – ao todo, a Ultragaz fornecerá cerca de 2 milhões de m3 por ano, via carretas, a partir da planta de biometano do aterro de Caieiras, na Grande São Paulo.
• No internacional, o governo indiano anunciou ontem que o país chegou ao marco de 50% de capacidade instalada de eletricidade a partir de fontes não fósseis, cinco anos antes da meta estabelecida em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) – dos 484,82 GW instalados no país, 48,27% (234 GW) são renováveis, incluindo grandes hidrelétricas e mais 1,81% (8,78 GW) nuclear.
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Brasil
Empresas
‘A meta é zerar emissões em toda a cadeia até 2040’, diz diretor da Ambev
“A Ambev, maior cervejaria do Brasil e dona de marcas como Skol e Brahma, além de outras bebidas alcoólicas e não alcoólicas, pode ser um exemplo dos desafios das empresas para cortar a emissão de gases que causam o aquecimento global. A companhia reduziu em 50% as emissões dos escopos 1 e 2 (das próprias operações e da energia consumida, respectivamente), por meio do uso de fontes renováveis. Contudo, ainda faltam as de escopo 3, que englobam toda a cadeia produtiva do campo até o descarte das latas e garrafas e responde por 89% das emissões. A meta é chegar a zero em 2040. Em entrevista ao Estadão, o diretor de sustentabilidade da Ambev Luiz Gustavo Talarico, explica mais sobre esse programa e sobre como a empresa atua em outras questões ambientais, como o uso de água e a agricultura. Confira os principais trechos. Já conseguimos reduzir esses 63% das emissões diretas da companhia. É um trabalho que vem desde 2002, quando começamos a trabalhar com recuperação de biogás na nossa operação. Temos um corpo técnico dentro do nosso time industrial que olha as melhores práticas, então temos também trabalhado com outras fontes energéticas. O caminho mesmo é a eficiência, então, primeiro reduzir a quantidade do uso de energia para depois a gente achar formas alternativas. Para trabalhar com os nossos fornecedores, a gente tem uma plataforma chamada Eclipse. O Eclipse é uma plataforma de colaboração e compartilhamento de informações com os nossos fornecedores e os nossos parceiros comerciais.”
Fonte: InfoMoney; 14/07/2025
Unilever troca gás natural por biometano da Ultragaz em fábrica de São Paulo
“O Grupo Unilever começou este mês a operar com biometano na fábrica de Vinhedo (SP), em substituição ao gás natural. Ao todo, a Ultragaz fornecerá cerca de 2 milhões de m3 por ano, via carretas, a partir da planta de biometano do aterro de Caieiras, na Grande São Paulo. A Unilever vai substituir integralmente o consumo de gás natural da unidade e, assim, zerar as emissões de carbono (CO2) da caldeira industrial da planta. O grupo tem, como compromisso ambiental global, o plano de zerar as emissões absolutas de gases de efeito estufa (GEE) em suas operações (escopo 1 e 2) até 2030. A planta de Vinhedo, que fabrica produtos líquidos das linhas de higiene e beleza da Unilever, é terceira unidade da companhia, no Brasil, a operar com energia oriunda de biodigestores. Desde 2023, a planta de Pouso Alegre (MG), voltada para o setor de alimentos, opera com um biodigestor que transforma resíduos orgânicos gerados no processo produtivo em biogás, suprindo 100% da demanda energética da unidade. Já em Indaiatuba (SP), a fábrica de sabão em pó gera energia a partir do eucalipto certificado, em sua própria planta de biomassa. A Unilever marca a expansão da carteira de clientes da Ultragaz no setor de biometano. Aproveitando-se de sua expertise na distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) a granel, a Ultragaz comprou em 2022 a Neogás, tradicional distribuidor de gás natural comprimido (GNC), com o plano de desenvolver o negócio de comercialização de biometano off-grid.”
Fonte: Eixos; 14/07/2025
Bioeconomia na Amazônia pode destravar R$ 45 bilhões ao PIB brasileiro, revela WRI
“Além de uma aliada ambiental e climática, a Amazônia representa uma oportunidade econômica que ultrapassa as fronteiras do Brasil. A bioeconomia, modelo que alia conservação ambiental com geração de renda e oportunidades para populações locais, tem potencial bilionário se combinada com restauração florestal e pode somar R$ 45 bilhões ao PIB brasileiro e criar mais de 830 mil empregos até 2050. É o que mostra um novo estudo divulgado nesta segunda-feira, 14, realizado pelo World Resources Institute (WRI) e mais de 70 pesquisadores, que engloba os nove países amazônicos: Brasil, Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Segundo a organização sem fins lucrativos, os números revelam que o caminho para o desenvolvimento sustentável da região passa pela valorização da biodiversidade local e do conhecimento tradicional das comunidades. Entre os produtos da floresta, estão alguns conhecidos e presentes nos lares brasileiros como açaí, castanha, cupuaçu, camu-camu, andiroba, copaíba e mel de abelhas nativas. Para transformar o potencial em realidade, foi criada a Rede Pan-Amazônica pela Bioeconomia, uma aliança multissetorial que reúne desde comunidades indígenas até grandes investidores e já mapeou mais de 1.500 projetos no bioma. Um exemplo concreto é a iniciativa Agrosolidaria Florencia, na Colômbia, voltada a comercialização de produtos agrícolas e cosméticos desenvolvidos com plantas nativas cultivadas de forma sustentável.”
Fonte: Exame; 14/07/2025
Política
MME abre consulta sobre metodologia para seleção de áreas para eólicas offshore
“O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu, nesta segunda-feira (14/7), uma consulta pública para aperfeiçoar a metodologia para seleção de áreas destinadas à geração de energia eólica offshore no Brasil. A metodologia foi elaborada pela Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento (SNTEP) do MME em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e visa estabelecer critérios técnicos, ambientais, econômicos e sociais para a identificação de áreas viáveis à instalação de projetos de geração eólica offshore. Segundo a pasta, o documento está em conformidade com as diretrizes do Planejamento Espacial Marinho (PEM) e o processo de identificação é alinhado às diretrizes de sustentabilidade e ao uso racional dos recursos marinhos. “Essa abordagem se mostra particularmente relevante diante da crescente pressão sobre o espaço oceânico por múltiplos setores, como pesca, navegação, conservação e geração de energia”, disse, em nota, o MME. Os interessados podem contribuir até 4 de agosto, nesta página. O MME também fará um webinar para debater o tema na sexta-feira (18/7), às 9h. O evento será transmitido no YouTube da pasta. A metodologia proposta contribui para o cumprimento do novo marco regulatório, de acordo com o MME. Prevê, por exemplo, o estabelecimento da necessidade de definição prévia das áreas para uso no mar, seja a partir de sugestões de interessados ou por definição do poder público. O marco legal das eólicas offshore (Lei nº 15.097/2025) foi sancionado em janeiro deste ano pelo presidente Lula (PT).”
Fonte: Eixos; 14/07/2025
Internacional
Empresas
Índia alcança 50% de participação de fontes não-fósseis na matriz elétrica
“O governo indiano anunciou nesta segunda (14/7) que o país chegou ao marco de 50% de capacidade instalada de eletricidade a partir de fontes não fósseis — cinco anos antes da meta estabelecida em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para o Acordo de Paris. Dos 484,82 GW instalados no país, 48,27% (234 GW) são renováveis, incluindo grandes hidrelétricas e mais 1,81% (8,78 GW) nuclear. A geração térmica fóssil responde pelos outros 49,92% (242 GW). No recorte renovável, 49,38 GW correspondem a grandes hidrelétricas, enquanto 184,62 GW são referentes a fontes como solar, eólica e biomassa. “Este marco significativo reforça o firme compromisso do país com a ação climática e o desenvolvimento sustentável, e sinaliza que a transição da Índia para energia limpa não é apenas real, mas também está acelerando sob a liderança do primeiro-ministro Shri Narendra Modi“, diz uma nota do Ministério de Energias Novas e Renováveis da Índia. A NDC do país também traz como meta chegar a 500 GW de capacidade não fóssil até 2030 e zero emissões líquidas até 2070. Ainda de acordo com o governo indiano, o avanço das renováveis está sendo impulsionado por programas de incentivo ao desenvolvimento de parques solares e a Política Nacional de Energia Híbrida Eólica-Solar. Além disso, o setor da bioenergia, que antes era marginalizado, ganhou relevância tanto para os meios de subsistência rurais como para a geração de energia limpa.”
Fonte: Eixos; 14/07/2025
Coalizão apoiada pelo Google para ajudar a ampliar a remoção de carbono dos oceanos e das rochas
“Uma coalizão apoiada por empresas como Google, Stripe e Shopify investirá US$ 1,7 milhão na compra de créditos de remoção de carbono de três startups, em nome das gigantes de tecnologia, com o objetivo de impulsionar mercados emergentes, informou um executivo à Reuters. Estima-se que o mundo precisará absorver entre 5 e 10 bilhões de toneladas de emissões de carbono por ano até meados do século para cumprir as metas climáticas, mas a maioria das tecnologias disponíveis atualmente ainda opera em pequena escala. A coalizão, chamada Frontier, conta também com o apoio de empresas como H&M Group, JPMorgan Chase e Salesforce, entre outras. O grupo, que agrega a demanda de seus membros, destinará US$ 1,7 milhão para adquirir créditos das empresas americana Karbonetiq, italiana Limenet e canadense pHathom. Ao garantir a compra antecipada, as empresas têm maior capacidade para contratar, captar recursos e implementar suas tecnologias, explicou Hannah Bebbington, chefe de implantação da Frontier. “Isso permite que as empresas demonstrem viabilidade comercial”, afirmou. O apoio da Frontier a essas startups, que buscam armazenar emissões no oceano ou em rochas e resíduos industriais, representa sua quinta rodada de compromissos. Criada em 2022, a Frontier tem como meta investir pelo menos US$ 1 bilhão em créditos de remoção de carbono entre 2022 e 2030. Até o momento, comprometeu US$ 600 milhões, parte por meio de pré-compras e a maior parte por meio de acordos de compra com empresas maiores.”
Fonte: Reuters; 14/07/2025
Política
China informa à UE que nova meta climática será anunciada no outono
“Autoridades chinesas informaram à União Europeia que o país apresentará um novo plano nacional para combater as mudanças climáticas no outono, afirmou a chefe da Comissão Europeia para o Meio Ambiente, Teresa Ribera, na segunda-feira. A China e a UE não cumpriram o prazo de fevereiro para apresentar novas metas nacionais de mudanças climáticas às Nações Unidas, que definem a redução das emissões de gases de efeito estufa até 2035 — metas que serão usadas para avaliar o progresso global na prevenção de níveis desastrosos de aquecimento. Em declarações a jornalistas após conversas com autoridades chinesas em Pequim, Ribera disse que ambos os lados estão trabalhando em suas metas, conhecidas como contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), antes da cúpula climática COP30 da ONU, em novembro. “Eles se comprometeram com uma NDC abrangente, que inclui toda a economia e considera todos os gases de efeito estufa”, afirmou Teresa Ribera, responsável pelas políticas climáticas da UE. “Eles apresentarão sua atualização concreta durante o outono”, acrescentou. O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a pedidos de comentário sobre o cronograma. O presidente Xi Jinping declarou em abril que a China anunciaria sua nova meta antes da COP30, sem especificar uma data.”
Fonte: Reuters; 14/07/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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