Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,0% e 1,1%, respectivamente.
• Do lado das empresas, a Vale informou ontem que assinou um acordo com a fabricante sueca de metálicos GreenIron para desenvolver projetos de descarbonização no Brasil e na Suécia - em nota, a companhia detalhou que o memorando de entendimento (MOU) visa descarbonizar a cadeia de suprimentos de mineração e metais e inclui o desenvolvimento de um estudo de viabilidade para a instalação de uma unidade de redução direta no país.
• Ainda no Brasil, (i) o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram ontem um edital de chamada pública para fomentar planos de transformação de minerais estratégicos com orçamento de R$ 5 bilhões - o objetivo é financiar, via linhas de crédito, recursos não reembolsáveis ou participação acionária em empresas que tenham investimentos (ou planos de investir) no desenvolvimento de cadeias de lítio, terras raras, níquel, grafite e silício, além de abranger a fabricação de componentes como células de baterias; e (ii) de acordo com levantamento da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil chegou ao final de 2024 com o recorde de 173,5 mil veículos elétricos vendidos, aumento de 85% em relação a 2023 - considerando os veículos elétricos plug-in, que incluem os 100% elétricos e os híbridos com recarga externa, eles mantiveram participação de 71% nas vendas de eletrificados no ano passado.
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Brasil
Empresas
Eletrificados encerram 2024 com recorde de emplacamentos no Brasil
"O Brasil chegou ao final de 2024 com o recorde de 173,5 mil veículos elétricos vendidos, aumento de 85% em relação a 2023, de acordo com levantamento da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Quando considerados os 3.828 micro-híbridos recém-lançados no mercado no último trimestre, o número sobe para 177,4 mil unidades. A organização, no entanto questiona o enquadramento deste tipo de veículo entre os eletrificados, já que são equipados com baterias de apenas 12 volts e sem tração elétrica. Excluindo os micro-híbridos, o mês de dezembro também foi de recordes, com quase 19 mil novos eletrificados entrando em circulação. O montante inclui os 100% elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos puros (HEV), híbridos a gasolina/álcool (HEV Flex), e micro-híbridos e mild hybrid (MHEV). No acumulado do ano, o estado de São Paulo lidera o mercado, com 32% das vendas (56,8 mil), seguido pelo Distrito Federal, com 9% (16 mil). Ainda de acordo com a ABVE, o ano de 2024 foi de grande evolução para o mercado de veículos elétricos plug-in, que incluem os BEV 100% elétricos e os PHEV híbridos com recarga externa. De janeiro a dezembro, eles mantiveram participação de 71% nas vendas de eletrificados. Com 125,6 mil unidades emplacadas, o avanço foi de 140% em relação ao mercado de 2023. Desse total, 64 mil eram híbridos (PHEV) e 61,6 mil a bateria (BEV). Na análise da associação, a ampliação da rede de infraestrutura de recarga colaborou para reduzir as incertezas quanto ao uso de veículos elétricos em viagens mais longas."
Fonte: Eixos; 07/01/2025
Shell freia desenvolvimento de eólicas offshore no mundo e pausa projeto de hidrogênio no Brasil
"A Shell Brasil pausou o projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma planta-piloto de hidrogênio verde no Porto do Açu, no Norte fluminense, em meio à interrupção global de novas iniciativas nesse segmento pela companhia fora da Europa. A companhia também está desacelerando os projetos de eólicas offshore no mundo, devido às dificuldades da cadeia de suprimentos. Segundo o CEO da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, o grupo decidiu concentrar os esforços na área de hidrogênio no desenvolvimento de uma planta na Holanda, antes de definir a estratégia global para novos projetos. A iniciativa no Porto do Açu, anunciada em 2022, tinha previsão de entrada em operação em 2025, com um eletrolisador com capacidade de 10 megawatts (MW), abastecido pela energia elétrica da rede. “A estratégia global é: ao invés de sair abrindo cinco, dez, quinze frentes no mundo, concentrar nas frentes que já foram abertas, terminar a construção dessa planta de hidrogênio, botar o negócio para funcionar, aprender com os erros e com os acertos”, disse o CEO em conversa com jornalistas no Rio de Janeiro nesta terça-feira (07/1). O projeto da companhia em curso na Europa prevê a instalação do maior eletrolisador do mundo, com 200 megawatts (MW) de capacidade, no Porto de Roterdã, com capacidade para entregar 60 mil quilos de hidrogênio renovável por dia. A empresa, no entanto, enfrentou dificuldades para fechar contratos de fornecimento de longo prazo, devido aos custos, e optou por usar a produção para descarbonizar as próprias atividades. “Quem está fora do setor acha que é mais fácil desenvolver esses projetos do que a realidade demonstra”, disse Costa."
Fonte: Eixos; 07/01/2025
Projetos de diesel verde e SAF no Brasil dependem do fim de barreiras comerciais, avalia Aprobio
"Na avaliação da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), a implementação de projetos de produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e diesel verde no país vai depender da exportação e da aceitação das matérias-primas, especialmente o óleo de soja, nas especificações internacionais. Para Julio Cesar Minelli, diretor da Aprobio, será fundamental vencer o “protecionismo” imposto por regulamentos como o Corsia, da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, em inglês), que restringe os combustíveis elegíveis para descarbonização da aviação. A tabela da Icao determina valores-padrão para as emissões de SAF produzidos mundo afora, mas é alvo de questionamentos quanto à adequação das metodologias à produção de biomassa fora da Europa. “O desafio do SAF não é ter disponibilidade de matéria-prima. É ter disponibilidade de matéria-prima certificada, aceita pelo Corsia, para a gente poder ter acesso à demanda internacional, que acaba justificando os investimentos no Brasil”, afirma Minelli em entrevista à agência eixos. Embora existam diferentes rotas de produção de SAF, no Brasil, uma das vias com maior potencial é a que utiliza óleos vegetais, em especial da soja, para produção do biocombustível. Contudo, há um debate internacional sobre a efetividade dos biocombustíveis no combate às mudanças climáticas, uma vez que eles têm origem na agricultura e esta atividade pode ter impactos nas emissões de gases de efeito estufa."
Fonte: Eixos; 07/01/2025
Assaí reduz em 38% a conta de água com projeto de eficiência hídrica da W-Energy
"Em tempos de escassez hídrica, reduzir o consumo e o desperdício pode ser um diferencial do negócio. Em 2024, a rede atacadista Assaí economizou 373 milhões de litros de água ao ao implantar tecnologias de eficiência hídrica desenvolvidas pela W-Energy e garantiu uma redução de 38% na conta mensal. A economia representa o equivalente a 150 piscinas olímpicas por ano. O projeto começou em 2021 e já contempla 130 unidades do Assaí com dispositivos que reduzem em até 96% o consumo de água em torneiras, chuveiros e sanitários. São eles: arejadores de vazão de água, reguladores de vazão, atomizadores, jet sprays, duchas ecológicas, pulverizadores e dual flushs, manual e infravermelho, todos importados da Alemanha, EUA e China e que reduzem o desperdício sem prejudicar a eficiência. Os equipamentos sustentáveis são populares em regiões onde a economia de água é prioridade, segundo a W-Energy. Wagner Cunha Carvalho, CEO da empresa, afirma que a solução é capaz de economizar até 10 litros de água por minuto. “Essas tecnologias permitem a redução significativa do consumo, ajudando empresas e a sociedade a enfrentar os desafios da gestão hídrica. Além de ajudar o meio ambiente, alivia o bolso dos consumidores e contribui para reinvestirem em outros setores que precisam de atenção”, disse em nota. O gerente de projetos do Assaí, Lucas Attademo, destaca que a iniciativa está alinhada à estratégia de sustentabilidade da rede. “A parceria está sendo fundamental no uso consciente dos nossos recursos", destacou."
Fonte: Exame; 07/01/2025
A estratégia da SLC Agrícola para atingir 99% de reciclabilidade nas fazendas
"Desde 2021, a SLC Agrícola, produtora de commodities da agricultura, conta com um projeto de economia circular para evitar a destinação de resíduos a aterros sanitários. Além de evitar o desperdício de produtos, a iniciativa é considerada pela companhia como uma forma de aumentar a eficiência e otimização dos seus recursos. A meta é que até 2028 a companhia zere o volume de resíduos enviados para aterros. Para atingir esse objetivo, a SLC conta com iniciativas de compostagem do lixo orgânico derivado das atividades agrícolas, como restos de alimentos, esterco de animais e resíduos da poda. Os materiais passam por um tratamento, e posteriormente se tornam um fertilizante orgânico para as lavouras. A Fazenda Pamplona, propriedade da empresa em Cristalina (GO), foi a primeira unidade da SLC Agrícola a adotar a prática, aumentando o seu índice de reciclabilidade de 29% para 99,8%. Para o diretor de sustentabilidade da companhia, Álvaro Dilli, a circularidade é o caminho certo para alavancar a agenda de sustentabilidade da SLC Agrícola. “Ao realizar a melhor separação e destinação dos resíduos dentro das nossas unidades, aumentaremos a vida útil destes materiais, que anteriormente eram apenas resíduos”, explica. De acordo com Dilli, a estratégia ajuda a companhia a alinhar o crescimento econômico do negócio com a sustentabilidade ambiental e o bem-estar social. Outras unidades da SLC Agrícola também passaram a implementar a iniciativa de reciclagem e compostagem a partir do sucesso na Fazenda Pamplona, como locais no Piauí, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais."
Fonte: Exame; 07/01/2025
É 'interessante' o movimento da Petrobras de retornar ao mercado de etanol, diz presidente da Shell
"O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, classificou como “interessante” o movimento da Petrobras de retornar ao mercado de etanol. Segundo ele, em entrevista coletiva sobre perspectivas da Shell para 2025, a estatal reconheceu, com o movimento anunciado, que estava ausente do segmento, dada a potencialidade deste mercado, especialmente com as regras do programa Combustível do Futuro. Costa afirmou que a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tem usado a expressão “apostar mais na molécula do que no elétron”, como exemplo do reconhecimento da ausência do segmento. Os biocombustíveis são exemplo de “molécula”, enquanto projetos de geração de energia elétrica (os “eletrons”) vêm perdendo prioridade na petroleira. Costa afirmou também que a Shell, no momento, não tem conversas com a Petrobras para entrar no segmento – a empresa é parceira da Cosan na joint-venture Raízen. O executivo destacou também que está se preparando para atender às regras do Combustível do Futuro, especialmente no cumprimento do percentual de 1% de biometano adicionado ao gás natural, a partir de 2026, para possíveis aquisições. Essas conversas, destacou, não necessariamente passariam pela Raízen, parceira da Shell."
Fonte: Valor Econômico; 07/01/2025
Atlas vai captar R$ 500 milhões com debêntures para complexo solar em MG
"A empresa de energia Atlas Renewable Energy iniciou uma oferta de debêntures para captar R$ 500 milhões. Os recursos serão usados para investimentos no Complexo Solar Luiz Carlos, localizado em Paracatu (MG). Os papéis vencem em três anos e a remuneração ainda será definida. O plano da companhia de energia é pagar, no máximo, o equivalente a DI mais 2,55% ao ano. A oferta, coordenada pelo Itaú BBA, deve ser concluída ainda nesta semana. Em agosto do ano passado, a companhia captou R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 750 milhões foram em debêntures incentivadas e R$ 720 milhões em notas comerciais, para a construção do complexo solar. As operações também foram estruturadas pelo Itaú BBA. O projeto, que começará a operar no fim de 2025, terá capacidade instalada de 787 MWp, com uma geração de 1.594 GWh ao ano, o equivalente ao fornecimento de energia para mais de 870 mil residências."
Fonte: Valor Econômico; 07/01/2025
Vale fecha acordo com companhia sueca para projetos de descarbonização
"A Vale informou, nesta terça-feira (7), que assinou um acordo com a fabricante de metálicos sueca GreenIron para desenvolver projetos de descarbonização no Brasil e na Suécia. O memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) busca descarbonizar a cadeia de suprimentos de mineração e metais, de acordo com a Vale, em nota. As duas empresas desenvolverão estudo de viabilidade para uma instalação de redução direta no Brasil, a ser operada pela GreenIron. O acordo também contempla o fornecimento de minério de ferro da Vale para as operações comerciais da GreenIron em Sandviken, na Suécia. O estudo de viabilidade para uma unidade no Brasil inclui a escolha de um local para o projeto e a avaliação de opções de energia renovável e fornecimento de recursos, como hidrogênio verde e outras formas para reduzir o impacto ambiental de operações futuras. A fabricante de metálicos sueca utiliza tecnologia própria patenteada para reduzir óxidos metálicos a metais puros. A companhia usa hidrogênio como base do processo e tem a água como único produto residual. Vale e GreenIron têm trabalhado nos últimos dois anos em testes para uso de pelotas de minério de ferro produzidas pela mineradora brasileira nas instalações da companhia sueca, segundo a brasileira. O acordo anunciado nesta terça contempla testes futuros com briquetes de minério de ferro, produto desenvolvido pela Vale que emite menos gás carbônico do que as pelotas. Conforme a Vale, a tecnologia da GreenIron é flexível em termos de matéria-prima e capacidade adaptada aos clientes."
Fonte: Valor Econômico; 07/01/2025
Gabriela Bertol deixa comando da área de sustentabilidade do Santander
"A executiva Gabriela Bertol deixou o comando da área de sustentabilidade do Santander Brasil, onde estava havia quase dois anos. Segundo o Valor apurou, a área passou por uma reformulação e parte de suas atribuições será assumida por Leonardo Fleck, que tem três anos de casa e estava mais focado em inovação sustentável. “Encerro meu ciclo no Banco Santander Brasil muito realizada. Foi um período intenso e transformador, repleto de entregas, construções, reconstruções e muita evolução”, escreveu Bertol no LinkedIn. “Assumir a liderança de um time com mais de 22 anos de história, referência no mercado, foi um grande desafio e uma enorme responsabilidade. Respeitando esse legado, evoluímos de forma acelerada, com foco estratégico, colaboração, organização, resiliência e dinamismo”, completou. No mês passado, o Santander anunciou a saída de quatro diretores-executivos: Adriana Almeida, Murilo Riedel, Rogério Panca e Sandro Gamba. Na ocasião, o banco informou que a saída dos diretores vinha sendo preparada em conjunto com os executivos já há alguns meses. E afirmou que as movimentações estão alinhadas com a evolução natural do negócio e foram planejadas dentro dos planos recorrentes de sucessão."
Fonte: Valor Econômico; 07/01/2025
ANP vai autuar 61 distribuidoras de combustíveis pelo descumprimento de meta de CBios
"A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou nesta terça-feira que vai autuar 61 distribuidoras de combustíveis pelo descumprimento de metas de Créditos de Descarbonização (CBios) em 2024. O número de distribuidoras que descumpriram os objetivos de descabonização no Brasil representa mais de 37% das 163 empresas com metas estabelecidas em 2024. O índice de empresas que não cumpriram seus objetivos foi apurado após muitas distribuidoras buscarem a Justiça no ano passado para contestar suas obrigações de CBios, com muitos processos resultando em liminares favoráveis. Os CBios permitem que as distribuidoras que vendem combustíveis fósseis compensem as emissões de gases causadores do efeito estufa por meio da compra dos créditos, conforme definido pelo programa federal RenovaBio. Os CBios, que representam a emissão evitada de uma tonelada de carbono equivalente por cada crédito, são emitidos por produtores de biocombustíveis. O não pagamento das multas aplicadas pelo descumprimento de metas de CBios implica na inscrição dos distribuidores inadimplentes no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), o que tem resultado na revogação da autorização desses distribuidores, segundo a ANP. Ainda segundo a agência reguladora, 97 distribuidoras cumpriram integralmente a meta compulsória individual de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa no ano passado, via aposentadoria de CBios. As metas individuais são estabelecidas com base nas vendas de combustíveis pelas distribuidoras."
Fonte: Reuters; 07/01/2025
BYD trouxe centenas de trabalhadores chineses para o Brasil com vistos irregulares, diz inspetor
"A fabricante de veículos elétricos BYD trouxe centenas de trabalhadores chineses com vistos irregulares para construir uma fábrica no Brasil, disse um importante inspetor do trabalho à Reuters na terça-feira, acrescentando que a empresa se comprometeu a cumprir as leis trabalhistas locais para os trabalhadores que permanecem no país. Um total de 163 desses trabalhadores, contratados pela Jinjiang, empreiteira da BYD, foram encontrados no mês passado trabalhando no que as autoridades brasileiras disseram ser “condições análogas à escravidão”. Os 163 trabalhadores que foram resgatados pelas autoridades trabalhistas em dezembro estão deixando ou já deixaram o Brasil, disse Liane Durao, que liderou a investigação anunciada no final de dezembro pelas autoridades trabalhistas do estado da Bahia. “Tudo isso foi irregular”, disse Durao, acrescentando que a BYD seria multada por cada trabalhador encontrado nessa situação, sem entrar em detalhes sobre o valor total a ser pago. Durao é inspetora do trabalho em uma equipe que monitora a segurança no local de trabalho para o Ministério do Trabalho do Brasil. Ela disse que a empresa concordou em ajustar as condições das centenas de trabalhadores que permanecerão no país para cumprir as leis trabalhistas brasileiras. Cerca de 500 trabalhadores chineses foram trazidos para trabalhar na fábrica brasileira, disse ela. A BYD e a Jinjiang não responderam imediatamente a um pedido de comentário. A BYD já havia dito anteriormente que cortou relações com a Jinjiang, que contesta as acusações das autoridades brasileiras. Uma pessoa próxima à BYD disse à Reuters que a empresa chinesa acredita que os vistos foram emitidos corretamente e que todos os funcionários vieram voluntariamente para trabalhar no Brasil."
Fonte: Reuters; 08/01/2025
Política
Lula sanciona projeto que estimula produção de frutos do Cerrado
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou um projeto de lei que estimula produção e uso de frutos do Cerrado, em especial o pequi, além de dar mais eficiência ao combate ao desmatamento deste bioma. O anúncio foi feito nas redes sociais do presidente e do autor do projeto, o deputado Rogério Correia (PT-MG). “Sancionei o Projeto de Lei 1970/2019, que vai organizar e estimular a produção do pequi e demais frutos do Cerrado. A lei também proíbe a derrubada predatória e estimula a plantação de mudas desse bioma”, escreveu Lula. Segundo o petista, não se trata de um projeto que beneficiará apenas quem gosta de comer pequi. Além de ajudar a preservar o meio ambiente, ajudará principalmente quem tem esses frutos como fonte de renda e modo de vida. “Muita gente não conhece o pequi e pode se perguntar ‘por que o Lula tem que se preocupar com o pequi?’. Eu respondo: às vezes o que não é importante para quem mora na Paulista ou na Avenida Atlântica pode ser a coisa mais importante para quem vive no Cerrado brasileiro”, afirmou o presidente. Aprovado em dezembro no Senado, o projeto proíbe a derrubada e o uso predatório de pequizeiros, mas cria exceções a serem observadas por órgão competente. O texto estabelece políticas de manejo para a fruta com o objetivo de incentivar a preservação de áreas com presença de pequizeiro e de outros produtos nativos do Cerrado. Além disso, cria mecanismos para a identificação de comunidades tradicionais de produtores. A legislação também prevê formas de viabilizar eventos culturais que estimulem o turismo e o comércio desses produtos."
Fonte: InfoMoney; 07/01/2025
BNDES e Finep lançam edital de R$ 5 bilhões para financiar projetos com minerais estratégicos
"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram nesta terça (7) um edital de chamada pública para fomentar planos de transformação de minerais estratégicos com orçamento de R$ 5 bilhões. O objetivo é financiar via linhas de crédito, recursos não reembolsáveis ou participação acionária em empresas com investimentos ou plano de investir no desenvolvimento de cadeias de lítio, terras raras, níquel, grafite e silício. O programa também abrange a fabricação de componentes, como células de baterias, células fotovoltaicas e imãs permanentes, além de plantas em escala industrial ou plantas-piloto, pesquisas e estudos necessários para a viabilização dos projetos. Segundo o BNDES, a chamada tem potencial de alavancar investimentos em um volume de cinco a dez vezes o orçamento disponibilizado nos próximos anos. De acordo com o banco, o território brasileiro concentra a maior reserva e maior produção mundial de nióbio, a segunda maior reserva de grafite natural e as terceiras maiores reserva de níquel, terras raras e produção de silício. O país, afirma o BNDES, também é responsável pela quinta maior produção de lítio do mundo. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que a chamada pública deve mobilizar atores de diferentes elos das cadeias produtivas dependentes desses minerais. “Mineradores e detentores de tecnologias e experiência em materiais transformados e componentes manufaturados dentro e fora do país poderão constituir parcerias e contar com as melhores opções de financiamento às indústrias no Brasil”, disse em nota."
Fonte: Valor Econômico; 07/01/2025
Internacional
Empresas
JPMorgan se torna o mais recente credor dos EUA a sair da Net-Zero Banking Alliance
"O JPMorgan disse na terça-feira que estava deixando a Net-Zero Banking Alliance, o mais recente credor dos EUA a deixar a maior coalizão climática do setor em meio à crescente pressão política dos EUA. Com a medida, os seis maiores bancos da maior economia do mundo - Goldman Sachs, Wells Fargo, Citi, Bank of America, Morgan Stanley e agora o JPMorgan - deixaram o grupo no espaço de um mês. O JPMorgan não deu nenhuma razão clara para deixar a iniciativa, mas isso ocorre após meses de pressão de alguns políticos republicanos que disseram que a participação em tais coalizões poderia violar as regras antitruste. “Continuaremos a trabalhar de forma independente para promover os interesses de nossa empresa, de nossos acionistas e de nossos clientes, e permaneceremos focados em soluções pragmáticas para ajudar a promover tecnologias de baixo carbono e, ao mesmo tempo, promover a segurança energética”, disse um porta-voz da empresa em um comunicado. “Também continuaremos a apoiar as necessidades bancárias e de investimento de nossos clientes que estão envolvidos na transição energética e na descarbonização de diferentes setores da economia.”"
Fonte: Reuters; 07/01/2025
Resolução climática de acionistas desafia “desconexão” na estratégia de GNL da Shell
"Os planos da Shell de aumentar as vendas de gás natural liquefeito (GNL) foram questionados por um importante grupo de acionistas que apresentou uma resolução perguntando se a estratégia é compatível com a meta de reduzir as emissões de carbono. A Shell é a maior negociadora de GNL do mundo e o CEO Wael Sawan está apostando no aumento da demanda, mas analistas e ativistas climáticos levantaram preocupações sobre as implicações para as metas climáticas. Os acionistas, incluindo a Brunel Pension Partnership, o Greater Manchester Pension Fund e o Merseyside Pension Fund, com ativos combinados de US$ 86 bilhões, solicitaram à Shell que fornecesse mais informações sobre como suas premissas de crescimento são compatíveis com a demanda global de energia e seus planos de ser zero líquido até 2050. A perspectiva de demanda da Shell é maior do que todos os cenários publicados pela Agência Internacional de Energia e não foi revisada de forma significativa, apesar das grandes mudanças no mercado global de energia, disse o grupo de investidores. A projeção é de que o GNL represente 30% da produção de hidrocarbonetos da Shell em 2030, enquanto sua perspectiva de demanda é 301% maior do que o cenário de emissões líquidas zero até 2050 da AIE. Isso levanta questões de governança e riscos financeiros para os investidores, disse Sarah Brewin, estrategista de empresas do Australasian Centre for Corporate Responsibility, co-fundadora da resolução. Vaishnavi Ravishankar, chefe de administração da Brunel Pension Partnership, disse que o grupo está “profundamente preocupado com a aparente desconexão” entre as estratégias de GNL e clima da Shell."
Fonte: Reuters; 07/01/2025
"A montadora francesa Renault está comprometida com o cumprimento das regras mais rígidas da União Europeia sobre emissões de CO2 este ano, mas acredita que o agrupamento das emissões das montadoras poderia enfraquecer o setor automotivo europeu. A UE reduziu significativamente seu limite de emissões de dióxido de carbono automotivo a partir de 1º de janeiro, o que significa que pelo menos um quinto de todas as vendas da maioria das montadoras deve ser de veículos elétricos para evitar multas pesadas. As empresas com vendas mais baixas de veículos elétricos podem “agrupar” suas emissões com as líderes do segmento, porém comprando créditos de emissões de outros fabricantes para reduzir suas médias gerais e economizar centenas de milhões de euros em multas. Os registros da UE na terça-feira mostraram que empresas como Stellantis, Mercedes e Toyota estão planejando comprar créditos de carbono de produtores como Tesla e Polestar. A Renault disse que era muito cedo para dizer se também reuniria as emissões, mas acrescentou que a medida seria prejudicial para o setor. Em vez disso, ela vem pedindo a Bruxelas que flexibilize as regulamentações. “Sem uma posição clara da Comissão Europeia, os fabricantes são forçados a tomar decisões contraproducentes, como a compra de créditos de concorrentes, possíveis cortes de produção, etc. Isso leva ao enfraquecimento do mercado de automóveis. Isso leva ao enfraquecimento do setor europeu”, disse a empresa em um comunicado à Reuters. Ela acrescentou que está pedindo urgentemente mais clareza sobre o assunto."
Fonte: Reuters; 08/01/2025
Política
Trump anuncia investimento de US$ 20 bilhões em data centers nos EUA
"O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira um novo investimento de 20 bilhões de dólares para construir data centers nos Estados Unidos. Em uma coletiva de imprensa em sua casa em Palm Beach, Flórida, Trump disse que o investidor é o bilionário dos Emirados Árabes Unidos Hussain Sajwani, chairman da DAMAC Properties. Trump apresentou Hussain Sajwani, chairman da DAMAC Properties, como “um dos líderes empresariais mais respeitados do Oriente Médio, na verdade, do mundo”. As grandes empresas de tecnologia correram no último ano para instalar data centers essenciais para alimentar aplicativos de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT da OpenAI e o Google Gemini, que exigem imenso poder de computação. A Microsoft disse na semana passada que gastaria cerca de 80 bilhões de dólares neste ano fiscal para aumentar sua capacidade de IA. No geral, os gastos globais com aquisição e instalação de sistemas mecânicos e elétricos para data centers provavelmente ultrapassarão 250 bilhões de dólares até 2030, segundo estimativas da McKinsey."
Fonte: InfoMoney; 07/01/2025
"O Banco Europeu de Investimento (BEI) teme um “desastre reputacional” este ano caso a União Europeia (UE) aplique regras de relatórios que comprometam suas credenciais ambientais, de acordo com e-mails internos vazados e divulgados nesta terça-feira (7) pelo “Financial Times” (FT). A instituição financeira se autodenomina "o banco do clima" e, desde 2021, eliminou gradualmente todos os investimentos em combustíveis fósseis de sua carteira de empréstimos, que ultrapassa 500 bilhões de euros. No entanto, o e-mail confidencial enviado pelo chefe de operações do BEI, Jean-Christophe Laloux, alertou para um “grande risco reputacional” para o banco devido às novas regras de relatórios sustentáveis da UE, que este ano exigem uma taxonomia classificando investimentos verdes. As reformas obrigariam o banco a declarar um "Índice de Ativos Verdes" — um padrão da UE que reflete a proporção de ativos considerados favoráveis ao clima — de “cerca de 1%”, em comparação com o atual “Índice de Ação Climática” do BEI, baseado em métricas internas, que está “acima de 50%”. O trabalho para cumprir as regras da UE foi considerado “inaceitável”, segundo o e-mail, “porque nos levará a um desastre reputacional”. “Devemos adiar o cronograma de conformidade e trabalhar para informar à Comissão Europeia exatamente o que precisa ser alterado na regulamentação para que a taxonomia seja viável para um banco voltado ao uso de recursos como o BEI, o que não é o caso atualmente, e entender claramente o impacto sobre os clientes”, escreveu Laloux."
Fonte: Valor Econômico; 07/01/2025
Trump diz que revogará imediatamente a proibição de Biden de perfuração offshore
"O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na terça-feira que agirá rapidamente para revogar uma proibição de perfuração de petróleo e gás em alto-mar anunciada pelo presidente democrata Joe Biden, que está deixando o cargo. “A proibição da perfuração offshore não será mantida. Vou reverter isso imediatamente”, disse Trump em uma coletiva de imprensa. Ele acrescentou: “Revogarei a proibição de perfuração de petróleo e gás em alto-mar em vastas áreas no primeiro dia”. O republicano Trump assume o cargo em 20 de janeiro, mas pode ter dificuldade em reverter a ordem de Biden de retirar 625 milhões de acres (253 milhões de hectares) do oceano de novos empreendimentos offshore de petróleo e gás. A Lei de Terras da Plataforma Continental Externa, de 70 anos, permite que os presidentes retirem áreas do leasing e da perfuração de minerais, mas não lhes concede a autoridade legal para anular proibições anteriores, de acordo com uma decisão judicial de 2019 - o que significa que uma reversão provavelmente exigiria um ato do Congresso. Trump disse que levaria o assunto ao tribunal, se necessário. Trump também disse que seu governo abriria o desenvolvimento de petróleo e gás no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico e procuraria bloquear novos projetos eólicos. “Vamos tentar ter uma política em que nenhum moinho de vento esteja sendo construído”, disse Trump."
Fonte: Reuters; 07/01/2025
Equipe de Biden conclui orientação sobre crédito para energia limpa expandida
"Na terça-feira, o governo Biden divulgou orientações para ajudar as empresas a garantir créditos fiscais de energia limpa nos termos da Lei de Redução da Inflação de 2022, finalizando um programa para estender os subsídios há muito tempo disponíveis para energia eólica e solar a outras fontes de baixo carbono. A medida faz parte das ações do presidente que está deixando o cargo, Joe Biden, com o objetivo de reforçar os esforços mais amplos de seu governo para combater as mudanças climáticas. Eles podem se mostrar vulneráveis quando o presidente eleito Donald Trump assumir o cargo no final deste mês em uma plataforma de corte de gastos e maximização da produção de combustíveis fósseis. Trump disse que vai cortar o IRA, a lei climática assinada por Biden, para economizar centenas de bilhões de dólares do orçamento dos EUA, embora para isso seja necessário o apoio do Congresso. As autoridades dos EUA que anunciaram a orientação de terça-feira disseram que o programa de energia limpa neutra em termos de tecnologia do IRA oferece até 30% de créditos fiscais para a produção e investimentos em energia favorável ao clima - uma vantagem que está disponível para projetos solares e eólicos há anos. O programa identifica tecnologias adicionais que podem ser elegíveis, incluindo energia marinha e hidrocinética, fissão e fusão nuclear, energia hidrelétrica, geotérmica e algumas formas de recuperação de energia residual."
Fonte: Reuters; 07/01/2025
UE alerta sobre “sério golpe” de Trump em relação às mudanças climáticas
"Os esforços globais para enfrentar as mudanças climáticas sofrerão um duro golpe se o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, retirar novamente o país do Acordo de Paris, alertou o chefe da política de mudanças climáticas da UE. A equipe de transição de Trump preparou ordens executivas para retirar os Estados Unidos - atualmente o segundo maior poluidor do mundo, depois da China - do principal tratado global sobre mudanças climáticas, de acordo com fontes da equipe. “Se isso acontecesse, seria um duro golpe para a diplomacia climática internacional”, disse o comissário climático da UE, Wopke Hoekstra, em uma entrevista à Reuters. Outra saída dos EUA do Acordo de Paris exigiria que outros países “dobrassem a diplomacia climática” em resposta, disse ele. “Não há alternativa para garantir que, no final, todos participem, porque a mudança climática é indiscriminada”, disse Hoekstra sobre as negociações climáticas da ONU. “Esse é realmente um problema que o mundo precisa resolver em conjunto.” O Acordo de Paris é a peça central das negociações climáticas das Nações Unidas, nas quais quase 200 países discutem medidas para reduzir as emissões e o financiamento para pagar por esses esforços. Os EUA têm desempenhado um papel central nas negociações, inclusive trabalhando com a China - o maior poluidor e a segunda maior economia do mundo - para estabelecer as bases para os recentes acordos climáticos globais. Espera-se uma reviravolta com Trump, que retorna à Casa Branca em 20 de janeiro. Ele chamou a mudança climática de farsa e se retirou do Acordo de Paris durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021."
Fonte: Reuters; 08/01/2025
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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