Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território neutro, com o IBOV (+0,02%) e o ISE (-0,01%) andando de lado.
• Do lado das empresas, (i) a Eletrobras, a alemã SEFE (Securing Energy for Europe) e a EnerTech, empresa soberana do Kuwait, firmaram um acordo para estudar a produção de hidrogênio verde no Brasil, com destino ao mercado alemão e europeu a partir de 2030 - o acordo foi assinado nesta quarta (13/11) em Berlim e prevê o desenvolvimento de uma planta no Brasil, utilizando energia gerada pelas hidrelétricas da Eletrobras; e (ii) a Petrobras assinou ontem um protocolo de intenções com o BNDES se tornando a primeira companhia a aderir ao projeto Restaura Amazônia, que busca o reflorestamento da floresta amazônica – segundo Teresa Campello, diretora socioambiental do BNDES, a empresa colocará R$50 milhões na iniciativa, que terá outros R$50 milhões do Fundo Amazônia, aplicados no lançamento do primeiro edital do programa.
• Na política, o Senado aprovou ontem o texto-base do projeto de lei que cria o mercado de carbono e autoriza a União a estabelecer limites para a emissão de gases de efeito estufa no país – segundo o Ministério da Fazenda, o mercado regulado, previsto para funcionar plenamente em 2030, tem potencial de impulsionar o PIB brasileiro em 5,8% até 2040.
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Brasil
Empresas
Eletrobras estuda produção de hidrogênio verde com empresa do Kuwait para atender mercado alemão
"A Eletrobras, a alemã SEFE (Securing Energy for Europe) e a EnerTech, empresa soberana do Kuwait, firmaram um acordo para estudar a produção de até 200 mil toneladas de hidrogênio verde no Brasil, com destino ao mercado alemão e europeu a partir de 2030. O Acordo de Estudo Conjunto (JSA, em inglês), assinado nesta quarta (13/11) em Berlim, na Alemanha, prevê o desenvolvimento de uma planta no Brasil, utilizando energia gerada pelas hidrelétricas da Eletrobras. Segundo o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, a parceria está alinhada com a estratégia da empresa de ampliar a oferta de soluções renováveis. “Esta assinatura simboliza o investimento em uma tecnologia que enxergamos como fundamental para o futuro: o hidrogênio verde”, afirmou Monteiro. A EnerTech será responsável pela infraestrutura de produção, enquanto a SEFE ficará a cargo da comercialização e transporte do hidrogênio em forma de amônia para a Alemanha — que espera ter sua até 70% da sua demanda por hidrogênio atendida por importações. De lá, o produto será distribuído para sua base de clientes em toda a Europa através de uma infraestrutura dedicada. O projeto é a primeira colaboração da SEFE com um parceiro na América do Sul. “Esta é nossa primeira parceria na região para o desenvolvimento sustentável e o fornecimento de energia. Ao adicionar esses suprimentos ao nosso portfólio, reafirmamos nossa ambição de garantir o abastecimento de energia para a Europa e liderar a transição energética”, declarou Egbert Laege, CEO da empresa alemã."
Fonte: Eixos; 13/11/2024
Nestlé inicia uso de biometano e prepara conversão de mais três fábricas para o gás renovável
"A Nestlé iniciou este mês o uso de biometano em sua fábrica em Araçatuba (SP) e se prepara para converter mais três unidades para o gás renovável até 2026. A companhia de alimentos começou a utilizar o biocombustível para gerar ar quente no processo de produção de leite em pó na unidade de paulista. A Ultragaz é a fornecedora da planta. A próxima fábrica a operar com o gás renovável será a de Caçapava (SP), a segunda maior em volume de produção de chocolates da Nestlé no mundo. A substituição do gás natural pelo biometano será concluída em 2025. Nesse caso, a fornecedora é a Gás Verde. Até 2026, o plano é converter as unidades de Ituiutaba e Ibiá, no Triângulo Mineiro, a partir da substituição de gás liquefeito de petróleo (GLP) em câmaras, fornos e caldeiras. A Nestlé tem acordo de suprimento com a Ultragaz. A inserção do biometano na matriz energética faz parte da meta da companhia de reduzir suas emissões de CO2 em 50% até 2030 e de se tornar net zero em 2050. Em mais um passo dentro dessa estratégia, a Nestlé firmou este ano uma parceria com a Enel para criação de três consórcios de autoprodução de energia eólica para abastecer cinco fábricas da companhia em São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. As usinas, localizadas no complexo Cumaru, no Rio Grande do Norte, foram construídas e são operadas pela Enel Green Power, divisão de geração renovável do Grupo Enel."
Fonte: Eixos; 13/11/2024
Redução da produção de petróleo deve começar pelos menos eficientes em custo e emissões
"Estudo inédito feito pela consultoria Catavento, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (iCS) e o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), propõe uma abordagem multicritério para avaliar a continuidade da exploração de petróleo e gás no cenário de transição energética. A análise sugere que o abandono das atividades de extração não deve ser guiado apenas pela renda dos países, mas sim por fatores como competitividade de custo, pegada de carbono e segurança energética. Clarissa Lins, CEO da Catavento e ex-presidente do IBP, destaca que, mesmo com a meta global de reduzir as emissões de carbono, ainda haverá uma demanda significativa por petróleo e gás até 2050. Nos cenários analisados, essa demanda pode variar de 25 a 70 milhões de barris por dia, dependendo da intensidade dos esforços de descarbonização. Considerando um abandono gradual do petróleo, “o mundo deveria consumir o óleo que seja mais custo-competitivo, com menor break-even e menor intensidade de emissões”, aponta Lins. Nesse contexto, países ricos como Noruega e Estados Unidos, e grandes produtores como Arábia Saudita, Emirados Árabes, além do Brasil, teriam vantagens competitivas e poderiam ter um prazo maior para exploração de novas reservas. É um contraponto ao debate global que defende que essa permissão para seguir explorando óleo e gás deveria privilegiar países de renda baixa, sob a justificativa que isso poderia desenvolver suas economias. É um contraponto ao debate global que defende que essa permissão para seguir explorando óleo e gás deveria privilegiar países de renda baixa, sob a justificativa que isso poderia desenvolver suas economias."
Fonte: Eixos; 13/11/2024
Petrobras é 1ª empresa a aderir ao projeto Restaura Amazônia
"A Petrobras foi a primeira empresa a aderir ao projeto Restaura Amazônia, de reflorestamento da floresta amazônica, ao assinar protocolo de intenções com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Inicialmente, a empresa colocará R$ 50 milhões na iniciativa, que terá outros R$ 50 milhões do Fundo Amazônia, aplicados no lançamento do primeiro edital do programa, disse a diretora socioambiental do BNDES, Teresa Campello. Segundo ela, em entrevista coletiva sobre a adesão da Petrobras ao Restaura Amazônia, na sede do BNDES, nesta quarta-feira (13), em duas semanas, será publicado o primeiro edital para restauração de arco da Amazônia. O banco está à frente do projeto Restaura Amazônia, que terá R$ 450 milhões de recursos do Fundo Amazônia e mais R$ 550 milhões do Fundo Clima, totalizando R$ 1 bilhão."
Fonte: Valor Econômico; 13/11/2024
Desenvolvimento não é incompatível com preservação ambiental, diz presidente da Petrobras
"A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse, nesta quarta-feira (13), que o desenvolvimento do país, que inclui a exploração e produção de petróleo e gás, não é incompatível nem incongruente com a preservação ambiental e o respeito ao clima. Segundo ela, em entrevista coletiva sobre a adesão da Petrobras ao projeto Restaura Amazônia, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a empresa atua na Amazônia desde a década de 1980, na base de Urucu, no Amazonas, que tem "reconhecimento internacional" pela atuação na exploração e produção de petróleo em floresta. Sentada ao lado da diretora do departamento de florestas do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA), Fabíola Zerbini, a presidente da Petrobras pediu que as pessoas "não estranhassem" ver a companhia e o ministério lado ao lado. Chambriard disse que a estatal "zela pelo clima" e listou uma série de ações socioambientais que a empresa patrocina. Segundo a executiva, a exploração de petróleo e o clima não devem ser questões incongruentes. "Estamos na mesma linha, agindo em conjunto e em prol do desenvolvimento do país", disse Chambriard. "Vamos continuar investindo, conservando, reflorestando", acrescentou. A executiva disse, ainda, não ficar frustrada nem incomodada pelo fato da licença para perfuração de um poço na Foz do Amazonas não ter sido emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Chambriard destacou que a Petrobras vai continuar se aprimorando para explicar por que a exploração da área é viável e necessária."
Fonte: Valor Econômico; 13/11/2024
Política
Senado aprova PL que cria mercado de carbono; Fazenda estima PIB 5,8% maior até 2040
"O Senado aprovou nesta quarta-feira (13) o texto-base do projeto de lei que cria o mercado de carbono e autoriza a União a estabelecer limites para a emissão de gases de efeito estufa no país. O objetivo é obrigar empresas que poluírem acima de determinado patamar a pagar por isso, incentivando uma virada sustentável na economia. O projeto ganhou prioridade nas últimas semanas para o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vê potencial de ganhos para o PIB (Produto Interno Bruto) e tentou acelerar a tramitação enviando ministros para negociar com parlamentares. O Executivo planeja apresentar o texto à comunidade internacional na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP 29), que começou nesta semana em Baku (no Azerbaijão) e vai até o dia 22 de novembro. A previsão do Ministério da Fazenda é que o mercado esteja funcionando plenamente em 2030 e que, desse ano até 2040, o PIB brasileiro seja impulsionado em 5,8% no período acumulado. Para 2050, a projeção é de 8,5% no tempo agregado. A pasta afirma que o mercado de carbono no Brasil tem potencial para cortar 100 milhões de toneladas anuais de emissões de CO2 equivalente em 2040, de acordo com dados do Banco Mundial. Em 2050, o número subiria para 130 milhões. O texto aprovado cria regras para o mercado, a ser chamado de Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), e será aplicado a atividades que produzem anualmente acima de 10 mil tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente). Quem não estiver obrigado a participar da comercialização, como a agricultura, pode participar de forma voluntária."
Fonte: Folha de São Paulo; 13/11/2024
COP29: Brasil entrega nova meta climática à ONU mas enfrenta críticas sobre ambição e coerência
"O governo brasileiro entregou oficialmente a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil à ONU, durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão. Nela estão contidos os compromissos que o país pretende adotar para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), atendendo ao Acordo de Paris de combate à emergência climática. Em sua nova NDC, o país estabelece a meta de reduzir as emissões líquidas de GEE entre 59% e 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005, com o objetivo específico de redução até alcançar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente em emissões, em termos absolutos. Segundo o governo, essa meta está alinhada ao Acordo de Paris, embora haja uma margem de variação dependendo de fatores econômicos, tecnológicos e de cooperação internacional. Além disso, o Brasil desenvolverá planos setoriais de mitigação até 2025, que estabelecerão metas específicas para cada setor da economia, visando a neutralidade climática até 2050. No comunicado oficial, o governo brasileiro diz que o compromisso climático nacional faz parte de uma nova abordagem de desenvolvimento sustentável, que busca equilibrar prosperidade econômica, justiça climática e preservação ambiental. A ideia é que a implementação da NDC funcione como uma plataforma para atrair investimentos internacionais, impulsionando a inovação, a produtividade e a geração de emprego. A NDC está integrada ao Plano Clima, que inclui ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, e será sustentada por mecanismos econômicos como a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos, apresentada nesta quarta-feira na COP29, o mercado de carbono e programas voltados para o combate ao desmatamento e à restauração florestal, como o Fundo Amazônia e iniciativas do BNDES."
Fonte: Um Só Planeta; 13/11/2024
BNDES cria área específica para desastres climáticos
"O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse, nesta quarta-feira (13), que o banco de fomento está criando uma área específica voltada para desastres naturais. Segundo ele, em entrevista coletiva sobre a adesão da Petrobras ao projeto Restaura Amazônia, na sede do banco, o BNDES está contratando assessoria para auxiliar no financiamento da reconstrução de localidades afetadas por desastres climáticos, com adaptação do ambiente e mitigação de efeitos. É o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul. Mercadante disse que o Estado foi o que mais sofreu com os efeitos do clima extremo na última década e ainda foi impactado pelas tempestades entre abril e maio deste ano. O presidente do BNDES contou que o banco operou R$ 24 bilhões em financiamentos para a crise climática este ano. O banco está à frente do projeto Restaura Amazônia, que terá R$ 450 milhões de recursos do Fundo Amazônia e mais R$ 550 milhões do Fundo Clima, totalizando R$ 1 bilhão. O plano prevê plantio de 6 milhões de hectares de espécies vegetais nativas até 2030 e, numa segunda fase, serão mais 18 milhões de hectares de floresta restaurada até 2050. "Temos um gigantesco desafio diante da emergência climática. Tem gente querendo desembarcar do Acordo de Paris, mas queremos ir além [do acordo]", disse Mercadante."
Fonte: Valor Econômico; 13/11/2024
Estado brasileiro do Tocantins oferecerá US$ 430 milhões em créditos de carbono
"Um estado brasileiro que fica na fronteira da selva amazônica está buscando a venda de mais de 2,5 bilhões de reais (US$ 430,16 milhões) em créditos de carbono relacionados à conservação da floresta até 2030, informou o governo estadual na quinta-feira. As empresas normalmente compram esses créditos para compensar uma parte de suas emissões de gases de efeito estufa em busca de metas voluntárias para reduzir o aquecimento global, essencialmente pagando por projetos que reduzem a poluição climática. O estado do Tocantins pretende vender cerca de 50 milhões de créditos de carbono, cada um equivalente a uma tonelada métrica de carbono sequestrado por florestas e outras vegetações nativas em todo o estado até o final da década, informou o governo em um comunicado. O valor e o número de créditos de carbono dependem da redução bem-sucedida do desmatamento no estado, afirmou. O governo estadual compartilhou exclusivamente com a Reuters detalhes de sua emissão planejada de créditos de carbono antes do anúncio oficial. Os cientistas afirmam que a proteção da floresta amazônica é vital para conter a mudança climática devido à grande quantidade de dióxido de carbono que suas árvores absorvem. O governo federal do Brasil anunciou na semana passada que o desmatamento na Amazônia brasileira nos 12 meses até julho havia caído para o nível mais baixo desde 2015. O Tocantins enviará sua documentação na quinta-feira para validar o projeto sob o padrão de crédito de carbono ART-TREES, apresentando oficialmente o projeto na cúpula climática COP29 das Nações Unidas no Azerbaijão."
Fonte: Reuters; 14/11/2024
Internacional
Empresas
Volkswagen fecha acordo com 'startup' americana e injetará US$ 5,8 bi em veículos elétricos
"Em agosto, uma pequena equipe de executivos e engenheiros da Volkswagen voou da Alemanha para Palo Alto, na Califórnia, para testar um veículo ultrassecreto. Originalmente construído como um Audi elétrico, o veículo havia sido enviado para a “startup” americana Rivian Automotive no início do ano, em uma experiência para ver se era possível combinar a “expertise” tecnológica do Vale do Silício com a engenharia alemã. Os alemães ficaram impressionados com o que encontraram na Califórnia, um carro adaptado para que os controles de funções como ar-condicionado e direção do eixo traseiro pudessem ser atualizados remotamente por meio de um “laptop”. A Volkswagen havia gasto anos e investido bilhões de dólares tentando construir um carro com foco digital como este, e a Rivian produziu um protótipo promissor em menos de três meses. “Conseguir colocar isso em funcionamento no carro em tão pouco tempo, mesmo que trabalhando dia e noite, é realmente incrível”, disse Michael Steiner, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Volkswagen, numa entrevista recente na sede da empresa em Wolfsburg. Agora, as duas empresas estão levando a parceria a um novo nível, em um acordo que visa a resolver uma fraqueza central para cada uma: a Volkswagen obtém a tecnologia necessária, e a Rivian, o capital de que precisa. Segundo os termos finais anunciados na terça-feira (12) à noite, a Volkswagen investirá até US$ 5,8 bilhões em ações da Rivian e em uma empresa conjunta, um aumento em relação ao valor de US$ 5 bilhões previsto quando a colaboração foi anunciada em junho."
Fonte: Valor Econômico; 13/11/2024
"A Amazon.com e a IKEA, em aliança com cerca de três dúzias de outras empresas que dependem do frete marítimo, convidarão pela primeira vez as empresas de transporte marítimo a participar de uma licitação em janeiro para transportar suas cargas em navios movidos a combustíveis eletrônicos com emissões quase nulas, como o etanol eletrônico. O grupo conhecido como Zero Emissions Maritime Buyers Alliance (Aliança de Compradores Marítimos de Emissões Zero) quer usar a influência combinada de seus membros, que têm suas próprias metas climáticas a cumprir, para criar demanda por combustíveis eletrônicos feitos com eletricidade renovável e dióxido de carbono. Esses combustíveis são muito escassos. A aliança quer acelerar o movimento do setor de transporte marítimo em direção a emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050, mesmo com a expectativa de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, se retire dos compromissos internacionais para combater o aquecimento global. A frota mundial movimenta mais de 80% do comércio global e contribui com cerca de 3% das emissões de GEE do mundo. Os combustíveis eletrônicos são vitais para a descarbonização total do transporte marítimo porque têm potencial de longo prazo para competir com os combustíveis fósseis em termos de custo e fornecimento, disse a aliança. “É assim que você entra no caminho e na trilha para ser zero líquido”, disse o membro da aliança Carl Berger, que lidera as operações de sustentabilidade e exportação da Amazon Global Logistics. Os contratos de três a cinco anos do grupo para o transporte de combustível eletrônico devem começar em 2027."
Fonte: Reuters; 13/11/2024
As enchentes na Espanha podem levar a perdas totais seguradas acima de 4 bilhões de euros - analista
"As condições climáticas adversas na Espanha em outubro, incluindo inundações em Valência e Alicante, podem levar a perdas totais seguradas de mais de quatro bilhões de euros (US$ 4,22 bilhões), informou a Morningstar DBRS na quinta-feira. Grande parte dos sinistros será coberta pelo Consorcio de Compensacion de Seguros (CCS) do governo espanhol, informou a Morningstar DBRS. No entanto, é provável que os prêmios aumentem para permitir que o CCS reponha suas reservas, acrescentou a Morningstar DBRS."
Fonte: Reuters; 14/11/2024
Política
Mais de 30 países aderem a iniciativa para triplicar capacidade nuclear até 2050
"El Salvador, Cazaquistão, Quênia, Kosovo, Nigéria e Turquia se uniram, nesta quarta (13/11), ao grupo de países que apoiam uma iniciativa lançada em dezembro de 2023 para triplicar a capacidade global de energia nuclear até 2050. O anúncio ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão. Com a chegada desses seis países, agora sobe para 31 o número de nações que endossam a expansão nuclear como uma das alternativas para fornecer eletricidade de baixo carbono e contribuir para limitar o aquecimento do planeta. Segundo a World Nuclear Association, em 2023, os reatores nucleares ajudaram a evitar 2,1 bilhões de toneladas de emissões de CO2, quando comparados com a geração equivalente de carvão. A geração global a partir desta fonte aumentou para 2.602 TWh em 2023, ante 2.544 TWh em 2022, fornecendo 9% da eletricidade mundial, perdendo apenas para a energia hidrelétrica entre as fontes de energia limpa. “O anúncio de hoje destaca o papel essencial da energia nuclear no cumprimento das metas do Acordo de Paris de forma econômica e equitativa. A liderança exige uma avaliação clara do aqui e agora, mas também a previsão para se preparar para o que o mundo precisará não apenas em 2050, mas nas décadas seguintes”, disse a diretora geral da World Nuclear Association, Sama Bilbao y León. Atualmente, 64 reatores em 15 países estão em construção, enquanto mais de 20 novos países participantes, como Gana, Polônia e Filipinas, estão em vários estágios de desenvolvimento de políticas para permitir a construção de suas primeiras usinas nucleares."
Fonte: Eixos; 13/11/2024
Acordos financeiros e comerciais anunciados nas negociações climáticas da COP29
"A última rodada de negociações globais sobre o clima em Baku, Azerbaijão, atraiu 60.000 delegados, incluindo muitos do mundo dos negócios e das finanças. Veja abaixo uma seleção dos acordos fechados durante o evento: (i) MDBs: Um grupo dos principais bancos multilaterais de desenvolvimento do mundo, incluindo o Banco Mundial e o Banco Europeu de Investimento, afirmou que planeja coletivamente aumentar os empréstimos relacionados ao clima para países pobres e de renda média para US$ 120 bilhões por ano; (ii) ADB: O Banco Asiático de Desenvolvimento disse à Reuters que planeja investir até US$ 7,2 bilhões adicionais em projetos relacionados ao clima depois que os Estados Unidos e o Japão concordaram em subscrever alguns de seus empréstimos soberanos existentes; (iii) ACUMEN: o investidor sem fins lucrativos Acumen disse que planeja investir US$ 300 milhões em cinco anos para apoiar projetos de adaptação agrícola no leste e oeste da África, Índia, América Latina e Paquistão.
A Acumen pertence ao grupo de impacto de investidores sustentáveis, o que significa que eles precisam proporcionar mudanças mensuráveis; (iv) PARCERIA DE FINANCIAMENTO DA TRANSIÇÃO DA ÁSIA: uma iniciativa público-privada-filantrópica liderada pela Autoridade Monetária de Cingapura, lançada nas negociações da COP28 em Dubai e que visa a US$ 5 bilhões em vários projetos, disse que havia acordado os próximos passos com os parceiros. Entre eles, o programa de dívida de infraestrutura da Transformação Industrial fará com que ela trabalhe com a International Finance Corporation, o Mitsubishi UFJ Financial Group, o Nippon Export and Investment Insurance, o AIA Group e a BlackRock."
Fonte: Reuters; 13/11/2024
"O Fundo Monetário Internacional deveria vender 4% de seu ouro para ajudar a oferecer alívio da dívida aos países de baixa renda devastados por catástrofes relacionadas ao clima, segundo um estudo, já que o financiamento climático domina as primeiras conversas na cúpula da COP29. Do Caribe à África, os países de baixa renda recorreram ao FMI nos últimos anos em busca de apoio para enfrentar choques como a pandemia da COVID-19, aumentando os pagamentos ao credor de última instância nos anos seguintes. Embora o FMI tenha um mecanismo conhecido como Catastrophe Containment Relief Trust (CCRT), ele abrange apenas 30 países pobres e tem apenas US$ 103 milhões disponíveis, disseram pesquisadores do Centro de Desenvolvimento Global da Universidade de Boston. O CCRT é usado para pagar os empréstimos de um estado membro elegível ao FMI por até dois anos, proporcionando alívio imediato e permitindo que esses fundos sejam direcionados a outras prioridades. “Muitos países vulneráveis ao clima não conseguiram acessar o CCRT, pois seus critérios de elegibilidade não levam em conta a vulnerabilidade climática (…) e o financiamento é severamente limitado”, disseram os pesquisadores em um relatório. A solução está na venda de alguns dos 90,5 milhões de onças de reservas de ouro do FMI, segundo o relatório, aproveitando os preços elevados para impulsionar o fundo e cobrir mais países. A venda de 4% do ouro do FMI geraria US$ 9,52 bilhões, segundo o estudo, cobrindo o alívio da dívida de 86 países. “Com os preços atuais do ouro acima de US$ 2.600 por onça, a venda de uma pequena fração do ouro tem o potencial de gerar receitas significativas e reabastecer facilmente o CCRT”, disse."
Fonte: Reuters; 13/11/2024
"O governo do presidente Joe Biden pediu à União Europeia que garanta que as remessas de gás natural liquefeito que atendam às regulamentações de metano dos EUA cumpram automaticamente os padrões europeus de importação, de acordo com uma carta vista pela Reuters. A vinculação dos padrões de metano dos EUA e da UE protegeria o crescente comércio de GNL dos Estados Unidos com a Europa e, ao mesmo tempo, consolidaria as regras de metano de Biden, mesmo que elas sejam eventualmente revogadas pelo novo governo do presidente eleito Donald Trump. “Entendemos que esse processo levará tempo. No entanto, gostaríamos de iniciar as discussões o mais rápido possível, para garantir o fornecimento contínuo, confiável e estável de gás natural dos Estados Unidos para a Europa”, escreveram as autoridades americanas em uma carta de 28 de outubro, poucos dias antes da vitória decisiva de Trump na eleição de 5 de novembro. A carta foi assinada por Brad Crabtree, chefe do escritório de energia fóssil do Departamento de Energia, e Joe Goffman, chefe do escritório de ar da Agência de Proteção Ambiental, e endereçada à principal autoridade de energia da Comissão Europeia, Ditte Juul Jørgensen. Um porta-voz da Comissão Europeia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Um porta-voz da EPA confirmou que enviou a carta ao DOE e que a UE confirmou o recebimento. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de petróleo e gás, e suas exportações de GNL aumentaram depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia levou os países europeus a reduzir sua dependência da energia russa e a buscar outras fontes."
Fonte: Reuters; 13/11/2024
"Na quarta-feira, o gabinete alemão aprovou reformas para restringir as empresas petrolíferas de levar adiante os créditos de redução de emissões excedentes, em uma medida destinada a impulsionar o setor de biocombustíveis que foi atingido por uma rápida queda nos preços do carbono nos últimos anos. De acordo com a lei atual, as empresas petrolíferas devem reduzir gradualmente o impacto de carbono de seus combustíveis, com a meta de alcançar uma redução de 25% até 2030, dos atuais 9,35%. As empresas podem atingir essas metas usando biocombustíveis avançados, combustíveis sintéticos, hidrogênio verde e apoiando a infraestrutura de veículos elétricos. Nos últimos anos, as empresas petrolíferas atingiram as metas de emissões vendendo mais biodiesel; somente em 2022, elas excederam a meta em 24%, ou 3,4 milhões de toneladas métricas, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. De acordo com as reformas, as empresas petrolíferas não poderão mais usar as cotas anteriores de redução de gases de efeito estufa para cumprir as metas nos próximos dois anos, com a reabertura dessa opção somente em 2027. A regra, que não exige aprovação parlamentar, entrará em vigor imediatamente. A Ministra do Meio Ambiente, Steffi Lemke, disse que a medida protegerá as metas de redução de carbono e melhorará as perspectivas dos produtores de biocombustíveis, fornecedores de hidrogênio verde e provedores de recarga de veículos elétricos. Como a demanda por alternativas de combustível limpo aumenta, ela acrescentou que isso também fortalecerá a ação climática de longo prazo no transporte."
Fonte: Reuters; 13/11/2024
Milei ordena retirada de missão argentina da COP 29
"A pequena delegação da Argentina presente na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29) se retirou das sessões realizadas em Baku, no Azerbaijão, por ordem do presidente Javier Milei, em uma indicação de sua posição contra políticas de combate à alteração climática. A retirada da delegação argentina acontece pouco tempo antes do encontro marcado para esta semana entre Milei e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que sempre deixou claro sua posição contraria às medidas de mitigação da crise climática e ameaça retirar seu país novamente do Acordo de Paris. Antes da retirada da delegação por parte de autoridades de Buenos Aires, o chanceler Gerardo Werthein, em sua primeira intervenção, havia reiterado a posição do país de rejeitar “imposições” de organismos multilaterais e disse que a Argentina “desafiará qualquer tentativa de impor obrigações que ameacem as necessidades de desenvolvimento econômico”, disse. “Todas as considerações relacionadas com a questão climática devem se limitar a avanços científicos baseados em evidências sólidas, sem qualquer tipo de dogmatismo”, acrescentou Werthein. A Argentina participaria de dois grupos de negociação: uma com o Grupo Sul (Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Equador) e outra com o G77, mais China. A delegação argentina era formada por autoridades da chancelaria e da Secretaria de Meio Ambiente, Turismo e Esportes - chefiada por Daniel Scioli. Os representantes argentinos presentes na COP 29 – jornalistas, membros de ONGs – descreveram a atmosfera da delegação como hermética."
Fonte: Valor Econômico; 13/11/2024
Boicote francês à COP29 revela as crescentes divisões na cúpula climática da ONU
"A França boicotou de fato a cúpula climática da COP29 da ONU no Azerbaijão após um ataque do presidente do país anfitrião, deixando clara a divisão entre as duas nações em negociações nas quais as listas de convidados são dominadas por vizinhos regionais e os interesses de petróleo e gás foram defendidos. A principal autoridade climática francesa, Agnès Pannier-Runacher, disse que não participaria da conferência depois que o presidente Ilham Aliyev acusou a França de suprimir “brutalmente” as preocupações com as mudanças climáticas em seus territórios insulares no Pacífico em um discurso para outros líderes. Ele também afirmou que a França havia causado “degradação ambiental” nos territórios, que ele descreveu como “colônias”, citando testes nucleares na Polinésia Francesa e na Argélia. Aliyev foi além e invocou violações de direitos humanos durante os recentes protestos na Nova Caledônia, onde afirmou que o “regime do presidente Macron” havia matado e ferido cidadãos que protestavam legitimamente. Pannier-Runacher disse que os comentários transformaram a luta contra as mudanças climáticas em uma arma para uma agenda “indigna” e criticou o apoio de Aliyev aos combustíveis fósseis. “Isso não é digno de uma presidência de COP”, disse ela. A retirada significa que a França não será representada por uma autoridade política de alto nível depois que o presidente Emmanuel Macron decidiu antecipadamente não comparecer. O embaixador da França foi substituído em uma reunião da chamada Coalizão de Alta Ambição de países na quarta-feira."
Fonte: Financial Times; 14/11/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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