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Stone & Co (STNE): No caminho certo para superar as expectativas do guidance | Revisão 2T24

Análise do resultado da Stone & Co do 2T24.

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A Stone apresentou resultados positivos para o 2T24, mas em linha com as expectativas. O lucro líquido recorrente atingiu R$ 497 milhões, um aumento significativo de 10% T/T e 54% A/A. Este resultado ficou amplamente em linha com as nossas estimativas. O crescimento do TPV permaneceu robusto e correspondeu ao guidance para o ano. O crescimento de 8,5% A/A na receita superou as maiores despesas financeiras e de vendas. Como resultado, a empresa entregou melhor lucro líquido e melhores margens. O desempenho do segmento bancário foi positivo por mais um trimestre, com aumento no número de clientes e depósitos. O crédito também foi destaque, com a carteira saltando 28,2% sequencialmente, totalizando R$ 711,8 milhões. As provisões diminuíram, pois a empresa se sente confiante de que o nível conservador de 20% implementado desde o início não é mais necessário. Um aspecto potencialmente negativo do trimestre foi o aumento dos NPLs. Neste momento, é difícil dizer se essa é a tendência esperada, mas para uma empresa que foi severamente atingida no passado, preferimos vê-la agindo com parcimônia. No geral, vemos o 2T24 como positivo, e a adesão ao guidance nos leva a acreditar que os planos da empresa para este ano estão evoluindo de acordo. No entanto, reforçamos nossa recomendação Neutra e o preço-alvo de US$ 19,00 por ação.

A Stone reportou receita e receita totais de R$ 3,2 bilhões no 2T24, um aumento de 3,9% T/T e 8,5% A/A (-1% vs. XPe). Esse crescimento foi impulsionado em grande parte por um aumento de 24,9% A/A na receita financeira, atribuído a maiores receitas de (i) pré-pagamento, (ii) crédito e (iii) floating. Do ponto de vista dos segmentos, o crescimento durante o trimestre reflete um aumento de 10,6% A/A e 4% T/T nas receitas de serviços financeiros, principalmente devido ao crescimento da base de clientes ativos e maior monetização de clientes no segmento de MPMB. As receitas de software melhoraram em relação ao trimestre anterior, crescendo 4,0% T/T e 0,2% A/A.

A melhora no faturamento ofuscou o aumento do custo de serviços e despesas com vendas, levando o EBITDA ajustado a atingir R$ 1,6 bilhão (+5,0% T/T e +12,7% A/A), com margem ajustada de 49,5% (+50 bps sequencialmente).

A base de clientes de pagamentos ativos atingiu 3,90 milhões (99% MSMBs). As adições líquidas totalizaram 183,6 mil, já que os 184,0 mil novos clientes ativos de MSMB mais do que compensaram o declínio de 0,1 mil nas contas estratégicas.

Impulsionado pelo sólido crescimento do PIX QR Code (+32,1% T/T e +141,5% A/A), o TPV total atingiu R$126 bi (+7,5% T/T e +21,6% A/A). O segmento de MPMB CTPV registrou R$ 97,8 bilhões (+4,7% T/T e +17,4% A/A), enquanto o MSMB PIX QR Code atingiu R$ 11,5 bilhões. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento contínuo da base de clientes de pagamento ativos dentro do segmento. Durante o 1S24, a Stone investiu em uma campanha de marketing direcionada que aumentou as adições líquidas para 184 mil, elevando a Base de Clientes Ativos para 3,9 milhões (+4,9% T/T e +29,5% A/A).

O take rate de MSMB ficou estável sequencialmente no 2T24 em 2,54%, com um aumento de 7 bps A/A. A manutenção de um take rate sólido indica que a Stone adotou uma abordagem disciplinada para buscar volumes mais altos, mantendo a monetização em um nível razoável.

A carteira de crédito continuou seu ritmo forte, atingindo R$ 712 milhões (+32% T/T e +370,4% A/A). Esse desempenho foi impulsionado pelo aumento do número de clientes de crédito, que saltou de 18.754 no 1T24 para 24.264 no 2T24. Juntamente com a carteira de crédito, a empresa contabilizou R$ 18,1 milhões em provisão para perdas esperadas para empréstimos de capital de giro, valor 59,7% inferior ao do 1T24. Esta redução é explicada pela conversão dos níveis de provisão para os níveis de perdas esperados à medida que a carteira amadurece. Com isso, a provisão acumulada para perdas esperadas de capital de giro totalizou R$ 123,1 milhões, caindo para 18,1% da carteira de crédito. Esperamos que as provisões diminuam gradualmente para o nível de 10% até o final de 2025.

Do lado dos NPLs, este foi mais um trimestre de aumento. O NPL 15-90 dias saltou 66 bps T/T, enquanto o NPL>90 dias saltou 113 bps sequencialmente. Embora a carteira tenha sido iniciada recentemente e o ritmo de crescimento atual ainda pareça razoável, a combinação de um aumento acentuado da inadimplência com uma redução das provisões é um tema que acompanharemos de perto nos próximos trimestres.

As soluções bancárias continuaram a prosperar. Os principais destaques foram: i) a base de clientes ativos bancários atingindo 2,7 milhões no 2T24 (+13,6% T/T e +61,7% A/A), e ii) depósitos totais atingindo R$6,5 bilhões (+65% A/A e +8,1% T/T). Do lado negativo, o ARPAC bancário de MSMB diminuiu 12,6% sequencialmente e cresceu modestos 1,2% A/A. Esses números foram impactados negativamente por: i) um CDI médio mais baixo, que afetou as receitas flutuantes, e ii) uma maior contribuição dos clientes da Ton na base de clientes de MPME, uma vez que os clientes da Ton geram receitas menores.

No trimestre, o custo dos serviços totalizou R$ 841 milhões (+22,8% A/A), devido, em grande parte: i) provisões para créditos de liquidação duvidosa, que totalizaram R$ 18,1 milhões no trimestre ante zero no 1T23; ii) maiores investimentos em tecnologia; iii) aumento dos custos logísticos; e iv) maior D&A vinculado à expansão contínua da base de clientes. As despesas administrativas, no entanto, diminuíram 15,9% A/A, para R$ 256 milhões.

O lucro líquido ajustado totalizou R$ 497 milhões durante o trimestre (aumento de 10% T/T, +54% A/A e em linha com XPe). O maior nível de lucratividade em relação ao mesmo período do ano passado foi impulsionado por maiores volumes de TPV e crédito combinados com menores despesas operacionais e administrativas.

Com relação ao guidance para 2024, Stone afirma estar no caminho certo como:

  1. MSMB CTPV durante o 1S24 saltou 18% (contra um guidance de crescimento de 18% em 2024);
  2. Os depósitos de clientes atingiram 6,5 bilhões (contra estimativa de R$ 7 bilhões até o final de 2024); A Carteira de Crédito totalizou R$ 0,7 bilhão (ante estimativa de R$ 0,8 bilhão para o final do ano);
  3. Taxa de MSMB Take de 2,54% (vs ">2,49%" para o ano);
  4. Despesas Adm ajustadas de R$ 0,467 bn (vs "<1,125 bn"); e
  5. Lucro Líquido Aj R$ 0,948 bi (vs ">1,9 bn").

Embora o cumprimento do guidance seja um resultado positivo, acreditamos que a empresa pode estar um pouco à frente de suas metas para o ano, principalmente devido à sazonalidade positiva histórica do quarto trimestre.

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