Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada recuando 0,10% e 0,66%, respectivamente. Já na sexta-feira, o pregão terminou com o IBOV com alta de 1,22% e com o ISE também subindo 1,07%.
• No Brasil, (i) o governo apresentou nesta sexta-feira (26/7), numa reunião paralela ao encontro dos Ministros das Finanças do G20, a proposta detalhada para criação de um fundo global bilionário para conservação de florestas tropicais - a iniciativa, lançada na COP28, pretende remunerar os países pela conservação desses biomas e tem valor estimado para captação da ordem de R$ 700 bilhões; e (ii) a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) lançaram na última sexta-feira, a plataforma Recircula Brasil, que permite rastrear e registrar a reutilização de plásticos – segundo a ABDI, essa é a primeira ferramenta brasileira a certificar efetivamente a circularidade dos materiais.
• No internacional, a CEO da General Motors, Mary Barra, anunciou mudanças na estratégia para o programa de veículos elétricos da montadora americana - segundo ela, a GM voltará atrás na meta inicial de produção de um milhão de veículos elétricos até o fim de 2025, afirmando que a demanda dos clientes ditará a rapidez com que a empresa atingirá esse objetivo.
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Brasil
Empresas
“Vamos transformar CO2 em diesel, SAF e gasolina”, diz Márcio Dutra
"Novas tecnologias, otimização de processos e grandes investimentos em infraestrutura, como os da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), são apontadas pelo diretor-executivo de Marketing da Noxis Energy, Márcio Dutra, como grandes oportunidades para produtores independentes. Em entrevista ao estúdio Abpip nesta quinta (25/7), na Sergipe Oil & Gas 2024, afirmou que a construção de uma refinaria representa menos dependência de produto externo. Dutra explicou que mesmo uma refinaria destinada exclusivamente ao refino de combustíveis fósseis é capaz de produzir combustíveis com menor intensidade de carbono, a partir do uso de tecnologias avançadas, como a sintetização de gases de combustão. “A refinaria é autossustentável, é uma refinaria moderna, que tem de melhor hoje no mundo. Então, por exemplo, o CO2 que é emitido nas chaminés, antes de ser emitido a gente pega o aproveitamento térmico dele e gera vapor. Economizou gás, por exemplo“, exemplificou. Outro ponto destacado é a captura do CO2 antes de ser emitido para que sirva de matéria-prima na produção de gasolina, SAF e diesel. O complexo processo envolve a quebra e rearranjo de moléculas de CO2 com hidrogênio para a formação dos hidrocarbonetos líquidos, que têm composição idêntica ao derivado fóssil. Segundo o executivo da Noxis, a empresa está com três projetos para a construção de refinarias. Uma delas em Pecém (CE), com capacidade para 100 mil barris/dia; outra em Sergipe, com 30 mil barris; e uma na Bahia, no Porto de Ilhéus, ainda em fase inicial. O mais avançado deles, em Pecém, já conta com licença prévia e está na fase da licença de instalação."
Fonte: Epbr; 26/07/2024
Política
Parceria Brasil-EUA pelo Clima mira financiamento verde e mercados de carbono
"O Ministério da Fazenda do Brasil e o Tesouro dos Estados Unidos divulgaram, nesta sexta (26/7), uma declaração conjunta em que anunciam a criação de uma Parceria para o Clima, com quatro pilares: cadeias de suprimento de energia limpa; mercados de carbono; finanças da natureza e da biodiversidade; e fundos climáticos multilaterais. A declaração foi assinada à margem do Encontro dos Ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais – que antecipam a reunião de líderes mundiais do G20 em novembro, no Rio de Janeiro. “A Parceria pelo Clima ajudará a desenvolver políticas e liderará reformas em instituições internacionais em que ambos os países são partes interessadas, de forma que os capitais público e privado sejam mais eficientes e efetivamente empregados para enfrentar os desafios climáticos mais urgentes”, diz a declaração. A parceria é um desdobramento da agenda bilateral anunciada pelos dois governos em fevereiro de 2023. No primeiro pilar da parceria, focado no desenvolvimento de cadeias de suprimento de energia limpa, os países se comprometem a criar juntos políticas que mobilizem o investimento privado para diversificar cadeias de produção globais, além de apoiar a implementação em larga escala de tecnologias de produção de energia limpa. Ambos os países também assumem o compromisso de financiar a manufatura de equipamentos de energia renovável, hidrogênio de baixo carbono e biocombustíveis, entre outras áreas. O segundo pilar visa a construção de mercados de carbono que sejam íntegros e transparentes."
Fonte: Epbr; 26/07/2024
Brasil detalha proposta de fundo global de bilhões para proteger florestas tropicais
"O governo brasileiro apresentou há pouco, numa reunião paralela ao encontro dos Ministros das Finanças do G20, a proposta detalhada para criação de um fundo global bilionário para conservação de florestas tropicais, que pretende remunerar os países pela conservação desses biomas, reduzindo a emissão de CO2 e garantindo a preservação de biodiversidade e outros benefícios ambientais. A ideia do mecanismo foi lançada pelo país na COP28, em dezembro passado, sem maiores detalhes e num evento esvaziado, o que despertou ceticismo sobre sua viabilidade. O governo brasileiro não crava um valor, mas estima captação da ordem de US$ 125 bilhões, ou R$ 700 bilhões. De lá para cá, no entanto, a ideia ganhou corpo e foi elaborada por especialistas em finanças, até chegar ao documento de 34 páginas apresentado hoje a um seleto grupo de autoridades internacionais. O Reset teve acesso ao documento. A proposta foi apresentada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente), com a presença do presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, apoiador da ideia, e autoridades de primeiro escalão de países candidatos a financiar o mecanismo – Estados Unidos, Noruega, França, Reino Unidos, Alemanha e Emirados Árabes – e também de Cingapura e Colômbia, ambos elegíveis a receber os recursos. O resultado é um fundo inovador, que, em linhas gerais, se propõe a tomar emprestado recursos de governos de países ricos, organismos multilaterais e investidores institucionais a uma taxa de juro compatível com o grau de risco dos financiadores, aplicá-lo num portfólio de investimento com uma remuneração mais alta e usar o rendimento obtido para pagar alguns países pela conservação das florestas tropicais."
Fonte: Capital Reset; 26/07/2024
Nova plataforma brasileira permite rastrear a reutilização de plástico
"A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) lançaram, nesta sexta-feira (26), na capital paulista, a plataforma Recircula Brasil, que permite rastrear e registrar a reutilização de plásticos. Segundo a ABDI, essa é a primeira ferramenta brasileira a certificar efetivamente a circularidade dos materiais. A agência também adianta que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima tem um decreto e edição para tratar da circularidade do plástico e estabelecer que empresas comprovem o uso de conteúdo reciclado. Para rastrear o caminho dos plásticos reciclados, a plataforma utilizará notas fiscais eletrônicas. O monitoramento ocorrerá desde a compra dos materiais até a venda dos produtos finais. A partir dessas informações, o sistema conseguirá atestar a origem dos materiais e confirmar que o produto contém plástico reciclado. “A plataforma não só promove a reciclagem, mas também posiciona o Brasil como um líder global na implementação de soluções inovadoras contra a poluição plástica”, destaca o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli. De acordo com Cappelli, a iniciativa poderá ser utilizada não somente pelo setor de plásticos, mas para todos os setores produtivos que trabalham com reciclagem. “A plataforma tem o potencial de transformar outros setores industriais, como o do alumínio e o automotivo. Nosso objetivo é tornar o Recircula Brasil um instrumento de política pública, assegurando a transparência e a rastreabilidade na cadeia produtiva,” acrescentou. A plataforma, que em teste foi reconhecida como modelo de excelência no combate à poluição plástica pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, também fornecerá informações detalhadas sobre o novo uso dos resíduos reciclados, possibilitando que recicladores de plásticos comprovem suas operações de maneira mais eficaz."
Fonte: Valor Econômico; 26/07/2024
Internacional
Empresas
Oxigênio no fundo do mar aumenta pressão por moratória na mineração submarina
"A publicação de um estudo na Nature, esta semana, revelando a produção de “dark oxygen” a quatro mil metros de profundidade no oceano adicionou pressão às negociações da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, em inglês) para uma moratória na exploração de minérios em águas profundas. A pesquisa de cientistas do Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos descobriu que os nódulos polimetálicos, que as empresas de mineração querem extrair do oceano, podem estar produzindo o oxigênio escuro nas profundezas do mar. É uma evidência indicando uma fonte adicional de oxigênio no planeta além do produzido pela fotossíntese de plantas e algas. Em um vídeo publicado pela agência Al Jazeera, o líder da pesquisa e professor da Associação Escocesa de Ciências Marinhas (SAMS), Andrew Sweetman, explica que a descoberta traz mais um elemento a ser levado em consideração nas discussões sobre exploração mineral submarina. “Para impulsionar a economia verde, precisamos extrair metais do solo ou potencialmente do oceano profundo. Então, o que descobrimos significa que teremos que pensar cuidadosamente”. “Se a mineração no oceano profundo for adiante, onde essa mineração deve ocorrer, porque esse oxigênio provavelmente está sendo usado em qualquer quantidade que seja produzida pelo ecossistema”, completa o professor. Durante a reunião do conselho da ISA na quinta, o embaixador do Panamá, Roger González, defendeu que estudos de impacto são mais urgentes que a abertura para a exploração."
Fonte: Epbr; 26/07/2024
Seguradoras residenciais dos EUA sofrem o pior prejuízo deste século
"No ano passado, as seguradoras residenciais dos EUA sofreram sua pior perda de subscrição deste século, pois uma combinação de desastres naturais, inflação e crescimento populacional em áreas de risco colocou o mercado financeiro vital sob forte pressão. As seguradoras que fornecem apólices para proprietários de imóveis sofreram uma perda líquida de subscrição de US$ 15,2 bilhões no ano passado, de acordo com os dados da agência de classificação AM Best, um número que, segundo ela, foi o pior desde pelo menos 2000 e mais do que o dobro das perdas do ano anterior. Os números revelam as condições de subscrição que provocaram uma retirada das seguradoras dos EUA das áreas atingidas por desastres, saindo dos mercados ou elevando os preços, criando uma crise de acessibilidade para muitos proprietários de imóveis. O relatório identificou o aumento da população nas regiões mais suscetíveis a desastres naturais como um fator significativo - citando números do censo que mostram que seis estados propensos a condições climáticas severas, incluindo a Califórnia e o Texas, foram responsáveis por metade do crescimento populacional do país na década de 2010. “O setor está enfrentando um rápido aumento das demandas de cobertura, enquanto as perdas seguradas estão disparando”, disse Robert Gordon, vice-presidente sênior de política, pesquisa e internacional da American Property Casualty Insurance Association, um órgão comercial. “Não apenas mais casas estão sendo construídas em áreas de alto risco de desastres naturais, como também o reparo e a reconstrução dessas casas estão cada vez mais caros, já que a inflação elevou o custo da mão de obra e dos materiais de construção.”"
Fonte: Financial Times; 28/07/2024
CEO da GM: meta de produzir 1 milhão de veículos elétricos depende da demanda
"A CEO da General Motors, Mary Barra, revelou recentementemudanças nas expectativas para o programa de veículos elétricos da montadoraamericana, no mais recente movimento de um fabricante de automóveis tradicionalà medida que o ímpeto diminui para modelos plug-in. Barra disse à CNBC em um evento há duas semanas que a GM não terácapacidade de produção para um milhão de veículos elétricos no fim de 2025, queera a meta então vigente. A CEO afirmou que a demanda dos clientes ditará a rapidez com que a empresapoderá chegar à marca de um milhão em vendas anuais de carros elétricos e que,atualmente, há uma desaceleração nas entregas desses veículos. Esses comentários ecoaram as declarações de Barra feitas em dezembro, quandoela disse que cumprir a meta de uma frota totalmente elétrica até 2035 dependeráda aceitação dos consumidores. O crescimento lento pode ser doloroso para a GM, que recentemente superouproblemas de produção de baterias para carros elétricos e já adiou a abertura deuma fábrica de picapes elétricas no subúrbio de Detroit. A montadora está no processo de aumentar a produção de seu SUV elétricoChevrolet Blazer e do modelo menor Equinox, que a empresa espera que aumentemas vendas. As entregas de veículos elétricos nos EUA ficaram estáveis no segundo trimestreem comparação com o mesmo período do ano passado, mas ainda aumentaram11% em relação ao primeiro trimestre, de acordo com a empresa de pesquisa demercado Cox Automotive. A GM originalmente estabeleceu a meta de ter capacidade de produção para ummilhão de veículos elétricos, mas disse que só poderia vender essa quantidade se omercado se materializasse."
Fonte: Bloomberg Línea; 28/07/2024
Por que a Neste está trocando o petróleo pelo SAF
"Um mar de startups tenta viabilizar o combustível sustentável de aviação, mas entre as líderes da nova tecnologia está uma empresa de mais de 70 anos de história – no refino de petróleo. A finlandesa Neste começou a olhar para uma alternativa aos combustíveis fósseis há mais de duas décadas, e agora vislumbra um futuro 100% renovável. Os investimentos em pesquisa se traduziram em uma posição privilegiada na corrida para fornecer o SAF (sustainable aviation fuel), item fundamental para descarbonizar a aviação. O querosene verde da Neste é produzido com matérias-primas residuais, como óleo de cozinha usado e restos de gordura animal. Desde o ano passado, parte dos insumos vem do Brasil – e o país já está na mira da companhia para futuros investimentos. “As opções para a redução de carbono ainda são muito limitadas, infelizmente. O uso de SAF é uma das alternativas disponíveis com impacto significativo, e é uma solução comprovada. Não é algo experimental, mas realmente uma solução comprovada para a redução de gases de efeito estufa”, disse a vice-presidente global sênior da Neste, Carrie Song, em entrevista ao Reset. A transformação completa da empresa finlandesa vai se completar em 2035, quando sua maior planta, em Porvoo (Finlândia), terá sido convertida de refinaria de petróleo em hub de combustíveis e alternativas circulares e renováveis para a indústria de polímeros. Essa mudança na planta de seu país natal vai custar € 2,5 bilhões à Neste, que tem um valor de mercado de € 13,7 bilhões na bolsa de Helsinque. A companhia também está ampliando suas unidades em Cingapura e Rotterdam (Holanda), investimentos de € 1,6 bilhões e € 900 milhões, respectivamente."
Fonte: Capital Reset; 29/07/2024
Política
O que Kamala Harris significa para a agenda do clima
"A entrada de Kamala Harris no lugar de Joe Biden como candidata presidencial do Partido Democrata deve trazer um impulso à agenda climática americana, um dos principais temas combatidos pelo seu principal adversário na disputa, o ex-presidente Donald Trump. Logo após a confirmação de que seu nome vai receber o apoio dos delegados do partido na convenção, Harris começou a receber apoios e doações de grupos ligados ao clima. Em apenas uma noite nesta semana, mais de US$ 100 mil foram arrecadados em uma campanha do ambientalista Bill McKibben, por exemplo. “Houve uma mudança de vibração realmente fundamental na comunidade climática”, disse Andrew Reagan, diretor executivo da Clean Energy for America, grupo que está ajudando a arrecadar doações para a campanha, ao site Semafor. “Havia uma sensação de que não tínhamos chance de vencer, mas agora existe a possibilidade de realmente eleger um presidente de energia limpa.” Os financiamentos de uma forma geral estão vindo com força desde a chegada de Harris. A nova pré-candidata conseguiu, em um só dia, US$ 80 milhões em doações à campanha, recorde histórico. A agenda climática deve ser um dos principais assuntos da disputa à Casa Branca, não apenas pela atração do voto dos jovens, mas também pelo fato de que Harris e Trump têm opiniões contrastantes sobre o tema. As críticas do republicano à agenda climática são públicas e conhecidas dos eleitores americanos – antes, durante e depois da passagem de Trump pela Casa Branca. O ex-presidente menosprezou diversas vezes a mudança do clima, retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris assim que chegou ao poder e sempre foi muito próximo do setor de combustíveis fósseis – que foram e continuam sendo um dos principais doadores dos republicanos."
Fonte: Capital Reset; 26/07/2024
Alemanha aprova estratégia de importação de hidrogênio, incluindo rota de gás com CCS
"O governo alemão aprovou na última quarta (24/7) a Estratégia de Importação de Hidrogênio e seus Derivados, que inclui tanto hidrogênio verde (produzido a partir da eletrólise com eletricidade renovável), como o azul (reforma do gás natural com captura e armazenamento de carbono). A iniciativa reforça a Estratégia Nacional de Hidrogênio revisada há um ano. No plano aprovado esta semana, o governo alemão foca no hidrogênio verde no longo prazo. Mas em um primeiro momento, abrange também as rotas com baixo teor de carbono – como a azul, para viabilizar o suprimento da demanda crescente. A organização ambiental Ajuda Ambiental Alemã (DUH, na sigla em alemão) criticou os planos do governo federal pelo enfraquecimento dos critérios de sustentabilidade para as parcerias de hidrogênio. “Sem um compromisso claro com o hidrogênio verde sustentável e abordagens concretas para uma utilização eficiente, o efeito climático esperado vai se tornar absurdo”, disse o diretor geral da DUH, Sascha Müller-Kraenner. “Apelamos, portanto, a uma rejeição clara da importação de hidrogênio azul fóssil”, completa. O Greenpeace alemão ressaltou que o armazenamento de CO2 não é econômico e não foi suficientemente testado. “Se quisermos travar a crise climática, não podemos planejar com hidrogênio a partir do gás natural. Os combustíveis fósseis não têm lugar num sistema energético sustentável”, defendeu Mira Jäger, especialista em energia do Greenpeace. Segundo o ministro da Economia e Proteção Climática, Robert Habeck, a iniciativa é uma sinalização ao mercado internacional, na medida que grande parte da demanda alemã por hidrogênio será, a médio e longo prazo, suprida por importações."
Fonte: Epbr; 26/07/2024
Transição para baixo carbono requer US$ 3 tri, diz Yellen
"A transição para uma economia global de baixo carbono demandará investimentos de US$ 3 trilhões, disse no sábado a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen durante evento promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na capital paraense. “Estar tão perto da magnífica Amazônia também é um lembrete de que a transição para uma economia global de baixo carbono também é a maior oportunidade econômica do século XXI”, disse Yellen. “A transição exigirá nada menos que US$ 3 trilhões em novo capital de muitas fontes a cada ano entre agora e 2050. Isso pode ser alavancado para apoiar caminhos para um crescimento sustentável e inclusivo, inclusive para países que historicamente receberam menos investimentos.” Em sua passagem por Belém, Yellen participou de eventos com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente do BID, Ilan Goldfajn, e o governador do Pará, Helder Barbalho. Ela anunciou uma iniciativa de sua pasta para estrangular as finanças de atividades ilícitas na Amazônia, como o desmatamento e a mineração ilegais. Essa ação, segundo Yellen, ocorrerá em parceria com Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. Essa iniciativa se baseia em quatro eixos, segundo o governo americano. O primeiro deles é fortalecer a cooperação regional para interromper o financiamento de atividades criminosas na região. O segundo, relativo à inteligência financeira, prevê que autoridades americanas realizem treinamentos de “follow the money” (ou seja, rastrear as movimentações financeiras) a fim de “conduzir investigações de lavagem de dinheiro contra organizações criminosas transnacionais, cartéis de drogas e outros atores ilícitos envolvidos em crimes contra a natureza"."
Fonte: Valor Econômico; 29/07/2024
Efeito Trump no setor de tecnologia limpa aumenta a angústia nas diretorias da Europa
"As empresas europeias focadas em energia limpa estão abandonando planos de expansão, preparando-se para vendas menores ou vendo o financiamento de projetos nos EUA em dúvida devido a temores sobre o que uma possível vitória eleitoral de Donald Trump poderia significar para seu setor. Trump chamou as políticas do presidente Joe Biden para combater as mudanças climáticas como um “novo golpe verde” e espera-se que ele tente desfazer grande parte do trabalho de seu governo, incluindo a Lei de Redução da Inflação (IRA), que oferece incentivos fiscais e subsídios para empresas americanas e estrangeiras que investem em energia sustentável. A lei aprovada em 2022 atuou como um poderoso incentivo para que as empresas europeias do setor expandissem ou estabelecessem sua presença nos EUA, mas a perspectiva de uma segunda presidência de Trump está fazendo com que elas parem. “Com um Donald Trump que A) é muito oportunista, B) também é muito polêmico e C) também é bastante imprevisível, você tem que se perguntar se faz sentido fazer essa aposta”, disse à Reuters Peter Roessner, executivo-chefe da empresa de hidrogênio H2Apex (H2A.DE), sediada em Luxemburgo. De acordo com o IRA, a empresa poderia ter construído uma fábrica de produção de tanques de hidrogênio nos Estados Unidos por cerca de um terço dos custos de US$ 15 milhões. Em fevereiro, no entanto, Roessner decidiu cancelar o plano devido a preocupações com a possibilidade de Trump ser reeleito, embora a empresa já tivesse mantido conversas iniciais com clientes em potencial. As apostas do mercado de que Trump reconquistaria a Casa Branca em novembro se intensificaram neste mês, depois que ele foi baleado durante um comício eleitoral e, dias depois, garantiu a indicação do Partido Republicano."
Fonte: Reuters; 29/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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