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Empresas Cash – Maio 2024

Veja aqui nossas recomendações para empresas que busquem uma gestão eficiente e conservadora do seu caixa

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Portfólio direcionado para o capital de giro, serve para empresas que necessitam dos recursos disponíveis para rápida utilização. A escolha do portfólio leva em consideração a liquidez dos ativos, dando prioridade a títulos que combinem baixem índice de risco com rápido acesso em casos de necessidade. Esse é um capital de giro estruturado para te oferecer a melhor combinação de segurança e liquidez sem abrir mão de superar o CDI em sua rentabilidade.

A alocação a seguir é recomendada para empresas que possuem perfil conservador em seus investimentos, com foco na segurança, porém, combinando títulos de diferentes prazos para potencializar o retorno. A alocação da carteira é concentrada em ativos de renda fixa pós fixados. Nossas sugestões de fundos combinam sofisticação e qualidade na gestão da carteira, oferecendo aos investidores uma alocação que combina segurança e liquidez de acordo com as necessidades do investidor.

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 O que vimos do mês anterior

Em abril, observamos um movimento expressivo de abertura nas taxas de juros ao redor do mundo, em boa parte provocada por novas leituras de inflação acima do esperado, tanto no CPI quanto no PCE dos EUA, além do crescente desconforto dos mercados com as questões geopolíticas e o cenário fiscal norte-americano, fatores esses que, somados, devem levar a uma maior cautela por parte do Fed na gestão da política monetária, deixando-a mais apertada por mais tempo.
Divulgado na segunda semana do mês, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA de março veio acima do esperado pelo mercado, e indicou uma reaceleração da inflação no país, capitaneada pelo resiliente aumento de preços dos serviços.
Em resposta a esse e outros dados mostrando uma atividade aquecida, além de declarações dos membros do comitê de política monetária do país, a expectativa do mercado pelo início da redução das taxas de juros no país foi postergada. Com isso, as taxas de juros das Treasuries (títulos da dívida pública norte-americanos) de médio e longo prazo tiveram aumentos relevantes, se afastando do otimismo presente no final de 2023. Sendo a taxa da Treasury de 10 anos uma proxy para a taxa de juros livre de risco, tal movimento impactou ativos em todo o mundo, incluindo a curva de juros brasileira. Os economistas da XP projetam o início do ciclo de flexibilização monetária nos EUA para dezembro, na última reunião do Fed do ano.
Assim como as taxas das Treasuries americanas, o preço do petróleo tem refletido bem os indicadores de atividade mais aquecidos que o previsto. O petróleo Brent, principal referência no mercado global, acumula alta de mais de 14% no ano. Mas o petróleo não é a única commodity em alta em 2024. Em alta contínua desde janeiro, o preço dos alimentos tem sido o principal destaque do índice. Nas últimas semanas, entretanto, o componente de preços dos metais do índice tem observado elevação de mais de 8%. A alta de mais de 10% do ouro no último mês tem ganhado especial atenção do mercado, mas outros metais com grande mercado global, como cobre, alumínio e prata, também têm apresentado forte alta.
A maior parte das classes de ativos teve desempenho negativo no mês de abril, revertendo parte do otimismo observado no primeiro trimestre do ano. Na renda variável, a maioria das bolsas globais teve queda, com Nasdaq caindo 2,8%* e S&P500 caindo 2,9% nos EUA. O MSCI ACWI, índice de ações global, teve queda de 2,7%. O índice MSCI China foi um dos poucos índices com desempenho positivo no período, e teve ganho de 6,8%, respondendo favoravelmente à divulgação do PIB Chinês do 1º trimestre, que cresceu 5,3% em relação ao mesmo trimestre de 2023, superando as expectativas do mercado.
No Brasil, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2025 enviado pelo governo ao Congresso foi o principal acontecimento do mês. O documento reduz o ritmo do ajuste fiscal previsto pelo governo, aplicando a meta de déficit zero de 2024 também para 2025, alterando a previsão anterior de superávit de 0,5% do PIB para aquele ano e postergando para 2026 o primeiro superávit previsto, ainda que de 0,25% do PIB. Com as novas metas, a previsão do PLDO é de que a dívida pública (em % do PIB) se reduza apenas a partir de 2028, causando desconforto entre analistas e uma percepção de aumento do risco fiscal.
Após os acontecimentos no âmbito global e local, o Banco Central do Brasil sinalizou uma desaceleração no ritmo de cortes da Selic, tendo em vista o viés mais expansionista da política fiscal brasileira e seu possível impacto sobre a expectativa de inflação, provocando um movimento de forte abertura nas curvas de juros domésticas. Ainda assim, nos níveis atuais, a curva de juros prefixados sinaliza cortes adicionais abaixo do que esperamos e, além disso, já incorporam altas para 2025, o que nos parece pouco provável.
Nos mercados domésticos, o Ibovespa seguiu a tendência global de queda, e teve desempenho de -1,2% em abril, enquanto os fundos imobiliários também foram impactados pela alta nos juros de longo prazo, e o índice IFIX caiu 1,2%. Na renda fixa, apenas os pós-fixados tiveram alta, com o CDI acumulando 0,8% no mês, e a abertura nas curvas de juros domésticas trouxe queda de 1,0% no índice IMA-B, de títulos públicos indexados à inflação, e de 0,3% no IRF-M, índice de títulos públicos prefixados. A valorização de 2,4% do dólar foi o destaque do mês, e a moeda norte-americana encerra abril cotada a R$5,12.
Em suma, finalizamos o mês de abril com os maiores níveis de incerteza do ano em relação aos rumos da política monetária no Brasil e no mundo e seus efeitos sobre os mercados. Com esse cenário, iniciamos este primeiro relatório com uma mensagem que certamente se manterá nas próximas edições: a de que a diversificação, inclusive geográfica, é a única certeza no mundo de investimentos para uma maior tranquilidade em tempos turbulentos.

*Os desempenhos informados dos índices foram calculados até o fechamento de 26/04/24. 

Onde alocar os recursos nesse cenário?

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