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Shoppings e Propriedades Comerciais: O que esperar da temporada de resultados do 4T23

Apresentando nossa prévia de resultados para o 4T23; Iguatemi e Multiplan em destaque

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Neste relatório, estamos divulgando nossa prévia de resultados do 4T23 para os shoppings e propriedades comerciais dentro de nossa cobertura (MULT3, IGTI11, ALOS3, LOGG3 e JHSF3). Destacamos: (i) As prévias de vendas dos lojistas dos shoppings mais fortes do que o esperado (crescimento das vendas dos lojistas em novembro para Iguatemi e Multiplan em +15,1% A/A e +14,1% A/A, respectivamente) devem impulsionar o crescimento positivo da receita de aluguel, apesar dos efeitos do ajuste do IGP-M/DI sob pressão; (ii) Uma combinação de forte fluxo de visitantes e taxas de estacionamento robustas deve gerar um crescimento robusto da receita de estacionamento (média de +12% A/A para a cobertura da XP); e (iii) Taxas de ocupação gradualmente mais altas T/T e níveis de inadimplência líquida sob controle devem apoiar a expansão do EBITDA (média de +14% A/A para a cobertura da XP). Esperamos que Multiplan e Iguatemi sejam os destaques da temporada, mantendo nossa preferência por MULT3 (preço alvo de R$ 33,00/ação), seguido por IGTI11 (preço alvo de R$ 28,00/unit).

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Vendas robustas dos lojistas impulsionam o crescimento da receita, apesar de um cenário desafiador para o IGP-M e o efeito do ajuste do IGP-DI

Em termos operacionais, as prévias das vendas dos lojistas dos shopping mostraram um desempenho mais forte do que o esperado ao longo do 4T23, com destaque para novembro (crescimento das vendas dos lojistas em novembro para Iguatemi e Multiplan de +15,1% A/A e +14,1% A/A, respectivamente). Em nossa opinião, isso deve impulsionar um sólido desempenho do aluguel percentual, potencialmente levando a um crescimento positivo da receita de aluguel A/A (esperamos um crescimento médio de 7% da receita de aluguel em nossa cobertura de shoppings nesta temporada), apesar dos efeitos de ajuste do IGP-M e do IGP-DI estarem significativamente sob pressão. Além disso, esperamos que uma combinação de (i) forte fluxo de visitantes no trimestre; e (ii) taxas de estacionamento robustas gerem um crescimento robusto da receita de estacionamento (+12% A/A, cobertura da XP), impactando positivamente a receita líquida.

Vemos taxas de ocupação gradualmente mais altas e uma inadimplência líquida saudável

Como visto na temporada de resultados do 3T23, prevemos que os shoppings continuarão a registrar uma combinação de (i) taxas de ocupação em um nível gradualmente mais alto T/T, e (ii) inadimplência líquida significativamente menor. Isso, em nossa opinião, deve continuar a ajudar na diluição dos custos operacionais e, ao mesmo tempo, apoiar um sólido crescimento do EBITDA (esperamos um crescimento médio de +14% do EBITDA A/A em nossa cobertura nesta temporada).

A Multiplan e a Iguatemi devem ser os destaques da temporada

Para a Multiplan, esperamos um ambiente positivo para o crescimento da receita líquida (+13% A/A), o que poderia impulsionar uma sólida expansão do FFO (+8% A/A). Para Iguatemi, esperamos ver maiores eficiências no segmento de varejo, o que poderia potencialmente levar a uma forte expansão do EBITDA no trimestre (esperamos um crescimento de +27% A/A no 4T23). Mantemos nossa preferência por Multiplan (preço alvo R$ 33,00/ação), seguida por Iguatemi (preço alvo R$ 28,00/unit).

Nossas expectativas para o 4º Trimestre de 2023

Iguatemi (R$ 28,00/ação | Positivo)

Esperamos que o desempenho robusto das vendas dos lojistas da Iguatemi no trimestre (crescimento das vendas de lojistas em 11,7% A/A no 4T23) impulsione o aluguel percentual, levando a uma dinâmica positiva da receita de aluguel, apesar do efeito do ajuste do IGP-M sob pressão. Como resultado, esperamos que a receita líquida aumente, atingindo R$341 milhões (+12% A/A e +13% T/T). Além disso, a expansão do EBITDA deve ser o destaque, atingindo R$258 milhões (+27% A/A e +4% T/T), apoiada por (i) diluição de custos impulsionada pelo crescimento da taxa de ocupação (esperamos taxa de ocupação de 94,9% no 4T23, +150bps T/T); e (ii) ganhos de eficiência no segmento de varejo. Assim, esperamos que a margem EBITDA atinja 75,7% no 4T23 (+8,6 p.p. A/A e -6,4p.p. T/T), embora ressaltemos base de comparação difícil T/T dado os efeitos positivos de venda de ponto nesse trimestre. Finalmente, esperamos que o FFO atinja R$159 milhões (-2% A/A e +9% T/T), embora vejamos base de comparação difícil vs. 4T22 dados os impactos positivos de impostos naquele trimestre.

Figura 1: Estimativas dos resultados para a Iguatemi
Fonte: Companhia, XP Research

Multiplan (R$ 33,00/ação | Positivo)

Operacionalmente, esperamos um trimestre de forte desempenho de vendas, impulsionado principalmente pelo crescimento das vendas dos lojistas em novembro, de 14,1% A/A. Além disso, esperamos ver um crescimento positivo da receita de aluguel (+4% A/A), apesar do efeito do ajuste do IGP-DI sob pressão e forte expansão da receita de estacionamento (+16% A/A), impulsionada pelo robusto fluxo de visitantes no 4T. Como resultado, prevemos uma receita líquida de R$641 milhões (+13% A/A e +26% T/T). Além disso, esperamos um EBITDA mais forte no 4T23, atingindo R$474 milhões (+10% A/A e +23% T/T), embora vejamos uma margem EBITDA ligeiramente menor devido a (i) base de comparação difícil T/T devido à forte reversão de provisões no 3T23; e (ii) maiores despesas com plano de incentivo de longo prazo A/A. Finalmente, esperamos que o FFO atinja R$372 milhões (+8% A/A e +19% T/T), também ajudado por benefícios fiscais devido à distribuição de JCP.

Figura 2: Estimativas dos resultados para a Multiplan
Fonte: Companhia, XP Research

Allos (R$ 34,00/ação | Positivo)

Operacionalmente, esperamos um trimestre de crescimento de vendas dos lojistas de um dígito médio, com novembro e dezembro como meses de destaque. Além disso, antecipamos um crescimento positivo de SSR, mas um menor espaço para reduzir descontos em relação a 2022 deve gerar um crescimento mais brando da receita de aluguel, levando a receita líquida a R$ 805 milhões (+2% A/A e +26% T/T). Além disso, esperamos um crescimento positivo do EBITDA (+4% A/A e +27% T/T) e uma sólida expansão da margem EBITDA, atingindo 75,6% (+1,6 p.p. A/A e +0,7 p.p. T/T), impulsionada pela diluição de custos favorecida por um cenário de inadimplência líquida sob controle. Finalmente, antecipamos FFO de R$383 milhões (-1% A/A e +36% T/T), levando a uma margem FFO robusta de 47,5% (-1,5 p.p. A/A e +3,6 p.p. T/T).

Figura 3: Estimativas dos resultados para a Allos
Fonte: Companhia, XP Research

LOG CP (R$ 28,00/ação | Neutro)

Operacionalmente, esperamos que a taxa de ocupação se mantenha em níveis sólidos de 96,7% (estável A/A), refletindo a sólida demanda por armazéns logísticos AAA. Além disso, o menor nível de ABL da LOG no trimestre, devido ao forte ritmo de vendas de ativos em 2023, deve continuar a impactar o crescimento da receita líquida (esperamos receita líquida de R$48 milhões; -24% A/A e estável T/T), embora vejamos a estratégia de reciclagem de portfólio da empresa como positiva para reduzir a alavancagem financeira enquanto apoia os planos de expansão de ABL. Além disso, a margem EBITDA das operações de aluguel deve ficar em níveis mais brandos, atingindo 71,0% (-2,0 p.p. A/A e -5,3 p.p. T/T), em grande parte impulsionada por maiores despesas de SG&A para apoiar o plano de expansão de curto prazo da LOG (“Todos por 1,5”). Em suma, esperamos que o FFO atinja R$13 milhões (-52% A/A e -15% T/T).

Figura 4: Estimativas dos resultados para a LOG CP
Fonte: Companhia, XP Research

JHSF (R$ 9,70/ação | Neutro)

Esperamos uma receita líquida de R$397 milhões (-2% A/A e +13% T/T), impactada por (i) vendas líquidas mais brandas no segmento de desenvolvimento imobiliário (-44% A/A), e (ii) um menor percentual de conclusão nos projetos habitacionais mais representativos (Reserva Cidade Jardim). Além disso, esperamos que o EBITDA ajustado atinja R$ 139 milhões (+4% A/A e +2% T/T), levando a margem EBITDA ajustada para 35,1% (+2,1 p.p. A/A e -3,7 p.p. T/T), impactada por um mix de projetos no segmento imobiliário com menores margens vs. terrenos. Finalmente, esperamos que o lucro líquido atinja R$56 milhões (-34% A/A e -29% T/T), levando a margem líquida para 14,2% (-6,8 p.p. A/A).

Figura 5: Estimativas dos resultados para a JHSF
Fonte: Companhia, XP Research
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