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Economia em Destaque: Elevamos a projeção de crescimento do PIB do Brasil para 2,8% este ano

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário internacional, temores de uma alta adicional da taxa de juros pelo Fed, após dados fortes de atividade econômica, pressionaram taxas das treasuries. Na China, indicadores antecedentes de atividade desapontam.

No Brasil, em nosso relatório mensal, revisamos nossa projeção para o PIB de 2023 (de 2,2% para 2,8%) e 2024 (de 1,0% para 1,5%) após resultados do PIB do 2° trimestre. Além disso, a produção industrial mostrou contração, refletindo as condições monetárias restritivas e o elevado grau de endividamento das famílias e empresas.

Cenário internacional

Nos EUA, atividade econômica segue resistente

Os indicadores recentes seguem mostrando robustez da atividade nos EUA. A sondagem ISM do setor de serviços, que tem uma boa correlação com o PIB e a inflação no país, registrou aceleração da produção e das pressões de custos em agosto.

Diante deste cenário, o presidente do Fed de Nova York (banco central regional), John Willians, afirmou que uma nova alta de juros ainda é um cenário em aberto.

Em contrapartida, atividade desaponta na China…

O índice Caixin PMI de serviços na China registrou a expansão mais lenta em oito meses, com uma queda maior do que o esperado de 54,1 pontos para 51,8 pontos, frente ao consenso de 53,6 pontos. Combinado com o PMI de Manufatura publicado anteriormente (51,0 pontos), o índice PMI composto teve média de 51,9 pontos em julho, abaixo dos 52,5 pontos no mês anterior. No geral, os dados mostram evidências adicionais de uma atividade econômica mais fraca do que o previsto na China.

…E na zona do euro

O declínio da atividade empresarial da zona euro acelerou mais rapidamente do que inicialmente se pensava no mês passado, à medida que o setor de serviços dominante no bloco entrava em contração. O Índice Composto de Gerentes de Compras (PMI), visto como um bom termômetro da saúde econômica geral, caiu para 46,7 em agosto, de 48,6 de julho, o menor patamar desde novembro de 2020. O índice registrou contração pelo terceiro mês consecutivo e veio abaixo da estimativa preliminar de 47,0.

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Enquanto isso, no Brasil…

Haddad, Galípolo e Lira falam na Expert XP

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou a meta de atingir um resultado primário zero em 2024 como “ambicioso”, porém “crível”. Para alcançar a meta, ele ressaltou a necessidade de aprovar medidas no Legislativo e melhorar a qualidade dos gastos públicos. Junto a isso, ele aproveitou para questionar sobre uma eventual reforma administrativa, defendeu aperfeiçoar concursos públicos, o regime probatório, as carreiras de Estado e os processos disciplinares.

Em concordância, o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que é importante que o governo mantenha o “sarrafo alto” em 2024 e reforce a meta de resultado primário, e que o Congresso Nacional está disposto a colaborar para o atingimento dessa meta, mas está atento a eventuais medidas que possam prejudicar o setor produtivo. Com isso, espera ajudar também a criar condições para que os juros caiam e o país volte a crescer. Também reafirmou que a Câmara não aceitará retrocessos em projetos que foram aprovados nos últimos anos, como a privatização da Eletrobras, o marco do saneamento e a independência do Banco Central. Destacou que é fundamental cortar gastos, e que a Câmara está pronta para votar a reforma administrativa que foi encaminhada no governo anterior. Essa proposta é importante para ampliar a produtividade, reduzir os custos do setor público e dar uma sinalização positiva ao setor produtivo do país.

Por outro lado, Galípolo destacou a boa recepção do mercado em relação à manutenção da meta de resultado fiscal zerado em 2024. Ele também discutiu as mudanças no mercado de trabalho devido à pandemia e sua influência na arrecadação tributária. Quando questionado sobre o cenário de “barra alta”, Galípolo adotou o discurso de “dependente dos dados” e afirmou que o BCB continua perseguindo a meta estabelecida pelo CMN. Sobre os pontos citados na ata (inflação de serviços, hiato do produto e expectativas de inflação) para aceleração do ritmo de cortes na taxa Selic, disse ser difícil antever “gatilhos” que poderiam fazer com que fossem atingidos. Ainda sobre o regime de metas, afirmou que a mudança para meta contínua é um aprimoramento com base no cenário internacional. 

Confira maiores detalhes das falas de Haddad, Lira e Galípolo.

Juros restritivos e incertezas afetam a produção industrial

As condições monetárias restritivas e o elevado grau de endividamento das famílias e empresas continuam a pesar sobre a demanda por produtos industriais, sobretudo bens de capital e bens duráveis.

A produção industrial do Brasil recuou 0,6% em julho em relação a junho, queda mais forte do que o esperado (XP: -0,4%; consenso: -0,3%). Olhando para a abertura do setor industrial, houve sinais predominantemente negativos. A produção de bens de capital manteve-se em baixa, caindo 7,4% em termos mensais e cerca de 15% face ao nível de dezembro de 2022. Pelo lado positivo, a indústria extrativa cresceu 2,3% em termos trimestrais, apesar de uma queda de 1,4% em julho contra junho. Nossa estimativa preliminar para a produção industrial de agosto indica alta modesta de 0,4%. Projetamos que a indústria brasileira crescerá cerca de 0,5% em 2023.

Publicamos nosso relatório mensal

Publicamos nosso mais recente relatório Brasil Macro Mensal. Revisamos nossa previsão de crescimento do PIB de 2,2% para 2,8% em 2023, e de 1,0% para 1,5% em 2024. Para a taxa de câmbio, mantivemos a projeção em R$/US$ 4,70 para o final deste ano. A incerteza fiscal e as altas taxas de juros no exterior tendem a manter as expectativas de inflação no médio prazo acima da meta, limitando o espaço para cortes na taxa Selic em 2024. O ciclo de flexibilização deve continuar a um ritmo de 50 pontos-base por reunião do Copom – e não mais rapidamente. Confira maiores detalhes em nosso relatório.

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O que esperar da semana que vem

Na agenda internacional, semana que vem será repleta de dados e eventos importantes. O principal destaque nos Estados Unidos será a divulgação da inflação ao consumidor (quarta-feira) e ao produtor (quinta-feira), ambos referentes a agosto. Estes serão os últimos dados de alta relevância a serem divulgados antes da próxima reunião do Fed no dia 20 de setembro, e podem recalibrar as expectativas para a política monetária nos EUA. Na Europa, serão divulgados dados de sentimento econômico e produção industrial. Estas informações serão importantes para a decisão de política monetária do BCE na quinta-feira. No Reino Unido, diversos indicadores econômicos serão divulgados, incluindo o relatório do mercado de trabalho, produção industrial, vendas no varejo, e comércio exterior. Por último, dados importantes também serão divulgados na China, incluindo a taxa de desemprego, vendas no varejo, produção industrial e dados relacionados ao mercado imobiliário.

No Brasil, o protagonismo da próxima semana será dado pela divulgação do IPCA de agosto na terça-feira, para o qual a XP espera alta de 0,24% m/m. A aceleração ente julho, quando o índice avançou 0,12%, se dará principalmente pelo fim do bônus de Itaipu na energia elétrica; também em alta, temos reajustes de mensalidades escolares e artigos de higiene pessoal, impulsionados pelo dia dos pais. Em relação à atividade econômica, destaque para a publicação dos resultados do setor de serviços (quinta-feira) e do comércio varejista (sexta-feira) referentes a julho. Estimamos elevação moderada para ambos os setores na comparação com junho, corroborando o cenário de resiliência do consumo das famílias. Conforme divulgado em nosso último relatório mensal, subimos nossa projeção para o crescimento do PIB em 2023, de 2,2% para 2,8%.

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