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Carteira Cautelosa (Moderado) – Março 2023

O perfil cauteloso é para aquele investidor que reconheceu a necessidade de investir melhor do seu patrimônio, porém não quer adicionar novas preocupações à sua vida, buscando apenas o retorno mínimo que seu patrimônio merece e possivelmente possuindo horizontes de investimento curtos.

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A política de investimentos Cautelosa é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores  que (i) começaram a compreender o mundo dos investimentos e deseja avançar nas opções de alocação, ou que (ii) já investem a um tempo porém preferem uma alocação com baixa volatilidade, até os que (iii) vão precisar dos recursos no curto prazo (12 meses). Com uma dinâmica conservadora, a alocação busca segurança e liquidez em seu portfólio, reunindo uma relação de ativos com gestão especializada e papéis de qualidade

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Baixa volatilidade não é sinônimo de concentração na alocação – e o investidor cauteloso já descobriu isso. Sua maior exposição deve ser em ativos pós fixados já que oferecem maior segurança, porém outras classes de ativos não são dispensáveis, pelo contrário, são necessárias. Logo, nossas sugestões de alocações combinam qualidade de gestão e diversificação de portfólio, sem abrir mão da segurança e baixa volatilidade.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

Um mês duro para os ativos de risco no Brasil e no mundo. Fevereiro apresentou forte volatilidade em grande parte dos mercados globais e mais ainda aqui no Brasil.

Nos países desenvolvidos, muitas são as incertezas quanto ao rumo da inflação e, consequentemente, dos juros. O recente repique na inflação dos Estados Unidos, somado à atividade econômica e mercado de trabalho resilientes, levaram ao aumento de preocupações entre investidores – que passaram a precificar mais altas de juros do que o anteriormente previsto, e um período mais longo de taxas contracionistas. 

O título do tesouro americano para dez anos, por exemplo, fechou o mês a uma taxa de 3,90%, tendo o começado próximo a 3,40%. Além disso, a aversão ao risco foi sentida nas bolsas, com o Dow Jones encerrando o mês em queda de 4,20%, enquanto o S&P 500 e a Nasdaq recuaram 2,51% e 1,11%, respectivamente. Vale ressaltar que a maior parte das bolsas na Europa andou em sentido contrário, com altas acima de 1 e 2% em países como Reino Unido, França e Alemanha.

Já na China, crescem os sinais de uma retomada da economia após a retirada de restrições ligadas à Covid-19, que deve tomar tração ao longo de 2023. Por ora, a reabertura chinesa parece estar contribuindo para a melhora de dados em alguns setores das economias de EUA e Europa. Entretanto, não vemos esses sinais tão claros quanto aqueles relativos à contribuição desse vetor para o Brasil, principalmente no setor de commodities, onde havia maiores expectativas de um novo impulso trazido aos preços pela retomada no país asiático.  

Falando em Brasil, por aqui o cenário foi praticamente dominado por pautas políticas, com temas como revisão de meta de inflação, independência do Banco Central e política de preços da Petrobrás ganhando os holofotes e aumentando as incertezas sobre os rumos da política econômica no país.

Ainda não há clareza a respeito que que postura o governo irá adotar em relação a esses e outros temas relevantes. As pressões políticas por uma taxa de juros mais baixa (a fim de fomentar o crescimento econômico) e uma meta de inflação mais elevada continuam, o que seguiu pressionando as expectativas de inflação de médio prazo e a curva de juros, que subiu principalmente na sua parte mais longa.

Nesse cenário, o dólar fechou fevereiro com alta de 2,9% frente ao real, enquanto o Ibovespa teve queda expressiva de 7,5%. A queda do índice de fundos imobiliários, o IFIX, foi mais tímida e ficou em 0,45%.

Para 2023, a expectativa segue de que o crescimento (PIB) seja de 1% e que a inflação acumule alta de 5,5% no ano, ou seja, consideravelmente acima da meta, seja ela qual for. 

Onde alocar os recursos nesse cenário?

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