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Lula e Bolsonaro fazem ajustes para a reta final de campanha

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política

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A dez dias das eleições, o noticiário desta quinta destaca os ajustes nas estratégias de campanha do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula.

Para ir ao segundo turno, Bolsonaro deve dar ainda mais ênfase às ações de seu governo e aumentar os ataques destinados a Lula. O petista, por sua vez, vai concentrar todos esforços para tentar atrair eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet através da narrativa do voto útil, com o objetivo de liquidar as eleições já no dia 2 de outubro. Também irá trabalhar para reduzir as abstenções e, consequentemente, ampliar o percentual de votos válidos, o que, nas contas do PT, aumenta as chances de vitória no primeiro turno (http://glo.bo/3UvIxQE).

Outro ponto que Bolsonaro pretende explorar é sua participação em debates, mesmo que Lula não compareça. Na avaliação de sua campanha, trata-se de uma oportunidade para que ele apresente os feitos de sua gestão sem precisar duelar com o ex-presidente, embora, sem o petista, se torne o alvo preferencial dos demais candidatos (http://glo.bo/3UvIxQE). Neste sentido, o chefe do Executivo já começou sua preparação para o debate do SBT, no próximo sábado, e quer levar a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ao evento (https://bit.ly/3faznJ4). Apesar das mudanças de estratégia, a equipe do presidente reconhece dificuldade de falar para fora da bolha e vê a falta de dinheiro e a baixa nas pesquisas como grandes desafios para esta reta final (http://glo.bo/3f7O0N9).

E após encontros com embaixadores estrangeiros no Brasil (http://glo.bo/3Lxfsjw), aliados de Lula traçam plano para que o Estados Unidos reconheça o resultado das urnas para as eleições (http://glo.bo/3qWdWOn). Para novos ataques a Bolsonaro, a campanha petista também usa falas antigas do pastor Silas Malafaia, um dos maiores cabos eleitorais do presidente entre o eleitorado evangélico, contra o armamento da população (https://bit.ly/3ShcW3i).

E apesar das estratégias diferentes nesta reta final antes das eleições, os principais candidatos à presidência continuam dando atenção especial para pautas econômicas, tanto nos discursos quanto nos materiais de campanha (https://bit.ly/3dxbI4W).

Nas agendas do dia, Bolsonaro participa de comício na cidade de Belém, nesta manhã, e em Manaus, pela tarde. Já o ex-presidente Lula tem encontro com representantes de movimentos e associações de idosos e aposentados, em São Paulo, às 11h.

Por fim, nas disputas estaduais, aliados de Alexandre Kalil (PSD) querem mudar a campanha do candidato ao governo de Minas, dando foco para a aliança entre ele e Lula apenas na capital do Estado, para evitar perda de votos no interior (https://bit.ly/3qWcUBV). O petista também cancelou comício ao lado do governador do Rio, Marcelo Freixo (PSB), no próximo domingo, para ir a Madureira com o prefeito Eduardo Paes (PSD), que lhe oferece a chance de falar com eleitores fora da polarização (https://bit.ly/3qU28MN).

Nas redes

A declaração do ministro Paulo Guedes, da Economia, questionando a existência de 33 milhões de pessoas em situação de fome no Brasil, repercute com apoio de bolsonaristas ligados à ala ideológica não engajada eleitoralmente de maneira direta. Atores ligados ao antibolsonarismo e à imprensa repercutem imagens, matérias e vídeos que relatam pessoas revirando lixos, pedindo comida em estabelecimentos ou na “fila do osso”.

Internacional

O presidente russo, Vladimir Putin, convocou 300 mil reservistas em uma escalada de sua guerra na Ucrânia. A mobilização provocou protestos na Rússia e reação dos países ocidentais, como os EUA. Vale notar que, em sete meses de guerra, o Kremlin perdeu mais de 10% do território que havia conquistado (https://bloom.bg/3UxM3d1).

Hoje é o 1361º dia do governo Jair Bolsonaro.

Faltam 10 dias para as eleições presidenciais.

Hoje é o 918º dia da pandemia de Covid-19.

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