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Resultados do Facebook decepcionam expectativas – 🌎RADAR GLOBAL

Facebook decepciona em lucros e projeções, Qualcomm reporta desaceleração e produção de veículos elétricos na China.

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem negativas (EUA -1,0% e Europa -0,7%) após virada de sentimento no período pós-mercado, com a divulgação dos resultados aquém do esperado do Facebook. Ainda nos EUA, investidores agora aguardam a divulgação dos números de pedidos de seguro desemprego. Na Europa, o foco ficará por conta da decisão do banco central Europeu sobre o futuro de sua política monetária, a inflação na zona do euro, no comparativo anual, saltou para 5,1% em janeiro vs. 4,4% das projeções, exercendo pressão para um possível aperto monetário do banco. Na China as bolsas permanecerão fechadas. No universo das criptomoedas, ambos o Bitcoin (-1,5%) e o Ethereum (-4,7%) amanhecem em forte queda, acompanhando os índices americanos.

Coronavírus: Casos diárias de Covid-19 ultrapassam 100 mil no Japão, sendo este o maior volume já registrado desde o início da pandemia. O maior epicentro é, atualmente, a capital do país (Tokyo), responsável por cerca de 1/5 dos casos totais.

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EMPRESAS

Temporada de resultados do 4T21 nos EUA – Ontem: Meta (Facebook), Qualcomm e Spotify. Hoje: Amazon, Ford e Activision Blizzard.

Facebook decepciona com resultados abaixo das expectativas e projeções fracas: O Facebook (FBOK34) foi mais uma das big techs que reportou resultados nessa semana, a empresa anunciou uma receita de US$ 33,7bi vs US$ 33,4bi, em linha com o esperado pelo mercado; o LPA (lucro por ação) foi de US$ 3,67 vs. US$ 4,24, uma surpresa negativa de -13%. O Facebook registrou 2,91 bi de usuários ativos mensais no quarto trimestre, sem crescimento em relação ao período anterior e levemente abaixo das expectativas de 2,95bi, a rede social está sentindo o impacto do aumento da concorrência pelo tempo dos usuários e uma mudança no interesse pelo vídeo, onde a publicidade não é tão lucrativa. A empresa afirmou que está sendo atingida por uma combinação de fatores, incluindo mudanças de privacidade no iOS da Apple (AAPL34) e desafios macroeconômicos, além disso culpou o crescimento abaixo do esperado em parte pela inflação e pelos problemas da cadeia de suprimentos que estão afetando os orçamentos dos anunciantes.

O Facebook Reality Labs, divisão, que inclui os investimentos da empresa no metaverso e na realidade virtual, registrou um prejuízo operacional de US$ 3,3 bi, divulgando sua contribuição pela primeira vez. Olhando para o futuro, a companhia informou que espera uma receita de US$ 27 bi a US$ 29 bi para o próximo trimestre, em comparação com US$ 30,3 bilhões estimados em média por analistas da Bloomberg. A empresa também anunciou que assumirá o ticker de ações META ainda no primeiro semestre de 2022. O Facebook está provando ser uma exceção entre as principais empresas de tecnologia. Seus resultados vêm um dia depois que a Alphabet (GOGL34) superou as estimativas anteriores, elevando o preço de suas ações nessa última quarta-feira. A Apple (AAPL34) e a Microsoft (MSFT34) também superaram as estimativas de lucro e receita.

 

Previsões do Spotify causam impacto negativo nas ações: O Spotify (S1PO34) reportou seus resultados nesta quarta-feira, com uma receita de US$ 2,7bi, em linha com o projetado pelo mercado; o LPA foi de US$ US$ -0,21 vs US$ -0,39, +47% acima do consenso dos analistas. A empresa registrou 406 mi de usuários ativos mensais no trimestre, sem surpresas, pois no guidance anterior já havia informado que aguardava um número entre 400 mi a 407 mi. Os assinantes premium cresceram +16% ano a/a, para 180 mi no trimestre. O Spotify creditou a Índia, a Indonésia e a América Latina por impulsionarem muito seu crescimento no trimestre mais recente. Contudo, a empresa pontuou que deve terminar o primeiro trimestre de 2022 com 418 mi de usuários totais e 183 mi de assinantes pagos, abaixo das previsões de Wall Street em ambos os números. A empresa não forneceu uma razão para o déficit, embora tenha dito que o ambiente incerto do Covid-19 tornou mais difícil a previsão.

Qualcomm supera expectativas, mas apresenta desaceleração: A Qualcomm (QCOM34) divulgou os seus resultados ontem, superando levemente as expectativas dos analistas com uma receita de US$ 10,7bi vs US$ 10,4bi; o LPA foi de US$ 3,23 vs US$ 3,00, +7% acima do consenso. A QCT, segmento de chips da empresa, registrou US$ 8,85bi em vendas, um aumento de +35% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No entanto, o crescimento desacelerou, em relação aos +63% relatados no mesmo trimestre do ano anterior. O aumento na receita foi impulsionado principalmente por um salto de 42% nas vendas de chips de aparelhos para US$ 5,98 bi. A empresa disse que o crescimento anual foi de 60% para seus chipsets Snapdragon, muito utilizado nos smartphones Android que combinam processamento e conectividade 5G. A Qualcomm projeta que seu lucro por ação para o terceiro trimestre fiscal, que terminará em junho, aumentará +30% em relação ao ano anterior. Sendo este um crescimento fraco em comparação com os ganhos recentes, segundo a Bloomberg.

China elétrica: As fabricantes de carros elétricos Nio e Xpeng cresceram sua produção ao longo de 2021, porém apresentaram desaceleração em janeiro vs. o mês anterior. Embora o número tenha caído no início do ano, a Nio entregou quase 10 mil veículos no primeiro mês de 2022, tendo um aumento de 33% a/a, e atingiu um volume de vendas total em torno de 180 mil. Em comparação, sua rival produziu mais de 12 mil EVs, representando um aumento de 115% ano contra ano, superando a marca de 150 mil unidades vendidas. Embora as empresas tenham tenham reportado forte crescimento no comparativo anual, elas ainda enfrentam a escassez global de chips que continua a desfavorecer o setor. O CEO da Xpeng, He Xiaopeng, afirmou que este segue sendo o seu “maior obstáculo de produção”.  

Além disso, o cenário competitivo na China vem se intensificando com a inserção também da Tesla (TSLA34). Em dezembro, a empresa do Elon Musk vendeu um recorde de 70,8 mil veículos produzidos na China, um volume de produção superior ao das rivais chinesas. Por outro lado, a gigante americana também anunciou que não lançará novos modelos este ano devido à falta de chips na cadeia de suprimentos.

ANÁLISE

Fonte: Goldman Sachs

Grandes marcas do setor de luxo apresentam forte crescimento em 2021: O gráfico acima, do Goldman Sachs, mostra que as mega marcas de luxo, que incluem grandes nomes como Gucci, Louis Vuitton e Dior, tiveram um crescimento expressivo de receitas em 2021 vs. 2019, quando comparadas com outras empresas do setor de luxo. Somente no quarto trimestre a estimativa  de crescimento médio é de +40% vs ~+24% dos pares mais próximos. A maioria dessas grandes marcas viram uma aceleração no crescimento subjacente das vendas no varejo, por conta de melhorias contínuas na Europa (menos restrições e retomada gradual do turismo) e demanda contínua dos Estados Unidos e de países de Ásia, com grande destaque para a China. As mega marcas também conseguiram se destacar mais no período de pandemia por conseguirem manter uma forte aquisição de clientes, alavancando ganhos e participação de mercado. Olhando para o futuro, o banco tem uma perspectiva positiva para o setor, que deve continuar se desenvolvendo, principalmente pela demanda alta da China, além disso as margens devem aumentar pós pandemia, em consequência de uma estruturas de custos mais enxutas e maior penetração digital, principalmente para as grandes marcas que se beneficiam de vantagens de escala.

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