🌎 Mundo em 60s: 2021, o ano da China

Bolsas ligam o modo “risk on” após resultados positivos das 3 vacinas desenvolvidas pela Pfizer, Moderna e AstraZeneca. Pelo gráfico, percebe-se que os perdedores do ano foram os ganhadores da semana (na verdade, das duas últimas semanas),  à medida que os ativos #FiqueEmCasa começam a dar lugar para a próxima tendência do #SaiaDeCasa.

Setores: Neste contexto, a rotação para a “velha economia” segue com forte alta dos setores petrolífero (+10%) e financeiro (+5%). O setor de tecnologia, no entanto, não apresenta queda mesmo com a recuperação da economia real. De fato, a pandemia vai passar, mas o mundo mudou para um ambiente mais digital, mais remoto e mais conectado virtualmente. No longo prazo, o setor de tecnologia deverá continuar liderando a expansão de lucros, como aconteceu na última década.

2021, o ano do Touro/Boi de Metal na China

Você pode não acreditar em astrologia chinesa, mas é difícil argumentar contra números. Muito além do alinhamento dos astros, a China continuará responsável por boa parte da expansão econômica global e deverá ser a única economia mundial relevante a ver crescimento de PIB (exp. +2%) em 2020, dado que saiu mais ilesa da pandemia do que o resto do mundo (exp. -3,9%). Com forte capacidade tecnológica e colhendo frutos de um plano estratégico de longo prazo, o gigante estará ainda melhor posicionado em um cenário de governo Biden nos EUA, que deverá amenizar a guerra comercial, abrindo espaço para seu desenvolvimento econômico.

Lar de 1/5 da população global, a China é a segunda maior economia do mundo (PIB de US$ 14 tri) e aproxima-se rapidamente dos EUA (US$ 21 tri) com seu crescimento de 9% a.a. nas últimas 2 décadas contra apenas 2% a.a. do PIB (real) americano. Ainda classificada como país emergente, a China desafia o status quo e investe agressivamente para tornar-se a maior superpotência global, buscando ultrapassar a hegemonia tecnológica e geopolítica dos EUA. E é neste contexto de longo prazo que o investidor deve observar com atenção as oportunidades no país.

Mas, do que se trata esse “plano estratégico de longo prazo”? Desde 1949, o Partido Comunista Chinês estabelece uma série de prioridades econômicas e sociais a cada 5 anos. Em outubro de 2020, o líder Xi Jinping anunciou, parcialmente, a estratégia do país para os próximos anos, que será oficialmente divulgada em março de 2021.  Confira os principais pontos:

Falamos que os números não mentem. De fato, confira alguns dos principais resultados econômicos até o momento:  

• O PIB per capita aumentou 26x desde 1984 e a fatia chinesa do PIB global, que era de apenas 2% na época passou para 22%.
• A pobreza foi reduzida de 88% da população para menos de 1% e a expectativa de vida aumentou 10 anos, em média.
• Nos últimos 10 anos, o mercado de ações chinês quadruplicou de tamanho em termos de capitalização enquanto o mercado de títulos de dívida multiplicou por 7. Hoje, ambos são, em suas respectivas categorias, o 2º maior mercado do mundo.
• Enquanto os EUA produzem 48% dos unicórnios (startups que chegam ao valor de U$ 1bi) do planeta, a China já atinge 35% do total.

Daqui para frente, os investimentos em educação, tecnologia, infraestrutura e mercado de capitais tornam o país um centro de geração de crescimento. O país emergente, que busca se consolidar como a nova superpotência global, enfrentará uma série de desafios políticos e econômicos pela frente, mas o passado recente nos leva a crer que a sua capacidade de execução não deve ser subestimada

#ProvaRápida - Onde fica o Vale do Silício chinês?

Resposta: Shenzhen (assista ao documentário)

Bom final de semana!

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